Essa é a versão completa de impressão dessa seção Clique aqui para imprimir.

Retornar à visualização normal.

Documentação

Bem-vindo à documentação do Kubernetes em Português

Como você pode ver, a maior parte da documentação ainda está disponível apenas em inglês, mas não se preocupe, há uma equipe trabalhando na tradução para o português.

Se você quiser participar, você pode entrar no canal Slack #kubernetes-docs-pt e fazer parte da equipe por trás da tradução.

Você também pode acessar o canal para solicitar a tradução de uma página específica ou relatar qualquer erro que possa ter sido encontrado. Qualquer contribuição será bem recebida!

Para mais informações sobre como contribuir, dê uma olhada github.com/kubernetes/website.

1 - Kubernetes

1.1 - Versões Suportadas da Documentação do Kubernetes

Este site contém documentação para a versão atual do Kubernetes e as quatro versões anteriores do Kubernetes.

A disponibilidade da documentação para uma versão do Kubernetes é separada dessa versão que é suportada atualmente. Leia o período de suporte para saber quais versões do Kubernetes são oficialmente suportadas e por quanto tempo.

2 - Instalação

Essa seção lista as diferentes formas de instalar e executar o Kubernetes. Quando você realiza a instalação de um cluster Kubernetes, deve decidir o tipo de instalação baseado em critérios como facilidade de manutenção, segurança, controle, quantidade de recursos disponíveis e a experiência necessária para gerenciar e operar o cluster.

Você pode criar um cluster Kubernetes em uma máquina local, na nuvem, em um datacenter on-premises ou ainda escolher uma oferta de um cluster Kubernetes gerenciado pelo seu provedor de computação em nuvem.

Existem ainda diversos outros tipos de soluções customizadas, que você pode se deparar ao buscar formas de instalação e gerenciamento de seu cluster.

Ambientes de aprendizado

Se você está aprendendo ou pretende aprender mais sobre o Kubernetes, use ferramentas suportadas pela comunidade, ou ferramentas no ecossistema que te permitam criar um cluster Kubernetes em sua máquina virtual.

Temos como exemplo aqui o Minikube e o KinD

Ambientes de produção

Ao analisar uma solução para um ambiente de produção, devem ser considerados quais aspectos de operação de um cluster Kubernetes você deseja gerenciar, ou então delegar ao seu provedor.

Temos diversas opções para esse provisionamento, desde o uso de uma ferramenta de deployment de um cluster tal qual o Kubeadm ou o Kubespray quando se trata de um cluster local, ou ainda o uso de um cluster gerenciado por seu provedor de nuvem.

Para a escolha do melhor ambiente e da melhor forma para fazer essa instalação, você deve considerar:

  • Se você deseja se preocupar com a gestão de backup da sua estrutura do ambiente de gerenciamento
  • Se você deseja ter um cluster mais atualizado, com novas funcionalidades, ou se deseja seguir a versão suportada pelo fornecedor
  • Se você deseja ter um cluster com um alto nível de serviço, ou com auto provisionamento de alta disponibilidade
  • Quanto você deseja pagar por essa produção

2.1 - Instalando a ferramenta kubeadm

Essa página mostra o processo de instalação do conjunto de ferramentas kubeadm. Para mais informações sobre como criar um cluster com o kubeadm após efetuar a instalação, veja a página Utilizando kubeadm para criar um cluster.

Antes de você começar

  • Uma máquina com sistema operacional Linux compatível. O projeto Kubernetes provê instruções para distribuições Linux baseadas em Debian e Red Hat, bem como para distribuições sem um gerenciador de pacotes.
  • 2 GB ou mais de RAM por máquina (menos que isso deixará pouca memória para as suas aplicações).
  • 2 CPUs ou mais.
  • Conexão de rede entre todas as máquinas no cluster. Seja essa pública ou privada.
  • Nome da máquina na rede, endereço MAC e producy_uuid únicos para cada nó. Mais detalhes podem ser lidos aqui.
  • Portas específicas abertas nas suas máquinas. Você poderá ler quais são aqui.
  • Swap desabilitado. Você precisa desabilitar a funcionalidade de swap para que o kubelet funcione de forma correta.

Verificando se o endereço MAC e o product_uiid são únicos para cada nó

  • Você pode verificar o endereço MAC da interface de rede utilizando o comando ip link ou o comando ipconfig -a.
  • O product_uuid pode ser verificado utilizando o comando sudo cat /sys/class/dmi/id/product_uuid.

É provável que dispositivos físicos possuam endereços únicos. No entanto, é possível que algumas máquinas virtuais possuam endereços iguais. O Kubernetes utiliza esses valores para identificar unicamente os nós em um cluster. Se esses valores não forem únicos para cada nó, o processo de instalação pode falhar.

Verificando os adaptadores de rede

Se você possuir mais de um adaptador de rede, e seus componentes Kubernetes não forem acessíveis através da rota padrão, recomendamos adicionar o IP das rotas para que os endereços do cluster Kubernetes passem pelo adaptador correto.

Fazendo com que o iptables enxergue o tráfego agregado

Assegure-se de que o módulo br_netfilter está carregado. Isso pode ser feito executando o comando lsmod | grep br_netfilter. Para carrega-lo explicitamente execute sudo modprobe br_netfilter.

Como um requisito para que seus nós Linux enxerguem corretamente o tráfego agregado de rede, você deve garantir que a configuração net.bridge.bridge-nf-call-iptables do seu sysctl está configurada com valor 1. Como no exemplo abaixo:

cat <<EOF | sudo tee /etc/modules-load.d/k8s.conf
br_netfilter
EOF

cat <<EOF | sudo tee /etc/sysctl.d/k8s.conf
net.bridge.bridge-nf-call-ip6tables = 1
net.bridge.bridge-nf-call-iptables = 1
EOF
sudo sysctl --system

Para mais detalhes veja a página Requisitos do plugin de rede.

Verificando as portas necessárias

As portas listadas aqui precisam estar abertas para que os componentes do Kubernetes se comuniquem uns com os outros.

O plugin de rede dos pods que você utiliza também pode requer que algumas portas estejam abertas. Dito que essas portas podem diferir dependendo do plugin, por favor leia a documentação dos plugins sobre quais portas serão necessárias abrir.

Instalando o agente de execução de contêineres

Para executar os contêineres nos Pods, o Kubernetes utiliza um agente de execução.

Por padrão, o Kubernetes utiliza a interface do agente de execução (CRI) para interagir com o seu agente de execução de contêiner escolhido.

Se você não especificar nenhum agente de execução, o kubeadm irá tentar identifica-lo automaticamente através de uma lista dos sockets Unix mais utilizados. A tabela a seguir lista os agentes de execução e os caminhos dos sockets a eles associados.

Agentes de execução e seus caminhos de socket
Agente de execuçãoCaminho do socket Unix
Docker/var/run/dockershim.sock
containerd/run/containerd/containerd.sock
CRI-O/var/run/crio/crio.sock

Se tanto o Docker quanto o containerd forem detectados no sistema, o Docker terá precedência. Isso acontece porque o Docker, desde a versão 18.09, já incluí o containerd e ambos são detectaveis mesmo que você só tenha instalado o Docker. Se outros dois ou mais agentes de execução forem detectados, o kubeadm é encerrado com um erro.

O kubelet se integra com o Docker através da implementação CRI dockershim já inclusa.

Veja a página dos agentes de execução para mais detalhes.

Por padrão, o kubeadm utiliza o Docker como agente de execução. O kubelet se integra com o Docker através da implementação CRI dockershim já inclusa.

Veja a página dos agentes de execução para mais detalhes.

Instalando o kubeadm, kubelet e o kubectl

Você instalará esses pacotes em todas as suas máquinas:

  • kubeadm: o comando para criar o cluster.

  • kubelet: o componente que executa em todas as máquinas no seu cluster e cuida de tarefas como a inicialização de pods e contêineres.

  • kubectl: a ferramenta de linha de comando para interação com o cluster.

O kubeadm não irá instalar ou gerenciar o kubelet ou o kubectl para você, então você precisará garantir que as versões deles são as mesmas da versão da camada de gerenciamento do Kubernetes que você quer que o kubeadm instale. Caso isso não seja feito, surge o risco de que uma diferença nas versões leve a bugs e comportamentos inesperados. Dito isso, uma diferença de menor grandeza nas versões entre o kubelet e a camada de gerenciamento é suportada, mas a versão do kubelet nunca poderá ser superior à versão do servidor da API. Por exemplo, um kubelet com a versão 1.7.0 será totalmente compatível com a versão 1.8.0 do servidor da API, mas o contrário não será verdadeiro.

Para mais informações acerca da instalação do kubectl, veja Instale e configure o kubectl.

Para mais detalhes sobre compatibilidade entre as versões, veja:

  1. Atualize o índice de pacotes apt e instale os pacotes necessários para utilizar o repositório apt do Kubernetes:

    sudo apt-get update
    sudo apt-get install -y apt-transport-https ca-certificates curl gpg
    
  2. Faça o download da chave de assinatura pública da Google Cloud:

    sudo curl -fsSLo /usr/share/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg https://packages.cloud.google.com/apt/doc/apt-key.gpg
    
  3. Adicione o repositório apt do Kubernetes:

    echo "deb [signed-by=/usr/share/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg] https://apt.kubernetes.io/ kubernetes-xenial main" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/kubernetes.list
    
  4. Atualize o índice de pacotes apt, instale o kubelet, o kubeadm e o kubectl, e fixe suas versões:

    sudo apt-get update
    sudo apt-get install -y kubelet kubeadm kubectl
    sudo apt-mark hold kubelet kubeadm kubectl
    

cat <<EOF | sudo tee /etc/yum.repos.d/kubernetes.repo
[kubernetes]
name=Kubernetes
baseurl=https://packages.cloud.google.com/yum/repos/kubernetes-el7-\$basearch
enabled=1
gpgcheck=1
repo_gpgcheck=1
gpgkey=https://packages.cloud.google.com/yum/doc/rpm-package-key.gpg
exclude=kubelet kubeadm kubectl
EOF

# Set SELinux in permissive mode (effectively disabling it)
sudo setenforce 0
sudo sed -i 's/^SELINUX=enforcing$/SELINUX=permissive/' /etc/selinux/config

sudo yum install -y kubelet kubeadm kubectl --disableexcludes=kubernetes

sudo systemctl enable --now kubelet

Avisos:

  • Colocar o SELinux em modo permissivo ao executar setenforce 0 e sed ... efetivamente o desabilita. Isso é necessário para permitir que os contêineres acessem o sistema de arquivos do hospedeiro, que é utilizado pelas redes dos pods por exemplo. Você precisará disso até que o suporte ao SELinux seja melhorado no kubelet.

  • Você pode deixar o SELinux habilitado se você souber como configura-lo, mas isso pode exegir configurações que não são suportadas pelo kubeadm.

Instale os plugins CNI (utilizados por grande parte das redes de pods):

CNI_VERSION="v0.8.2"
ARCH="amd64"
sudo mkdir -p /opt/cni/bin
curl -L "https://github.com/containernetworking/plugins/releases/download/${CNI_VERSION}/cni-plugins-linux-${ARCH}-${CNI_VERSION}.tgz" | sudo tar -C /opt/cni/bin -xz

Escolha o diretório para baixar os arquivos de comandos.

DOWNLOAD_DIR=/usr/local/bin
sudo mkdir -p $DOWNLOAD_DIR

Instale o crictl (utilizado pelo kubeadm e pela Interface do Agente de execução do Kubelet (CRI))

CRICTL_VERSION="v1.22.0"
ARCH="amd64"
curl -L "https://github.com/kubernetes-sigs/cri-tools/releases/download/${CRICTL_VERSION}/crictl-${CRICTL_VERSION}-linux-${ARCH}.tar.gz" | sudo tar -C $DOWNLOAD_DIR -xz

Instale o kubeadm, o kubelet, e o kubectl e adicione o serviço systemd kubelet:

RELEASE="$(curl -sSL https://dl.k8s.io/release/stable.txt)"
ARCH="amd64"
cd $DOWNLOAD_DIR
sudo curl -L --remote-name-all https://dl.k8s.io/release/${RELEASE}/bin/linux/${ARCH}/{kubeadm,kubelet,kubectl}
sudo chmod +x {kubeadm,kubelet,kubectl}

RELEASE_VERSION="v0.4.0"
curl -sSL "https://raw.githubusercontent.com/kubernetes/release/${RELEASE_VERSION}/cmd/kubepkg/templates/latest/deb/kubelet/lib/systemd/system/kubelet.service" | sed "s:/usr/bin:${DOWNLOAD_DIR}:g" | sudo tee /etc/systemd/system/kubelet.service
sudo mkdir -p /etc/systemd/system/kubelet.service.d
curl -sSL "https://raw.githubusercontent.com/kubernetes/release/${RELEASE_VERSION}/cmd/kubepkg/templates/latest/deb/kubeadm/10-kubeadm.conf" | sed "s:/usr/bin:${DOWNLOAD_DIR}:g" | sudo tee /etc/systemd/system/kubelet.service.d/10-kubeadm.conf

Habilite e inicie o kubelet:

systemctl enable --now kubelet

O kubelet agora ficará reiniciando de alguns em alguns segundos, enquanto espera por instruções vindas do kubeadm.

Configurando um driver cgroup

Tanto o agente de execução quanto o kubelet possuem uma propriedade chamada "driver cgroup", que é importante para o gerenciamento dos cgroups em máquinas Linux.

Solucionando problemas

Se você encontrar problemas com o kubeadm, por favor consulte a nossa documentação de solução de problemas.

Próximos passos

2.2 - Instalando Kubernetes com kOps

Este início rápido mostra como instalar facilmente um cluster Kubernetes na AWS usando uma ferramenta chamada kOps.

kOps é um sistema de provisionamento automatizado:

Antes de você começar

Como criar um cluster

(1/5) Instalar kops

Instalação

Faça o download do kops na página de downloads (também é conveniente gerar um binário a partir do código-fonte):

Baixe a versão mais recente com o comando:

curl -LO https://github.com/kubernetes/kops/releases/download/$(curl -s https://api.github.com/repos/kubernetes/kops/releases/latest | grep tag_name | cut -d '"' -f 4)/kops-darwin-amd64

Para baixar uma versão específica, substitua a seguinte parte do comando pela versão específica do kops.

$(curl -s https://api.github.com/repos/kubernetes/kops/releases/latest | grep tag_name | cut -d '"' -f 4)

Por exemplo, para baixar kops versão v1.20.0 digite:

curl -LO https://github.com/kubernetes/kops/releases/download/v1.20.0/kops-darwin-amd64

Dê a permissão de execução ao binário do kops.

chmod +x kops-darwin-amd64

Mova o binário do kops para o seu PATH.

sudo mv kops-darwin-amd64 /usr/local/bin/kops

Você também pode instalar kops usando Homebrew.

brew update && brew install kops

Baixe a versão mais recente com o comando:

curl -LO https://github.com/kubernetes/kops/releases/download/$(curl -s https://api.github.com/repos/kubernetes/kops/releases/latest | grep tag_name | cut -d '"' -f 4)/kops-linux-amd64

Para baixar uma versão específica do kops, substitua a seguinte parte do comando pela versão específica do kops.

$(curl -s https://api.github.com/repos/kubernetes/kops/releases/latest | grep tag_name | cut -d '"' -f 4)

Por exemplo, para baixar kops versão v1.20.0 digite:

curl -LO https://github.com/kubernetes/kops/releases/download/v1.20.0/kops-linux-amd64

Dê a permissão de execução ao binário do kops

chmod +x kops-linux-amd64

Mova o binário do kops para o seu PATH.

sudo mv kops-linux-amd64 /usr/local/bin/kops

Você também pode instalar kops usando Homebrew.

brew update && brew install kops

(2/5) Crie um domínio route53 para seu cluster

O kops usa DNS para descoberta, tanto dentro do cluster quanto fora, para que você possa acessar o servidor da API do kubernetes a partir dos clientes.

kops tem uma opinião forte sobre o nome do cluster: deve ser um nome DNS válido. Ao fazer isso, você não confundirá mais seus clusters, poderá compartilhar clusters com seus colegas de forma inequívoca e alcançá-los sem ter de lembrar de um endereço IP.

Você pode e provavelmente deve usar subdomínios para dividir seus clusters. Como nosso exemplo usaremos useast1.dev.example.com. O endpoint do servidor de API será então api.useast1.dev.example.com.

Uma zona hospedada do Route53 pode servir subdomínios. Sua zona hospedada pode ser useast1.dev.example.com, mas também dev.example.com ou até example.com. kops funciona com qualquer um deles, então normalmente você escolhe por motivos de organização (por exemplo, você tem permissão para criar registros em dev.example.com, mas não em example.com).

Vamos supor que você esteja usando dev.example.com como sua zona hospedada. Você cria essa zona hospedada usando o processo normal, ou com um comando como aws route53 create-hosted-zone --name dev.example.com --caller-reference 1.

Você deve então configurar seus registros NS no domínio principal, para que os registros no domínio sejam resolvidos. Aqui, você criaria registros NS no example.com para dev. Se for um nome de domínio raiz, você configuraria os registros NS em seu registrador de domínio (por exemplo example.com, precisaria ser configurado onde você comprou example.com).

Verifique a configuração do seu domínio route53 (é a causa número 1 de problemas!). Você pode verificar novamente se seu cluster está configurado corretamente se tiver a ferramenta dig executando:

dig NS dev.example.com

Você deve ver os 4 registros NS que o Route53 atribuiu à sua zona hospedada.

(3/5) Crie um bucket do S3 para armazenar o estado dos clusters

O kops permite que você gerencie seus clusters mesmo após a instalação. Para fazer isso, ele deve acompanhar os clusters que você criou, juntamente com suas configurações, as chaves que estão usando etc. Essas informações são armazenadas em um bucket do S3. As permissões do S3 são usadas para controlar o acesso ao bucket.

Vários clusters podem usar o mesmo bucket do S3 e você pode compartilhar um bucket do S3 entre seus colegas que administram os mesmos clusters - isso é muito mais fácil do que transmitir arquivos kubecfg. Mas qualquer pessoa com acesso ao bucket do S3 terá acesso administrativo a todos os seus clusters, portanto, você não deseja compartilhá-lo além da equipe de operações.

Portanto, normalmente você tem um bucket do S3 para cada equipe de operações (e geralmente o nome corresponderá ao nome da zona hospedada acima!)

Em nosso exemplo, escolhemos dev.example.com como nossa zona hospedada, então vamos escolher clusters.dev.example.com como o nome do bucket do S3.

  • Exporte AWS_PROFILE (se precisar selecione um perfil para que a AWS CLI funcione)

  • Crie o bucket do S3 usando aws s3 mb s3://clusters.dev.example.com

  • Você pode rodar export KOPS_STATE_STORE=s3://clusters.dev.example.com e, em seguida, o kops usará esse local por padrão. Sugerimos colocar isso em seu perfil bash ou similar.

(4/5) Crie sua configuração de cluster

Execute kops create cluster para criar sua configuração de cluster:

kops create cluster --zones=us-east-1c useast1.dev.example.com

kops criará a configuração para seu cluster. Observe que ele apenas cria a configuração, na verdade não cria os recursos de nuvem - você fará isso na próxima etapa com um arquivo kops update cluster. Isso lhe dá a oportunidade de revisar a configuração ou alterá-la.

Ele exibe comandos que você pode usar para explorar mais:

  • Liste seus clusters com: kops get cluster
  • Edite este cluster com: kops edit cluster useast1.dev.example.com
  • Edite seu grupo de instâncias de nós: kops edit ig --name=useast1.dev.example.com nodes
  • Edite seu grupo de instâncias principal: kops edit ig --name=useast1.dev.example.com master-us-east-1c

Se esta é sua primeira vez usando kops, gaste alguns minutos para experimentá-los! Um grupo de instâncias é um conjunto de instâncias que serão registradas como nós do kubernetes. Na AWS, isso é implementado por meio de grupos de auto-scaling. Você pode ter vários grupos de instâncias, por exemplo, se quiser nós que sejam uma combinação de instâncias spot e sob demanda ou instâncias de GPU e não GPU.

(5/5) Crie o cluster na AWS

Execute kops update cluster para criar seu cluster na AWS:

kops update cluster useast1.dev.example.com --yes

Isso leva alguns segundos para ser executado, mas seu cluster provavelmente levará alguns minutos para estar realmente pronto. kops update cluster será a ferramenta que você usará sempre que alterar a configuração do seu cluster; ele aplica as alterações que você fez na configuração ao seu cluster - reconfigurando AWS ou kubernetes conforme necessário.

Por exemplo, depois de você executar kops edit ig nodes, em seguida execute kops update cluster --yes para aplicar sua configuração e, às vezes, você também precisará kops rolling-update cluster para implementar a configuração imediatamente.

Sem --yes, kops update cluster mostrará uma prévia do que ele fará. Isso é útil para clusters de produção!

Explore outros complementos

Consulte a lista de complementos para explorar outros complementos, incluindo ferramentas para registro, monitoramento, política de rede, visualização e controle de seu cluster Kubernetes.

Limpeza

  • Para excluir seu cluster: kops delete cluster useast1.dev.example.com --yes

Próximos passos

2.3 - Soluções de Nuvem Prontas para uso

Essa página fornece uma lista de provedores de soluções certificadas do Kubernetes. Na página de cada provedor, você pode aprender como instalar e configurar clusters prontos para produção.

3 - Conceitos

A seção de Conceitos irá te ajudar a aprender mais sobre as partes do ecossistema Kubernetes e as abstrações que o Kubernetes usa para representar seu cluster.

Ela irá lhe ajudar a obter um entendimento mais profundo sobre como o Kubernetes funciona.

3.1 - Visão Geral

Kubernetes é um plataforma de código aberto, portável e extensiva para o gerenciamento de cargas de trabalho e serviços distribuídos em contêineres, que facilita tanto a configuração declarativa quanto a automação. Ele possui um ecossistema grande, e de rápido crescimento. Serviços, suporte, e ferramentas para Kubernetes estão amplamente disponíveis.

Essa página é uma visão geral do Kubernetes.

Kubernetes é um plataforma de código aberto, portável e extensiva para o gerenciamento de cargas de trabalho e serviços distribuídos em contêineres, que facilita tanto a configuração declarativa quanto a automação. Ele possui um ecossistema grande, e de rápido crescimento. Serviços, suporte, e ferramentas para Kubernetes estão amplamente disponíveis.

O Google tornou Kubernetes um projeto de código-aberto em 2014. O Kubernetes combina mais de 15 anos de experiência do Google executando cargas de trabalho produtivas em escala, com as melhores idéias e práticas da comunidade.

O nome Kubernetes tem origem no Grego, significando timoneiro ou piloto. K8s é a abreviação derivada pela troca das oito letras "ubernete" por "8", se tornado K"8"s.

Voltando no tempo

Vamos dar uma olhada no porque o Kubernetes é tão útil, voltando no tempo.

Evolução das implantações

Era da implantação tradicional: No início, as organizações executavam aplicações em servidores físicos. Não havia como definir limites de recursos para aplicações em um mesmo servidor físico, e isso causava problemas de alocação de recursos. Por exemplo, se várias aplicações fossem executadas em um mesmo servidor físico, poderia haver situações em que uma aplicação ocupasse a maior parte dos recursos e, como resultado, o desempenho das outras aplicações seria inferior. Uma solução para isso seria executar cada aplicação em um servidor físico diferente. Mas isso não escalava, pois os recursos eram subutilizados, e se tornava custoso para as organizações manter muitos servidores físicos.

Era da implantação virtualizada: Como solução, a virtualização foi introduzida. Esse modelo permite que você execute várias máquinas virtuais (VMs) em uma única CPU de um servidor físico. A virtualização permite que as aplicações sejam isoladas entre as VMs, e ainda fornece um nível de segurança, pois as informações de uma aplicação não podem ser acessadas livremente por outras aplicações.

A virtualização permite melhor utilização de recursos em um servidor físico, e permite melhor escalabilidade porque uma aplicação pode ser adicionada ou atualizada facilmente, reduz os custos de hardware e muito mais. Com a virtualização, você pode apresentar um conjunto de recursos físicos como um cluster de máquinas virtuais descartáveis.

Cada VM é uma máquina completa que executa todos os componentes, incluindo seu próprio sistema operacional, além do hardware virtualizado.

Era da implantação em contêineres: Contêineres são semelhantes às VMs, mas têm propriedades de isolamento flexibilizados para compartilhar o sistema operacional (SO) entre as aplicações. Portanto, os contêineres são considerados leves. Semelhante a uma VM, um contêiner tem seu próprio sistema de arquivos, compartilhamento de CPU, memória, espaço de processo e muito mais. Como eles estão separados da infraestrutura subjacente, eles são portáveis entre nuvens e distribuições de sistema operacional.

Contêineres se tornaram populares porque eles fornecem benefícios extra, tais como:

  • Criação e implantação ágil de aplicações: aumento da facilidade e eficiência na criação de imagem de contêiner comparado ao uso de imagem de VM.
  • Desenvolvimento, integração e implantação contínuos: fornece capacidade de criação e de implantação de imagens de contêiner de forma confiável e frequente, com a funcionalidade de efetuar reversões rápidas e eficientes (devido à imutabilidade da imagem).
  • Separação de interesses entre Desenvolvimento e Operações: crie imagens de contêineres de aplicações no momento de construção/liberação em vez de no momento de implantação, desacoplando as aplicações da infraestrutura.
  • A capacidade de observação (Observabilidade) não apenas apresenta informações e métricas no nível do sistema operacional, mas também a integridade da aplicação e outros sinais.
  • Consistência ambiental entre desenvolvimento, teste e produção: funciona da mesma forma em um laptop e na nuvem.
  • Portabilidade de distribuição de nuvem e sistema operacional: executa no Ubuntu, RHEL, CoreOS, localmente, nas principais nuvens públicas e em qualquer outro lugar.
  • Gerenciamento centrado em aplicações: eleva o nível de abstração da execução em um sistema operacional em hardware virtualizado à execução de uma aplicação em um sistema operacional usando recursos lógicos.
  • Microserviços fracamente acoplados, distribuídos, elásticos e livres: as aplicações são divididas em partes menores e independentes e podem ser implantados e gerenciados dinamicamente - não uma pilha monolítica em execução em uma grande máquina de propósito único.
  • Isolamento de recursos: desempenho previsível de aplicações.
  • Utilização de recursos: alta eficiência e densidade.

Por que você precisa do Kubernetes e o que ele pode fazer

Os contêineres são uma boa maneira de agrupar e executar suas aplicações. Em um ambiente de produção, você precisa gerenciar os contêineres que executam as aplicações e garantir que não haja tempo de inatividade. Por exemplo, se um contêiner cair, outro contêiner precisa ser iniciado. Não seria mais fácil se esse comportamento fosse controlado por um sistema?

É assim que o Kubernetes vem ao resgate! O Kubernetes oferece uma estrutura para executar sistemas distribuídos de forma resiliente. Ele cuida do escalonamento e da recuperação à falha de sua aplicação, fornece padrões de implantação e muito mais. Por exemplo, o Kubernetes pode gerenciar facilmente uma implantação no método canário para seu sistema.

O Kubernetes oferece a você:

  • Descoberta de serviço e balanceamento de carga O Kubernetes pode expor um contêiner usando o nome DNS ou seu próprio endereço IP. Se o tráfego para um contêiner for alto, o Kubernetes pode balancear a carga e distribuir o tráfego de rede para que a implantação seja estável.
  • Orquestração de armazenamento O Kubernetes permite que você monte automaticamente um sistema de armazenamento de sua escolha, como armazenamentos locais, provedores de nuvem pública e muito mais.
  • Lançamentos e reversões automatizadas Você pode descrever o estado desejado para seus contêineres implantados usando o Kubernetes, e ele pode alterar o estado real para o estado desejado em um ritmo controlado. Por exemplo, você pode automatizar o Kubernetes para criar novos contêineres para sua implantação, remover os contêineres existentes e adotar todos os seus recursos para o novo contêiner.
  • Empacotamento binário automático Você fornece ao Kubernetes um cluster de nós que pode ser usado para executar tarefas nos contêineres. Você informa ao Kubernetes de quanta CPU e memória (RAM) cada contêiner precisa. O Kubernetes pode encaixar contêineres em seus nós para fazer o melhor uso de seus recursos.
  • Autocorreção O Kubernetes reinicia os contêineres que falham, substitui os contêineres, elimina os contêineres que não respondem à verificação de integridade definida pelo usuário e não os anuncia aos clientes até que estejam prontos para servir.
  • Gerenciamento de configuração e de segredos O Kubernetes permite armazenar e gerenciar informações confidenciais, como senhas, tokens OAuth e chaves SSH. Você pode implantar e atualizar segredos e configuração de aplicações sem reconstruir suas imagens de contêiner e sem expor segredos em sua pilha de configuração.

O que o Kubernetes não é

O Kubernetes não é um sistema PaaS (plataforma como serviço) tradicional e completo. Como o Kubernetes opera no nível do contêiner, e não no nível do hardware, ele fornece alguns recursos geralmente aplicáveis comuns às ofertas de PaaS, como implantação, escalonamento, balanceamento de carga, e permite que os usuários integrem suas soluções de logging, monitoramento e alerta. No entanto, o Kubernetes não é monolítico, e essas soluções padrão são opcionais e conectáveis. O Kubernetes fornece os blocos de construção para a construção de plataformas de desenvolvimento, mas preserva a escolha e flexibilidade do usuário onde é importante.

Kubernetes:

  • Não limita os tipos de aplicações suportadas. O Kubernetes visa oferecer suporte a uma variedade extremamente diversa de cargas de trabalho, incluindo cargas de trabalho sem estado, com estado e de processamento de dados. Se uma aplicação puder ser executada em um contêiner, ele deve ser executado perfeitamente no Kubernetes.
  • Não implanta código-fonte e não constrói sua aplicação. Os fluxos de trabalho de integração contínua, entrega e implantação (CI/CD) são determinados pelas culturas e preferências da organização, bem como pelos requisitos técnicos.
  • Não fornece serviços em nível de aplicação, tais como middleware (por exemplo, barramentos de mensagem), estruturas de processamento de dados (por exemplo, Spark), bancos de dados (por exemplo, MySQL), caches, nem sistemas de armazenamento em cluster (por exemplo, Ceph), como serviços integrados. Esses componentes podem ser executados no Kubernetes e/ou podem ser acessados por aplicações executadas no Kubernetes por meio de mecanismos portáteis, como o Open Service Broker.
  • Não dita soluções de logging, monitoramento ou alerta. Ele fornece algumas integrações como prova de conceito e mecanismos para coletar e exportar métricas.
  • Não fornece nem exige um sistema/idioma de configuração (por exemplo, Jsonnet). Ele fornece uma API declarativa que pode ser direcionada por formas arbitrárias de especificações declarativas.
  • Não fornece nem adota sistemas abrangentes de configuração de máquinas, manutenção, gerenciamento ou autocorreção.
  • Adicionalmente, o Kubernetes não é um mero sistema de orquestração. Na verdade, ele elimina a necessidade de orquestração. A definição técnica de orquestração é a execução de um fluxo de trabalho definido: primeiro faça A, depois B e depois C. Em contraste, o Kubernetes compreende um conjunto de processos de controle independentes e combináveis que conduzem continuamente o estado atual em direção ao estado desejado fornecido. Não importa como você vai de A para C. O controle centralizado também não é necessário. Isso resulta em um sistema que é mais fácil de usar e mais poderoso, robusto, resiliente e extensível.

Próximos passos

3.1.1 - Componentes do Kubernetes

Um cluster Kubernetes consiste de componentes que são parte da camada de gerenciamento e de um conjunto de máquinas chamadas nós.

Ao implantar o Kubernetes, você obtém um cluster.

Um cluster Kubernetes consiste em um conjunto de servidores de processamento, chamados nós, que executam aplicações containerizadas. Todo cluster possui ao menos um servidor de processamento (worker node).

O(s) servidor(es) de processamento hospeda(m) os Pods, que são componentes de uma aplicação. A camada de gerenciamento gerencia os nós de processamento e os Pods no cluster. Em ambientes de produção, a camada de gerenciamento geralmente executa em múltiplos computadores e um cluster geralmente executa múltiplos nós, fornecendo tolerância a falhas e alta disponibilidade.

Este documento descreve os vários componentes que você precisa ter para implantar um cluster Kubernetes completo e funcional.

Componentes do Kubernetes

Os componentes de um cluster do Kubernetes

Componentes da camada de gerenciamento

Os componentes da camada de gerenciamento tomam decisões globais sobre o cluster (por exemplo, alocação de Pods), bem como detectam e respondem aos eventos do cluster (por exemplo, inicialização de um novo Pod quando o campo replicas de um Deployment não está atendido).

Os componentes da camada de gerenciamento podem ser executados em qualquer máquina do cluster. Contudo, para simplificar, os scripts de configuração normalmente iniciam todos os componentes da camada de gerenciamento na mesma máquina, e contêineres com cargas de trabalho do usuário não rodam nesta máquina. Veja Construindo clusters altamente disponíveis com o kubeadm para um exemplo de configuração da camada de gerenciamento que roda em múltiplas máquinas.

kube-apiserver

O servidor da API é um componente da camada de gerenciamento do Kubernetes que expõe a API do Kubernetes. O servidor da API é o front end para a camada de gerenciamento do Kubernetes.

A principal implementação de um servidor de API do Kubernetes é o kube-apiserver. O kube-apiserver foi projetado para ser escalonado horizontalmente — ou seja, ele pode ser escalonado com a criação de mais instâncias. Você pode executar várias instâncias do kube-apiserver e distribuir o tráfego entre essas instâncias.

etcd

Armazenamento do tipo chave-valor consistente e de alta-disponibilidade, usado como armazenamento de apoio do Kubernetes para todos os dados do cluster.

Se o seu cluster Kubernetes usa o etcd como seu armazenamento de apoio, certifique-se de ter um plano de backup para seus dados.

Você pode encontrar informações detalhadas sobre o etcd na documentação oficial.

kube-scheduler

Componente da camada de gerenciamento que observa os Pods recém-criados e que ainda não foram atribuídos a um , e seleciona um nó para executá-los.

Os fatores levados em consideração para as decisões de alocação incluem: requisitos de recursos individuais e coletivos, restrições de hardware/software/política, especificações de afinidade e antiafinidade, localidade de dados, interferência entre cargas de trabalho, e prazos.

kube-controller-manager

Componente da camada de gerenciamento que executa os processos de controlador.

Logicamente, cada controlador está em um processo separado, mas para reduzir a complexidade, eles todos são compilados num único binário e executam em um processo único.

Alguns tipos desses controladores são:

  • Controlador de nó: responsável por perceber e responder quando os nós caem.
  • Controlador de Jobs: observa os objetos Job, que representam tarefas únicas, e em seguida cria Pods para executar essas tarefas até a conclusão.
  • Controlador de EndpointSlice: preenche o objeto EndpointSlice (conecta os objetos Service e Pod).
  • Controlador de ServiceAccount: cria a ServiceAccount default para novos namespaces.

cloud-controller-manager

Um componente da camada de gerenciamento do Kubernetes que incorpora a lógica de controle específica da nuvem. O gerenciador de controle de nuvem permite que você vincule seu cluster na API do seu provedor de nuvem, e separar os componentes que interagem com essa plataforma de nuvem a partir de componentes que apenas interagem com seu cluster.

O cloud-controller-manager executa apenas controladores que são específicos para seu provedor de nuvem. Se você estiver executando o Kubernetes em suas próprias instalações ou em um ambiente de aprendizagem dentro de seu próprio PC, o cluster não possui um gerenciador de controlador de nuvem.

Tal como acontece com o kube-controller-manager, o cloud-controller-manager combina vários ciclos de controle logicamente independentes em um binário único que você executa como um processo único. Você pode escalonar horizontalmente (executar mais de uma cópia) para melhorar o desempenho ou para auxiliar na tolerância a falhas.

Os seguintes controladores podem ter dependências de provedor de nuvem:

  • Controlador de nó: para verificar junto ao provedor de nuvem para determinar se um nó foi excluído da nuvem após parar de responder.
  • Controlador de rota: para configurar rotas na infraestrutura de nuvem subjacente.
  • Controlador de serviço: para criar, atualizar e excluir balanceadores de carga do provedor de nuvem.

Componentes do nó

Os componentes do nó são executados em todos os nós, mantendo os Pods em execução e fornecendo o ambiente de execução do Kubernetes.

kubelet

Um agente que é executado em cada no cluster. Ele garante que os contêineres estejam sendo executados em um Pod.

O kubelet utiliza um conjunto de PodSpecs que são fornecidos por vários mecanismos e garante que os contêineres descritos nesses PodSpecs estejam funcionando corretamente. O kubelet não gerencia contêineres que não foram criados pelo Kubernetes.

kube-proxy

kube-proxy é um proxy de rede executado em cada no seu cluster, implementando parte do conceito de serviço do Kubernetes.

kube-proxy mantém regras de rede nos nós. Estas regras de rede permitem a comunicação de rede com seus pods a partir de sessões de rede dentro ou fora de seu cluster.

kube-proxy usa a camada de filtragem de pacotes do sistema operacional se houver uma e estiver disponível. Caso contrário, o kube-proxy encaminha o tráfego ele mesmo.

Agente de execução de contêiner

O agente de execução (runtime) de contêiner é o software responsável por executar os contêineres.

O Kubernetes suporta diversos agentes de execução de contêineres: Docker, containerd, CRI-O, e qualquer implementação do Kubernetes CRI (Container Runtime Interface).

Complementos (addons)

Complementos (addons) usam recursos do Kubernetes (DaemonSet, Deployment, etc) para implementar funcionalidades do cluster. Como fornecem funcionalidades em nível do cluster, recursos de complementos que necessitem ser criados dentro de um namespace pertencem ao namespace kube-system.

Alguns complementos selecionados são descritos abaixo; para uma lista estendida dos complementos disponíveis, consulte Instalando Complementos.

DNS

Embora os outros complementos não sejam estritamente necessários, todos os clusters do Kubernetes devem ter um DNS do cluster, já que muitos exemplos dependem disso.

O DNS do cluster é um servidor DNS, além de outros servidores DNS em seu ambiente, que fornece registros DNS para serviços do Kubernetes.

Os contêineres iniciados pelo Kubernetes incluem automaticamente esse servidor DNS em suas pesquisas DNS.

Web UI (Dashboard)

O dashboard é uma interface de usuário Web, de uso geral, para clusters do Kubernetes. Ele permite que os usuários gerenciem e solucionem problemas de aplicações em execução no cluster, bem como o próprio cluster.

Monitoramento de recursos do contêiner

O monitoramento de recursos do contêiner registra métricas de série temporal genéricas sobre os contêineres em um banco de dados central e fornece uma interface de usuário para navegar por esses dados.

Logging a nivel do cluster

Um mecanismo de logging a nível do cluster é responsável por guardar os logs dos contêineres em um armazenamento central de logs com uma interface para navegação/pesquisa.

Próximos passos

3.1.2 - Objetos do Kubernetes

3.1.2.1 - Entendendo os objetos do Kubernetes

Esta página explica como os objetos do Kubernetes são representados na API do Kubernetes e como você pode expressá-los no formato .yaml.

Entendendo os objetos do Kubernetes

Os objetos do Kubernetes são entidades persistentes no Kubernetes. Kubernetes utiliza estas entidades para representar o estado do cluster. Especificamente, eles podem descrever:

  • Quais aplicativos estão sendo executados (e em quais nós).
  • Os recursos disponíveis para esses aplicativos
  • As políticas acerca de como esses aplicativos se comportam, como políticas de reinicialização e tolerâncias a falhas.

Um objeto do Kubernetes é um “registro de intenção”-uma vez criado o objeto, o sistema do Kubernetes trabalha constantemente para garantir que este objeto existe. Ao criar um objeto, você está efetivamente falando para o sistema do Kubernetes como você quer que a carga do seu cluster seja. Este é o estado desejado do seu cluster.

Para trabalhar com objetos do Kubernetes seja para criar, modificar ou deletar eles, você precisará usar a API do Kubernetes. Quando você usa a interface de linha de comando do kubectl, por exemplo, o CLI faz as chamadas necessárias na API do Kubernetes para você. Você também pode usar a API do Kubernetes diretamente no seu próprio programa usando uma das Bibliotecas.

Especificação e status do objeto

Quase todos os objetos do Kubernetes incluem dois campos de objetos aninhados que governam a configuração do objeto: a especificação do objeto e o status do objeto. Para objetos que têm especificação, você tem que definir isso quando você cria o objeto, fornecendo uma descrição das características que você quer que o recurso tenha: o seu estado desejado.

O status descreve o estado atual do objeto, fornecido e atualizado pelo Kubernetes e seus componentes. A camada de gerenciamento do Kubernetes gerência continuamente e ativamente o real estado para corresponder ao estado desejado que você forneceu.

Por exemplo, no Kubernetes, o Deployment é um objeto que pode representar uma aplicação executando no seu cluster. Quando você cria o Deployment, você pode alterar a especificaçãopara definir que você quer três réplicas da aplicação em execução simultânea. O Kubernetes lê as especificações do Deployment e inicia três instâncias do seu aplicativo desejado, atualizando o status para corresponder às suas especificações. Se uma dessas instâncias falhar (um status mudar), o Kubernetes responde as diferenças entre as especificações e o status fazendo uma correção-neste caso, iniciando uma instância de substituição.

Para mais informações sobre especificações do objeto, status e metadados, veja Kubernetes API Conventions.

Descrevendo um objeto Kubernetes

Quando se cria um objeto do Kubernetes, deve-se fornecer a especificação do objeto que descreve seu estado desejado, bem como algumas informações básicas sobre o objeto (como um nome, por exemplo). Quando utiliza a API Kubernetes para criar o objeto (diretamente ou via kubectl), essa solicitação de API deve incluir essa informação como JSON no corpo da solicitação. Na maioria das vezes, você fornece as informações ao comando kubectl em um arquivo .yaml. O comandokubectl converte a informação para JSON ao fazer a requisição para a API.

Aqui está um exemplo de arquivo .yaml que mostra os campos necessários e as especificações de objeto para uma implatação Kubernetes:

apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  name: nginx-deployment
spec:
  selector:
    matchLabels:
      app: nginx
  replicas: 2 # diz ao deployment para executar 2 pods que correspondam ao modelo
  template:
    metadata:
      labels:
        app: nginx
    spec:
      containers:
      - name: nginx
        image: nginx:1.14.2
        ports:
        - containerPort: 80

Uma maneira de criar um Deployment usando um arquivo .yaml como o representado acima é usar o comando kubectl apply na interface de linha de comando kubectl, passando o arquivo .yaml como argumento. Aqui está um exemplo:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/application/deployment.yaml

A saída será similar a esta:

deployment.apps/nginx-deployment created

Campos obrigatórios

No arquivo .yaml para o objeto Kubernetes que pretende criar, você precisará definir valores para os seguintes campos:

  • apiVersion - Qual a versão de API do objeto que será usado no Kubernetes para criar esse objeto.
  • kind - Qual tipo de objeto pretende criar.
  • metadata - Dados que ajudam a identificar de forma única o objeto, incluindo uma string nome, UID e um namespace.
  • spec - Que estado deseja para o objeto.

O formato preciso do objeto spec é diferente para cada objeto Kubernetes, e contém campos aninhados específicos para aquele objeto. A documentação de referência da API do Kubernetes pode ajudar a encontrar o formato de especificação para todos os objetos que você pode criar usando Kubernetes.

Por exemplo, veja o campo de spec field para a referência Pod API. Para cada Pod, o campo .spec especifica o pod e seu estado desejado (como o nome da imagem do contêiner para cada recipiente dentro daquela cápsula). Outro exemplo de especificação de um objeto é o campo spec . Para o StatefulSet, o campo .spec especifica o StatefulSet e seu estado desejado. Dentro do .spec de um StatefulSet está um template para objetos de Pod. Esse modelo descreve os Pods que o controlador StatefulSet criará para satisfazer a especificação do StatefulSet. Diferentes tipos de objetos também podem ter diferentes .status; novamente, as páginas de referência API detalham a estrutura daquele campo .status, e seu conteúdo para cada tipo diferente de objeto.

Próximos passos

Aprenda sobre os mais importantes objetos básicos Kubernetes, como o Pod. Aprenda sobre as controladoras do Kubernetes. Usando a API Kubernetes explica mais alguns conceitos da API.

3.1.2.2 - Nomes de objetos e IDs

Cada objeto em seu cluster possui um Nome que é único para aquele tipo de recurso. Todo objeto do Kubernetes também possui um UID que é único para todo o cluster.

Por exemplo, você pode ter apenas um Pod chamado myapp-1234 dentro de um namespace, porém você pode ter um Pod e um Deployment ambos com o nome myapp-1234.

Para atributos não-únicos definidos pelo usuário, o Kubernetes fornece labels e annotations.

Nomes

Uma string fornecida pelo cliente que referencia um objeto em uma URL de recurso, como por exemplo /api/v1/pods/qualquer-nome.

Somente um objeto de um dado tipo pode ter um certo nome por vez. No entanto, se você remover o objeto, você poderá criar um novo objeto com o mesmo nome.

Abaixo estão descritos quatro tipos de restrições de nomes comumente utilizadas para recursos.

Nomes de subdomínio DNS

A maior parte dos recursos do Kubernetes requerem um nome que possa ser utilizado como um nome de subdomínio DNS, conforme definido na RFC 1123. Isso significa que o nome deve:

  • conter no máximo 253 caracteres
  • conter somente caracteres alfanuméricos em caixa baixa, traço ('-') ou ponto ('.').
  • iniciar com um caractere alfanumérico
  • terminar com um caractere alfanumérico

Nomes de rótulos da RFC 1123

Alguns tipos de recurso requerem que seus nomes sigam o padrão de rótulos DNS definido na RFC 1123. Isso significa que o nome deve:

  • conter no máximo 63 caracteres
  • conter somente caracteres alfanuméricos em caixa baixa ou traço ('-')
  • iniciar com um caractere alfanumérico
  • terminar com um caractere alfanumérico

Nomes de rótulo da RFC 1035

Alguns tipos de recurso requerem que seus nomes sigam o padrão de rótulos DNS definido na RFC 1035. Isso significa que o nome deve:

  • conter no máximo 63 caracteres
  • conter somente caracteres alfanuméricos em caixa baixa ou traço ('-')
  • iniciar com um caractere alfanumérico
  • terminar com um caractere alfanumérico

Nomes de segmentos de caminhos

Alguns tipos de recurso requerem que seus nomes possam ser seguramente codificados como um segmento de caminho, ou seja, o nome não pode ser "." ou ".." e não pode conter "/" ou "%".

Exemplo de um manifesto para um Pod chamado nginx-demo.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx-demo
spec:
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx:1.7.9
    ports:
    - containerPort: 80

UIDs

Uma string gerada pelos sistemas do Kubernetes para identificar objetos de forma única.

Cada objeto criado durante todo o ciclo de vida do cluster do Kubernetes possui um UID distinto. O objetivo deste identificador é distinguir ocorrências históricas de entidades semelhantes.

UIDs no Kubernetes são identificadores únicos universais (também conhecidos como UUIDs). UUIDs seguem os padrões ISO/IEC 9834-8 e ITU-T X.667.

Próximos passos

3.1.2.3 - Namespaces

No Kubernetes, namespaces disponibilizam um mecanismo para isolar grupos de recursos dentro de um único cluster. Nomes de recursos precisam ser únicos dentro de um namespace, porém podem se repetir em diferentes namespaces. Escopos baseados em namespaces são aplicáveis apenas para objetos com namespace (como: Deployments, Services, etc) e não em objetos que abrangem todo o cluster (como: StorageClass, Nodes, PersistentVolumes, etc).

Quando Utilizar Múltiplos Namespaces

Namespaces devem ser utilizados em ambientes com múltiplos usuários espalhados por diversos times ou projetos. Para clusters com poucos ou até algumas dezenas de usuários, você não deveria precisar criar ou pensar a respeito de namespaces. Comece a utilizar namespaces quando você precisar das funcionalidades que eles oferecem.

Namespaces oferecem escopo para nomes. Nomes de recursos precisam ser únicos dentro de um namespace, porém não em diferentes namespaces. Namespaces não podem ser aninhados dentro de outros namespaces e cada recurso Kubernetes pode pertencer à apenas um namespace.

Namespaces nos permitem dividir os recursos do cluster entre diferentes usuários (via resource quota).

Não é necessário utilizar múltiplos namespaces para separar recursos levemente diferentes, como diferentes versões de um mesmo software: use labels para distinguir recursos dentro de um mesmo namespace.

Trabalhando com Namespaces

Criação e eliminação de namespaces estão descritas na documentação de namespaces do guia de administradores.

Visualizando namespaces

Você pode obter uma lista dos namespaces atuais dentro de um cluster com:

kubectl get namespace
NAME              STATUS   AGE
default           Active   1d
kube-node-lease   Active   1d
kube-public       Active   1d
kube-system       Active   1d

O Kubernetes é inicializado com quatro namespaces:

  • default O namespace padrão para objetos sem namespace
  • kube-system O namespace para objetos criados pelo sistema Kubernetes
  • kube-public Este namespace é criado automaticamente e é legível por todos os usuários (incluindo usuários não autenticados). Este namespace é reservado principalmente para uso do cluster, no caso de alguns recursos que precisem ser visíveis e legíveis publicamente por todo o cluster. O aspecto público deste namespace é apenas uma convenção, não um requisito.
  • kube-node-lease Este namespace contém os objetos de Lease associados com cada node. Node leases permitem que o kubelet envie heartbeats para que a camada de gerenciamento detecte falhas nos nodes.

Preparando o namespace para uma requisição

Para preparar o namespace para a requisição atual, utilize o parâmetro --namespace. Por exemplo:

kubectl run nginx --image=nginx --namespace=<insert-namespace-name-here>
kubectl get pods --namespace=<insert-namespace-name-here>

Configurando a preferência de namespaces

Você pode salvar permanentemente o namespace para todos os comandos kubectl subsequentes no mesmo contexto:

kubectl config set-context --current --namespace=<insert-namespace-name-here>
# Validando
kubectl config view --minify | grep namespace:

Namespaces e DNS

Quando você cria um Serviço, ele cria uma entrada DNS correspondente. Esta entrada possui o formato: <service-name>.<namespace-name>.svc.cluster.local, de forma que se um contêiner utilizar apenas <service-name> ele será resolvido para um serviço que é local ao namespace. Isso é útil para utilizar a mesma configuração em vários namespaces, por exemplo em Desenvolvimento, Staging e Produção. Se você quiser acessar múltiplos namespaces, precisará utilizar um Fully Qualified Domain Name (FQDN).

Nem todos os objetos pertencem a algum Namespace

A maior parte dos recursos Kubernetes (como Pods, Services, controladores de replicação e outros) pertencem a algum namespace. Entretanto, recursos de namespaces não pertencem a nenhum namespace. Além deles, recursos de baixo nível, como nodes e persistentVolumes, também não pertencem a nenhum namespace.

Para visualizar quais recursos Kubernetes pertencem ou não a algum namespace, utilize:

# Em um namespace
kubectl api-resources --namespaced=true

# Sem namespace
kubectl api-resources --namespaced=false

Rotulamento Automático

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes 1.21 [beta]

A camada de gerenciamento Kubernetes configura um label imutável kubernetes.io/metadata.name em todos os namespaces se a feature gate NamespaceDefaultLabelName estiver habilitada. O valor do label é o nome do namespace.

Próximos passos

3.1.2.4 - Seletores de Campos

Os Seletores de Campos permitem que você selecione recursos do Kubernetes baseado no valor de um ou mais campos de um recurso. Seguem alguns exemplos de buscas utilizando seletores de campos:

  • metadata.name=my-service
  • metadata.namespace!=default
  • status.phase=Pending

O comando kubectl, mostrado a seguir, seleciona todos os Pods nos quais o valor do campo status.phase é Running:

kubectl get pods --field-selector status.phase=Running

Campos suportados

Os campos de seleção suportados variam dependendo do tipo de recurso Kubernetes. Todos os tipos de recursos suportam os campos metadata.name e metadata.namespace. Utilizar campos não suportados produz um erro. Como por exemplo:

kubectl get ingress --field-selector foo.bar=baz
Error from server (BadRequest): Unable to find "ingresses" that match label selector "", field selector "foo.bar=baz": "foo.bar" is not a known field selector: only "metadata.name", "metadata.namespace"

Operadores suportados

Você pode utilizar os operadores =, == e != com seletores de campos (= e == significam a mesma coisa). Por exemplo, o comando kubectl a seguir seleciona todos os Kubernetes Services que não estão no namespace default:

kubectl get services  --all-namespaces --field-selector metadata.namespace!=default

Seletores em cadeia

Assim como label e outros tipos de seletores, podem ser utilizados em cadeia através de uma lista separada por vírgula. O comando kubectl a seguir seleciona todos os Pods nos quais status.phase não é igual a Running e spec.restartPolicy é igual a Always

kubectl get pods --field-selector=status.phase!=Running,spec.restartPolicy=Always

Múltiplos tipos de recursos

Você pode utilizar seletores de campos através de múltiplos tipos de recursos. Por exemplo, o comando kubectl a seguir seleciona todos Statefulsets e Services que não estão presentes no namespace default.

kubectl get statefulsets,services --all-namespaces --field-selector metadata.namespace!=default

3.2 - Arquitetura do Kubernetes

3.2.1 - Nós

O Kubernetes executa sua carga de trabalho colocando contêineres em Pods para serem executados em Nós. Um nó pode ser uma máquina virtual ou física, dependendo do cluster. Cada nó é gerenciado pela camada de gerenciamento e contém os serviços necessários para executar Pods.

Normalmente, você tem vários nós em um cluster; em um ambiente de aprendizado ou limitado por recursos, você pode ter apenas um nó.

Os componentes em um nó incluem o kubelet, um agente de execução de contêiner, e o kube-proxy.

Administração

Existem duas maneiras principais de adicionar Nós ao Servidor da API:

  1. O kubelet em um nó se registra automaticamente na camada de gerenciamento
  2. Você (ou outro usuário humano) adiciona manualmente um objeto Nó

Depois de criar um objeto Nó, ou o kubelet em um nó se registra automaticamente, a camada de gerenciamento verifica se o novo objeto Nó é válido. Por exemplo, se você tentar criar um nó a partir do seguinte manifesto JSON:

{
  "kind": "Node",
  "apiVersion": "v1",
  "metadata": {
    "name": "10.240.79.157",
    "labels": {
      "name": "my-first-k8s-node"
    }
  }
}

O Kubernetes cria um objeto nó internamente (a representação). O Kubernetes verifica se um kubelet se registrou no servidor da API que corresponde ao campo metadata.name do Nó. Se o nó estiver íntegro (ou seja, todos os serviços necessários estiverem em execução), ele será elegível para executar um Pod. Caso contrário, esse nó é ignorado para qualquer atividade de cluster até que se torne íntegro.

O nome de um objeto nó deve ser um nome de subdomínio válido de DNS.

Singularidade de nome do nó

O nome identifica um nó. Dois nós não podem ter o mesmo nome ao mesmo tempo. O Kubernetes também assume que um recurso com o mesmo nome é o mesmo objeto. No caso de um nó, assume-se implicitamente que uma instância usando o mesmo nome terá o mesmo estado (por exemplo, configurações de rede, conteúdo do disco raiz) e atributos como label de nó. Isso pode levar a inconsistências se uma instância for modificada sem alterar seu nome. Se o nó precisar ser substituído ou atualizado significativamente, o objeto Nó existente precisa ser removido do servidor da API primeiro e adicionado novamente após a atualização.

Auto-registro de Nós

Quando a opção --register-node do kubelet for verdadeira (padrão), o kubelet tentará se registrar no servidor da API. Este é o padrão preferido, usado pela maioria das distribuições.

Para auto-registro, o kubelet é iniciado com as seguintes opções:

  • --kubeconfig - O caminho das credenciais para se autenticar no servidor da API.
  • --cloud-provider - Como comunicar com um provedor de nuvem para ler metadados sobre si mesmo.
  • --register-node - Registrar automaticamente no servidor da API.
  • --register-with-taints - Registra o nó com a lista fornecida de taints (separadas por vírgula <key>=<value>:<effect>).

Não funciona se o register-node for falso.

  • --node-ip - endereço IP do nó.
  • --node-labels - Labels a serem adicionados ao registrar o nó no cluster (consulte as restrições de label impostas pelo plug-in de admissão NodeRestriction).
  • --node-status-update-frequency - Especifica com que frequência o kubelet publica o status do nó no servidor da API.

Quando o modo de autorização do nó e o plug-in de admissão NodeRestriction estão ativados, os kubelets somente estarão autorizados a criar/modificar seu próprio recurso do nó.

Administração manual de nós

Você pode criar e modificar objetos Nó usando o kubectl.

Quando você quiser manualmente criar objetos Nó, defina a opção do kubelet --register-node=false.

Você pode modificar os objetos Nó, independentemente da configuração de --register-node. Por exemplo, você pode definir labels em um nó existente ou marcá-lo como não disponível.

Você pode usar labels nos Nós em conjunto com seletores de nós nos Pods para controlar a disponibilidade. Por exemplo, você pode restringir um Pod a ser elegível apenas para ser executado em um subconjunto dos nós disponíveis.

Marcar um nó como não disponível impede que o escalonador coloque novos pods nesse nó, mas não afeta os Pods existentes no nó. Isso é útil como uma etapa preparatória antes da reinicialização de um nó ou outra manutenção.

Para marcar um nó como não disponível, execute:

kubectl cordon $NODENAME

Consulte Drenar um nó com segurança para obter mais detalhes.

Status do Nó

O status de um nó contém as seguintes informações:

Você pode usar o kubectl para visualizar o status de um nó e outros detalhes:

kubectl describe node <insira-nome-do-nó-aqui>

Cada seção da saída está descrita abaixo.

Endereços

O uso desses campos pode mudar dependendo do seu provedor de nuvem ou configuração dedicada.

  • HostName: O nome do host relatado pelo kernel do nó. Pode ser substituído através do parâmetro kubelet --hostname-override.
  • ExternalIP: Geralmente, o endereço IP do nó que é roteável externamente (disponível fora do cluster).
  • InternalIP: Geralmente, o endereço IP do nó que é roteável somente dentro do cluster.

Condições

O campo conditions descreve o status de todos os nós em execução. Exemplos de condições incluem:

Condições do nó e uma descrição de quando cada condição se aplica.
Condições do nóDescrição
ReadyTrue Se o nó estiver íntegro e pronto para aceitar pods, False se o nó não estiver íntegro e não estiver aceitando pods, e desconhecido Unknown se o controlador do nó tiver sem notícias do nó no último node-monitor-grace-period (o padrão é de 40 segundos)
DiskPressureTrue Se houver pressão sobre o tamanho do disco, ou seja, se a capacidade do disco for baixa; caso contrário False
MemoryPressureTrue Se houver pressão na memória do nó, ou seja, se a memória do nó estiver baixa; caso contrário False
PIDPressureTrue Se houver pressão sobre os processos, ou seja, se houver muitos processos no nó; caso contrário False
NetworkUnavailableTrue Se a rede do nó não estiver configurada corretamente, caso contrário False

Na API do Kubernetes, a condição de um nó é representada como parte do .status do recurso do nó. Por exemplo, a seguinte estrutura JSON descreve um nó íntegro:

"conditions": [
  {
    "type": "Ready",
    "status": "True",
    "reason": "KubeletReady",
    "message": "kubelet is posting ready status",
    "lastHeartbeatTime": "2019-06-05T18:38:35Z",
    "lastTransitionTime": "2019-06-05T11:41:27Z"
  }
]

Se o status da condição Ready permanecer desconhecido (Unknown) ou falso (False) por mais tempo do que o limite da remoção do pod (pod-eviction-timeout) (um argumento passado para o kube-controller-manager), o controlador de nó acionará o remoção iniciado pela API para todos os Pods atribuídos a esse nó. A duração padrão do tempo limite da remoção é de cinco minutos. Em alguns casos, quando o nó está inacessível, o servidor da API não consegue se comunicar com o kubelet no nó. A decisão de excluir os pods não pode ser comunicada ao kubelet até que a comunicação com o servidor da API seja restabelecida. Enquanto isso, os pods agendados para exclusão podem continuar a ser executados no nó particionado.

O controlador de nós não força a exclusão dos pods até que seja confirmado que eles pararam de ser executados no cluster. Você pode ver os pods que podem estar sendo executados em um nó inacessível como estando no estado de terminando (Terminating) ou desconhecido (Unknown). Nos casos em que o Kubernetes não retirar da infraestrutura subjacente se um nó tiver deixado permanentemente um cluster, o administrador do cluster pode precisar excluir o objeto do nó manualmente. Excluir o objeto do nó do Kubernetes faz com que todos os objetos Pod em execução no nó sejam excluídos do servidor da API e libera seus nomes.

Quando ocorrem problemas nos nós, a camada de gerenciamento do Kubernetes cria automaticamente taints que correspondem às condições que afetam o nó. O escalonador leva em consideração as taints do Nó ao atribuir um Pod a um Nó. Os Pods também podem ter tolerations que os permitem funcionar em um nó, mesmo que tenha uma taint específica.

Consulte Nó Taint por Condição para mais detalhes.

Capacidade e Alocável

Descreve os recursos disponíveis no nó: CPU, memória e o número máximo de pods que podem ser agendados no nó.

Os campos no bloco de capacidade indicam a quantidade total de recursos que um nó possui. O bloco alocado indica a quantidade de recursos em um nó que está disponível para ser consumido por Pods normais.

Você pode ler mais sobre capacidade e recursos alocados enquanto aprende a reservar recursos de computação em um nó.

Info

Descreve informações gerais sobre o nó, como a versão do kernel, a versão do Kubernetes (versão do kubelet e kube-proxy), detalhes do tempo de execução do contêiner e qual sistema operacional o nó usa. O kubelet coleta essas informações do nó e as publica na API do Kubernetes.

Heartbeats

Os Heartbeats, enviados pelos nós do Kubernetes, ajudam seu cluster a determinar a disponibilidade de cada nó e a agir quando as falhas forem detectadas.

Para nós, existem duas formas de heartbeats:

  • atualizações para o .status de um Nó
  • Objetos Lease dentro do namespace kube-node-lease. Cada nó tem um objeto de Lease associado.

Em comparação com as atualizações no .status de um nó, um Lease é um recurso mais leve. O uso de Leases para heartbeats reduz o impacto no desempenho dessas atualizações para grandes clusters.

O kubelet é responsável por criar e atualizar o .status dos Nós e por atualizar suas Leases relacionadas.

  • O kubelet atualiza o .status do nó quando há mudança de status ou se não houve atualização para um intervalo configurado. O intervalo padrão para atualizações .status para Nós é de 5 minutos, o que é muito maior do que o tempo limite padrão de 40 segundos para nós inacessíveis.
  • O kubelet cria e atualiza seu objeto Lease a cada 10 segundos (o intervalo de atualização padrão). As atualizações de Lease ocorrem independentemente das atualizações no .status do Nó. Se a atualização do Lease falhar, o kubelet voltará a tentativas, usando um recuo exponencial que começa em 200 milissegundos e limitado a 7 segundos.

Controlador de Nós

O controlador de nós é um componente da camada de gerenciamento do Kubernetes que gerencia vários aspectos dos nós.

O controlador de nó tem várias funções na vida útil de um nó. O primeiro é atribuir um bloco CIDR ao nó quando ele é registrado (se a atribuição CIDR estiver ativada).

O segundo é manter a lista interna de nós do controlador de nós atualizada com a lista de máquinas disponíveis do provedor de nuvem. Ao ser executado em um ambiente de nuvem e sempre que um nó não é íntegro, o controlador de nó pergunta ao provedor de nuvem se a VM desse nó ainda está disponível. Caso contrário, o controlador de nós exclui o nó de sua lista de nós.

O terceiro é monitorar a saúde dos nós. O controlador do nó é responsável por:

  • No caso de um nó se tornar inacessível, atualizar a condição NodeReady dentro do campo .status do nó. Nesse caso, o controlador do nó define a condição de pronto (NodeReady) como condição desconhecida (ConditionUnknown).
  • Se um nó permanecer inacessível: será iniciado a remoção pela API para todos os Pods no nó inacessível. Por padrão, o controlador do nó espera 5 minutos entre marcar o nó como condição desconhecida (ConditionUnknown) e enviar a primeira solicitação de remoção.

O controlador de nó verifica o estado de cada nó a cada --node-monitor-period segundos.

Limites de taxa de remoção

Na maioria dos casos, o controlador de nós limita a taxa de remoção a --node-eviction-rate (0,1 por padrão) por segundo, o que significa que ele não removerá pods de mais de 1 nó por 10 segundos.

O comportamento de remoção do nó muda quando um nó em uma determinada zona de disponibilidade se torna não íntegro. O controlador de nós verifica qual porcentagem de nós na zona não são íntegras (a condição NodeReady é desconhecida ConditionUnknown ou falsa ConditionFalse) ao mesmo tempo:

  • Se a fração de nós não íntegros for ao menos --unhealthy-zone-threshold (padrão 0,55), então a taxa de remoção será reduzida.
  • Se o cluster for pequeno (ou seja, tiver número de nós menor ou igual ao valor da opção --large-cluster-size-threshold - padrão 50), então as remoções serão interrompidas.
  • Caso contrário, a taxa de remoção é reduzida para --secondary-node-eviction-rate de nós secundários (padrão 0,01) por segundo.

A razão pela qual essas políticas são implementadas por zona de disponibilidade é porque a camada de gerenciamento pode perder conexão com uma zona de disponibilidade, enquanto as outras permanecem conectadas. Se o seu cluster não abranger várias zonas de disponibilidade de provedores de nuvem, o mecanismo de remoção não levará em conta a indisponibilidade por zona.

Uma das principais razões para espalhar seus nós pelas zonas de disponibilidade é para que a carga de trabalho possa ser transferida para zonas íntegras quando uma zona inteira cair. Portanto, se todos os nós em uma zona não estiverem íntegros, o controlador do nó removerá na taxa normal de --node-eviction-rate. O caso especial é quando todas as zonas estiverem completamente insalubres (nenhum dos nós do cluster será íntegro). Nesse caso, o controlador do nó assume que há algum problema com a conectividade entre a camada de gerenciamento e os nós e não realizará nenhuma remoção. (Se houver uma interrupção e alguns nós reaparecerem, o controlador do nó expulsará os pods dos nós restantes que estiverem insalubres ou inacessíveis).

O controlador de nós também é responsável por remover pods em execução nos nós com NoExecute taints, a menos que esses pods tolerem essa taint. O controlador de nó também adiciona as taints correspondentes aos problemas de nó, como nó inacessível ou não pronto. Isso significa que o escalonador não colocará Pods em nós não íntegros.

Rastreamento de capacidade de recursos

Os objetos do nó rastreiam informações sobre a capacidade de recursos do nó: por exemplo, a quantidade de memória disponível e o número de CPUs. Os nós que se auto-registram relatam sua capacidade durante o registro. Se você adicionar manualmente um nó, precisará definir as informações de capacidade do nó ao adicioná-lo.

O escalonador do Kubernetes garante que haja recursos suficientes para todos os Pods em um nó. O escalonador verifica se a soma das solicitações de contêineres no nó não é maior do que a capacidade do nó. Essa soma de solicitações inclui todos os contêineres gerenciados pelo kubelet, mas exclui quaisquer contêineres iniciados diretamente pelo agente de execução de contêiner e também exclui quaisquer processos executados fora do controle do kubelet.

Topologia do Nó

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.16 [alpha]

Se você ativou os [recursos]](/docs/reference/command-line-tools-reference/feature-gates/) de TopologyManager, o kubelet pode usar dicas da topologia ao tomar decisões de atribuição de recursos. Consulte Controle das Políticas de Gerenciamento de Topologia em um Nó para obter mais informações.

Desligamento gracioso do nó

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [beta]

O kubelet tenta detectar o desligamento do sistema do nó e encerra os pods em execução no nó.

O Kubelet garante que os pods sigam o processo normal de término do podpod-lifecycle/#pod-termination) durante o desligamento do nó.

O recurso de desligamento gradual do nó depende do systemd, pois aproveita os bloqueios do inibidor do systemd para atrasar o desligamento do nó com uma determinada duração.

O desligamento gradual do nó é controlado com recursos GracefulNodeShutdown, que é ativado por padrão na versão 1.21.

Observe que, por padrão, ambas as opções de configuração descritas abaixo, shutdownGracePeriod and shutdownGracePeriodCriticalPods estão definidas como zero, não ativando assim a funcionalidade de desligamento gradual do nó. Para ativar o recurso, as duas configurações do kubelet devem ser configuradas adequadamente e definidas como valores diferentes de zero.

Durante um desligamento gradual, o kubelet encerra os pods em duas fases:

  1. Encerra os pods regulares em execução no nó.
  2. Encerra os pods críticos em execução no nó.

O recurso de desligamento gradual do nó é configurado com duas opções KubeletConfiguration:

  • shutdownGracePeriod:

    • Especifica a duração total pela qual o nó deve atrasar o desligamento. Este é o período de carência total para o término dos pods regulares e os críticos.
  • shutdownGracePeriodCriticalPods:

    • Especifica a duração utlizada para encerrar pods críticos durante um desligamento de nó. Este valor deve ser menor que shutdownGracePeriod.

Por exemplo, se shutdownGracePeriod=30s e shutdownGracePeriodCriticalPods=10s, o kubelet atrasará o desligamento do nó em 30 segundos. Durante o desligamento, os primeiros 20 (30-10) segundos seriam reservados para encerrar gradualmente os pods normais, e os últimos 10 segundos seriam reservados para encerrar pods críticos.

Desligamento gradual do nó baseado em prioridade do Pod

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.24 [beta]

Para fornecer mais flexibilidade durante o desligamento gradual do nó em torno da ordem de pods durante o desligamento, o desligamento gradual do nó respeita a PriorityClass dos Pods, desde que você tenha ativado esse recurso em seu cluster. O recurso permite que o cluster defina explicitamente a ordem dos pods durante o desligamento gradual do nó com base em classes de prioridade.

O recurso Desligamento Gradual do Nó, conforme descrito acima, desliga pods em duas fases, pods não críticos, seguidos por pods críticos. Se for necessária flexibilidade adicional para definir explicitamente a ordem dos pods durante o desligamento de uma maneira mais granular, o desligamento gradual baseado na prioridade do pod pode ser usado.

Quando o desligamento gradual do nó respeita as prioridades do pod, isso torna possível fazer o desligamento gradual do nó em várias fases, cada fase encerrando uma classe de prioridade específica de pods. O kubelet pode ser configurado com as fases exatas e o tempo de desligamento por fase.

Assumindo as seguintes classes de prioridade de pod personalizadas em um cluster,

Nome das classes de prioridadeValor das classes de prioridade
custom-class-a100000
custom-class-b10000
custom-class-c1000
regular/unset0

Na configuração do kubelet, as configurações para shutdownGracePeriodByPodPriority são semelhantes a:

Valor das classes de prioridadeTempo de desligamento
10000010 segundos
10000180 segundos
1000120 segundos
060 segundos

A configuração correspondente do YAML do kubelet seria:

shutdownGracePeriodByPodPriority:
  - priority: 100000
    shutdownGracePeriodSeconds: 10
  - priority: 10000
    shutdownGracePeriodSeconds: 180
  - priority: 1000
    shutdownGracePeriodSeconds: 120
  - priority: 0
    shutdownGracePeriodSeconds: 60

A tabela acima implica que qualquer pod com valor priority >= 100000 terá apenas 10 segundos para parar qualquer pod com valor >= 10000 e < 100000 e terá 180 segundos para parar, qualquer pod com valor >= 1000 e < 10000 terá 120 segundos para parar. Finalmente, todos os outros pods terão 60 segundos para parar.

Não é preciso especificar valores correspondentes para todas as classes. Por exemplo, você pode usar estas configurações:

Valor das classes de prioridadeTempo de desligamento
100000300 segundos
1000120 segundos
060 segundos

No caso acima, os pods com custom-class-b irão para o mesmo bucket que custom-class-c para desligamento.

Se não houver pods em um intervalo específico, o kubelet não irá espera por pods nesse intervalo de prioridades. Em vez disso, o kubelet pula imediatamente para o próximo intervalo de valores da classe de prioridade.

Se esse recurso estiver ativado e nenhuma configuração for fornecida, nenhuma ação de pedido será tomada.

O uso desse recurso requer ativar os recursos GracefulNodeShutdownBasedOnPodPriority e definir o ShutdownGracePeriodByPodPriority da configuração do kubelet para a configuração desejada, contendo os valores da classe de prioridade do pod e seus respectivos períodos de desligamento.

Gerenciamento da memória swap

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.22 [alpha]

Antes do Kubernetes 1.22, os nós não suportavam o uso de memória swap, e um kubelet, por padrão, não iniciaria se a troca fosse detectada em um nó. A partir de 1.22, o suporte a memória swap pode ser ativado por nó.

Para ativar a troca em um nó, o recursos NodeSwap deve estar ativado no kubelet, e a configuração de comando de linha --fail-swap-on ou failSwapOn deve ser definida como falsa.

Opcionalmente, um usuário também pode configurar memorySwap.swapBehavior para especificar como um nó usará memória swap. Por exemplo,

memorySwap:
  swapBehavior: LimitedSwap

As opções de configuração disponíveis para swapBehavior são:

  • LimitedSwap: As cargas de trabalho do Kubernetes são limitadas na quantidade de troca que podem usar. Cargas de trabalho no nó não gerenciadas pelo Kubernetes ainda podem ser trocadas.
  • UnlimitedSwap: As cargas de trabalho do Kubernetes podem usar tanta memória de swap quanto solicitarem, até o limite do sistema.

Se a configuração do memorySwap não for especificada e o recurso estiver ativado, por padrão, o kubelet aplicará o mesmo comportamento que a configuração LimitedSwap.

O comportamento da configuração LimitedSwap depende se o nó estiver sendo executado com v1 ou v2 de grupos de controle (também conhecidos como "cgroups"):

  • cgroupsv1: As cargas de trabalho do Kubernetes podem usar qualquer combinação de memória e swap, até o limite de memória do pod, se definido.
  • cgroupsv2: As cargas de trabalho do Kubernetes não podem usar memória swap.

Para obter mais informações e para ajudar nos testes e fornecer feedback, consulte KEP-2400 e sua proposta de design.

Próximos passos

3.2.2 - Comunicação entre Nó e Control Plane

Este documento cataloga os caminhos de comunicação entre o control plane (o apiserver) e o cluster Kubernetes. A intenção é permitir que os usuários personalizem sua instalação para proteger a configuração de rede então o cluster pode ser executado em uma rede não confiável (ou em IPs totalmente públicos em um provedor de nuvem).

Nó para o Control Plane

Todos os caminhos de comunicação do cluster para o control plane terminam no apiserver (nenhum dos outros componentes do control plane são projetados para expor Serviços remotos). Em uma implantação típica, o apiserver é configurado para escutar conexões remotas em uma porta HTTPS segura (443) com uma ou mais clientes autenticação habilitado. Uma ou mais formas de autorização deve ser habilitado, especialmente se requisições anônimas ou tokens da conta de serviço são autorizados.

Os nós devem ser provisionados com o certificado root público para o cluster de tal forma que eles podem se conectar de forma segura ao apiserver junto com o cliente válido credenciais. Por exemplo, em uma implantação padrão do GKE, as credenciais do cliente fornecidos para o kubelet estão na forma de um certificado de cliente. Vejo bootstrapping TLS do kubelet para provisionamento automatizado de certificados de cliente kubelet.

Os pods que desejam se conectar ao apiserver podem fazê-lo com segurança, aproveitando conta de serviço para que o Kubernetes injetará automaticamente o certificado raiz público certificado e um token de portador válido no pod quando ele é instanciado. O serviço kubernetes (no namespace default) é configurado com um IP virtual endereço que é redirecionado (via kube-proxy) para o endpoint com HTTPS no apiserver.

Os componentes do control plane também se comunicam com o apiserver do cluster através da porta segura.

Como resultado, o modo de operação padrão para conexões do cluster (nodes e pods em execução nos Nodes) para o control plane é protegido por padrão e pode passar por redes não confiáveis ​​e/ou públicas.

Control Plane para o nó

Existem dois caminhos de comunicação primários do control plane (apiserver) para os nós. O primeiro é do apiserver para o processo do kubelet que é executado em cada nó no cluster. O segundo é do apiserver para qualquer nó, pod, ou serviço através da funcionalidade de proxy do apiserver.

apiserver para o kubelet

As conexões do apiserver ao kubelet são usadas para:

  • Buscar logs para pods.
  • Anexar (através de kubectl) pods em execução.
  • Fornecer a funcionalidade de encaminhamento de porta do kubelet.

Essas conexões terminam no endpoint HTTPS do kubelet. Por padrão, o apiserver não verifica o certificado de serviço do kubelet, o que torna a conexão sujeita a ataques man-in-the-middle, o que o torna inseguro para passar por redes não confiáveis ​​e / ou públicas.

Para verificar essa conexão, use a flag --kubelet-certificate-authority para fornecer o apiserver com um pacote de certificado raiz para usar e verificar o certificado de serviço da kubelet.

Se isso não for possível, use o SSH túnel entre o apiserver e kubelet se necessário para evitar a conexão ao longo de um rede não confiável ou pública.

Finalmente, Autenticação e/ou autorização do Kubelet deve ser ativado para proteger a API do kubelet.

apiserver para nós, pods e serviços

As conexões a partir do apiserver para um nó, pod ou serviço padrão para simples conexões HTTP não são autenticadas nem criptografadas. Eles podem ser executados em uma conexão HTTPS segura prefixando https: no nó, pod, ou nome do serviço no URL da API, mas eles não validarão o certificado fornecido pelo ponto de extremidade HTTPS, nem fornece credenciais de cliente, enquanto a conexão será criptografada, não fornecerá nenhuma garantia de integridade. Estas conexões não são atualmente seguras para serem usados por redes não confiáveis ​​e/ou públicas.

SSH Túnel

O Kubernetes suporta túneis SSH para proteger os caminhos de comunicação do control plane para os nós. Nesta configuração, o apiserver inicia um túnel SSH para cada nó no cluster (conectando ao servidor ssh escutando na porta 22) e passa todo o tráfego destinado a um kubelet, nó, pod ou serviço através do túnel. Este túnel garante que o tráfego não seja exposto fora da rede aos quais os nós estão sendo executados.

Atualmente, os túneis SSH estão obsoletos, portanto, você não deve optar por usá-los, a menos que saiba o que está fazendo. O serviço Konnectivity é um substituto para este canal de comunicação.

Konnectivity service

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [beta]

Como uma substituição aos túneis SSH, o serviço Konnectivity fornece proxy de nível TCP para a comunicação do control plane para o cluster. O serviço Konnectivity consiste em duas partes: o servidor Konnectivity na rede control plane e os agentes Konnectivity na rede dos nós. Os agentes Konnectivity iniciam conexões com o servidor Konnectivity e mantêm as conexões de rede. Depois de habilitar o serviço Konnectivity, todo o tráfego do control plane para os nós passa por essas conexões.

Veja a tarefa do Konnectivity para configurar o serviço Konnectivity no seu cluster.

3.2.3 - Conceitos sobre Cloud Controller Manager

O conceito do Cloud Controller Manager (CCM) (não confundir com o binário) foi originalmente criado para permitir que o código específico de provedor de nuvem e o núcleo do Kubernetes evoluíssem independentemente um do outro. O Cloud Controller Manager é executado junto com outros componentes principais, como o Kubernetes controller manager, o servidor de API e o scheduler. Também pode ser iniciado como um addon do Kubernetes, caso em que é executado em cima do Kubernetes.

O design do Cloud Controller Manager é baseado em um mecanismo de plug-in que permite que novos provedores de nuvem se integrem facilmente ao Kubernetes usando plug-ins. Existem planos para integrar novos provedores de nuvem no Kubernetes e para migrar provedores de nuvem que estão utilizando o modelo antigo para o novo modelo de CCM.

Este documento discute os conceitos por trás do Cloud Controller Manager e fornece detalhes sobre suas funções associadas.

Aqui está a arquitetura de um cluster Kubernetes sem o Cloud Controller Manager:

Pre CCM Kube Arch

Projeto de Arquitetura (Design)

No diagrama anterior, o Kubernetes e o provedor de nuvem são integrados através de vários componentes diferentes:

  • Kubelet
  • Kubernetes controller manager
  • Kubernetes API server

O CCM consolida toda a lógica que depende da nuvem dos três componentes anteriores para criar um único ponto de integração com a nuvem. A nova arquitetura com o CCM se parece com isso:

CCM Kube Arch

Componentes do CCM

O CCM separa algumas das funcionalidades do KCM (Kubernetes Controller Manager) e o executa como um processo separado. Especificamente, isso elimina os controladores no KCM que dependem da nuvem. O KCM tem os seguintes loops de controlador dependentes de nuvem:

  • Node controller
  • Volume controller
  • Route controller
  • Service controller

Na versão 1.9, o CCM executa os seguintes controladores da lista anterior:

  • Node controller
  • Route controller
  • Service controller

O plano original para suportar volumes usando o CCM era usar volumes Flex para suportar volumes plugáveis. No entanto, um esforço concorrente conhecido como CSI está sendo planejado para substituir o Flex.

Considerando essas dinâmicas, decidimos ter uma medida de intervalo intermediário até que o CSI esteja pronto.

Funções do CCM

O CCM herda suas funções de componentes do Kubernetes que são dependentes de um provedor de nuvem. Esta seção é estruturada com base nesses componentes.

1. Kubernetes Controller Manager

A maioria das funções do CCM é derivada do KCM. Conforme mencionado na seção anterior, o CCM executa os seguintes ciclos de controle:

  • Node Controller
  • Route Controller
  • Service Controller

Node Controller

O Node Controller é responsável por inicializar um nó obtendo informações sobre os nós em execução no cluster do provedor de nuvem. O Node Controller executa as seguintes funções:

  1. Inicializar um node com labels de região/zona específicos para a nuvem.
  2. Inicialize um node com detalhes de instância específicos da nuvem, por exemplo, tipo e tamanho.
  3. Obtenha os endereços de rede e o nome do host do node.
  4. No caso de um node não responder, verifique a nuvem para ver se o node foi excluído da nuvem. Se o node foi excluído da nuvem, exclua o objeto Node do Kubernetes.

Route Controller

O Route Controller é responsável por configurar as rotas na nuvem apropriadamente, de modo que os contêineres em diferentes nodes no cluster do Kubernetes possam se comunicar entre si. O Route Controller é aplicável apenas para clusters do Google Compute Engine.

Service controller

O Service controller é responsável por ouvir os eventos de criação, atualização e exclusão do serviço. Com base no estado atual dos serviços no Kubernetes, ele configura os balanceadores de carga da nuvem (como o ELB, o Google LB ou o Oracle Cloud Infrastrucutre LB) para refletir o estado dos serviços no Kubernetes. Além disso, garante que os back-ends de serviço para balanceadores de carga da nuvem estejam atualizados.

2. Kubelet

O Node Controller contém a funcionalidade dependente da nuvem do kubelet. Antes da introdução do CCM, o kubelet era responsável por inicializar um nó com detalhes específicos da nuvem, como endereços IP, rótulos de região / zona e informações de tipo de instância. A introdução do CCM mudou esta operação de inicialização do kubelet para o CCM.

Nesse novo modelo, o kubelet inicializa um nó sem informações específicas da nuvem. No entanto, ele adiciona uma marca (taint) ao nó recém-criado que torna o nó não programável até que o CCM inicialize o nó com informações específicas da nuvem. Em seguida, remove essa mancha (taint).

Mecanismo de plugins

O Cloud Controller Manager usa interfaces Go para permitir implementações de qualquer nuvem a ser conectada. Especificamente, ele usa a Interface CloudProvider definidaaqui.

A implementação dos quatro controladores compartilhados destacados acima, e algumas estruturas que ficam junto com a interface compartilhada do provedor de nuvem, permanecerão no núcleo do Kubernetes. Implementações específicas para provedores de nuvem serão construídas fora do núcleo e implementarão interfaces definidas no núcleo.

Para obter mais informações sobre o desenvolvimento de plug-ins, consulteDesenvolvendo o Cloud Controller Manager.

Autorização

Esta seção divide o acesso necessário em vários objetos da API pelo CCM para executar suas operações.

Node Controller

O Node Controller só funciona com objetos Node. Ele requer acesso total para obter, listar, criar, atualizar, corrigir, assistir e excluir objetos Node.

v1/Node:

  • Get
  • List
  • Create
  • Update
  • Patch
  • Watch
  • Delete

Rote Controller

O Rote Controller escuta a criação do objeto Node e configura as rotas apropriadamente. Isso requer acesso a objetos Node.

v1/Node:

  • Get

Service Controller

O Service Controller escuta eventos de criação, atualização e exclusão de objeto de serviço e, em seguida, configura pontos de extremidade para esses serviços de forma apropriada.

Para acessar os Serviços, é necessário listar e monitorar o acesso. Para atualizar os Serviços, ele requer patch e atualização de acesso.

Para configurar endpoints para os Serviços, é necessário acesso para criar, listar, obter, assistir e atualizar.

v1/Service:

  • List
  • Get
  • Watch
  • Patch
  • Update

Outros

A implementação do núcleo do CCM requer acesso para criar eventos e, para garantir a operação segura, requer acesso para criar ServiceAccounts.

v1/Event:

  • Create
  • Patch
  • Update

v1/ServiceAccount:

  • Create

O RBAC ClusterRole para o CCM se parece com isso:

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
  name: cloud-controller-manager
rules:
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - events
  verbs:
  - create
  - patch
  - update
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - nodes
  verbs:
  - '*'
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - nodes/status
  verbs:
  - patch
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - services
  verbs:
  - list
  - patch
  - update
  - watch
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - serviceaccounts
  verbs:
  - create
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - persistentvolumes
  verbs:
  - get
  - list
  - update
  - watch
- apiGroups:
  - ""
  resources:
  - endpoints
  verbs:
  - create
  - get
  - list
  - watch
  - update

Implementações de Provedores de Nuvem

Os seguintes provedores de nuvem implementaram CCMs:

Administração de Cluster

Voce vai encontrar instruções completas para configurar e executar o CCM aqui.

3.2.4 - Controladores

Em robótica e automação um control loop, ou em português ciclo de controle, é um ciclo não terminado que regula o estado de um sistema.

Um exemplo de ciclo de controle é um termostato de uma sala.

Quando você define a temperatura, isso indica ao termostato sobre o seu estado desejado. A temperatura ambiente real é o estado atual. O termostato atua de forma a trazer o estado atual mais perto do estado desejado, ligando ou desligando o equipamento.

No Kubernetes, controladores são ciclos de controle que observam o estado do seu cluster, e então fazer ou requisitar mudanças onde necessário. Cada controlador tenta mover o estado atual do cluster mais perto do estado desejado.

Padrão Controlador (Controller pattern)

Um controlador rastreia pelo menos um tipo de recurso Kubernetes. Estes objetos têm um campo spec que representa o estado desejado. O(s) controlador(es) para aquele recurso são responsáveis por trazer o estado atual mais perto do estado desejado.

O controlador pode executar uma ação ele próprio, ou, o que é mais comum, no Kubernetes, o controlador envia uma mensagem para o API server (servidor de API) que tem efeitos colaterais úteis. Você vai ver exemplos disto abaixo.

Controlador via API server

O controlador Job é um exemplo de um controlador Kubernetes embutido. Controladores embutidos gerem estados através da interação com o cluster API server.

Job é um recurso do Kubernetes que é executado em um Pod, ou talvez vários Pods, com o objetivo de executar uma tarefa e depois parar.

(Uma vez agendado, objetos Pod passam a fazer parte do estado desejado para um kubelet.

Quando o controlador Job observa uma nova tarefa ele garante que, algures no seu cluster, os kubelets num conjunto de nós (Nodes) estão correndo o número correto de Pods para completar o trabalho. O controlador Job não corre Pods ou containers ele próprio. Em vez disso, o controlador Job informa o API server para criar ou remover Pods. Outros componentes do plano de controle (control plane) atuam na nova informação (existem novos Pods para serem agendados e executados), e eventualmente o trabalho é feito.

Após ter criado um novo Job, o estado desejado é que esse Job seja completado. O controlador Job faz com que o estado atual para esse Job esteja mais perto do seu estado desejado: criando Pods que fazem o trabalho desejado para esse Job para que o Job fique mais perto de ser completado.

Controladores também atualizam os objetos que os configuram. Por exemplo: assim que o trabalho de um Job está completo, o controlador Job atualiza esse objeto Job para o marcar como Finished (terminado).

(Isto é um pouco como alguns termostatos desligam uma luz para indicar que a temperatura da sala está agora na temperatura que foi introduzida).

Controle direto

Em contraste com Job, alguns controladores necessitam de efetuar mudanças fora do cluster.

Por exemplo, se usar um ciclo de controle para garantir que existem Nodes suficientes no seu cluster, então esse controlador necessita de algo exterior ao cluster atual para configurar novos Nodes quando necessário.

Controladores que interagem com estados externos encontram o seu estado desejado a partir do API server, e então comunicam diretamente com o sistema externo para trazer o estado atual mais próximo do desejado.

(Existe um controlador que escala horizontalmente nós no seu cluster. Veja Escalamento automático do cluster)

Estado desejado versus atual

Kubernetes tem uma visão cloud-native de sistemas e é capaz de manipular mudanças constantes.

O seu cluster pode mudar em qualquer momento à medida que as ações acontecem e os ciclos de controle corrigem falhas automaticamente. Isto significa que, potencialmente, o seu cluster nunca atinge um estado estável.

Enquanto os controladores no seu cluster estiverem rodando e forem capazes de fazer alterações úteis, não importa se o estado é estável ou se é instável.

Design

Como um princípio do seu desenho, o Kubernetes usa muitos controladores onde cada um gerencia um aspecto particular do estado do cluster. Comumente, um particular ciclo de controle (controlador) usa uma espécie de recurso como o seu estado desejado, e tem uma espécie diferente de recurso que o mesmo gere para garantir que esse estado desejado é cumprido.

É útil que haja controladores simples em vez de um conjunto monolítico de ciclos de controle que estão interligados. Controladores podem falhar, então o Kubernetes foi desenhado para permitir isso.

Por exemplo: um controlador de Jobs rastreia objetos Job (para descobrir novos trabalhos) e objetos Pod (para correr o Jobs, e então ver quando o trabalho termina). Neste caso outra coisa cria os Jobs, enquanto o controlador Job cria Pods.

Formas de rodar controladores

O Kubernetes vem com um conjunto de controladores embutidos que correm dentro do kube-controller-manager. Estes controladores embutidos providenciam comportamentos centrais importantes.

O controlador Deployment e o controlador Job são exemplos de controladores que veem como parte do próprio Kubernetes (controladores "embutidos"). O Kubernetes deixa você correr o plano de controle resiliente, para que se qualquer um dos controladores embutidos falhar, outra parte do plano de controle assume o trabalho.

Pode encontrar controladores fora do plano de controle, para extender o Kubernetes. Ou, se quiser, pode escrever um novo controlador você mesmo. Pode correr o seu próprio controlador como um conjunto de Pods, ou externo ao Kubernetes. O que encaixa melhor vai depender no que esse controlador faz em particular.

Próximos passos

3.3 - Contêineres

Tecnologia para empacotar aplicações com suas dependências em tempo de execução

Cada contêiner executado é repetível; a padronização de ter dependências incluídas significa que você obtém o mesmo comportamento onde quer que você execute.

Os contêineres separam os aplicativos da infraestrutura de host subjacente. Isso torna a implantação mais fácil em diferentes ambientes de nuvem ou sistema operacional.

Imagem de contêiner

Uma imagem de contêiner é um pacote de software pronto para executar, contendo tudo que é preciso para executar uma aplicação: o código e o agente de execução necessário, aplicação, bibliotecas do sistema e valores padrões para qualquer configuração essencial.

Por design, um contêiner é imutável: você não pode mudar o código de um contêiner que já está executando. Se você tem uma aplicação conteinerizada e quer fazer mudanças, você precisa construir uma nova imagem que inclui a mudança, e recriar o contêiner para iniciar a partir da imagem atualizada.

Agente de execução de contêiner

O agente de execução (runtime) de contêiner é o software responsável por executar os contêineres.

O Kubernetes suporta diversos agentes de execução de contêineres: Docker, containerd, CRI-O, e qualquer implementação do Kubernetes CRI (Container Runtime Interface).

Próximos passos

3.3.1 - Imagens

Uma imagem de contêiner representa dados binários que encapsulam uma aplicação e todas as suas dependências de software. As imagens de contêiner são pacotes de software executáveis que podem ser executados de forma autônoma e que fazem suposições muito bem definidas sobre seu agente de execução do ambiente.

Normalmente, você cria uma imagem de contêiner da sua aplicação e a envia para um registro antes de fazer referência a ela em um Pod

Esta página fornece um resumo sobre o conceito de imagem de contêiner.

Nomes das imagens

As imagens de contêiner geralmente recebem um nome como pause, exemplo/meuconteiner, ou kube-apiserver. As imagens também podem incluir um hostname de algum registro; por exemplo: exemplo.registro.ficticio/nomeimagem, e um possível número de porta; por exemplo: exemplo.registro.ficticio:10443/nomeimagem.

Se você não especificar um hostname de registro, o Kubernetes presumirá que você se refere ao registro público do Docker.

Após a parte do nome da imagem, você pode adicionar uma tag (como também usar com comandos como docker e podman). As tags permitem identificar diferentes versões da mesma série de imagens.

Tags de imagem consistem em letras maiúsculas e minúsculas, dígitos, sublinhados (_), pontos (.) e travessões ( -). Existem regras adicionais sobre onde você pode colocar o separador caracteres (_,- e .) dentro de uma tag de imagem. Se você não especificar uma tag, o Kubernetes presumirá que você se refere à tag latest (mais recente).

Atualizando imagens

A política padrão de pull é IfNotPresent a qual faz com que o kubelet ignore o processo de pull da imagem, caso a mesma já exista. Se você prefere sempre forçar o processo de pull, você pode seguir uma das opções abaixo:

  • defina a imagePullPolicy do contêiner para Always.
  • omita imagePullPolicy e use: latest como a tag para a imagem a ser usada.
  • omita o imagePullPolicy e a tag da imagem a ser usada.
  • habilite o AlwaysPullImages controlador de admissão.

Quando imagePullPolicy é definido sem um valor específico, ele também é definido como Always.

Multiarquitetura de imagens com índice de imagens

Além de fornecer o binário das imagens, um registro de contêiner também pode servir um índice de imagem do contêiner. Um índice de imagem pode apontar para múltiplos manifestos da imagem para versões específicas de arquitetura de um contêiner. A ideia é que você possa ter um nome para uma imagem (por exemplo: pause, exemple/meuconteiner, kube-apiserver) e permitir que diferentes sistemas busquem o binário da imagem correta para a arquitetura de máquina que estão usando.

O próprio Kubernetes normalmente nomeia as imagens de contêiner com o sufixo -$(ARCH). Para retrocompatibilidade, gere as imagens mais antigas com sufixos. A ideia é gerar a imagem pause que tem o manifesto para todas as arquiteturas e pause-amd64 que é retrocompatível com as configurações anteriores ou arquivos YAML que podem ter codificado as imagens com sufixos.

Usando um registro privado

Os registros privados podem exigir chaves para acessar as imagens deles. As credenciais podem ser fornecidas de várias maneiras:

  • Configurando nós para autenticação em um registro privado
    • todos os pods podem ler qualquer registro privado configurado
    • requer configuração de nó pelo administrador do cluster
  • Imagens pré-obtidas
    • todos os pods podem usar qualquer imagem armazenada em cache em um nó
    • requer acesso root a todos os nós para configurar
  • Especificando ImagePullSecrets em um Pod
    • apenas pods que fornecem chaves próprias podem acessar o registro privado
  • Extensões locais ou específicas do fornecedor
    • se estiver usando uma configuração de nó personalizado, você (ou seu provedor de nuvem) pode implementar seu mecanismo para autenticar o nó ao registro do contêiner.

Essas opções são explicadas com mais detalhes abaixo.

Configurando nós para autenticação em um registro privado

Se você executar o Docker em seus nós, poderá configurar o contêiner runtime do Docker para autenticação em um registro de contêiner privado.

Essa abordagem é adequada se você puder controlar a configuração do nó.

Docker armazena chaves de registros privados no arquivo $HOME/.dockercfg ou $HOME/.docker/config.json. Se você colocar o mesmo arquivo na lista de caminhos de pesquisa abaixo, o kubelet o usa como provedor de credenciais ao obter imagens.

  • {--root-dir:-/var/lib/kubelet}/config.json
  • {cwd of kubelet}/config.json
  • ${HOME}/.docker/config.json
  • /.docker/config.json
  • {--root-dir:-/var/lib/kubelet}/.dockercfg
  • {cwd of kubelet}/.dockercfg
  • ${HOME}/.dockercfg
  • /.dockercfg

Aqui estão as etapas recomendadas para configurar seus nós para usar um registro privado. Neste exemplo, execute-os em seu desktop/laptop:

  1. Execute docker login [servidor] para cada conjunto de credenciais que deseja usar. Isso atualiza o $HOME/.docker/config.json em seu PC.
  2. Visualize $HOME/.docker/config.json em um editor para garantir que contém apenas as credenciais que você deseja usar.
  3. Obtenha uma lista de seus nós; por exemplo:
    • se você quiser os nomes: nodes=$( kubectl get nodes -o jsonpath='{range.items[*].metadata}{.name} {end}' )
    • se você deseja obter os endereços IP: nodes=$( kubectl get nodes -o jsonpath='{range .items[*].status.addresses[?(@.type=="ExternalIP")]}{.address} {end}' )
  4. Copie seu .docker/config.json local para uma das listas de caminhos de busca acima.
    • por exemplo, para testar isso: for n in $nodes; do scp ~/.docker/config.json root@"$n":/var/lib/kubelet/config.json; done

Verifique se está funcionando criando um pod que usa uma imagem privada; por exemplo:

kubectl apply -f - <<EOF
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: private-image-test-1
spec:
  containers:
    - name: uses-private-image
      image: $PRIVATE_IMAGE_NAME
      imagePullPolicy: Always
      command: [ "echo", "SUCCESS" ]
EOF
pod/private-image-test-1 created

Se tudo estiver funcionando, então, após algum tempo, você pode executar:

kubectl logs private-image-test-1

e veja o resultado do comando:

SUCCESS

Se você suspeitar que o comando falhou, você pode executar:

kubectl describe pods/private-image-test-1 | grep 'Failed'

Em caso de falha, a saída é semelhante a:

  Fri, 26 Jun 2015 15:36:13 -0700    Fri, 26 Jun 2015 15:39:13 -0700    19    {kubelet node-i2hq}    spec.containers{uses-private-image}    failed        Failed to pull image "user/privaterepo:v1": Error: image user/privaterepo:v1 not found

Você deve garantir que todos os nós no cluster tenham o mesmo .docker/config.json. Caso contrário, os pods serão executados com sucesso em alguns nós e falharão em outros. Por exemplo, se você usar o escalonamento automático de nós, cada modelo de instância precisa incluir o .docker/config.json ou montar um drive que o contenha.

Todos os pods terão premissão de leitura às imagens em qualquer registro privado, uma vez que as chaves privadas do registro são adicionadas ao .docker/config.json.

Imagens pré-obtidas

Por padrão, o kubelet tenta realizar um "pull" para cada imagem do registro especificado. No entanto, se a propriedade imagePullPolicy do contêiner for definida como IfNotPresent ou Never, em seguida, uma imagem local é usada (preferencial ou exclusivamente, respectivamente).

Se você quiser usar imagens pré-obtidas como um substituto para a autenticação do registro, você deve garantir que todos os nós no cluster tenham as mesmas imagens pré-obtidas.

Isso pode ser usado para pré-carregar certas imagens com o intuíto de aumentar a velocidade ou como uma alternativa para autenticação em um registro privado.

Todos os pods terão permissão de leitura a quaisquer imagens pré-obtidas.

Especificando imagePullSecrets em um pod

O Kubernetes oferece suporte à especificação de chaves de registro de imagem de contêiner em um pod.

Criando um segredo com Docker config

Execute o seguinte comando, substituindo as palavras em maiúsculas com os valores apropriados:

kubectl create secret docker-registry <name> --docker-server=DOCKER_REGISTRY_SERVER --docker-username=DOCKER_USER --docker-password=DOCKER_PASSWORD --docker-email=DOCKER_EMAIL

Se você já tem um arquivo de credenciais do Docker, em vez de usar o comando acima, você pode importar o arquivo de credenciais como um Kubernetes Secrets. Criar um segredo com base nas credenciais Docker existentes explica como configurar isso.

Isso é particularmente útil se você estiver usando vários registros privados de contêineres, como kubectl create secret docker-registry cria um Segredo que só funciona com um único registro privado.

Referenciando um imagePullSecrets em um pod

Agora, você pode criar pods que fazem referência a esse segredo adicionando uma seção imagePullSecrets na definição de Pod.

Por exemplo:

cat <<EOF > pod.yaml
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: foo
  namespace: awesomeapps
spec:
  containers:
    - name: foo
      image: janedoe/awesomeapp:v1
  imagePullSecrets:
    - name: myregistrykey
EOF
cat <<EOF >> ./kustomization.yaml
resources:
- pod.yaml
EOF

Isso precisa ser feito para cada pod que está usando um registro privado.

No entanto, a configuração deste campo pode ser automatizada definindo o imagePullSecrets em um recurso de ServiceAccount.

Verifique Adicionar ImagePullSecrets a uma conta de serviço para obter instruções detalhadas.

Você pode usar isso em conjunto com um .docker / config.json por nó. As credenciais serão mescladas.

Casos de uso

Existem várias soluções para configurar registros privados. Aqui estão alguns casos de uso comuns e soluções sugeridas.

  1. Cluster executando apenas imagens não proprietárias (por exemplo, código aberto). Não há necessidade de ocultar imagens.
    • Use imagens públicas no Docker hub.
      • Nenhuma configuração necessária.
      • Alguns provedores de nuvem armazenam em cache ou espelham automaticamente imagens públicas, o que melhora a disponibilidade e reduz o tempo para extrair imagens.
  2. Cluster executando algumas imagens proprietárias que devem ser ocultadas para quem está fora da empresa, mas visível para todos os usuários do cluster.
    • Use um registro Docker privado hospedado.
      • Pode ser hospedado no Docker Hub ou em outro lugar.
      • Configure manualmente .docker/config.json em cada nó conforme descrito acima.
    • Ou execute um registro privado interno atrás de seu firewall com permissão de leitura.
      • Nenhuma configuração do Kubernetes é necessária.
    • Use um serviço de registro de imagem de contêiner que controla o acesso à imagem
      • Funcionará melhor com o escalonamento automático do cluster do que com a configuração manual de nós.
    • Ou, em um cluster onde alterar a configuração do nó é inconveniente, use imagePullSecrets.
  3. Cluster com imagens proprietárias, algumas das quais requerem controle de acesso mais rígido.
    • Certifique-se de que o controlador de admissão AlwaysPullImages está ativo. Caso contrário, todos os pods têm potencialmente acesso a todas as imagens.
    • Mova dados confidenciais para um recurso "secreto", em vez de empacotá-los em uma imagem.
  4. Um cluster multilocatário em que cada locatário precisa de seu próprio registro privado.
    • Certifique-se de que o controlador de admissão AlwaysPullImages está ativo. Caso contrário, todos os Pods de todos os locatários terão potencialmente acesso a todas as imagens.
    • Execute um registro privado com autorização necessária.
    • Gere credenciais de registro para cada locatário, coloque em segredo e preencha o segredo para cada namespace de locatário.
    • O locatário adiciona esse segredo a imagePullSecrets de cada namespace.

Se precisar de acesso a vários registros, você pode criar um segredo para cada registro. O Kubelet mesclará qualquer imagePullSecrets em um único .docker/config.json virtual

Próximos passos

3.3.2 - Ambiente de Contêiner

Essa página descreve os recursos disponíveis para contêineres no ambiente de contêiner.

Ambiente de contêiner

O ambiente de contêiner do Kubernetes fornece recursos importantes para contêineres:

  • Um sistema de arquivos, que é a combinação de uma imagem e um ou mais volumes.
  • Informação sobre o contêiner propriamente.
  • Informação sobre outros objetos no cluster.

Informação de contêiner

O hostname de um contêiner é o nome do Pod em que o contêiner está executando. Isso é disponibilizado através do comando hostname ou da função gethostname chamada na libc.

O nome do Pod e o Namespace são expostos como variáveis de ambiente através de um mecanismo chamado downward API.

Variáveis de ambiente definidas pelo usuário a partir da definição do Pod também são disponíveis para o contêiner, assim como qualquer variável de ambiente especificada estáticamente na imagem Docker.

Informação do cluster

Uma lista de todos os serviços que estão executando quando um contêiner foi criado é disponibilizada para o contêiner como variáveis de ambiente. Essas variáveis de ambiente são compatíveis com a funcionalidade docker link do Docker.

Para um serviço nomeado foo que mapeia para um contêiner nomeado bar, as seguintes variáveis são definidas:

FOO_SERVICE_HOST=<o host em que o serviço está executando>
FOO_SERVICE_PORT=<a porta em que o serviço está executando>

Serviços possuem endereço IP dedicado e são disponibilizados para o contêiner via DNS, se possuírem DNS addon habilitado.

Próximos passos

3.3.3 - Classes de execução

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.20 [stable]

Essa página descreve o recurso RuntimeClass e a seleção do mecanismo do agente de execução.

RuntimeClass é uma funcionalidade para selecionar as configurações do agente de execução do contêiner. A configuração do agente de execução de contêineres é usada para executar os contêineres de um Pod.

Motivação

Você pode configurar um RuntimeClass diferente entre os diferentes Pods para prover um equilíbrio entre performance versus segurança. Por exemplo, se parte de sua carga de trabalho necessita de um alto nível de garantia de segurança da informação, você pode optar em executar esses Pods em um agente de execução que usa virtualização de hardware. Você então terá o benefício do isolamento extra de um agente de execução alternativo, ao custo de uma latência adicional.

Você pode ainda usar um RuntimeClass para executar diferentes Pods com o mesmo agente de execução de contêineres mas com diferentes configurações.

Configuração

  1. Configure a implementação do CRI nos nós (depende do agente de execução)
  2. Crie o recurso RuntimeClass correspondente.

1. Configure a implementação do CRI nos nós

As configurações disponíveis através do RuntimeClass sáo dependentes da implementação do Container Runtime Interface (Container runtime interface (CRI)). Veja a documentação correspondente abaixo para a sua implementação CRI para verificar como configurar.

As configurações possuem um nome handler correspondente, referenciado pelo RuntimeClass. Esse nome deve ser um valor DNS 1123 válido (letras, números e o carácter -).

2. Crie o recurso RuntimeClass correspondente

As etapas de configuração no passo 1 devem todas estar associadas a um nome para o campo handler que identifica a configuração. Para cada um, crie o objeto RuntimeClass correspondente.

O recurso RuntimeClass atualmente possui apenas 2 campos significativos: o nome do RuntimeClass (metadata.name) e o agente (handler). A definição do objeto se parece conforme a seguir:

apiVersion: node.k8s.io/v1  # RuntimeClass é definido no grupo de API node.k8s.io
kind: RuntimeClass
metadata:
  name: myclass  # O nome que o RuntimeClass será chamado como
  # RuntimeClass é um recurso global, e não possui namespace.
handler: myconfiguration  # Nome da configuração CRI correspondente

O nome de um objeto RuntimeClass deve ser um nome de subdomínio DNS válido.

Uso

Uma vez que as classes de execução estão configuradas no cluster, usar elas é relativamente simples. Especifique um runtimeClassName na especificação do Pod. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  runtimeClassName: myclass
  # ...

Isso irá instruir o kubelet a usar o RuntimeClass nomeado acima (myclass) para esse Pod. Se o nome do RuntimeClass não existir, ou o CRI não puder executar a solicitação, o Pod entrará na fase final Failed. Procure por um evento correspondente para uma mensagem de erro.

Se nenhum runtimeClassName for especificado, o RuntimeHandler padrão será utilizado, que é equivalente ao comportamento quando a funcionalidade de RuntimeClass está desativada.

Configuração do CRI

Para maiores detalhes de configuração dos agentes de execução CRI, veja instalação do CRI.

dockershim

O CRI dockershim embutido no Kubernetes não suporta outros agentes de execução.

containerd

Agentes de execução são configurados através da configuração do containerd em /etc/containerd/config.toml. Agentes válidos são configurados sob a seção de runtimes:

[plugins."io.containerd.grpc.v1.cri".containerd.runtimes.${HANDLER_NAME}]

Veja a documentação de configuração do containerd para maiores detalhes: https://github.com/containerd/containerd/blob/main/docs/cri/config.md

CRI-O

Agentes de execução são configurados através da configuração do CRI-O em /etc/crio/crio.conf. Agentes válidos são configurados na seção crio.runtime table:

[crio.runtime.runtimes.${HANDLER_NAME}]
  runtime_path = "${PATH_TO_BINARY}"

Veja a documentação de configuração do CRI-O para maiores detalhes.

Associação

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.16 [beta]

Ao especificar o campo scheduling para um RuntimeClass, você pode colocar limites e garantir que os Pods executando dentro de uma RuntimeClass sejam associados a nós que suportem eles. Se o scheduling não estiver configurado, assume-se que esse RuntimeClass é suportado por todos os nós.

Para garantir que os Pods sejam executados em um nó que suporte um RuntimeClass específico, aquele conjunto de nós deve possuir uma marca/label padrão que é selecionado pelo campo runtimeclass.scheduling.nodeSelector. O nodeSelector do RuntimeClass é combinado com o nodeSelector do Pod em tempo de admissão, obtendo a intersecção do conjunto de nós selecionado por cada. Se existir um conflito, o pod será rejeitado.

Se os nós suportados possuírem marcação de restrição para prevenir outros Pods com uma classe de execução diferente de executar no nó, você pode adicionar o campo tolerations ao objeto RuntimeClass. Assim como com o nodeSelector, o tolerations é combinado com o campo tolerations do Pod em tempo de admissão, efetivamente pegando a intersecção do conjunto de nós aplicáveis para cada.

Para saber mais sobre a configuração de seleção de nós e tolerâncias, veja Associando Pods a Nós.

Sobrecarga de Pods

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [beta]

Você pode especificar os recursos extra que estão associados à execução de um Pod. Declarar esses recursos extra permite ao cluster (incluindo o agendador/scheduler de pods) contabilizar por esses recursos quando estiver decidindo sobre Pods e recursos. Para usar a contabilização desses recursos extras, você deve estar com o feature gate PodOverhead habilitado (ele já está habilitado por padrão).

Os recursos extras utilizados são especificados no objeto RuntimeClass através do campo overhead. Ao usar esses campos, você especifica o uso extra de recursos necessários para executar Pods utilizando-se desse Runtimeclass e assim contabilizar esses recursos para o Kubernetes.

Próximos passos

3.3.4 - Hooks de Ciclo de Vida do Contêiner

Essa página descreve como os contêineres gerenciados pelo kubelet podem usar a estrutura de hook de ciclo de vida do contêiner para executar código acionado por eventos durante seu ciclo de vida de gerenciamento.

Visão Geral

Análogo a muitas estruturas de linguagem de programação que tem hooks de ciclo de vida de componentes, como angular, o Kubernetes fornece aos contêineres hooks de ciclo de vida. Os hooks permitem que os contêineres estejam cientes dos eventos em seu ciclo de vida de gerenciamento e executem código implementado em um manipulador quando o hook de ciclo de vida correspondente é executado.

Hooks do contêiner

Existem dois hooks que são expostos para os contêiners:

PostStart

Este hook é executado imediatamente após um contêiner ser criado. Entretanto, não há garantia que o hook será executado antes do ENTRYPOINT do contêiner. Nenhum parâmetro é passado para o manipulador.

PreStop

Esse hook é chamado imediatamente antes de um contêiner ser encerrado devido a uma solicitação de API ou um gerenciamento de evento como liveness/startup probe failure, preemption, resource contention e outros. Uma chamada ao hook PreStop falha se o contêiner já está em um estado finalizado ou concluído e o hook deve ser concluído antes que o sinal TERM seja enviado para parar o contêiner. A contagem regressiva do período de tolerância de término do Pod começa antes que o hook PreStop seja executado, portanto, independentemente do resultado do manipulador, o contêiner será encerrado dentro do período de tolerância de encerramento do Pod. Nenhum parâmetro é passado para o manipulador.

Uma descrição mais detalhada do comportamento de término pode ser encontrada em Término de Pods.

Implementações de manipulador de hook

Os contêineres podem acessar um hook implementando e registrando um manipulador para esse hook. Existem dois tipos de manipuladores de hooks que podem ser implementados para contêineres:

  • Exec - Executa um comando específico, como pre-stop.sh, dentro dos cgroups e Namespaces do contêiner.
  • HTTP - Executa uma requisição HTTP em um endpoint específico do contêiner.

Execução do manipulador de hook

Quando um hook de gerenciamento de ciclo de vida do contêiner é chamado, o sistema de gerenciamento do Kubernetes executa o manipulador de acordo com a ação do hook, httpGet e tcpSocket são executados pelo processo kubelet e exec é executado pelo contêiner.

As chamadas do manipulador do hook são síncronas no contexto do Pod que contém o contêiner. Isso significa que para um hook PostStart, o ENTRYPOINT do contêiner e o hook disparam de forma assíncrona. No entanto, se o hook demorar muito para ser executado ou travar, o contêiner não consegue atingir o estado running.

Os hooks PreStop não são executados de forma assíncrona a partir do sinal para parar o contêiner, o hook precisa finalizar a sua execução antes que o sinal TERM possa ser enviado. Se um hook PreStop travar durante a execução, a fase do Pod será Terminating e permanecerá até que o Pod seja morto após seu terminationGracePeriodSeconds expirar. Esse período de tolerância se aplica ao tempo total necessário para o hook PreStopexecutar e para o contêiner parar normalmente. Se por exemplo, o terminationGracePeriodSeconds é 60, e o hook leva 55 segundos para ser concluído, e o contêiner leva 10 segundos para parar normalmente após receber o sinal, então o contêiner será morto antes que possa parar normalmente, uma vez que o terminationGracePeriodSeconds é menor que o tempo total (55 + 10) que é necessário para que essas duas coisas aconteçam.

Se um hook PostStart ou PreStop falhar, ele mata o contêiner.

Os usuários devem tornar seus hooks o mais leve possíveis. Há casos, no entanto, em que comandos de longa duração fazem sentido, como ao salvar o estado antes de parar um contêiner.

Garantias de entrega de hooks

A entrega do hook é destinada a acontecer pelo menos uma vez, o que quer dizer que um hook pode ser chamado várias vezes para qualquer evento, como para PostStart ou PreStop. Depende da implementação do hook lidar com isso corretamente.

Geralmente, apenas entregas únicas são feitas. Se, por exemplo, um receptor de hook HTTP estiver inativo e não puder receber tráfego, não há tentativa de reenviar. Em alguns casos raros, no entanto, pode ocorrer uma entrega dupla. Por exemplo, se um kubelet reiniciar no meio do envio de um hook, o hook pode ser reenviado depois que o kubelet voltar a funcionar.

Depurando manipuladores de hooks

Os logs para um manipulador de hook não são expostos em eventos de Pod. Se um manipulador falhar por algum motivo, ele transmitirá um evento. Para PostStart é o evento FailedPostStartHook e para PreStop é o evento FailedPreStopHook. Você pode ver esses eventos executando kubectl describe pod <nome_do_pod>. Aqui está um exemplo de saída de eventos da execução deste comando:

Events:
  FirstSeen  LastSeen  Count  From                                                   SubObjectPath          Type      Reason               Message
  ---------  --------  -----  ----                                                   -------------          --------  ------               -------
  1m         1m        1      {default-scheduler }                                                          Normal    Scheduled            Successfully assigned test-1730497541-cq1d2 to gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd
  1m         1m        1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Pulling              pulling image "test:1.0"
  1m         1m        1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Created              Created container with docker id 5c6a256a2567; Security:[seccomp=unconfined]
  1m         1m        1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Pulled               Successfully pulled image "test:1.0"
  1m         1m        1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Started              Started container with docker id 5c6a256a2567
  38s        38s       1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Killing              Killing container with docker id 5c6a256a2567: PostStart handler: Error executing in Docker Container: 1
  37s        37s       1      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Normal    Killing              Killing container with docker id 8df9fdfd7054: PostStart handler: Error executing in Docker Container: 1
  38s        37s       2      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}                         Warning   FailedSync           Error syncing pod, skipping: failed to "StartContainer" for "main" with RunContainerError: "PostStart handler: Error executing in Docker Container: 1"
  1m         22s       2      {kubelet gke-test-cluster-default-pool-a07e5d30-siqd}  spec.containers{main}  Warning   FailedPostStartHook

Próximos passos

3.4 - Serviços, balanceamento de carga e conectividade

Conceitos e recursos por trás da conectividade no Kubernetes.

A conectividade do Kubernetes trata quatro preocupações:

  • Contêineres em um Pod se comunicam via interface loopback.
  • A conectividade do cluster provê a comunicação entre diferentes Pods.
  • O recurso de Service permite a você expor uma aplicação executando em um Pod, de forma a ser alcançável de fora de seu cluster.
  • Você também pode usar os Services para publicar serviços de consumo interno do seu cluster.

3.4.1 - Ingress

Disponibilize seu serviço de rede HTTP ou HTTPS usando um mecanismo de configuração com reconhecimento de protocolo, que entende conceitos da Web como URIs, nomes de host, caminhos e muito mais. O conceito Ingress permite mapear o tráfego para diferentes backends com base nas regras definidas por meio da API do Kubernetes.

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.19 [stable]

Um objeto da API (do inglês "Application Programming Interface") que gerencia o acesso externo aos serviços em um cluster, normalmente HTTP.

Um Ingress pode fornecer balanceamento de carga, terminação SSL e hospedagem virtual baseada em nomes.

Terminologia

Para fins de clareza, este guia define os seguintes termos:

  • Nó: Uma máquina de trabalho no Kubernetes, parte de um cluster.
  • Cluster: Um conjunto de nós que executam aplicações em contêiner gerenciado pelo Kubernetes. Para este exemplo, e nas instalações mais comuns do Kubernetes, os nós no cluster não fazem parte da Internet pública.
  • Roteador de borda: Um roteador que impõe a política de firewall para o seu cluster. Isso pode ser um gateway gerenciado por um provedor de nuvem ou um hardware físico.
  • Rede do cluster: Um conjunto de links, lógicos ou físicos, que facilitam a comunicação dentro de um cluster de acordo com o modelo de rede do Kubernetes.
  • Serviço: Um objeto serviço do Kubernetes que identifica um conjunto de Pods usando seletores de label. Salvo indicação em contrário, assume-se que os Serviços tenham IPs virtuais apenas roteáveis dentro da rede de cluster.

O que é o Ingress?

O Ingress expõe rotas HTTP e HTTPS de fora do cluster para um serviço dentro do cluster. O roteamento do tráfego é controlado por regras definidas no recurso Ingress.

Aqui está um exemplo simples em que o Ingress envia todo o seu tráfego para um serviço:

 diagrama do Ingress

Figura. Ingress

Um Ingress pode ser configurado para fornecer URLs acessíveis externamente aos serviços, balanceamento de carga de tráfego, terminação SSL/TLS e oferecer hospedagem virtual baseada em nome. Um controlador Ingress é responsável por atender o Ingress, geralmente com um balanceador de carga, embora também possa configurar seu roteador de borda ou frontends adicionais para ajudar a lidar com o tráfego.

Um Ingress não expõe portas ou protocolos arbitrários. Normalmente se usa um serviço do tipo Service.Type=NodePort ou Service.Type=LoadBalancer para expor serviços à Internet que não sejam HTTP e HTTPS.

Pré-requisitos

Você deve ter um controlador Ingress para satisfazer um Ingress. Apenas a criação de um recurso Ingress não tem efeito.

Você pode precisar instalar um controlador Ingress, como ingress-nginx. Você pode escolher entre vários controladores Ingress.

Idealmente, todos os controladores Ingress devem se encaixar na especificação de referência. Na realidade, os vários controladores Ingress operam de forma ligeiramente diferente.

O recurso Ingress

Um exemplo mínimo do recurso Ingress:

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: minimal-ingress
  annotations:
    nginx.ingress.kubernetes.io/rewrite-target: /
spec:
  ingressClassName: nginx-example
  rules:
  - http:
      paths:
      - path: /testpath
        pathType: Prefix
        backend:
          service:
            name: test
            port:
              number: 80

Um Ingress precisa dos campos apiVersion, kind, metadata e spec. O nome de um objeto Ingress deve ser um nome de subdomínio DNS válido. Para obter informações gerais sobre como trabalhar com arquivos de configuração, consulte como instalar aplicações, como configurar contêineres e como gerenciar recursos. O Ingress frequentemente usa anotações para configurar opções dependendo do controlador Ingress. Um exemplo deste uso é a anotação rewrite-target. Diferentes controladores Ingress suportam diferentes anotações. Revise a documentação do seu controlador Ingress escolhido para saber quais anotações são suportadas.

A especificação Ingress tem todas as informações necessárias para configurar um balanceador de carga ou servidor proxy. Mais importante ainda, ele contém uma lista de regras correspondentes a todas as solicitações recebidas. O recurso Ingress suporta apenas regras para direcionar o tráfego HTTP(S).

Se o ingressClassName for omitido, uma classe Ingress padrão deve ser definida.

Existem alguns controladores Ingress que funcionam sem a definição de uma IngressClass padrão. Por exemplo, o controlador Ingress-NGINX pode ser configurado com uma flag --watch-ingress-without-class. No entanto, recomenda-se especificar a IngressClass padrão, conforme mostrado abaixo.

Regras do Ingress

Cada regra HTTP contém as seguintes informações:

  • Um host opcional. Neste exemplo, nenhum host é especificado, portanto, a regra se aplica a todo o tráfego HTTP de entrada através do endereço IP especificado. Se um host for fornecido (por exemplo, foo.bar.com), as regras se aplicam a esse host.
  • Uma lista de caminhos (por exemplo, /testpath), cada um com um backend associado definido com um service.name e um service.port.name ou service.port.number. Tanto o host quanto o caminho devem corresponder ao conteúdo de uma solicitação recebida antes que o balanceador de carga direcione o tráfego para o serviço referenciado.
  • Um backend é uma combinação de nomes de serviço e porta, conforme descrito na documentação de Services ou um backend de recursos personalizados por meio de um CRD. As solicitações HTTP e HTTPS para o Ingress que correspondem ao host e ao caminho da regra são enviadas para o backend listado.

Um defaultBackend geralmente é configurado em um controlador Ingress para atender a quaisquer solicitações que não correspondam a um caminho na especificação.

DefaultBackend

Um Ingress sem regras envia todo o tráfego para um único backend padrão e .spec.defaultBackend é o backend que deve lidar com as solicitações nesse caso. O defaultBackend é convencionalmente uma opção de configuração do controlador Ingress e não é especificado em seus recursos Ingress. Se nenhum .spec.rules for especificado, o .spec.defaultBackend deve ser especificado. Se o defaultBackend não for definido, o tratamento de solicitações que não correspondem a nenhuma das regras ficará a cargo do controlador de Ingress (consulte a documentação do seu controlador de Ingress para descobrir como ele lida com esse caso).

Se nenhum dos hosts ou caminhos corresponder à solicitação HTTP nos objetos Ingress, o tráfego será roteado para o seu backend padrão.

Resource backends

Um Resource backend é um ObjectRef para outro recurso Kubernetes dentro do mesmo namespace que o objeto Ingress. Um Resource é uma configuração mutuamente exclusiva com o serviço, e a validação irá falhar se ambos forem especificados. Um uso comum para um Resource backend é inserir dados em um backend de armazenamento de objetos com ativos estáticos.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: ingress-resource-backend
spec:
  defaultBackend:
    resource:
      apiGroup: k8s.example.com
      kind: StorageBucket
      name: static-assets
  rules:
    - http:
        paths:
          - path: /icons
            pathType: ImplementationSpecific
            backend:
              resource:
                apiGroup: k8s.example.com
                kind: StorageBucket
                name: icon-assets

Depois de criar o Ingress acima, você pode visualizá-lo com o seguinte comando:

kubectl describe ingress ingress-resource-backend
Name:             ingress-resource-backend
Namespace:        default
Address:
Default backend:  APIGroup: k8s.example.com, Kind: StorageBucket, Name: static-assets
Rules:
  Host        Path  Backends
  ----        ----  --------
  *
              /icons   APIGroup: k8s.example.com, Kind: StorageBucket, Name: icon-assets
Annotations:  <none>
Events:       <none>

Tipos de path HTTP

Cada caminho no Ingress deve ter um tipo de caminho correspondente. Os caminhos que não incluem um pathType explícito falharão na validação. Existem três tipos de caminho suportados:

  • ImplementationSpecific: Com esse tipo de caminho, a correspondência depende da IngressClass. As implementações podem tratar isso como um pathType separado ou tratá-lo de forma idêntica aos tipos de caminho Prefix ou Exact.
  • Exact: Corresponde exatamente ao caminho da URL podendo ser case-sensitive.
  • Prefix: Corresponde com base em um prefixo de caminho de URL dividido por /. A correspondência faz distinção entre maiúsculas e minúsculas e é feita em um caminho, elemento por elemento. Um elemento de caminho refere-se à lista de labels no caminho dividido pelo separador /. Uma solicitação é uma correspondência para o caminho p se cada p for um prefixo elementar de p do caminho da solicitação.

Exemplos

TiposCaminho(s)Caminho(s) de solicitaçãoCorrespondências?
Prefix/(todos os caminhos)Sim
Exact/foo/fooSim
Exact/foo/barNão
Exact/foo/foo/Não
Exact/foo//fooNão
Prefix/foo/foo, /foo/Sim
Prefix/foo//foo, /foo/Sim
Prefix/aaa/bb/aaa/bbbNão
Prefix/aaa/bbb/aaa/bbbSim
Prefix/aaa/bbb//aaa/bbbSim, ignora a barra final
Prefix/aaa/bbb/aaa/bbb/Sim, combina com a barra final
Prefix/aaa/bbb/aaa/bbb/cccSim, corresponde ao subcaminho
Prefix/aaa/bbb/aaa/bbbxyzNão, não corresponde ao prefixo da string
Prefix/, /aaa/aaa/cccSim, corresponde ao prefixo /aaa
Prefix/, /aaa, /aaa/bbb/aaa/bbbSim, corresponde ao prefixo /aaa/bbb
Prefix/, /aaa, /aaa/bbb/cccSim, corresponde ao prefixo /
Prefix/aaa/cccNão, usa o backend padrão
Mixed/foo (Prefix), /foo (Exact)/fooSim, prefere o exact

Várias correspondências

Em alguns casos, vários caminhos dentro de uma entrada corresponderão a uma solicitação. Nesses casos, a precedência será dada primeiro ao caminho correspondente mais longo. Se dois caminhos ainda estiverem iguais, a precedência será dada aos caminhos com um tipo de caminho exato sobre o tipo de caminho de prefixo.

Hostname curingas

Os hosts podem ter correspondências precisas (por exemplo, “foo.bar.com”) ou um curinga (por exemplo, “*.foo.com”). Correspondências precisas exigem que o cabeçalho do host HTTP corresponda ao campo host. As correspondências curinga exigem que o cabeçalho do host HTTP seja igual ao sufixo da regra curinga.

HostHost headerCorresponde?
*.foo.combar.foo.comCorrespondências baseadas no sufixo compartilhado
*.foo.combaz.bar.foo.comSem correspondência, o curinga cobre apenas um único rótulo DNS
*.foo.comfoo.comSem correspondência, o curinga cobre apenas um único rótulo DNS
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: ingress-wildcard-host
spec:
  rules:
  - host: "foo.bar.com"
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/bar"
        backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 80
  - host: "*.foo.com"
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/foo"
        backend:
          service:
            name: service2
            port:
              number: 80

Classe Ingress

Os Ingress podem ser implementados por diferentes controladores, muitas vezes com diferentes configurações. Cada Ingress deve especificar uma classe, uma referência a um recurso IngressClass que contém uma configuração adicional, incluindo o nome do controlador que deve implementar a classe.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: IngressClass
metadata:
  name: external-lb
spec:
  controller: example.com/ingress-controller
  parameters:
    apiGroup: k8s.example.com
    kind: IngressParameters
    name: external-lb

O campo .spec.parameters de uma classe Ingress permite que você faça referência a outro recurso que fornece a configuração relacionada a essa classe Ingress.

O tipo específico de parâmetros a serem usados depende do controlador Ingress que você especificar no campo .spec.controller da classe Ingress.

Escopo da classe Ingress

Dependendo do seu controlador Ingress, os parâmetros definidos em todo o cluster ou apenas para um namespace poderão ser utilizados.

O escopo padrão para os parâmetros da classe Ingress é em todo o cluster.

Se você definir o campo .spec.parameters e não definir .spec.parameters.scope, ou se você definir .spec.parameters.scope como Cluster, então a classe Ingress se refere a um recurso com escopo de cluster. O kind (em combinação com o apiGroup) dos parâmetros refere-se a uma API com escopo de cluster (possivelmente um recurso personalizado), e o name dos parâmetros identifica um recurso específico com escopo de cluster para essa API.

Por exemplo:

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: IngressClass
metadata:
  name: external-lb-1
spec:
  controller: example.com/ingress-controller
  parameters:
    # Os parâmetros para esta classe Ingress são especificados em um
    # ClusterIngressParameter (grupo de API k8s.example.net) nomeado
    # "external-config-1". Esta definição diz ao Kubernetes para
    # procurar um recurso de parâmetro com escopo de cluster.    
    scope: Cluster
    apiGroup: k8s.example.net
    kind: ClusterIngressParameter
    name: external-config-1

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.23 [stable]

Se você definir o campo .spec.parameters e definir .spec.parameters.scope como Namespace, a classe Ingress terá como referência um recurso com escopo de namespace. Você também deve definir o campo namespace dentro de .spec.parameters para o namespace que contém os parâmetros que deseja usar.

O campo kind (em combinação com o campo apiGroup) dos parâmetros refere-se a uma API com namespace (por exemplo: ConfigMap), e o campo name dos parâmetros identifica um recurso específico no namespace que você especificou no campo namespace.

Os parâmetros com escopo de namespace ajudam o operador de cluster a delegar o controle sobre a configuração (por exemplo: configurações do balanceador de carga, definição de gateway API) que é usada para uma carga de trabalho. Se você usou um parâmetro com escopo de cluster, então:

  • A equipe do operador do cluster precisa aprovar as alterações de uma equipe diferente toda vez que houver uma nova alteração de configuração sendo aplicada.
  • O operador de cluster deve definir controles de acesso específicos, como funções e vínculos RBAC, que permitem que a equipe do aplicativo faça alterações no recurso de parâmetros do escopo do cluster.

A própria API do IngressClass é sempre com escopo de cluster.

Aqui está um exemplo de uma classe Ingress que se refere a parâmetros com namespace:

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: IngressClass
metadata:
  name: external-lb-2
spec:
  controller: example.com/ingress-controller
  parameters:
    # The parameters for this IngressClass are specified in an
    # IngressParameter (API group k8s.example.com) named "external-config",
    # that's in the "external-configuration" namespace.
    scope: Namespace
    apiGroup: k8s.example.com
    kind: IngressParameter
    namespace: external-configuration
    name: external-config

Anotação obsoleta

Antes que o recurso IngressClass e o campo ingressClassName fossem adicionados no Kubernetes 1.18, as classes Ingress foram especificadas com uma anotação kubernetes.io/ingress.class no Ingress. Esta anotação nunca foi formalmente definida, mas foi amplamente apoiada pelos controladores Ingress.

O campo ingressClassName mais recente no Ingress é um substituto para essa anotação, mas não é um equivalente direto. Embora a anotação tenha sido geralmente usada para fazer referência ao nome do controlador Ingress que deve implementar o Ingress, o campo é uma referência a um recurso IngressClass que contém a configuração Ingress adicional, incluindo o nome do controlador Ingress.

Classe Ingress Padrão

Você pode marcar uma classe Ingress específica como padrão para o seu cluster. Definir a anotação ingressclass.kubernetes.io/is-default-class como true em um recurso IngressClass garantirá que novos Ingress sem um campo ingressClassName especificado sejam atribuídos a esta ingressClassName padrão.

Existem alguns controladores Ingress que funcionam sem a definição de uma IngressClass padrão. Por exemplo, o controlador Ingress-NGINX pode ser configurado com uma flag --watch-ingress-without-class. No entanto, é recomendável especificar a IngressClass padrão:

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: IngressClass
metadata:
  labels:
    app.kubernetes.io/component: controller
  name: nginx-example
  annotations:
    ingressclass.kubernetes.io/is-default-class: "true"
spec:
  controller: k8s.io/ingress-nginx

Tipos de Ingress

Ingress fornecidos por um único serviço

No Kubernetes existem conceitos que permitem expor um único serviço (veja alternativas). Você também pode fazer isso com um Ingress especificando um backend padrão sem regras.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: test-ingress
spec:
  defaultBackend:
    service:
      name: test
      port:
        number: 80

Se você criá-lo usando kubectl apply -f, você deve ser capaz de visualizar o estado do Ingress que você adicionou:

kubectl get ingress test-ingress
NAME           CLASS         HOSTS   ADDRESS         PORTS   AGE
test-ingress   external-lb   *       203.0.113.123   80      59s

Onde 203.0.113.123 é o IP alocado pelo controlador Ingress para satisfazer o Ingress.

Simples fanout

Uma configuração de fanout roteia o tráfego de um único endereço IP para mais de um serviço, com base na URI HTTP que está sendo solicitada. Um Ingress permite que você mantenha o número de balanceadores de carga no mínimo. Por exemplo, uma configuração como:

ingress-fanout-diagram

Figura. Ingress Fan Out

exigiria um Ingress como:

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: simple-fanout-example
spec:
  rules:
  - host: foo.bar.com
    http:
      paths:
      - path: /foo
        pathType: Prefix
        backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 4200
      - path: /bar
        pathType: Prefix
        backend:
          service:
            name: service2
            port:
              number: 8080

Quando você cria o Ingress com kubectl apply -f:

kubectl describe ingress simple-fanout-example
Name:             simple-fanout-example
Namespace:        default
Address:          178.91.123.132
Default backend:  default-http-backend:80 (10.8.2.3:8080)
Rules:
  Host         Path  Backends
  ----         ----  --------
  foo.bar.com
               /foo   service1:4200 (10.8.0.90:4200)
               /bar   service2:8080 (10.8.0.91:8080)
Events:
  Type     Reason  Age                From                     Message
  ----     ------  ----               ----                     -------
  Normal   ADD     22s                loadbalancer-controller  default/test

O controlador Ingress fornece um balanceador de carga específico de implementação que satisfaz o Ingress, desde que os serviços (service1, service2) existam. Quando tiver feito isso, você pode ver o endereço do balanceador de carga no campo Address.

Hospedagem virtual baseada em nome

Os hosts virtuais baseados em nomes suportam o roteamento de tráfego HTTP para vários nomes de host no mesmo endereço IP.

ingress-namebase-diagram

Figura. Hospedagem de host virtual baseado em nome

O Ingress a seguir diz ao balanceador de carga de apoio para rotear solicitações com base no Host header.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: name-virtual-host-ingress
spec:
  rules:
  - host: foo.bar.com
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/"
        backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 80
  - host: bar.foo.com
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/"
        backend:
          service:
            name: service2
            port:
              number: 80

Se você criar um recurso de Ingress sem nenhum host definido nas regras, qualquer tráfego da web para o endereço IP do seu controlador de Ingress pode ser correspondido sem que seja necessário um host virtual baseado em nome.

Por exemplo, o Ingress a seguir roteia o tráfego solicitado para first.bar.com para service1, second.bar.com para service2 e qualquer tráfego cujo cabeçalho de host de solicitação não corresponda a first.bar.com e second.bar.com para service3.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: name-virtual-host-ingress-no-third-host
spec:
  rules:
  - host: first.bar.com
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/"
        backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 80
  - host: second.bar.com
    http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/"
        backend:
          service:
            name: service2
            port:
              number: 80
  - http:
      paths:
      - pathType: Prefix
        path: "/"
        backend:
          service:
            name: service3
            port:
              number: 80

TLS

Você pode configurar o uso de TLS no Ingress especificando um Secret que contém uma chave privada e um certificado TLS. O recurso Ingress suporta apenas uma única porta TLS, 443, e assume a terminação TLS no ponto de entrada (o tráfego para o Serviço e seus Pods não está criptografado o que é inseguro). Se a seção de configuração TLS em um Ingress especificar hosts diferentes, eles serão multiplexados na mesma porta de acordo com o nome do host especificado através da extensão SNI TLS (desde que o controlador Ingress suporte SNI). O objeto Secret do tipo TLS deve conter chaves chamadas tls.crt e tls.key que contêm o certificado e a chave privada a ser usada para TLS.

Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: testsecret-tls
  namespace: default
data:
  tls.crt: base64 encoded cert
  tls.key: base64 encoded key
type: kubernetes.io/tls

Fazer referência a esse segredo em um Ingress diz ao controlador Ingress para proteger o canal do cliente para o balanceador de carga usando TLS. Você precisa ter certeza de que o objeto Secret do tipo TLS que você criou é originário de um certificado que contém um Nome Comum (Common Name, CN), também conhecido como Nome de Domínio Totalmente Qualificado (Fully Qualified Domain Name, FQDN), tal como https-example.foo.com.

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: Ingress
metadata:
  name: tls-example-ingress
spec:
  tls:
  - hosts:
      - https-example.foo.com
    secretName: testsecret-tls
  rules:
  - host: https-example.foo.com
    http:
      paths:
      - path: /
        pathType: Prefix
        backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 80

Balanceador de carga

Um controlador Ingress é inicializado com algumas configurações de política de balanceamento de carga que se aplicam a todos os Ingress, como o algoritmo de balanceamento de carga, esquema de peso de backend e outros. Conceitos mais avançados de balanceamento de carga (por exemplo, sessões persistentes, pesos dinâmicos) ainda não estão expostos através do Ingress. Em vez disso, você pode obter esses recursos através do balanceador de carga usado para um serviço.

Também vale a pena notar que, embora as verificações de integridade não sejam expostas diretamente através do Ingress, existem conceitos paralelos no Kubernetes, como readiness probes, que permitem alcançar o mesmo resultado final. Revise a documentação específica do controlador para ver como eles lidam com as verificações de integridade (por exemplo: nginx ou GCE).

Atualizando um Ingress

Para atualizar um Ingress existente para adicionar um novo Host, você pode atualizá-lo editando o recurso:

kubectl describe ingress test
Name:             test
Namespace:        default
Address:          178.91.123.132
Default backend:  default-http-backend:80 (10.8.2.3:8080)
Rules:
  Host         Path  Backends
  ----         ----  --------
  foo.bar.com
               /foo   service1:80 (10.8.0.90:80)
Annotations:
  nginx.ingress.kubernetes.io/rewrite-target:  /
Events:
  Type     Reason  Age                From                     Message
  ----     ------  ----               ----                     -------
  Normal   ADD     35s                loadbalancer-controller  default/test
kubectl edit ingress test

Isso abre um editor com a configuração existente no formato YAML. Para incluir o novo host modifique:

spec:
  rules:
  - host: foo.bar.com
    http:
      paths:
      - backend:
          service:
            name: service1
            port:
              number: 80
        path: /foo
        pathType: Prefix
  - host: bar.baz.com
    http:
      paths:
      - backend:
          service:
            name: service2
            port:
              number: 80
        path: /foo
        pathType: Prefix
..

Depois de salvar suas alterações, o kubectl atualizará o recurso no servidor API, que diz ao controlador Ingress para reconfigurar o balanceador de carga.

Verifique isso:

kubectl describe ingress test
Name:             test
Namespace:        default
Address:          178.91.123.132
Default backend:  default-http-backend:80 (10.8.2.3:8080)
Rules:
  Host         Path  Backends
  ----         ----  --------
  foo.bar.com
               /foo   service1:80 (10.8.0.90:80)
  bar.baz.com
               /foo   service2:80 (10.8.0.91:80)
Annotations:
  nginx.ingress.kubernetes.io/rewrite-target:  /
Events:
  Type     Reason  Age                From                     Message
  ----     ------  ----               ----                     -------
  Normal   ADD     45s                loadbalancer-controller  default/test

Você pode alcançar o mesmo resultado invocando kubectl replace -f em um arquivo Ingress YAML modificado.

Falha nas zonas de disponibilidade

Técnicas para distribuir o tráfego entre domínios de falha diferem entre os provedores de nuvem. Verifique a documentação do controlador Ingress para obter detalhes relevantes.

Alternativas

Você pode expor um serviço de várias maneiras que não envolve diretamente o recurso Ingress:

Próximos passos

3.4.2 - Políticas de rede

Se você deseja controlar o fluxo do tráfego de rede no nível do endereço IP ou de portas TCP e UDP (camadas OSI 3 e 4) então você deve considerar usar Políticas de rede (NetworkPolicies) do Kubernetes para aplicações no seu cluster. NetworkPolicy é um objeto focado em aplicações/experiência do desenvolvedor que permite especificar como é permitido a um pod comunicar-se com várias "entidades" de rede.

As entidades que um Pod pode se comunicar são identificadas através de uma combinação dos 3 identificadores à seguir:

  1. Outros pods que são permitidos (exceção: um pod não pode bloquear a si próprio)
  2. Namespaces que são permitidos
  3. Blocos de IP (exceção: o tráfego de e para o nó que um Pod está executando sempre é permitido, independentemente do endereço IP do Pod ou do Nó)

Quando definimos uma política de rede baseada em pod ou namespace, utiliza-se um selector para especificar qual tráfego é permitido de e para o(s) Pod(s) que correspondem ao seletor.

Quando uma política de redes baseada em IP é criada, nós definimos a política baseada em blocos de IP (faixas CIDR).

Pré requisitos

As políticas de rede são implementadas pelo plugin de redes. Para usar uma política de redes, você deve usar uma solução de redes que suporte o objeto NetworkPolicy. A criação de um objeto NetworkPolicy sem um controlador que implemente essas regras não tem efeito.

Pods isolados e não isolados

Por padrão, pods não são isolados; eles aceitam tráfego de qualquer origem.

Os pods tornam-se isolados ao existir uma NetworkPolicy que selecione eles. Uma vez que exista qualquer NetworkPolicy no namespace selecionando um pod em específico, aquele pod irá rejeitar qualquer conexão não permitida por qualquer NetworkPolicy. (Outros pod no mesmo namespace que não são selecionados por nenhuma outra NetworkPolicy irão continuar aceitando todo tráfego de rede.)

As políticas de rede não conflitam; elas são aditivas. Se qualquer política selecionar um pod, o pod torna-se restrito ao que é permitido pela união das regras de entrada/saída de tráfego definidas nas políticas. Assim, a ordem de avaliação não afeta o resultado da política.

Para o fluxo de rede entre dois pods ser permitido, tanto a política de saída no pod de origem e a política de entrada no pod de destino devem permitir o tráfego. Se a política de saída na origem, ou a política de entrada no destino negar o tráfego, o tráfego será bloqueado.

O recurso NetworkPolicy

Veja a referência NetworkPolicy para uma definição completa do recurso.

Uma NetworkPolicy de exemplo é similar ao abaixo:

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: test-network-policy
  namespace: default
spec:
  podSelector:
    matchLabels:
      role: db
  policyTypes:
  - Ingress
  - Egress
  ingress:
  - from:
    - ipBlock:
        cidr: 172.17.0.0/16
        except:
        - 172.17.1.0/24
    - namespaceSelector:
        matchLabels:
          project: myproject
    - podSelector:
        matchLabels:
          role: frontend
    ports:
    - protocol: TCP
      port: 6379
  egress:
  - to:
    - ipBlock:
        cidr: 10.0.0.0/24
    ports:
    - protocol: TCP
      port: 5978

Campos obrigatórios: Assim como todas as outras configurações do Kubernetes, uma NetworkPolicy necessita dos campos apiVersion, kind e metadata. Para maiores informações sobre trabalhar com arquivos de configuração, veja Configurando containeres usando ConfigMap, e Gerenciamento de objetos.

spec: A spec contém todas as informações necessárias para definir uma política de redes em um namespace.

podSelector: Cada NetworkPolicy inclui um podSelector que seleciona o grupo de pods que a política se aplica. A política acima seleciona os pods com a label "role=db". Um podSelector vazio seleciona todos os pods no namespace.

policyTypes: Cada NetworkPolicy inclui uma lista de policyTypes que pode incluir Ingress, Egress ou ambos. O campo policyTypes indica se a política se aplica ao tráfego de entrada com destino aos pods selecionados, o tráfego de saída com origem dos pods selecionados ou ambos. Se nenhum policyType for definido então por padrão o tipo Ingress será sempre utilizado, e o tipo Egress será configurado apenas se o objeto contiver alguma regra de saída. (campo egress a seguir).

ingress: Cada NetworkPolicy pode incluir uma lista de regras de entrada permitidas através do campo ingress. Cada regra permite o tráfego que corresponde simultaneamente às sessões from (de) e ports (portas). A política de exemplo acima contém uma regra simples, que corresponde ao tráfego em uma única porta, de uma das três origens definidas, sendo a primeira definida via ipBlock, a segunda via namespaceSelector e a terceira via podSelector.

egress: Cada política pode incluir uma lista de regras de regras de saída permitidas através do campo egress. Cada regra permite o tráfego que corresponde simultaneamente às sessões to (para) e ports (portas). A política de exemplo acima contém uma regra simples, que corresponde ao tráfego destinado a uma porta em qualquer destino pertencente à faixa de IPs em 10.0.0.0/24.

Então a NetworkPolicy acima:

  1. Isola os pods no namespace "default" com a label "role=db" para ambos os tráfegos de entrada e saída (se eles ainda não estavam isolados)

  2. (Regras de entrada/ingress) permite conexões para todos os pods no namespace "default" com a label "role=db" na porta TCP 6379 de:

    • qualquer pod no namespace "default" com a label "role=frontend"
    • qualquer pod em um namespace que tenha a label "project=myproject" (aqui cabe ressaltar que o namespace que deve ter a label e não os pods dentro desse namespace)
    • IPs dentro das faixas 172.17.0.0–172.17.0.255 e 172.17.2.0–172.17.255.255 (ex.:, toda 172.17.0.0/16 exceto 172.17.1.0/24)
  3. (Regras de saída/egress) permite conexões de qualquer pod no namespace "default" com a label "role=db" para a faixa de destino 10.0.0.0/24 na porta TCP 5978.

Veja o tutorial Declarando uma política de redes para mais exemplos.

Comportamento dos seletores to e from

Existem quatro tipos de seletores que podem ser especificados nas sessões ingress.from ou egress.to:

podSelector: Seleciona Pods no mesmo namespace que a política de rede foi criada, e que deve ser permitido origens no tráfego de entrada ou destinos no tráfego de saída.

namespaceSelector: Seleciona namespaces para o qual todos os Pods devem ser permitidos como origens no caso de tráfego de entrada ou destino no tráfego de saída.

namespaceSelector e podSelector: Uma entrada to/from única que permite especificar ambos namespaceSelector e podSelector e seleciona um conjunto de Pods dentro de um namespace. Seja cuidadoso em utilizar a sintaxe YAML correta; essa política:

  ...
  ingress:
  - from:
    - namespaceSelector:
        matchLabels:
          user: alice
      podSelector:
        matchLabels:
          role: client
  ...

contém um único elemento from permitindo conexões de Pods com a label role=client em namespaces com a label user=alice. Mas essa política:

  ...
  ingress:
  - from:
    - namespaceSelector:
        matchLabels:
          user: alice
    - podSelector:
        matchLabels:
          role: client
  ...

contém dois elementos no conjunto from e permite conexões de Pods no namespace local com a label role=client, OU de qualquer outro Pod em qualquer outro namespace que tenha a label user=alice.

Quando estiver em dúvida, utilize o comando kubectl describe para verificar como o Kubernetes interpretou a política.

ipBlock: Isso seleciona um conjunto particular de faixas de IP a serem permitidos como origens no caso de entrada ou destinos no caso de saída. Devem ser considerados IPs externos ao cluster, uma vez que os IPs dos Pods são efêmeros e imprevisíveis.

Os mecanismos de entrada e saída do cluster geralmente requerem que os IPs de origem ou destino sejam reescritos. Em casos em que isso aconteça, não é definido se deve acontecer antes ou depois do processamento da NetworkPolicy que corresponde a esse tráfego, e o comportamento pode ser diferente para cada plugin de rede, provedor de nuvem, implementação de Service, etc.

No caso de tráfego de entrada, isso significa que em alguns casos você pode filtrar os pacotes de entrada baseado no IP de origem atual, enquanto que em outros casos o IP de origem que a NetworkPolicy atua pode ser o IP de um LoadBalancer ou do Nó em que o Pod está executando.

No caso de tráfego de saída, isso significa que conexões de Pods para Services que são reescritos para IPs externos ao cluster podem ou não estar sujeitos a políticas baseadas no campo ipBlock.

Políticas padrão

Por padrão, se nenhuma política existir no namespace, então todo o tráfego de entrada e saída é permitido de e para os pods nesse namespace. Os exemplos a seguir permitem a você mudar o comportamento padrão nesse namespace.

Bloqueio padrão de todo tráfego de entrada

Você pode criar uma política padrão de isolamento para um namespace criando um objeto NetworkPolicy que seleciona todos os pods mas não permite o tráfego de entrada para esses pods.

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: default-deny-ingress
spec:
  podSelector: {}
  policyTypes:
  - Ingress

Isso garante que mesmo pods que não são selecionados por nenhuma outra política de rede ainda serão isolados. Essa política não muda o comportamento padrão de isolamento de tráfego de saída nesse namespace.

Permitir por padrão todo tráfego de entrada

Se você deseja permitir todo o tráfego de todos os pods em um namespace (mesmo que políticas que sejam adicionadas faça com que alguns pods sejam tratados como "isolados"), você pode criar uma política que permite explicitamente todo o tráfego naquele namespace.

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: allow-all-ingress
spec:
  podSelector: {}
  ingress:
  - {}
  policyTypes:
  - Ingress

Bloqueio padrão de todo tráfego de saída

Você pode criar uma política de isolamento de saída padrão para um namespace criando uma política de redes que selecione todos os pods, mas não permita o tráfego de saída a partir de nenhum desses pods.

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: default-deny-egress
spec:
  podSelector: {}
  policyTypes:
  - Egress

Isso garante que mesmo pods que não são selecionados por outra política de rede não seja permitido tráfego de saída. Essa política não muda o comportamento padrão de tráfego de entrada.

Permitir por padrão todo tráfego de saída

Caso você queira permitir todo o tráfego de todos os pods em um namespace (mesmo que políticas sejam adicionadas e cause com que alguns pods sejam tratados como "isolados"), você pode criar uma política explicita que permite todo o tráfego de saída no namespace.

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: allow-all-egress
spec:
  podSelector: {}
  egress:
  - {}
  policyTypes:
  - Egress

Bloqueio padrão de todo tráfego de entrada e saída

Você pode criar uma política padrão em um namespace que previne todo o tráfego de entrada E saída criando a política a seguir no namespace.

---
apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: default-deny-all
spec:
  podSelector: {}
  policyTypes:
  - Ingress
  - Egress

Isso garante que mesmo pods que não são selecionados por nenhuma outra política de redes não possuam permissão de tráfego de entrada ou saída.

Selecionando uma faixa de portas

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [alpha]

Ao escrever uma política de redes, você pode selecionar uma faixa de portas ao invés de uma porta única, utilizando-se do campo endPort conforme a seguir:

apiVersion: networking.k8s.io/v1
kind: NetworkPolicy
metadata:
  name: multi-port-egress
  namespace: default
spec:
  podSelector:
    matchLabels:
      role: db
  policyTypes:
  - Egress
  egress:
  - to:
    - ipBlock:
        cidr: 10.0.0.0/24
    ports:
    - protocol: TCP
      port: 32000
      endPort: 32768

A regra acima permite a qualquer Pod com a label "role=db" no namespace default de se comunicar com qualquer IP na faixa 10.0.0.0/24 através de protocolo TCP, desde que a porta de destino esteja na faixa entre 32000 e 32768.

As seguintes restrições aplicam-se ao se utilizar esse campo:

  • Por ser uma funcionalidade "alpha", ela é desativada por padrão. Para habilitar o campo endPort no cluster, você (ou o seu administrador do cluster) deve habilitar o feature gate NetworkPolicyEndPort no kube-apiserver com a flag --feature-gates=NetworkPolicyEndPort=true,....
  • O valor de endPort deve ser igual ou maior ao valor do campo port.
  • O campo endPort só pode ser definido se o campo port também for definido.
  • Ambos os campos port e endPort devem ser números.

Selecionando um Namespace pelo seu nome

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes 1.21 [beta]

A camada de gerenciamento do Kubernetes configura uma label imutável kubernetes.io/metadata.name em todos os namespaces, uma vez que o feature gate esteja habilitado por padrão. O valor dessa label é o nome do namespace.

Enquanto que um objeto NetworkPolicy não pode selecionar um namespace pelo seu nome através de um campo específico, você pode utilizar essa label padrão para selecionar um namespace pelo seu nome.

O que você não pode fazer com NetworkPolicies (ao menos por enquanto!)

Por enquanto no Kubernetes 1.30 as funcionalidades a seguir não existem mas você pode conseguir implementar de forma alternativa utilizando componentes do Sistema Operacional (como SELinux, OpenVSwitch, IPtables, etc) ou tecnologias da camada 7 OSI (Ingress controllers, implementações de service mesh) ou ainda admission controllers. No caso do assunto "segurança de redes no Kubernetes" ser novo para você, vale notar que as histórias de usuário a seguir ainda não podem ser implementadas:

  • Forçar o tráfego interno do cluster passar por um gateway comum (pode ser implementado via service mesh ou outros proxies)
  • Qualquer coisa relacionada a TLS/mTLS (use um service mesh ou ingress controller para isso)
  • Políticas específicas a nível do nó kubernetes (você pode utilizar as notações de IP CIDR para isso, mas não pode selecionar nós Kubernetes por suas identidades)
  • Selecionar Services pelo seu nome (você pode, contudo, selecionar pods e namespaces por seus labels o que torna-se uma solução de contorno viável).
  • Criação ou gerenciamento
  • Políticas padrão que são aplicadas a todos os namespaces e pods (existem alguns plugins externos do Kubernetes e projetos que podem fazer isso, e a comunidade está trabalhando nessa especificação).
  • Ferramental de testes para validação de políticas de redes.
  • Possibilidade de logar eventos de segurança de redes (conexões bloqueadas, aceitas). Existem plugins CNI que conseguem fazer isso à parte.
  • Possibilidade de explicitamente negar políticas de rede (o modelo das NetworkPolicies são "negar por padrão e conforme a necessidade, deve-se adicionar regras que permitam o tráfego).
  • Bloquear o tráfego que venha da interface de loopback/localhost ou que venham do nó em que o Pod se encontre.

Próximos passos

3.5 - Armazenamento

Formas de fornecer armazenamento temporário e de longa duração a Pods em seu cluster.

3.5.1 - Volumes

Os arquivos em disco em um contêiner são efêmeros, o que apresenta alguns problemas para aplicações não triviais quando executadas em contêineres. Um problema é a perda de arquivos quando um contêiner quebra. O kubelet reinicia o contêiner, mas em um estado limpo. Um segundo problema ocorre ao compartilhar arquivos entre contêineres que são executados juntos em um Pod. A abstração de volume do Kubernetes resolve ambos os problemas. Sugere-se familiaridade com Pods .

Contexto

Docker tem um conceito de volumes, embora seja um pouco mais simples e menos gerenciado. Um volume Docker é um diretório em disco ou em outro contêiner. O Docker oferece drivers de volume, mas a funcionalidade é um pouco limitada.

O Kubernetes suporta muitos tipos de volumes. Um Pod é capaz de utilizar qualquer quantidade de tipos de volumes simultaneamente. Os tipos de volume efêmeros têm a mesma vida útil do pod, mas os volumes persistentes existem além da vida útil de um pod. Quando um pod deixa de existir, o Kubernetes destrói volumes efêmeros; no entanto, o Kubernetes não destrói volumes persistentes. Para qualquer tipo de volume em um determinado pod, os dados são preservados entre as reinicializações do contêiner.

Em sua essência, um volume é um diretório, eventualmente com alguns dados dentro dele, que é acessível aos contêineres de um Pod. Como esse diretório vem a ser, o meio que o suporta e o conteúdo do mesmo são determinados pelo tipo particular de volume utilizado.

Para utilizar um volume, especifique os volumes que serão disponibilizados para o Pod em .spec.volumes e declare onde montar esses volumes dentro dos contêineres em .spec.containers[*].volumeMounts. Um processo em um contêiner enxerga uma visualização do sistema de arquivos composta pelo do conteúdo inicial da imagem do contêiner mais os volumes (se definidos) montados dentro do contêiner. O processo enxerga um sistema de arquivos raiz que inicialmente corresponde ao conteúdo da imagem do contêiner. Qualquer gravação dentro dessa hierarquia do sistema de arquivos, se permitida, afetará o que esse processo enxerga quando ele executa um acesso subsequente ao sistema de arquivos. Os volumes são montados nos caminhos especificados dentro da imagem. Para cada contêiner definido em um Pod, você deve especificar independentemente onde montar cada volume utilizado pelo contêiner.

Volumes não podem ser montados dentro de outros volumes (mas você pode consultar Utilizando subPath para um mecanismo relacionado). Além disso, um volume não pode conter um link físico para qualquer outro dado em um volume diferente.

Tipos de Volumes

Kubernetes suporta vários tipos de volumes.

awsElasticBlockStore (descontinuado)

Um volume awsElasticBlockStore monta um volume EBS da Amazon Web Services (AWS) em seu pod. Ao contrário do emptyDirque é apagado quando um pod é removido, o conteúdo de um volume EBS é preservado e o volume é desmontado. Isto significa que um volume EBS pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre Pods.

Existem algumas restrições ao utilizar um volume awsElasticBlockStore:

  • Os nós nos quais os Pods estão sendo executados devem ser instâncias AWS EC2
  • Estas instâncias devem estar na mesma região e na mesma zona de disponibilidade que o volume EBS
  • O EBS suporta montar um volume em apenas uma única instância EC2

Criando um volume AWS EBS

Antes de poder utilizar um volume EBS com um pod, precisa criá-lo.

aws ec2 create-volume --availability-zone=eu-west-1a --size=10 --volume-type=gp2

Certifique-se de que a zona corresponde à mesma zona em que criou o cluster. Verifique se o tamanho e o tipo de volume EBS são adequados para a sua utilização.

Exemplo de configuração do AWS EBS

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-ebs
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /test-ebs
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    # Esse volume AWS EBS já deve existir.
    awsElasticBlockStore:
      volumeID: "<volume id>"
      fsType: ext4

Se o volume EBS estiver particionado, é possível informar o campo opcional partition: "<partition em number>" para especificar em que partição deve ser montado.

Migração de CSI do AWS EBS

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.25 [stable]

Quando o recurso CSIMigration para awsElasticBlockStore está habilitado, todas as operações de plugin do tipo in-tree são redirecionadas para o driver Cointainer Storage Interface (CSI) ebs.csi.aws.com. Para usar esse recurso, o driver CSI AWS EBS deve estar instalado no cluster.

Migração CSI AWS EBS concluída

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.17 [alpha]

Para desabilitar o carregamento do plugin de armazenamento awsElasticBlockStore pelo gerenciador de controladores e pelo kubelet, defina a flag InTreePluginAWSUnregister como true.

azureDisk (descontinuado)

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.19 [deprecated]

O tipo de volume azureDisk monta um Disco de Dados Microsoft Azure em um pod.

Para obter mais detalhes, consulte plugin de volume azureDisk.

Migração de CSI do azureDisk

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.24 [stable]

Quando o recurso CSIMigration para azureDisk está habilitado, todas as operações de plugin do tipo in-tree são redirecionadas para o Driver de Cointêiner Storage Interface (CSI) disk.csi.azure.com. Para utilizar este recurso, o Driver CSI Azure Disk deve estar instalado no cluster.

Migração CSI azureDisk concluída

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [alpha]

Para desabilitar o carregamento do plugin de armazenamento azureDisk pelo gerenciador de controladores e pelo kubelet, defina a flag InTreePluginAzureDiskUnregister como true.

azureFile (descontinuado)

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [deprecated]

O tipo de volume azureFile monta um volume de arquivo Microsoft Azure (SMB 2.1 e 3.0) em um pod.

Para obter mais detalhes, consulte plugin de volume azureFile.

Migração de CSI azureFile

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.26 [stable]

Quando o recurso CSIMigration para azureFile está habilitado, todas as operações de plugin do tipo in-tree são redirecionadas para o Driver de Cointainer Storage Interface (CSI) file.csi.azure.com. Para utilizar este recurso, o Driver CSI do Azure Disk deve estar instalado no cluster e as feature gates CSIMigration e CSIMigrationAzureFile devem estar habilitadas.

O driver de CSI do Azure File não oferece suporte ao uso do mesmo volume por fsgroups diferentes, se a migração de CSI Azurefile estiver habilitada, o uso do mesmo volume por fsgroups diferentes não será suportado.

Migração do CSI azureFile concluída

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [alpha]

Para desabilitar o carregamento do plugin de armazenamento azureFile pelo gerenciador de controladores e pelo kubelet, defina a flag InTreePluginAzureFileUnregister como true.

cephfs

Um volume cephfs permite que um volume CephFS existente seja montado no seu Pod. Ao contrário do emptyDir que é apagado quando um pod é removido, o conteúdo de um volume cephfs é preservado e o volume é simplesmente desmontado. Isto significa que um volume cephfs pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre os Pods. O volume cephfs pode ser montado por vários gravadores simultaneamente.

Consulte o exemplo CephFS para mais detalhes.

cinder (descontinuado)

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [deprecated]

O tipo de volume cinder é utilizado para montar o volume do OpenStack Cinder no seu pod.

Exemplo de configuração de volume Cinder

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-cinder
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-cinder-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /test-cinder
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    # Esse volume OpenStack já deve existir.
    cinder:
      volumeID: "<volume id>"
      fsType: ext4

Migração de CSI OpenStack

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.24 [stable]

O recurso CSIMigration para o Cinder é ativado por padrão no Kubernetes 1.21. Ele redireciona todas as operações de plugin do tipo in-tree para o Driver de Cointainer Storage Interface (CSI) cinder.csi.openstack.org. O Driver CSI OpenStack Cinder tem de estar instalado no cluster. Você pode desativar a migração Cinder CSI para o seu cluster definindo a feature gate CSIMigrationOpenStack como false. Se você desativar o recurso CSIMigrationOpenStack, o plugin de volume in-tree do Cinder assume a responsabilidade por todos os aspectos do gerenciamento de armazenamento de volume do Cinder.

configMap

Um ConfigMap oferece uma forma de injetar dados de configuração em Pods. Os dados armazenados em um ConfigMap podem ser referenciados em um volume de tipo configMap e depois consumidos por aplicações conteinerizadas executadas em um pod.

Ao referenciar um ConfigMap, você informa o nome do ConfigMap no volume. Pode personalizar o caminho utilizado para uma entrada específica no ConfigMap. A seguinte configuração mostra como montar o log-config do ConfigMap em um Pod chamado configmap-pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: configmap-pod
spec:
  containers:
    - name: test
      image: busybox:1.28
      command: ['sh', '-c', 'echo "The app is running!" && tail -f /dev/null']
      volumeMounts:
        - name: config-vol
          mountPath: /etc/config
  volumes:
    - name: config-vol
      configMap:
        name: log-config
        items:
          - key: log_level
            path: log_level

O ConfigMap log-config é montado como um volume e todos os conteúdos armazenados em sua entrada log_level são montados no Pod através do caminho /etc/config/log_level. Observe que esse caminho é derivado do volume mountPathe do path configurado com log_level.

downwardAPI

Um volume downwardAPI disponibiliza dados da downward API para as aplicações. Ele monta um diretório e grava os dados solicitados em arquivos de texto sem formatação.

Consulte o exemplo de downward API para obter mais detalhes.

emptyDir

Um volume emptyDir é criado pela primeira vez quando um Pod é atribuído a um nó e existe enquanto esse Pod estiver sendo executado nesse nó. Como o nome diz, o volume emptyDir está inicialmente vazio. Todos os contêineres no Pod podem ler e gravar os mesmos arquivos no volume emptyDir, embora esse volume possa ser montado no mesmo caminho ou em caminhos diferentes em cada contêiner. Quando um Pod é removido de um nó por qualquer motivo, os dados no emptyDir são eliminados permanentemente.

Alguns usos para um emptyDir são:

  • espaço temporário, como para uma merge sort baseado em disco
  • ponto de verificação de um processamento longo para recuperação de falhas
  • manter arquivos que um contêiner gerenciador de conteúdo busca enquanto um contêiner de webserver entrega os dados

Dependendo do seu ambiente, os volumes emptyDir são armazenados em qualquer mídia que componha o nó, como disco ou SSD, ou armazenamento de rede. No entanto, se você definir o campo emptyDir.medium como "Memory", o Kubernetes monta um tmpfs (sistema de arquivos com suporte de RAM) para você. Embora o tmpfs seja muito rápido, tenha em atenção que, ao contrário dos discos, o tmpfs é limpo na reinicialização do nó e quaisquer arquivos que grave consomem o limite de memória do seu contêiner.

Exemplo de configuração emptyDir

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-pd
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /cache
      name: cache-volume
  volumes:
  - name: cache-volume
    emptyDir: {}
      sizeLimit: 500Mi

fc (fibre channel)

Um tipo de volume fc permite que um volume de armazenamento de fibre channel existente seja montado em um Pod. Você pode especificar um ou vários WWNs usando o parâmetro targetWWNs em sua configuração de volume. Se forem especificados vários WWNs, o targetWWNs espera que esses WWNs sejam de conexões multipath.

Consulte o exemplo de fibre channel para obter mais detalhes.

flocker (descontinuado)

Flocker é um gerenciador de volumes de dados de contêineres em cluster de código aberto. O Flocker oferece gerenciamento e orquestração de volumes de dados suportados por uma variedade de backends de armazenamento.

Um volume flocker permite que um conjunto de dados Flocker seja montado em um Pod. Se o conjunto de dados ainda não existir no Flocker, ele precisará ser criado primeiro com o CLI do Flocker ou usando a API do Flocker. Se o conjunto de dados já existir, ele será anexado pelo Flocker ao nó que o pod está escalonado. Isto significa que os dados podem ser compartilhados entre os Pods, conforme necessário.

Consulte exemplo do Flocker para obter mais detalhes.

gcePersistentDisk (descontinuado)

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.17 [deprecated]

Um volume gcePersistentDisk monta um disco persistente (PD) do Google Compute Engine (GCE) no seu Pod. Ao contrário do emptyDir que é apagado quando um pod é removido, o conteúdo de um PD é preservado e o volume é simplesmente desmontado. Isto significa que um PD pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre os Pods.

Existem algumas restrições ao utilizar um gcePersistentDisk:

  • Os nós nos quais os Pods estão sendo executados devem ser VMs GCE
  • Essas VMs precisam estar no mesmo projeto e zona GCE que o disco persistente

Uma característica do disco persistente GCE é o acesso simultâneo somente leitura a um disco persistente. Um volume gcePersistentDisk permite que vários consumidores montem simultaneamente um disco persistente como somente leitura. Isto significa que é possível alimentar previamente um PD com o seu conjunto de dados e, em seguida, disponibilizá-lo em paralelo a quantos Pods necessitar. Infelizmente, os PDs só podem ser montados por um único consumidor no modo de leitura e escrita. Não são permitidos gravadores simultâneos.

O uso de um disco persistente GCE com um Pod controlado por um ReplicaSet falhará, a menos que o PD seja somente leitura ou a contagem de réplica seja 0 ou 1.

Criando um disco persistente GCE

Antes de poder utilizar um disco persistente GCE com um Pod, é necessário criá-lo.

gcloud compute disks create --size=500GB --zone=us-central1-a my-data-disk

Exemplo de configuração de disco persistente GCE

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-pd
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /test-pd
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    # Esse Disco Persistente (PD) GCE já deve existir.
    gcePersistentDisk:
      pdName: my-data-disk
      fsType: ext4

Discos persistentes regionais

O recurso de Discos persistentes regionais permite a criação de discos persistentes que estão disponíveis em duas zonas dentro da mesma região. Para usar esse recurso, o volume deve ser provisionado como PersistentVolume; referenciar o volume diretamente a partir de um pod não é uma configuração suportada.

Provisionar manualmente um PersistentVolume PD Regional

O provisionamento dinâmico é possível usando uma StorageClass para GCE PD. Antes de criar um PersistentVolume, você deve criar o disco persistente:

gcloud compute disks create --size=500GB my-data-disk
  --region us-central1
  --replica-zones us-central1-a,us-central1-b

Exemplo de configuração de disco persistente regional

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: test-volume
spec:
  capacity:
    storage: 400Gi
  accessModes:
  - ReadWriteOnce
  gcePersistentDisk:
    pdName: my-data-disk
    fsType: ext4
  nodeAffinity:
    required:
      nodeSelectorTerms:
      - matchExpressions:
        # failure-domain.beta.kubernetes.io/zone deve ser usado para versões anteriores à 1.21
        - key: topology.kubernetes.io/zone
          operator: In
          values:
          - us-central1-a
          - us-central1-b

Migração do CSI GCE

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.25 [stable]

Quando o recurso CSIMigration para o GCE PD é habilitado, todas as operações de plugin do plugin in-tree existente são redirecionadas para o Driver de Cointainer Storage Interface (CSI) pd.csi.storage.gke.io. Para utilizar este recurso, o Driver CSI GCE PD deve ser instalado no cluster e os recursos beta CSIMigration e CSIMigrationGCE devem estar habilitados.

Migração de CSI GCE concluída

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [alpha]

Para desabilitar o carregamento do plugin de armazenamento gcePersistentDisk pelo gerenciador de controladores e pelo kubelet, defina a flag InTreePluginGCEUnregister como true.

gitRepo (descontinuado)

Um volume gitRepo é um exemplo de um plugin de volume. Este plugin monta um diretório vazio e clona um repositório git neste diretório para que seu Pod utilize.

Aqui está um exemplo de um volume gitRepo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: server
spec:
  containers:
  - image: nginx
    name: nginx
    volumeMounts:
    - mountPath: /mypath
      name: git-volume
  volumes:
  - name: git-volume
    gitRepo:
      repository: "git@somewhere:me/my-git-repository.git"
      revision: "22f1d8406d464b0c0874075539c1f2e96c253775"

glusterfs (removido)

O Kubernetes 1.27 não inclui um tipo de volume glusterfs.

O driver de armazenamento in-tree GlusterFS foi descontinuado na versão v1.25 do Kubernetes e, em seguida, removido totalmente na versão v1.26.

hostPath

Um volume hostPath monta um arquivo ou diretório do sistema de arquivos do nó do host em seu Pod. Isto não é algo de que a maioria dos Pods irá precisar, mas oferece uma poderosa alternativa de escape para algumas aplicações.

Por exemplo, alguns usos para um hostPath são:

  • Executar um contêiner que necessita de acesso aos documentos internos do Docker; utilizar um hostPath apontando para /var/lib/docker
  • Executando o cAdvisor em um contêiner; use um hostPath apontando para /sys
  • Permitir que um Pod especifique se um dado hostPath deve existir antes de o Pod ser executado, se deve ser criado e como deve existir

Além da propriedade obrigatória path , você pode opcionalmente definir um type para um volume hostPath.

Os valores suportados para o campo type são:

ValorComportamento
A string vazia (padrão) é para compatibilidade com versões anteriores, o que significa que nenhuma verificação será executada antes de montar o volume hostPath.
DirectoryOrCreateSe nada existir no caminho indicado, um diretório vazio será criado lá, conforme necessário, com permissão definida para 0755, tendo o mesmo grupo e propriedade com a Kubelet.
DirectoryUm diretório deve existir no caminho indicado
FileOrCreateSe não houver nada no caminho indicado, um arquivo vazio será criado lá, conforme necessário, com permissão definida para 0644, tendo o mesmo grupo e propriedade com Kubelet.
FileUm arquivo deve existir no caminho indicado
SocketUm socket UNIX deve existir no caminho indicado
CharDeviceDeve existir um dispositivo de caracteres no caminho indicado
BlockDeviceDeve existir um dispositivo de bloco no caminho indicado

Tenha cuidado ao utilizar este tipo de volume, porque:

  • Os HostPaths podem expor as credenciais privilegiadas do sistema (como para o Kubelet) ou APIs privilegiadas (como o container runtime socket), que podem ser usadas para o explorar vulnerabilidades de escape do contêiner ou para atacar outras partes do cluster.
  • Os Pods com configuração idêntica (como criado a partir de um PodTemplate) podem se comportar de forma diferente em nós diferentes devido a arquivos diferentes nos nós
  • Os arquivos ou diretórios criados nos hosts subjacentes são graváveis apenas pelo root. Você precisa executar seu processo como root em um contêiner privilegiado ou modificar as permissões de arquivo no host para poder gravar em um volume hostPath

Exemplo de configuração do hostPath

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-pd
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /test-pd
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    hostPath:
      # localização do diretório no host
      path: /data
      # este campo é opcional
      type: Directory

Exemplo de configuração FileOrCreate do hostPath

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-webserver
spec:
  containers:
  - name: test-webserver
    image: registry.k8s.io/test-webserver:latest
    volumeMounts:
    - mountPath: /var/local/aaa
      name: mydir
    - mountPath: /var/local/aaa/1.txt
      name: myfile
  volumes:
  - name: mydir
    hostPath:
      # Certifique-se de que o diretório foi criado.
      path: /var/local/aaa
      type: DirectoryOrCreate
  - name: myfile
    hostPath:
      path: /var/local/aaa/1.txt
      type: FileOrCreate

iscsi

Um volume iscsi permite que um volume iSCSI (SCSI sobre IP) existente seja montado no seu Pod. Ao contrário do emptyDir que é apagado quando um Pod é removido, o conteúdo de um volume iscsi é preservado e o volume é simplesmente desmontado. Isto significa que um volume iscsi pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre os Pods.

Uma característica do iSCSI é que ele pode ser montado como somente leitura por vários consumidores simultaneamente. Isto significa que um volume pode ser previamente populado com seu conjunto de dados e, em seguida, ser disponibilizado em paralelo para tantos Pods quanto necessitar. Infelizmente, os volumes iSCSI só podem ser montados por um único consumidor no modo de leitura-escrita. Não são permitidos gravadores simultâneos.

Consulte o exemplo iSCSI para obter mais detalhes.

local

Um volume local representa um dispositivo de armazenamento local montado, como um disco, partição ou diretório.

Os volumes locais só podem ser usados como um PersistentVolume criado estaticamente. O provisionamento dinâmico não é suportado.

Em comparação com volumes hostPath, os volumes local são usados de forma durável e portátil, sem escalonamento manual dos Pods para os nós. O sistema está ciente das restrições de nós do volume, observando a afinidade do nó com o PersistentVolume.

No entanto, os volumes local estão sujeitos à disponibilidade do nó que o comporta e não são adequados para todas as aplicações. Se um nó não está íntegro, então o volume local torna-se inacessível pelo pod. O pod que utiliza este volume não consegue ser executado. Os aplicativos que usam volumes local devem ser capazes de tolerar essa disponibilidade reduzida, bem como uma possível perda de dados, dependendo das caraterísticas de durabilidade do disco subjacente.

O exemplo a seguir mostra um PersistentVolume usando um volume local e nodeAffinity:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: example-pv
spec:
  capacity:
    storage: 100Gi
  volumeMode: Filesystem
  accessModes:
  - ReadWriteOnce
  persistentVolumeReclaimPolicy: Delete
  storageClassName: local-storage
  local:
    path: /mnt/disks/ssd1
  nodeAffinity:
    required:
      nodeSelectorTerms:
      - matchExpressions:
        - key: kubernetes.io/hostname
          operator: In
          values:
          - example-node

É preciso definir a propriedade nodeAffinity do PersistentVolume ao utilizar volumes local. O escalonador do Kubernetes usa o PersistentVolume nodeAffinity para escalonar esses pods para o nó correto.

A propriedade volumeMode do PersistentVolume pode ser definida como "Block" (ao invés do valor padrão "Filesystem") para expor o volume local como um dispositivo de bloco bruto.

Ao usar volumes locais, é recomendável criar uma StorageClass com a propriedade volumeBindingMode definida como WaitForFirstConsumer. Para obter mais detalhes, consulte o exemplo local StorageClass. A postergação da vinculação do volume garante que a decisão de vinculação da PersistentVolumeClaim também será avaliada com quaisquer outras restrições de nós que o Pod possa ter, tais como requisitos de recursos de nós, seletores de nós, afinidade do Pod e anti afinidade do Pod.

Um provisionador estático externo pode ser executado separadamente para uma melhor gestão do ciclo de vida do volume local. Observe que este provisionador ainda não suporta o provisionamento dinâmico. Para um exemplo sobre como executar um provisionador local externo, veja o manual do usuário do provisionador local do volume.

nfs

Um volume nfs permite que um compartilhamento NFS (Network File System) existente seja montado em um Pod. Ao contrário do emptyDir que é apagado quando um Pod é removido, o conteúdo de um volume nfs é preservado e o volume é simplesmente desmontado. Isto significa que um volume NFS pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre os Pods. O NFS pode ser montado por vários gravadores simultaneamente.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-pd
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /my-nfs-data
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    nfs:
      server: my-nfs-server.example.com
      path: /my-nfs-volume
      readOnly: true

Consulte o exemplo NFS para obter mais detalhes.

persistentVolumeClaim

Um volume persistentVolumeClaim é usado para montar um PersistentVolume em um Pod. PersistentVolumeClaims são uma forma de os usuários "solicitarem" armazenamento durável (como um GCE PersistentDisk ou um volume iSCSI) sem conhecerem os detalhes do ambiente de nuvem em particular.

Consulte as informações sobre PersistentVolumes para obter mais detalhes.

portworxVolume (descontinuado)

Um portworxVolume é uma camada de armazenamento em bloco extensível que funciona hiperconvergente com Kubernetes. O Portworx tira as impressões digitais de um armazenamento em um servidor, organiza com base nas capacidades e agrega capacidade em múltiplos servidores. Portworx funciona em máquinas virtuais ou em nós Linux bare-metal.

Um portworxVolume pode ser criado dinamicamente através do Kubernetes ou também pode ser previamente provisionado e referenciado dentro de um Pod. Aqui está um exemplo de um Pod referenciando um volume Portworx pré-provisionado:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-portworx-volume-pod
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /mnt
      name: pxvol
  volumes:
  - name: pxvol
    # Este volume Portworx já deve existir.
    portworxVolume:
      volumeID: "pxvol"
      fsType: "<fs-type>"

Para obter mais detalhes, consulte os exemplos de volume Portworx .

projetado

Um volume projetado mapeia várias fontes de volume existentes dentro do mesmo diretório. Para obter mais detalhes, consulte Volumes projetados.

quobyte (descontinuado)

Um Volume quobyte permite que um volume Quobyte existente seja montado no seu Pod.

Quobyte oferece suporte para o Container Storage Interface. CSI é o plugin recomendado para usar volumes Quobyte dentro de Kubernetes. O projeto GitHub da Quobyte tem instruções para implantar o Quobyte usando o CSI, acompanhado de exemplos.

rbd

Um volume rbd permite que um volume Rados Block Device (RBD) seja montado em seu Pod. Ao contrário do emptyDir que é apagado quando um pod é removido, o conteúdo de um volume rbd é preservado e o volume é desmontado. Isto significa que um volume RBD pode ser previamente populado com dados e que os dados podem ser compartilhados entre os Pods.

Uma caraterística do RBD é que ele pode ser montado como somente leitura por vários consumidores simultaneamente. Isto significa que um volume pode ser previamente populado com seu conjunto de dados e, em seguida, ser disponibilizado em paralelo para tantos pods quanto necessitar. Infelizmente, os volumes RBD só podem ser montados por um único consumidor no modo de leitura-escrita. Não são permitidos gravadores simultâneos.

Consulte o exemplo RBD para obter mais detalhes.

Migração de CSI RBD

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.23 [alpha]

Quando o recurso CSIMigration do RBD está ativado, redireciona todas as operações do plugin in-tree existente para o driver CSI rbd.csi.ceph.com. Para utilizar este recurso, o driver Ceph CSI deve estar instalado no cluster e as feature gates CSIMigration e csiMigrationRBD devem estar habilitadas.

secret

Um volume secret é usado para passar informações sensíveis, tais como senhas, para Pods. Você pode armazenar segredos na API Kubernetes e montá-los como arquivos para serem usados por pods sem necessidade de vinculação direta ao Kubernetes. Volumes secret são mantidos pelo tmpfs (um sistema de arquivos com baseado em memória RAM) para que nunca sejam gravados em armazenamento não volátil.

Para obter mais detalhes, consulte Configurando Secrets.

storageOS (descontinuado)

Um volume storageos permite que um volume StorageOS existente seja montado em seu Pod.

O StorageOS funciona como um contêiner dentro de seu ambiente Kubernetes, tornando o armazenamento local ou anexado acessível a partir de qualquer nó dentro do cluster Kubernetes. Os dados podem ser replicados para a proteção contra falhas do nó. O provisionamento e a compressão podem melhorar a utilização e reduzir os custos.

Em sua essência, o StorageOS fornece armazenamento em bloco para containers, acessível a partir de um sistema de arquivo.

O Conteiner StorageOS requer Linux de 64 bits e não possui dependências adicionais. Uma licença para desenvolvedores está disponível gratuitamente.

O exemplo a seguir é uma configuração do Pod com StorageOS:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  labels:
    name: redis
    role: master
  name: test-storageos-redis
spec:
  containers:
    - name: master
      image: kubernetes/redis:v1
      env:
        - name: MASTER
          value: "true"
      ports:
        - containerPort: 6379
      volumeMounts:
        - mountPath: /redis-master-data
          name: redis-data
  volumes:
    - name: redis-data
      storageos:
        # O volume `redis-vol01` já deve existir dentro do StorageOS no namespace `default`.
        volumeName: redis-vol01
        fsType: ext4

Para obter mais informações sobre StorageOS, provisionamento dinâmico e PersistentVolumeClaims, consulte os exemplos do StorageOS.

vsphereVolume (descontinuado)

Um vsphereVolume é usado para montar um volume VMDK do vSphere em seu Pod. O conteúdo de um volume é preservado quando é desmontado. Ele suporta sistemas de armazenamento de dados tanto do tipo VMFS quanto do tipo VSAN.

Para obter mais informações, consulte os exemplos vSphere volume

Criar um volume VMDK (descontinuado)

Escolha um dos seguintes métodos para criar um VMDK.

Primeiro acesse o ESX via ssh, depois use o seguinte comando para criar um VMDK:

vmkfstools -c 2G /vmfs/volumes/DatastoreName/volumes/myDisk.vmdk

Utilize o seguinte comando para criar um VMDK:

vmware-vdiskmanager -c -t 0 -s 40GB -a lsilogic myDisk.vmdk

Exemplo de configuração do VMDK no vSphere

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-vmdk
spec:
  containers:
  - image: registry.k8s.io/test-webserver
    name: test-container
    volumeMounts:
    - mountPath: /test-vmdk
      name: test-volume
  volumes:
  - name: test-volume
    # This VMDK volume must already exist.
    vsphereVolume:
      volumePath: "[DatastoreName] volumes/myDisk"
      fsType: ext4

Para obter mais informações, consulte os exemplos de volume do vSphere .

Migração de CSI vSphere

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.26 [stable]

No Kubernetes 1.27, todas as operações para o tipo vsphereVolume in-tree são redirecionadas para o driver CSI csi.vsphere.vmware.com.

O driver vSphere CSI deve ser instalado no cluster. Você pode encontrar conteúdos adicionais sobre como migrar o vsphereVolume in-tree na página de documentação do VMware Migrating In-Tree vSphere Volumes to vSphere Container Storage plug-in. Se o vSphere CSI Driver não estiver instalado, as operações de volume não poderão ser executadas no PV criado com o tipo vsphereVolume in-tree.

Você deve executar o vSphere 7.0u2 ou posterior para migrar para o driver vSphere CSI.

Se você estiver executando uma versão do Kubernetes diferente da v1.27, consulte a documentação dessa versão do Kubernetes.

Migração do CSI do vSphere foi concluída

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.19 [beta]

Para desativar o carregamento do plugin de armazenamento vsphereVolume pelo gerenciador de controladores e pelo kubelet, defina a flag InTreePluginvSphereUnregister como true. Você precisa instalar o driver csi.vsphere.vmware.com CSI em todos os nós de processamento.

Migração de driver CSI do Portworx

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.25 [beta]

O recurso CSIMigration para Portworx foi adicionado, mas desativado por padrão no Kubernetes 1.23 visto que está no estado alfa. Ele redireciona todas as operações de plugin do tipo in-tree para o Driver de Cointainer Storage Interface (CSI) pxd.portworx.com. O driver CSI Portworx deve ser instalado no cluster. Para ativar o recurso, defina CSIMigrationPortworx=true no kube-controller-manager e no kubelet.

Utilizando subPath

Às vezes, é útil compartilhar um volume para múltiplos usos em um único pod. A propriedade volumeMounts[*].subPath especifica um sub caminho dentro do volume referenciado em vez de sua raiz.

O exemplo a seguir mostra como configurar um Pod com um ambiente LAMP (Linux, Apache, MySQL e PHP) usando um único volume compartilhado. Esta exemplo de configuração subPath não é recomendada para uso em produção.

O código e os ativos da aplicação PHP mapeiam para a pasta do volume html e o banco de dados MySQL é armazenado na pasta do volume mysql . Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: my-lamp-site
spec:
    containers:
    - name: mysql
      image: mysql
      env:
      - name: MYSQL_ROOT_PASSWORD
        value: "rootpasswd"
      volumeMounts:
      - mountPath: /var/lib/mysql
        name: site-data
        subPath: mysql
    - name: php
      image: php:7.0-apache
      volumeMounts:
      - mountPath: /var/www/html
        name: site-data
        subPath: html
    volumes:
    - name: site-data
      persistentVolumeClaim:
        claimName: my-lamp-site-data

Usando subPath com variáveis de ambiente expandidas

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.17 [stable]

Use o campo subPathExpr para construir nomes de diretório subPath a partir de variáveis de ambiente da downward API. As propriedades subPath e subPathExpr são mutuamente exclusivas.

Neste exemplo, um Pod usa subPathExpr para criar um diretório pod1 dentro do volume hostPath /var/log/pods. O volume hostPathrecebe o nome Pod do downwardAPI. O diretório /var/log/pods/pod1 do host é montado em /logs no contêiner.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: pod1
spec:
  containers:
  - name: container1
    env:
    - name: POD_NAME
      valueFrom:
        fieldRef:
          apiVersion: v1
          fieldPath: metadata.name
    image: busybox:1.28
    command: [ "sh", "-c", "while [ true ]; do echo 'Hello'; sleep 10; done | tee -a /logs/hello.txt" ]
    volumeMounts:
    - name: workdir1
      mountPath: /logs
      # A expansão de variáveis usa parênteses (não chaves).
      subPathExpr: $(POD_NAME)
  restartPolicy: Never
  volumes:
  - name: workdir1
    hostPath:
      path: /var/log/pods

Recursos

A mídia de armazenamento(como Disco ou SSD) de um volume emptyDir é determinada por meio do sistema de arquivos que mantém o diretório raiz do kubelet (normalmente /var/lib/kubelet). Não há limite para quanto espaço um volume emptyDir ou hostPath podem consumir, e não há isolamento entre contêineres ou entre pods.

Para saber mais sobre como solicitar espaço usando uma especificação de recursos, consulte como gerenciar recursos.

Plugins de volume out-of-tree

Os plugins de volume out-of-tree incluem o Container Storage Interface (CSI) e também o FlexVolume (que foi descontinuado). Esses plugins permitem que os fornecedores de armazenamento criem plugins de armazenamento personalizados sem adicionar seu código-fonte do plugin ao repositório Kubernetes.

Anteriormente, todos os plugins de volume eram "in-tree". Os plugins "in-tree" eram construídos, vinculados, compilados e distribuídos com o código principal dos binários do Kubernetes. Isto significava que a adição de um novo sistema de armazenamento ao Kubernetes (um plugin de volume) exigia uma validação do código no repositório central de código Kubernetes.

Tanto o CSI quanto o FlexVolume permitem que os plugins de volume sejam desenvolvidos independentemente da base de código Kubernetes e implantados (instalados) nos clusters Kubernetes como extensões.

Para fornecedores de armazenamento que procuram criar um plugin de volume out-of-tree, consulte as Perguntas mais frequentes sobre plugins de volume.

csi

O Cointainer Storage Interface (CSI) define uma interface padrão para sistemas de orquestração de contêineres (como Kubernetes) para expor sistemas de armazenamento arbitrários a suas cargas de trabalho de contêiner.

Leia a proposta de design CSI para obter mais informações.

Uma vez que um driver de volume compatível com CSI seja implantado em um cluster Kubernetes, os usuários podem usar o tipo de volume csi para anexar ou montar os volumes expostos pelo driver CSI.

Um volume csi pode ser utilizado em um Pod de três formas diferentes:

Os seguintes campos estão disponíveis para administradores de armazenamento configurarem um volume persistente de CSI:

  • driver: Um valor do tipo string que especifica o nome do driver de volume a ser usado. Este valor deve corresponder ao valor retornado no GetPluginInfoResponse pelo driver CSI, conforme definido na especificação CSI. Ele é usado pelo Kubernetes para identificar qual driver CSI chamar, e pelos componentes do driver CSI para identificar quais objetos PV pertencem ao driver CSI.
  • volumeHandle: Um valor do tipo string que identifica exclusivamente o volume. Este valor deve corresponder ao valor retornado no campo volume.id em CreateVolumeResponse pelo driver CSI, conforme definido na especificação CSI. O valor é passado como volume_id em todas as chamadas para o driver de volume CSI quando se faz referência ao volume.
  • readOnly: Um valor booleano opcional que indica se o volume deve ser "ControllerPublished" (anexado) como somente leitura. O valor padrão é false. Este valor é passado para o driver CSI através do campo readonly em ControllerPublishVolumeRequest.
  • fsType: Se o VolumeMode do PV for Filesystem então este campo pode ser usado para especificar o sistema de arquivos que deve ser usado para montar o volume. Se o volume não tiver sido formatado e a formatação for suportada, este valor será utilizado para formatar o volume. Este valor é passado para o driver CSI através do campo VolumeCapability nas propriedades ControllerPublishVolumeRequest, NodeStageVolumeRequest e NodePublishVolumeRequest.
  • volumeAttributes: Um mapa de valores do tipo string para string que especifica propriedades estáticas de um volume. Este mapa deve corresponder ao mapa retornado no campo volume.attributes do CreateVolumeResponse pelo driver CSI, conforme definido na especificação CSI. O mapa é passado para o driver CSI através do campo volume_context nas propriedades ControllerPublishVolumeRequest, NodeStageVolumeRequest, e NodePublishVolumeRequest.
  • controllerPublishSecretRef: Uma referência ao objeto Secret que contém informações confidenciais para passar ao driver CSI para completar as chamadas CSI ControllerPublishVolume e ControllerUnpublishVolume. Este campo é opcional e pode estar vazio se não for necessário nenhum segredo. Se o Secret contiver mais de um segredo, todos os segredos serão passados.
  • nodeStageSecretRef: Uma referência ao objeto Secret que contém informações confidenciais para passar ao driver de CSI para completar a chamada de CSI do NodeStageVolume. Este campo é opcional e pode estar vazio se não for necessário nenhum segredo. Se o Secret contiver mais de um segredo, todos os segredos serão passados.
  • nodePublishSecretRef: Uma referência ao objeto Secret que contém informações confidenciais para passar ao driver de CSI para completar a chamada de CSI do NodePublishVolume. Este campo é opcional e pode estar vazio se não for necessário nenhum segredo. Se o objeto Secret contiver mais de um segredo, todos os segredos serão passados.

Suporte CSI para volume de bloco bruto

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Os fornecedores com drivers CSI externos podem implementar o suporte de volume de blocos brutos nas cargas de trabalho Kubernetes.

Você pode configurar o PersistentVolume/PersistentVolumeClaim com suporte de volume de bloco bruto , como habitualmente, sem quaisquer alterações específicas de CSI.

Volumes efêmeros de CSI

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.25 [stable]

É possível configurar diretamente volumes CSI dentro da especificação do Pod. Os volumes especificados desta forma são efêmeros e não persistem nas reinicializações do pod. Consulte Volumes efêmeros para obter mais informações.

Para obter mais informações sobre como desenvolver um driver CSI, consulte a documentação kubernetes-csi

Migrando para drivers CSI a partir de plugins in-tree

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.25 [stable]

Quando o recurso CSIMigration está habilitado, direciona operações relacionadas a plugins in-tree existentes para plugins CSI correspondentes (que devem ser instalados e configurados). Como resultado, os operadores não precisam fazer nenhuma alteração de configuração para Storage Classes, PersistentVolumes ou PersistentVolumeClaims existentes (referindo-se aos plugins in-tree) quando a transição para um driver CSI que substitui um plugin in-tree.

As operações e características que são suportadas incluem: provisionamento/exclusão, anexação/remoção, montargem/desmontagem e redimensionamento de volumes.

Plugins in-tree que suportam CSIMigration e têm um driver CSI correspondente implementado são listados em tipos de volumes. Os seguintes plug-ins in-tree suportam armazenamento persistente em nós do Windows:

flexVolume (descontinuado)

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.23 [deprecated]

O FlexVolume é uma interface de plugin out-of-tree que usa um modelo baseado em execução para fazer interface com drivers de armazenamento. Os binários do driver FlexVolume devem ser instalados em um caminho de plugin de volume predefinido em cada nó e, em alguns casos, também nos nós da camada de gerenciamento.

Os Pods interagem com os drivers do FlexVolume através do plugin de volume in-tree flexVolume. Para obter mais detalhes, consulte o documento README do FlexVolume.

Propagação de montagem

A propagação de montagem permite compartilhar volumes montados por um contêiner para outros contêineres no mesmo pod, ou mesmo para outros pods no mesmo nó.

A propagação de montagem de um volume é controlada pelo campo mountPropagation na propriedade containers[*].volumeMounts. Os seus valores são:

  • None - Este volume de montagem não receberá do host nenhuma montagem posterior que seja montada para este volume ou qualquer um de seus subdiretórios. De forma semelhante, nenhum ponto de montagem criado pelo contêiner será visível no host. Este é o modo padrão.

    Este modo é igual à propagação de montagem private conforme descrito na documentação do kernel Linux

  • HostToContainer - Este volume de montagem receberá todas as montagens posteriores que forem montadas para este volume ou qualquer um de seus subdiretórios.

    Em outras palavras, se o host montar qualquer coisa dentro do volume de montagem, o container o visualizará montado ali.

    Da mesma forma, se qualquer Pod com propagação de montagem Bidirectional para o mesmo volume montar qualquer coisa lá, o contêiner com propagação de montagem HostToContainer o reconhecerá.

    Este modo é igual à propagação de montagem rslave conforme descrito na documentação do kernel Linux

  • Bidirectional - Esta montagem de volume se comporta da mesma forma que a montagem de volume HostToContainer. Além disso, todas as montagens de volume criadas pelo contêiner serão propagadas de volta ao host e a todos os contêineres de todas os pods que utilizam o mesmo volume.

    Um caso de uso típico para este modo é um Pod com um driver FlexVolume ou CSI ou um Pod que precisa montar algo no host utilizando um volume hostPath.

    Este modo é igual à propagação de montagem rshared conforme descrito na documentação do kernel Linux

Configuração

Antes que a propagação da montagem possa funcionar corretamente em algumas distribuições (CoreOS, RedHat/Centos, Ubuntu), o compartilhamento de montagem deve ser configurado corretamente no Docker como mostrado abaixo.

Edite seu arquivo de serviços systemd do Docker. Configure a propriedade MountFlags da seguinte forma:

MountFlags=shared

Ou, se a propriedade MountFlags=slaveexistir, remova-a. Em seguida, reinicie o daemon Docker:

sudo systemctl daemon-reload
sudo systemctl restart docker

Próximos passos

Siga um exemplo de implantação do WordPress e MySQL com volumes persistentes.

3.5.2 - Volumes Persistentes

Esse documento descreve o estado atual dos volumes persistentes no Kubernetes. Sugerimos que esteja familiarizado com volumes.

Introdução

O gerenciamento de armazenamento é uma questão bem diferente do gerenciamento de instâncias computacionais. O subsistema PersistentVolume provê uma API para usuários e administradores que mostra de forma detalhada de como o armazenamento é provido e como ele é consumido. Para isso, nós introduzimos duas novas APIs: PersistentVolume e PersistentVolumeClaim.

Um PersistentVolume (PV) é uma parte do armazenamento dentro do cluster que tenha sido provisionada por um administrador, ou dinamicamente utilizando Classes de Armazenamento. Isso é um recurso dentro do cluster da mesma forma que um nó também é. PVs são plugins de volume da mesma forma que Volumes, porém eles têm um ciclo de vida independente de qualquer Pod que utilize um PV. Essa API tem por objetivo mostrar os detalhes da implementação do armazenamento, seja ele NFS, iSCSI, ou um armazenamento específico de um provedor de cloud pública.

Uma PersistentVolumeClaim (PVC) é uma requisição para armazenamento por um usuário. É similar a um Pod. Pods utilizam recursos do nó e PVCs utilizam recursos do PV. Pods podem solicitar níveis específicos de recursos (CPU e Memória). Claims podem solicitar tamanho e modos de acesso específicos (exemplo: montagem como ReadWriteOnce, ReadOnlyMany ou ReadWriteMany, veja Modos de Acesso).

Enquanto as PersistentVolumeClaims permitem que um usuário utilize recursos de armazenamento de forma limitada, é comum que usuários precisem de PersistentVolumes com diversas propriedades, como desempenho, para problemas diversos. Os administradores de cluster precisam estar aptos a oferecer uma variedade de PersistentVolumes que difiram em tamanho e modo de acesso, sem expor os usuários a detalhes de como esses volumes são implementados. Para necessidades como essas, temos o recurso de StorageClass.

Veja os exemplos de passo a passo de forma detalhada.

Requisição e ciclo de vida de um volume

PVs são recursos dentro um cluster. PVCs são requisições para esses recursos e também atuam como uma validação da solicitação desses recursos. O ciclo de vida da interação entre PVs e PVCs funcionam da seguinte forma:

Provisionamento

Existem duas formas de provisionar um PV: estaticamente ou dinamicamente.

Estático

O administrador do cluster cria uma determinada quantidade de PVs. Eles possuem todos os detalhes do armazenamento os quais estão atrelados, que neste caso fica disponível para utilização por um usuário dentro do cluster. Eles estão presentes na API do Kubernetes e disponíveis para utilização.

Dinâmico

Quando nenhum dos PVs estáticos, que foram criados anteriormente pelo administrador, satisfazem os critérios de uma PersistentVolumeClaim enviado por um usuário, o cluster pode tentar realizar um provisionamento dinâmico para atender a essa PVC. Esse provisionamento é baseado em StorageClasses: a PVC deve solicitar uma classe de armazenamento e o administrador deve ter previamente criado e configurado essa classe para que o provisionamento dinâmico possa ocorrer. Requisições que solicitam a classe "" efetivamente desabilitam o provisionamento dinâmico para elas mesmas.

Para habilitar o provisionamento de armazenamento dinâmico baseado em classe de armazenamento, o administrador do cluster precisa habilitar o controle de admissão DefaultStorageClass no servidor da API. Isso pode ser feito, por exemplo, garantindo que DefaultStorageClass esteja entre aspas simples, ordenado por uma lista de valores para a flag --enable-admission-plugins, componente do servidor da API. Para mais informações sobre os comandos das flags do servidor da API, consulte a documentação kube-apiserver.

Binding

Um usuário cria, ou em caso de um provisionamento dinâmico já ter criado, uma PersistentVolumeClaim solicitando uma quantidade específica de armazenamento e um determinado modo de acesso. Um controle de loop no master monitora por novas PVCs, encontra um PV (se possível) que satisfaça os requisitos e realiza o bind. Se o PV foi provisionado dinamicamente por uma PVC, o loop sempre vai fazer o bind desse PV com essa PVC em específico. Caso contrário, o usuário vai receber no mínimo o que ele havia solicitado, porém, o volume possa exceder em relação à solicitação inicial. Uma vez realizado esse processo, PersistentVolumeClaim sempre vai ter um bind exclusivo, sem levar em conta como o isso aconteceu. Um bind entre uma PVC e um PV é um mapeamento de um para um, utilizando o ClaimRef que é um bind bidirecional entre o PersistentVolume e o PersistentVolumeClaim.

As requisições permanecerão sem bind se o volume solicitado não existir. O bind ocorrerá somente se os requisitos forem atendidos exatamente da mesma forma como solicitado. Por exemplo, um bind de uma PVC de 100 GB não ocorrerá num cluster que foi provisionado com vários PVs de 50 GB. O bind ocorrerá somente no momento em que um PV de 100 GB for adicionado.

Utilização

Pods utilizam requisições como volumes. O cluster inspeciona a requisição para encontrar o volume atrelado a ela e monta esse volume para um Pod. Para volumes que suportam múltiplos modos de acesso, o usuário especifica qual o modo desejado quando utiliza essas requisições.

Uma vez que o usuário tem a requisição atrelada a um PV, ele pertence ao usuário pelo tempo que ele precisar. Usuários agendam Pods e acessam seus PVs requisitados através da seção persistentVolumeClaim no bloco volumes do Pod. Para mais detalhes sobre isso, veja Requisições como Volumes.

Proteção de Uso de um Objeto de Armazenamento

O propósito da funcionalidade do Objeto de Armazenamento em Proteção de Uso é garantir que as PersistentVolumeClaims (PVCs) que estejam sendo utilizadas por um Pod e PersistentVolume (PVs) que pertençam aos PVCs não sejam removidos do sistema, pois isso pode resultar numa perda de dados.

Se um usuário deleta uma PVC que está sendo utilizada por um Pod, esta PVC não é removida imediatamente. A remoção da PVC é adiada até que a PVC não esteja mais sendo utilizado por nenhum Pod. Se um administrador deleta um PV que está atrelado a uma PVC, o PV não é removido imediatamente também. A remoção do PV é adiada até que o PV não esteja mais atrelado à PVC.

Note que uma PVC é protegida quando o status da PVC é Terminating e a lista Finalizers contém kubernetes.io/pvc-protection:

kubectl describe pvc hostpath
Name:          hostpath
Namespace:     default
StorageClass:  example-hostpath
Status:        Terminating
Volume:
Labels:        <none>
Annotations:   volume.beta.kubernetes.io/storage-class=example-hostpath
               volume.beta.kubernetes.io/storage-provisioner=example.com/hostpath
Finalizers:    [kubernetes.io/pvc-protection]
...

Note que um PV é protegido quando o status da PVC é Terminating e a lista Finalizers contém kubernetes.io/pv-protection também:

kubectl describe pv task-pv-volume
Name:            task-pv-volume
Labels:          type=local
Annotations:     <none>
Finalizers:      [kubernetes.io/pv-protection]
StorageClass:    standard
Status:          Terminating
Claim:
Reclaim Policy:  Delete
Access Modes:    RWO
Capacity:        1Gi
Message:
Source:
    Type:          HostPath (bare host directory volume)
    Path:          /tmp/data
    HostPathType:
Events:            <none>

Recuperação

Quando um usuário não precisar mais utilizar um volume, ele pode deletar a PVC pela API, que, permite a recuperação do recurso. A política de recuperação para um PersistentVolume diz ao cluster o que fazer com o volume após ele ter sido liberado da sua requisição. Atualmente, volumes podem ser Retidos, Reciclados ou Deletados.

Retenção

A política Retain permite a recuperação de forma manual do recurso. Quando a PersistentVolumeClaim é deletada, ela continua existindo e o volume é considerado "livre". Mas ele ainda não está disponível para outra requisição porque os dados da requisição anterior ainda permanecem no volume. Um administrador pode manualmente recuperar o volume executando os seguintes passos:

  1. Deletar o PersistentVolume. O armazenamento associado à infraestrutura externa (AWS EBS, GCE PD, Azure Disk ou Cinder volume) ainda continuará existindo após o PV ser deletado.
  2. Limpar os dados de forma manual no armazenamento associado.
  3. Deletar manualmente o armazenamento associado. Caso você queira utilizar o mesmo armazenamento, crie um novo PersistentVolume com esse armazenamento.

Deletar

Para plugins de volume que suportam a política de recuperação Delete, a deleção vai remover o tanto o PersistentVolume do Kubernetes, quanto o armazenamento associado à infraestrutura externa, como AWS EBS, GCE PD, Azure Disk, ou Cinder volume. Volumes que foram provisionados dinamicamente herdam a política de retenção da sua StorageClass, que por padrão é Delete. O administrador precisa configurar a StorageClass de acordo com as necessidades dos usuários. Caso contrário, o PV deve ser editado ou reparado após sua criação. Veja Alterar a política de retenção de um PersistentVolume.

Reciclar

Em caso do volume plugin ter suporte a essa operação, a política de retenção Recycle faz uma limpeza básica (rm -rf /thevolume/*) no volume e torna ele disponível novamente para outra requisição.

Contudo, um administrador pode configurar um template personalizado de um Pod reciclador utilizando a linha de comando do gerenciamento de controle do Kubernetes como descrito em referência. O Pod reciclador personalizado deve conter a spec volume como é mostrado no exemplo abaixo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: pv-recycler
  namespace: default
spec:
  restartPolicy: Never
  volumes:
  - name: vol
    hostPath:
      path: /any/path/it/will/be/replaced
  containers:
  - name: pv-recycler
    image: "registry.k8s.io/busybox"
    command: ["/bin/sh", "-c", "test -e /scrub && rm -rf /scrub/..?* /scrub/.[!.]* /scrub/*  && test -z \"$(ls -A /scrub)\" || exit 1"]
    volumeMounts:
    - name: vol
      mountPath: /scrub

Contudo, o caminho especificado no Pod reciclador personalizado em volumes é substituído pelo caminho do volume que está sendo reciclado.

Reservando um PersistentVolume

A camada de gerenciamento pode fazer o bind de um PersistentVolumeClaims com PersistentVolumes equivalentes no cluster. Contudo, se você quer que uma PVC faça um bind com um PV específico, é preciso fazer o pré-bind deles.

Especificando um PersistentVolume na PersistentVolumeClaim, você declara um bind entre uma PVC e um PV específico. O bind ocorrerá se o PersistentVolume existir e não estiver reservado por uma PersistentVolumeClaims através do seu campo claimRef.

O bind ocorre independentemente se algum volume atender ao critério, incluindo afinidade de nó. A camada de gerenciamento verifica se a classe de armazenamento, modo de acesso e tamanho do armazenamento solicitado ainda são válidos.

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: foo-pvc
  namespace: foo
spec:
  storageClassName: "" # Empty string must be explicitly set otherwise default StorageClass will be set
  volumeName: foo-pv
  ...

Esse método não garante nenhum privilégio de bind no PersistentVolume. Para evitar que alguma outra PersistentVolumeClaims possa usar o PV que você especificar, você precisa primeiro reservar esse volume de armazenamento. Especifique sua PersistentVolumeClaim no campo claimRef do PV para que outras PVCs não façam bind nele.

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: foo-pv
spec:
  storageClassName: ""
  claimRef:
    name: foo-pvc
    namespace: foo
  ...

Isso é útil se você deseja utilizar PersistentVolumes que possuem suas persistentVolumeReclaimPolicy configuradas para Retain, incluindo situações onde você estiver reutilizando um PV existente.

Expandindo Requisições de Volumes Persistentes

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.24 [stable]

Agora, o suporte à expansão de PersistentVolumeClaims (PVCs) já é habilitado por padrão. Você pode expandir os tipos de volumes abaixo:

  • gcePersistentDisk
  • awsElasticBlockStore
  • Cinder
  • glusterfs
  • rbd
  • Azure File
  • Azure Disk
  • Portworx
  • FlexVolumes
  • CSI

Você só pode expandir uma PVC se o campo da classe de armazenamento allowVolumeExpansion é true.

apiVersion: storage.k8s.io/v1
kind: StorageClass
metadata:
  name: gluster-vol-default
provisioner: kubernetes.io/glusterfs
parameters:
  resturl: "http://192.168.10.100:8080"
  restusuário: ""
  secretNamespace: ""
  secretName: ""
allowVolumeExpansion: true

Para solicitar um volume maior para uma PVC, edite a PVC e especifique um tamanho maior. Isso irá fazer com o que volume atrelado ao respectivo PersistentVolume seja expandido. Nunca um PersistentVolume é criado para satisfazer a requisição. Ao invés disso, um volume existente é redimensionado.

Expansão de volume CSI

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.24 [stable]

O suporte à expansão de volumes CSI é habilitada por padrão, porém é necessário um driver CSI específico para suportar a expansão do volume. Verifique a documentação do driver CSI específico para mais informações.

Redimensionando um volume que contém um sistema de arquivo

Só podem ser redimensionados os volumes que contém os seguintes sistemas de arquivo: XFS, Ext3 ou Ext4.

Quando um volume contém um sistema de arquivo, o sistema de arquivo somente é redimensionado quando um novo Pod está utilizando a PersistentVolumeClaim no modo ReadWrite. A expansão de sistema de arquivo é feita quando um Pod estiver inicializando ou quando um Pod estiver em execução e o respectivo sistema de arquivo tenha suporte para expansão a quente.

FlexVolumes permitem redimensionamento se o RequiresFSResize do drive é configurado como true. O FlexVolume pode ser redimensionado na reinicialização do Pod.

Redimensionamento de uma PersistentVolumeClaim em uso

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.15 [beta]

Neste caso, você não precisa deletar e recriar um Pod ou um deployment que está sendo utilizado por uma PVC existente. Automaticamente, qualquer PVC em uso fica disponível para o Pod assim que o sistema de arquivo for expandido. Essa funcionalidade não tem efeito em PVCs que não estão em uso por um Pod ou deployment. Você deve criar um Pod que utilize a PVC antes que a expansão seja completada.

Da mesma forma que outros tipos de volumes - volumes FlexVolume também podem ser expandidos quando estiverem em uso por um Pod.

Recuperação em caso de falha na expansão de volumes

Se a expansão do respectivo armazenamento falhar, o administrador do cluster pode recuperar manualmente o estado da Persistent Volume Claim (PVC) e cancelar as solicitações de redimensionamento. Caso contrário, as tentativas de solicitação de redimensionamento ocorrerão de forma contínua pelo controlador sem nenhuma intervenção do administrador.

  1. Marque o PersistentVolume(PV) que estiver atrelado à PersistentVolumeClaim(PVC) com a política de recuperação Retain.
  2. Delete a PVC. Desde que o PV tenha a política de recuperação Retain - nenhum dado será perdido quando a PVC for recriada.
  3. Delete a entrada claimRef da especificação do PV para que uma PVC possa fazer bind com ele. Isso deve tornar o PV Available.
  4. Recrie a PVC com um tamanho menor que o PV e configure o campo volumeName da PCV com o nome do PV. Isso deve fazer o bind de uma nova PVC a um PV existente.
  5. Não esqueça de restaurar a política de recuperação do PV.

Tipos de volumes persistentes

Tipos de PersistentVolume são implementados como plugins. Atualmente o Kubernetes suporta os plugins abaixo:

  • awsElasticBlockStore - AWS Elastic Block Store (EBS)
  • azureDisk - Azure Disk
  • azureFile - Azure File
  • cephfs - CephFS volume
  • cinder - Cinder (OpenStack block storage) (depreciado)
  • csi - Container Storage Interface (CSI)
  • fc - Fibre Channel (FC) storage
  • flexVolume - FlexVolume
  • flocker - Flocker storage
  • gcePersistentDisk - GCE Persistent Disk
  • glusterfs - Glusterfs volume
  • hostPath - HostPath volume (somente para teste de nó único; ISSO NÃO FUNCIONARÁ num cluster multi-nós; ao invés disso, considere a utilização de volume local.)
  • iscsi - iSCSI (SCSI over IP) storage
  • local - storage local montados nos nós.
  • nfs - Network File System (NFS) storage
  • photonPersistentDisk - Controlador Photon para disco persistente. (Esse tipo de volume não funciona mais desde a removação do provedor de cloud correspondente.)
  • portworxVolume - Volume Portworx
  • quobyte - Volume Quobyte
  • rbd - Volume Rados Block Device (RBD)
  • scaleIO - Volume ScaleIO (depreciado)
  • storageos - Volume StorageOS
  • vsphereVolume - Volume vSphere VMDK

Volumes Persistentes

Cada PV contém uma spec e um status, que é a especificação e o status do volume. O nome do PersistentVolume deve ser um DNS válido.

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: pv0003
spec:
  capacity:
    storage: 5Gi
  volumeMode: Filesystem
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  persistentVolumeReclaimPolicy: Retain
  storageClassName: slow
  mountOptions:
    - hard
    - nfsvers=4.1
  nfs:
    path: /tmp
    server: 172.17.0.2

Capacidade

Geralmente, um PV terá uma capacidade de armazenamento específica. Isso é configurado usando o atributo capacity do PV. Veja o Modelo de Recurso do Kubernetes para entender as unidades aceitas pelo atributo capacity.

Atualmente, o tamanho do armazenamento é o único recurso que pode ser configurado ou solicitado. Os futuros atributos podem incluir IOPS, throughput, etc.

Modo do Volume

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

O Kubernetes suporta dois volumeModes de PersistentVolumes: Filesystem e Block.

volumeMode é um parâmetro opcional da API. Filesystem é o modo padrão utilizado quando o parâmetro volumeMode é omitido.

Um volume com volumeMode: Filesystem é montado em um diretório nos Pods. Se o volume for de um dispositivo de bloco e ele estiver vazio, o Kubernetes cria o sistema de arquivo no dispositivo antes de fazer a montagem pela primeira vez.

Você pode configurar o valor do volumeMode para Block para utilizar um disco bruto como volume. Esse volume é apresentado num Pod como um dispositivo de bloco, sem nenhum sistema de arquivo. Esse modo é útil para prover ao Pod a forma mais rápida para acessar um volume, sem nenhuma camada de sistema de arquivo entre o Pod e o volume. Por outro lado, a aplicação que estiver rodando no Pod deverá saber como tratar um dispositivo de bloco. Veja Suporte a Volume de Bloco Bruto para um exemplo de como utilizar o volume como volumeMode: Block num Pod.

Modos de Acesso

Um PersistentVolume pode ser montado num host das mais variadas formas suportadas pelo provedor. Como mostrado na tabela abaixo, os provedores terão diferentes capacidades e cada modo de acesso do PV são configurados nos modos específicos suportados para cada volume em particular. Por exemplo, o NFS pode suportar múltiplos clientes read/write, mas um PV NFS específico pode ser exportado no server como read-only. Cada PV recebe seu próprio modo de acesso que descreve suas capacidades específicas.

Os modos de acesso são:

  • ReadWriteOnce -- o volume pode ser montado como leitura-escrita por um nó único
  • ReadOnlyMany -- o volume pode ser montado como somente-leitura por vários nós
  • ReadWriteMany -- o volume pode ser montado como leitura-escrita por vários nós

Na linha de comando, os modos de acesso ficam abreviados:

  • RWO - ReadWriteOnce
  • ROX - ReadOnlyMany
  • RWX - ReadWriteMany

Importante! Um volume somente pode ser montado utilizando um único modo de acesso por vez, independente se ele suportar mais de um. Por exemplo, um GCEPersistentDisk pode ser montado como ReadWriteOnce por um único nó ou ReadOnlyMany por vários nós, porém não simultaneamente.

Plugin de VolumeReadWriteOnceReadOnlyManyReadWriteMany
AWSElasticBlockStore--
AzureFile
AzureDisk--
CephFS
Cinder--
CSIdepende do driverdepende do driverdepende do driver
FC-
FlexVolumedepende do driver
Flocker--
GCEPersistentDisk-
Glusterfs
HostPath--
iSCSI-
Quobyte
NFS
RBD-
VsphereVolume-(funcionam quando os Pods são do tipo collocated)
PortworxVolume-
ScaleIO-
StorageOS--

Classe

Um PV pode ter uma classe, que é especificada na configuração do atributo storageClassName com o nome da StorageClass. Um PV de uma classe específica só pode ser atrelado a requisições PVCs dessa mesma classe. Um PV sem storageClassName não possui nenhuma classe e pode ser montado somente a PVCs que não solicitem nenhuma classe em específico.

No passado, a notação volume.beta.kubernetes.io/storage-class era utilizada no lugar do atributo storageClassName. Essa notação ainda funciona. Contudo, ela será totalmente depreciada numa futura versão do Kubernetes.

Política de Retenção

Atualmente as políticas de retenção são:

  • Retain -- recuperação manual
  • Recycle -- limpeza básica (rm -rf /thevolume/*)
  • Delete -- o volume de armazenamento associado, como AWS EBS, GCE PD, Azure Disk ou OpenStack Cinder é deletado

Atualmente, somente NFS e HostPath suportam reciclagem. Volumes AWS EBS, GCE PD, Azure Disk e Cinder suportam delete.

Opções de Montagem

Um administrador do Kubernetes pode especificar opções de montagem adicionais quando um Volume Persistente é montado num nó.

Seguem os tipos de volumes que suportam opções de montagem.

  • AWSElasticBlockStore
  • AzureDisk
  • AzureFile
  • CephFS
  • Cinder (OpenStack block storage)
  • GCEPersistentDisk
  • Glusterfs
  • NFS
  • Quobyte Volumes
  • RBD (Ceph Block Device)
  • StorageOS
  • VsphereVolume
  • iSCSI

Não há validação em relação às opções de montagem. A montagem irá falhar se houver alguma opção inválida.

No passado, a notação volume.beta.kubernetes.io/mount-options era usada no lugar do atributo mountOptions. Essa notação ainda funciona. Contudo, ela será totalmente depreciada numa futura versão do Kubernetes.

Afinidade de Nó

Um PV pode especificar uma afinidade de nó para definir restrições em relação ao limite de nós que podem acessar esse volume. Pods que utilizam um PV serão somente reservados para nós selecionados pela afinidade de nó.

Estado

Um volume sempre estará em um dos seguintes estados:

  • Available -- um recurso que está livre e ainda não foi atrelado a nenhuma requisição
  • Bound -- um volume atrelado a uma requisição
  • Released -- a requisição foi deletada, mas o curso ainda não foi recuperado pelo cluster
  • Failed -- o volume fracassou na sua recuperação automática

A CLI mostrará o nome do PV que foi atrelado à PVC

PersistentVolumeClaims

Cada PVC contém uma spec e um status, que é a especificação e estado de uma requisição. O nome de um objeto PersistentVolumeClaim precisa ser um DNS válido.

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: myclaim
spec:
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  volumeMode: Filesystem
  resources:
    requests:
      storage: 8Gi
  storageClassName: slow
  selector:
    matchLabels:
      release: "stable"
    matchExpressions:
      - {key: environment, operator: In, values: [dev]}

Modos de Acesso

As requisições usam as mesmas convenções que os volumes quando eles solicitam um armazenamento com um modo de acesso específico.

Modos de Volume

As requisições usam as mesmas convenções que os volumes quando eles indicam o tipo de volume, seja ele um sistema de arquivo ou dispositivo de bloco.

Recursos

Assim como Pods, as requisições podem solicitar quantidades específicas de recurso. Neste caso, a solicitação é por armazenamento. O mesmo modelo de recurso vale para volumes e requisições.

Seletor

Requisições podem especifiar um seletor de rótulo para posteriormente filtrar um grupo de volumes. Somente os volumes que possuam rótulos que satisfaçam os critérios do seletor podem ser atrelados à requisição. O seletor pode conter dois campos:

  • matchLabels - o volume deve ter um rótulo com esse valor
  • matchExpressions - uma lista de requisitos, como chave, lista de valores e operador relacionado aos valores e chaves. São operadores válidos: In, NotIn, Exists e DoesNotExist.

Todos os requisitos de matchLabels e matchExpressions, são do tipo AND - todos eles juntos devem ser atendidos.

Classe

Uma requisição pode solicitar uma classe específica através da StorageClass utilizando o atributo storageClassName. Neste caso o bind ocorrerá somente com os PVs que possuírem a mesma classe do storageClassName dos PVCs.

As PVCs não precisam necessariamente solicitar uma classe. Uma PVC com sua storageClassName configurada como "" sempre solicitará um PV sem classe, dessa forma ela sempre será atrelada a um PV sem classe (que não tenha nenhuma notação, ou seja, igual a ""). Uma PVC sem storageClassName não é a mesma coisa e será tratada pelo cluster de forma diferente, porém isso dependerá se o puglin de admissão DefaultStorageClass estiver habilitado.

  • Se o plugin de admissão estiver habilitado, o administrador poderá especificar a StorageClass padrão. Todas as PVCs que não tiverem storageClassName podem ser atreladas somente a PVs que atendam a esse padrão. A especificação de uma StorageClass padrão é feita através da notação storageclass.kubernetes.io/is-default-class recebendo o valor true no objeto da StorageClass. Se o administrador não especificar nenhum padrão, o cluster vai tratar a criação de uma PVC como se o plugin de admissão estivesse desabilitado. Se mais de um valor padrão for especificado, o plugin de admissão proíbe a criação de todas as PVCs.
  • Se o plugin de admissão estiver desabilitado, não haverá nenhuma notação para a StorageClass padrão. Todas as PVCs que não tiverem storageClassName poderão ser atreladas somente aos PVs que não possuem classe. Neste caso, as PVCs que não tiverem storageClassName são tratadas da mesma forma como as PVCs que possuem suas storageClassName configuradas como "".

Dependendo do modo de instalação, uma StorageClass padrão pode ser implantada num cluster Kubernetes durante a instalação pelo addon manager.

Quando uma PVC especifica um selector para solicitar uma StorageClass, os requisitos são do tipo AND: somente um PV com a classe solicitada e com o rótulo requisitado pode ser atrelado à PVC.

No passado, a notação volume.beta.kubernetes.io/storage-class era usada no lugar do atributo storageClassName Essa notação ainda funciona. Contudo, ela será totalmente depreciada numa futura versão do Kubernetes.

Requisições como Volumes

Os Pods podem ter acesso ao armazenamento utilizando a requisição como um volume. Para isso, a requisição tem que estar no mesmo namespace que o Pod. Ao localizar a requisição no namespace do Pod, o cluster passa o PersistentVolume para a requisição.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  containers:
    - name: myfrontend
      image: nginx
      volumeMounts:
      - mountPath: "/var/www/html"
        name: mypd
  volumes:
    - name: mypd
      persistentVolumeClaim:
        claimName: myclaim

Sobre Namespaces

Os binds dos PersistentVolumes são exclusivos e, desde que as PersistentVolumeClaims são objetos do namespace, fazer a montagem das requisições com "Muitos" nós (ROX, RWX) é possível somente para um namespace.

PersistentVolumes do tipo hostPath

Um PersistentVolume do tipo hostPath utiliza um arquivo ou diretório no nó para emular um network-attached storage (NAS). Veja um exemplo de volume do tipo hostPath.

Suporte a Volume de Bloco Bruto

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Os plugins de volume abaixo suportam volumes de bloco bruto, incluindo provisionamento dinâmico onde for aplicável:

  • AWSElasticBlockStore
  • AzureDisk
  • CSI
  • FC (Fibre Channel)
  • GCEPersistentDisk
  • iSCSI
  • Local volume
  • OpenStack Cinder
  • RBD (Ceph Block Device)
  • VsphereVolume

Utilização de PersistentVolume com Volume de Bloco Bruto

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: block-pv
spec:
  capacity:
    storage: 10Gi
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  volumeMode: Block
  persistentVolumeReclaimPolicy: Retain
  fc:
    targetWWNs: ["50060e801049cfd1"]
    lun: 0
    readOnly: false

Requisição de PersistentVolumeClaim com Volume de Bloco Bruto

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: block-pvc
spec:
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  volumeMode: Block
  resources:
    requests:
      storage: 10Gi

Especificação de Pod com Dispositivo de Bloco Bruto no contêiner

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: pod-with-block-volume
spec:
  containers:
    - name: fc-container
      image: fedora:26
      command: ["/bin/sh", "-c"]
      args: [ "tail -f /dev/null" ]
      volumeDevices:
        - name: data
          devicePath: /dev/xvda
  volumes:
    - name: data
      persistentVolumeClaim:
        claimName: block-pvc

Bind de Volumes de Bloco

Se um usuário solicita um volume de bloco bruto através do campo volumeMode na spec da PersistentVolumeClaim, as regras de bind agora têm uma pequena diferença em relação às versões anteriores que não consideravam esse modo como parte da spec. A tabela abaixo mostra as possíveis combinações que um usuário e um administrador pode especificar para requisitar um dispositivo de bloco bruto. A tabela indica se o volume será ou não atrelado com base nas combinações: Matriz de bind de volume para provisionamento estático de volumes:

PV volumeModePVC volumeModeResult
unspecifiedunspecifiedBIND
unspecifiedBlockNO BIND
unspecifiedFilesystemBIND
BlockunspecifiedNO BIND
BlockBlockBIND
BlockFilesystemNO BIND
FilesystemFilesystemBIND
FilesystemBlockNO BIND
FilesystemunspecifiedBIND

Snapshot de Volume e Restauração de Volume a partir de um Snapshot

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.20 [stable]

O snapshot de volume é suportado somente pelo plugin de volume CSI. Veja Snapshot de Volume para mais detalhes. Plugins de volume in-tree estão depreciados. Você pode consultar sobre os plugins de volume depreciados em Perguntas Frequentes sobre Plugins de Volume.

Criar uma PersistentVolumeClaim a partir de um Snapshot de Volume

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: restore-pvc
spec:
  storageClassName: csi-hostpath-sc
  dataSource:
    name: new-snapshot-test
    kind: VolumeSnapshot
    apiGroup: snapshot.storage.k8s.io
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  resources:
    requests:
      storage: 10Gi

Clonagem de Volume

A Clonagem de Volume é possível somente com plugins de volume CSI.

Criação de PersistentVolumeClaim a partir de uma PVC já existente

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: cloned-pvc
spec:
  storageClassName: my-csi-plugin
  dataSource:
    name: existing-src-pvc-name
    kind: PersistentVolumeClaim
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  resources:
    requests:
      storage: 10Gi

Boas Práticas de Configuração

Se você está criando templates ou exemplos que rodam numa grande quantidade de clusters e que precisam de armazenamento persistente, recomendamos que utilize o padrão abaixo:

  • Inclua objetos PersistentVolumeClaim em seu pacote de configuração (com Deployments, ConfigMaps, etc.).

  • Não inclua objetos PersistentVolume na configuração, pois o usuário que irá instanciar a configuração talvez não tenha permissão para criar PersistentVolume.

  • Dê ao usuário a opção dele informar o nome de uma classe de armazenamento quando instanciar o template.

    • Se o usuário informar o nome de uma classe de armazenamento, coloque esse valor no campo persistentVolumeClaim.storageClassName. Isso fará com que a PVC encontre a classe de armazenamento correta se o cluster tiver a StorageClasses habilitado pelo administrador.
    • Se o usuário não informar o nome da classe de armazenamento, deixe o campo persistentVolumeClaim.storageClassName sem nenhum valor (vazio). Isso fará com que o PV seja provisionado automaticamente no cluster para o usuário com o StorageClass padrão. Muitos ambientes de cluster já possuem uma StorageClass padrão, ou então os administradores podem criar suas StorageClass de acordo com seus critérios.
  • Durante suas tarefas de administração, busque por PVCs que após um tempo não estão sendo atreladas, pois, isso talvez indique que o cluster não tem provisionamento dinâmico (onde o usuário deveria criar um PV que satisfaça os critérios da PVC) ou cluster não tem um sistema de armazenamento (onde usuário não pode realizar um deploy solicitando PVCs).

    Próximos passos

Referência

3.6 - Configuração

3.6.1 - Melhores Práticas de Configuração

Esse documento destaca e consolida as melhores práticas de configuração apresentadas em todo o guia de usuário, na documentação de introdução e nos exemplos.

Este é um documento vivo. Se você pensar em algo que não está nesta lista, mas pode ser útil para outras pessoas, não hesite em criar uma issue ou submeter um PR.

Dicas Gerais de Configuração

  • Ao definir configurações, especifique a versão mais recente estável da API.

  • Os arquivos de configuração devem ser armazenados em um sistema de controle antes de serem enviados ao cluster. Isso permite que você reverta rapidamente uma alteração de configuração, caso necessário. Isso também auxilia na recriação e restauração do cluster.

  • Escreva seus arquivos de configuração usando YAML ao invés de JSON. Embora esses formatos possam ser usados alternadamente em quase todos os cenários, YAML tende a ser mais amigável.

  • Agrupe objetos relacionados em um único arquivo sempre que fizer sentido. Geralmente, um arquivo é mais fácil de gerenciar do que vários. Veja o guestbook-all-in-one.yaml como exemplo dessa sintaxe.

  • Observe também que vários comandos kubectl podem ser chamados em um diretório. Por exemplo, você pode chamar kubectl apply em um diretório de arquivos de configuração.

  • Não especifique valores padrões desnecessariamente: configurações simples e mínimas diminuem a possibilidade de erros.

  • Coloque descrições de objetos nas anotações para permitir uma melhor análise.

"Naked" Pods comparados a ReplicaSets, Deployments, e Jobs

  • Se você puder evitar, não use "naked" Pods (ou seja, se você puder evitar, pods não vinculados a um ReplicaSet ou Deployment). Os "naked" pods não serão reconfigurados em caso de falha de um nó.

    Criar um Deployment, que cria um ReplicaSet para garantir que o número desejado de Pods esteja disponível e especifica uma estratégia para substituir os Pods (como RollingUpdate), é quase sempre preferível do que criar Pods diretamente, exceto para alguns cenários explícitos de restartPolicy:Never. Um Job também pode ser apropriado.

Services

  • Crie o Service antes de suas cargas de trabalho de backend correspondentes (Deployments ou ReplicaSets) e antes de quaisquer cargas de trabalho que precisem acessá-lo. Quando o Kubernetes inicia um contêiner, ele fornece variáveis de ambiente apontando para todos os Services que estavam em execução quando o contêiner foi iniciado. Por exemplo, se um Service chamado foo existe, todos os contêineres vão receber as seguintes variáveis em seu ambiente inicial:

    FOO_SERVICE_HOST=<o host em que o Service está executando>
    FOO_SERVICE_PORT=<a porta em que o Service está executando>
    

Isso implica em um requisito de pedido - qualquer Service que um Pod quer acessar precisa ser criado antes do Pod em si, ou então as variáveis de ambiente não serão populadas. O DNS não possui essa restrição.

  • Um cluster add-on opcional (embora fortemente recomendado) é um servidor DNS. O servidor DNS monitora a API do Kubernetes buscando novos Services e cria um conjunto de DNS para cada um. Se o DNS foi habilitado em todo o cluster, então todos os Pods devem ser capazes de fazer a resolução de Services automaticamente.

  • Não especifique um hostPort para um Pod a menos que isso seja absolutamente necessário. Quando você vincula um Pod a um hostPort, isso limita o número de lugares em que o Pod pode ser agendado, porque cada combinação de <hostIP, hostPort, protocol> deve ser única. Se você não especificar o hostIP e protocol explicitamente, o Kubernetes vai usar 0.0.0.0 como o hostIP padrão e TCP como protocol padrão.

    Se você precisa de acesso a porta apenas para fins de depuração, pode usar o apiserver proxy ou o kubectl port-forward.

    Se você precisa expor explicitamente a porta de um Pod no nó, considere usar um Service do tipo NodePort antes de recorrer a hostPort.

  • Evite usar hostNetwork pelos mesmos motivos do hostPort.

  • Use headless Services (que tem um ClusterIP ou None) para descoberta de serviço quando você não precisar de um balanceador de carga kube-proxy.

Usando Labels

  • Defina e use labels que identifiquem atributos semânticos da sua aplicação ou Deployment, como { app: myapp, tier: frontend, phase: test, deployment: v3 }. Você pode usar essas labels para selecionar os Pods apropriados para outros recursos; por exemplo, um Service que seleciona todos os Pods tier: frontend, ou todos os componentes de app: myapp. Veja o app guestbook para exemplos dessa abordagem.

Um Service pode ser feito para abranger vários Deployments, omitindo labels específicas de lançamento de seu seletor. Quando você precisar atualizar um serviço em execução sem downtime, use um Deployment.

Um estado desejado de um objeto é descrito por um Deployment, e se as alterações nesse spec forem aplicadas o controlador do Deployment altera o estado real para o estado desejado em uma taxa controlada.

  • Use as labels comuns do Kubernetes para casos de uso comuns. Essas labels padronizadas enriquecem os metadados de uma forma que permite que ferramentas, incluindo kubectl e a dashboard, funcionem de uma forma interoperável.

  • Você pode manipular labels para depuração. Como os controladores do Kubernetes (como ReplicaSet) e Services se relacionam com os Pods usando seletor de labels, remover as labels relevantes de um Pod impedirá que ele seja considerado por um controlador ou que seja atendido pelo tráfego de um Service. Se você remover as labels de um Pod existente, seu controlador criará um novo Pod para substituí-lo. Essa é uma maneira útil de depurar um Pod anteriormente "ativo" em um ambiente de "quarentena". Para remover ou alterar labels interativamente, use kubectl label.

Imagens de Contêiner

A imagePullPolicy e tag da imagem afetam quando o kubelet tenta puxar a imagem especificada.

  • imagePullPolicy: IfNotPresent: a imagem é puxada apenas se ainda não estiver presente localmente.

  • imagePullPolicy: Always: sempre que o kubelet inicia um contêiner, ele consulta o registry da imagem do contêiner para verificar o resumo de assinatura da imagem. Se o kubelet tiver uma imagem do contêiner com o mesmo resumo de assinatura armazenado em cache localmente, o kubelet usará a imagem em cache, caso contrário, o kubelet baixa(pulls) a imagem com o resumo de assinatura resolvido, e usa essa imagem para iniciar o contêiner.

  • imagePullPolicy é omitido se a tag da imagem é :latest ou se imagePullPolicy é omitido é automaticamente definido como Always. Observe que não será utilizado para ifNotPresentse o valor da tag mudar.

  • imagePullPolicy é omitido se uma tag da imagem existe mas não :latest: imagePullPolicy é automaticamente definido como ifNotPresent. Observe que isto não será atualizado para Always se a tag for removida ou alterada para :latest.

  • imagePullPolicy: Never: presume-se que a imagem exista localmente. Não é feita nenhuma tentativa de puxar a imagem.

Usando kubectl

  • Use kubectl apply -f <directory>. Isso procura por configurações do Kubernetes em todos os arquivos .yaml, .yml em <directory> e passa isso para apply.

  • Use labels selectors para operações get e delete em vez de nomes de objetos específicos. Consulte as seções sobre label selectors e usando Labels efetivamente.

  • Use kubectl create deployment e kubectl expose para criar rapidamente Deployments e Services de um único contêiner. Consulte Use um Service para acessar uma aplicação em um cluster para obter um exemplo.

3.6.2 - ConfigMaps

Um ConfigMap é um objeto da API usado para armazenar dados não-confidenciais em pares chave-valor. Pods podem consumir ConfigMaps como variáveis de ambiente, argumentos de linha de comando ou como arquivos de configuração em um volume.

Um ConfigMap ajuda a desacoplar configurações vinculadas ao ambiente das imagens de contêiner, de modo a tornar aplicações mais facilmente portáveis.

Motivação

Utilize um ConfigMap para manter a configuração separada do código da aplicação.

Por exemplo, imagine que você esteja desenvolvendo uma aplicação que pode ser executada no seu computador local (para desenvolvimento) e na nuvem (para manipular tráfego real). Você escreve código para ler a variável de ambiente chamada DATABASE_HOST. No seu ambiente local, você configura essa variável com o valor localhost. Na nuvem, você configura essa variável para referenciar um serviço do Kubernetes que expõe o componente do banco de dados ao seu cluster. Isto permite que você baixe uma imagem de contêiner que roda na nuvem e depure exatamente o mesmo código localmente se necessário.

Um ConfigMap não foi planejado para conter grandes quantidades de dados. Os dados armazenados em um ConfigMap não podem exceder 1 MiB. Se você precisa armazenar configurações que são maiores que este limite, considere montar um volume ou utilizar um serviço separado de banco de dados ou de arquivamento de dados.

Objeto ConfigMap

Um ConfigMap é um objeto da API que permite o armazenamento de configurações para consumo por outros objetos. Diferentemente de outros objetos do Kubernetes que contém um campo spec, o ConfigMap contém os campos data e binaryData. Estes campos aceitam pares chave-valor como valores. Ambos os campos data e binaryData são opcionais. O campo data foi pensado para conter sequências de bytes UTF-8, enquanto o campo binaryData foi planejado para conter dados binários em forma de strings codificadas em base64.

É obrigatório que o nome de um ConfigMap seja um subdomínio DNS válido.

Cada chave sob as seções data ou binaryData pode conter quaisquer caracteres alfanuméricos, -, _ e .. As chaves armazenadas na seção data não podem colidir com as chaves armazenadas na seção binaryData.

A partir da versão v1.19 do Kubernetes, é possível adicionar o campo immutable a uma definição de ConfigMap para criar um ConfigMap imutável.

ConfigMaps e Pods

Você pode escrever uma spec para um Pod que se refere a um ConfigMap e configurar o(s) contêiner(es) neste Pod baseados em dados do ConfigMap. O Pod e o ConfigMap devem estar no mesmo namespace.

Exemplo de um ConfigMap que contém algumas chaves com valores avulsos e outras chaves com valores semelhantes a fragmentos de arquivos de configuração:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: game-demo
data:
  # chaves com valores de propriedades; cada chave mapeia para um valor avulso
  player_initial_lives: "3"
  ui_properties_file_name: "user-interface.properties"

  # chaves semelhantes a fragmentos de arquivos
  game.properties: |
    enemy.types=aliens,monsters
    player.maximum-lives=5    
  user-interface.properties: |
    color.good=purple
    color.bad=yellow
    allow.textmode=true    

Existem quatro formas diferentes para consumo de um ConfigMap na configuração de um contêiner dentro de um Pod:

  1. Dentro de um comando de contêiner e seus argumentos.
  2. Variáveis de ambiente para um contêiner.
  3. Criando um arquivo em um volume somente leitura, para consumo pela aplicação.
  4. Escrevendo código para execução dentro do Pod que utilize a API do Kubernetes para ler um ConfigMap.

Os diferentes métodos de consumo oferecem diferentes formas de modelar os dados sendo consumidos. Para os três primeiros métodos, o kubelet utiliza os dados de um ConfigMap quando o(s) contêiner(es) do Pod são inicializados.

O quarto método envolve escrita de código para leitura do ConfigMap e dos seus dados. No entanto, como a API do Kubernetes está sendo utilizada diretamente, a aplicação pode solicitar atualizações sempre que o ConfigMap for alterado e reagir quando isso ocorre. Acessar a API do Kubernetes diretamente também permite ler ConfigMaps em outros namespaces.

Exemplo de um Pod que utiliza valores do ConfigMap game-demo para configurar um Pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: configmap-demo-pod
spec:
  containers:
    - name: demo
      image: alpine
      command: ["sleep", "3600"]
      env:
        # Define as variáveis de ambiente
        - name: PLAYER_INITIAL_LIVES # Note que aqui a variável está definida em caixa alta,
                                     # diferente da chave no ConfigMap.
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: game-demo           # O ConfigMap de onde esse valor vem.
              key: player_initial_lives # A chave que deve ser buscada.
        - name: UI_PROPERTIES_FILE_NAME
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: game-demo
              key: ui_properties_file_name
      volumeMounts:
      - name: config
        mountPath: "/config"
        readOnly: true
  volumes:
    # Volumes são definidos no escopo do Pod, e os pontos de montagem são definidos
    # nos contêineres dentro dos pods.
    - name: config
      configMap:
        # Informe o nome do ConfigMap que deseja montar.
        name: game-demo
        # Uma lista de chaves do ConfigMap para serem criadas como arquivos.
        items:
        - key: "game.properties"
          path: "game.properties"
        - key: "user-interface.properties"
          path: "user-interface.properties"

ConfigMaps não diferenciam entre propriedades com valores simples ou valores complexos, que ocupam várias linhas. O importante é a forma que Pods e outros objetos consomem tais valores.

Neste exemplo, definir um volume e montar ele dentro do contêiner demo no caminho /config cria dois arquivos: /config/game.properties e /config/user-interface.properties, embora existam quatro chaves distintas no ConfigMap. Isso se deve ao fato de que a definição do Pod contém uma lista items na seção volumes. Se a lista items for omitida, cada chave do ConfigMap torna-se um arquivo cujo nome é a sua chave correspondente, e quatro arquivos serão criados.

Usando ConfigMaps

ConfigMaps podem ser montados como volumes de dados. ConfigMaps também podem ser utilizados por outras partes do sistema sem serem diretamente expostos ao Pod. Por exemplo, ConfigMaps podem conter dados que outras partes do sistema devem usar para configuração.

A forma mais comum de utilização de ConfigMaps é a configuração de contêineres executando em Pods no mesmo namespace. Você também pode utilizar um ConfigMap separadamente.

Por exemplo, existem complementos ou operadores que adaptam seus comportamentos de acordo com dados de um ConfigMap.

Utilizando ConfigMaps como arquivos em um Pod

Para consumir um ConfigMap em um volume em um Pod:

  1. Crie um ConfigMap ou utilize um ConfigMap existente. Múltiplos Pods podem referenciar o mesmo ConfigMap.
  2. Modifique sua definição de Pod para adicionar um volume em .spec.volumes[]. Escolha um nome qualquer para o seu volume, e referencie o seu objeto ConfigMap no campo .spec.volumes[].configMap.name.
  3. Adicione um campo .spec.containers[].volumeMounts[] a cada um dos contêineres que precisam do ConfigMap. Especifique .spec.containers[].volumeMounts[].readOnly = true e informe no campo .spec.containers[].volumeMounts[].mountPath um caminho de um diretório não utilizado onde você deseja que este ConfigMap apareça.
  4. Modifique sua imagem ou linha de comando de modo que o programa procure por arquivos no diretório especificado no passo anterior. Cada chave no campo data do ConfigMap será transformado em um nome de arquivo no diretório especificado por mountPath.

Exemplo de um Pod que monta um ConfigMap em um volume:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  containers:
  - name: mypod
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: foo
      mountPath: "/etc/foo"
      readOnly: true
  volumes:
  - name: foo
    configMap:
      name: myconfigmap

Cada ConfigMap que você deseja utilizar precisa ser referenciado em .spec.volumes.

Se houver múltiplos contêineres no Pod, cada contêiner deve ter seu próprio bloco volumeMounts, mas somente uma instância de .spec.volumes é necessária por ConfigMap.

ConfigMaps montados são atualizados automaticamente

Quando um ConfigMap que está sendo consumido em um volume é atualizado, as chaves projetadas são eventualmente atualizadas também. O Kubelet checa se o ConfigMap montado está atualizado em cada sincronização periódica. No entanto, o kubelet utiliza o cache local para buscar o valor atual do ConfigMap. O tipo de cache é configurável utilizando o campo ConfigMapAndSecretChangeDetectionStrategy na configuração do Kubelet (KubeletConfiguration). Um ConfigMap pode ter sua propagação baseada em um watch (comportamento padrão), que é o sistema de propagação de mudanças incrementais em objetos do Kubernetes; baseado em TTL (time to live, ou tempo de expiração); ou redirecionando todas as requisições diretamente para o servidor da API. Como resultado, o tempo decorrido total entre o momento em que o ConfigMap foi atualizado até o momento quando as novas chaves são projetadas nos Pods pode ser tão longo quanto o tempo de sincronização do kubelet somado ao tempo de propagação do cache, onde o tempo de propagação do cache depende do tipo de cache escolhido: o tempo de propagação pode ser igual ao tempo de propagação do watch, TTL do cache, ou zero, de acordo com cada um dos tipos de cache.

ConfigMaps que são consumidos como variáveis de ambiente não atualizam automaticamente e requerem uma reinicialização do pod.

ConfigMaps imutáveis

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [stable]

A funcionalidade Secrets e ConfigMaps imutáveis do Kubernetes fornece uma opção para marcar Secrets e ConfigMaps individuais como imutáveis. Para clusters que utilizam ConfigMaps extensivamente (ao menos centenas de milhares de mapeamentos únicos de ConfigMaps para Pods), prevenir alterações dos seus dados traz as seguintes vantagens:

  • protege de atualizações acidentais ou indesejadas que podem causar disrupção na execução de aplicações
  • melhora o desempenho do cluster através do fechamento de watches de ConfigMaps marcados como imutáveis, diminuindo significativamente a carga no kube-apiserver

Essa funcionalidade é controlada pelo feature gate ImmutableEphemeralVolumes. É possível criar um ConfigMap imutável adicionando o campo immutable e marcando seu valor com true. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  ...
data:
  ...
immutable: true

Após um ConfigMap ser marcado como imutável, não é possível reverter a alteração, nem alterar o conteúdo dos campos data ou binaryData. É possível apenas apagar e recriar o ConfigMap. Como Pods existentes que consomem o ConfigMap em questão mantém um ponto de montagem que continuará referenciando este objeto após a remoção, é recomendado recriar estes pods.

Próximos passos

3.6.3 - Secrets

Um Secret é um objeto que contém uma pequena quantidade de informação sensível, como senhas, tokens ou chaves. Este tipo de informação poderia, em outras circunstâncias, ser colocada diretamente em uma configuração de Pod ou em uma imagem de contêiner. O uso de Secrets evita que você tenha de incluir dados confidenciais no seu código.

Secrets podem ser criados de forma independente dos Pods que os consomem. Isto reduz o risco de que o Secret e seus dados sejam expostos durante o processo de criação, visualização e edição ou atualização de Pods. O Kubernetes e as aplicações que rodam no seu cluster podem também tomar outras precauções com Secrets, como por exemplo evitar a escrita de dados confidenciais em local de armazenamento persistente (não-volátil).

Secrets são semelhantes a ConfigMaps, mas foram especificamente projetados para conter dados confidenciais.

Consulte Segurança da informação para Secrets para mais detalhes.

Usos para Secrets

Existem três formas principais para um Pod utilizar um Secret:

A camada de gerenciamento do Kubernetes também utiliza Secrets. Por exemplo, os Secrets de tokens de autoinicialização são um mecanismo que auxilia a automação do registro de nós.

Alternativas a Secrets

Ao invés de utilizar um Secret para proteger dados confidenciais, você pode escolher uma maneira alternativa. Algumas das opções são:

  • se o seu componente cloud native precisa autenticar-se a outra aplicação que está rodando no mesmo cluster Kubernetes, você pode utilizar uma ServiceAccount e seus tokens para identificar seu cliente.
  • existem ferramentas fornecidas por terceiros que você pode rodar, no seu cluster ou externamente, que providenciam gerenciamento de Secrets. Por exemplo, um serviço que Pods accessam via HTTPS, que revelam um Secret se o cliente autenticar-se corretamente (por exemplo, utilizando um token de ServiceAccount).
  • para autenticação, você pode implementar um serviço de assinatura de certificados X.509 personalizado, e utilizar CertificateSigningRequests para permitir ao serviço personalizado emitir certificados a pods que os necessitam.
  • você pode utilizar um plugin de dispositivo para expor a um Pod específico um hardware de encriptação conectado a um nó. Por exemplo, você pode agendar Pods confiáveis em nós que oferecem um Trusted Platform Module, configurado em um fluxo de dados independente.

Você pode também combinar duas ou mais destas opções, incluindo a opção de utilizar objetos do tipo Secret.

Por exemplo: implemente (ou instale) um operador que solicite tokens de sessão de curta duração a um serviço externo, e crie Secrets baseado nestes tokens. Pods rodando no seu cluster podem fazer uso de tokens de sessão, e o operador garante que estes permanecem válidos. Esta separação significa que você pode rodar Pods que não precisam ter conhecimento do mecanismo exato para geração e atualização de tais tokens de sessão.

Trabalhando com Secrets

Criando um Secret

Existem diversas formas de criar um Secret:

Restrições de nomes de Secret e dados

O nome de um Secret deve ser um subdomínio DNS válido.

Você pode especificar o campo data e/ou o campo stringData na criação de um arquivo de configuração de um Secret. Ambos os campos data e stringData são opcionais. Os valores das chaves no campo data devem ser strings codificadas no formato base64. Se a conversão para base64 não for desejável, você pode optar por informar os dados no campo stringData, que aceita strings arbitrárias como valores.

As chaves dos campos data e stringData devem consistir de caracteres alfanuméricos, -, _, ou .. Todos os pares chave-valor no campo stringData são internamente combinados com os dados do campo data. Se uma chave aparece em ambos os campos, o valor informado no campo stringData tem a precedência.

Limite de tamanho

Secrets individuais são limitados a 1MiB em tamanho. Esta limitação tem por objetivo desencorajar a criação de Secrets muito grandes que possam exaurir a memória do servidor da API e do kubelet. No entanto, a criação de vários Secrets pequenos também pode exaurir a memória. Você pode utilizar uma cota de recurso a fim de limitar o número de Secrets (ou outros recursos) em um namespace.

Editando um Secret

Você pode editar um Secret existente utilizando kubectl:

kubectl edit secrets mysecret

Este comando abre o seu editor padrão configurado e permite a modificação dos valores do Secret codificados em base64 no campo data. Por exemplo:

# Please edit the object below. Lines beginning with a '#' will be ignored,
# and an empty file will abort the edit. If an error occurs while saving this file, it will be
# reopened with the relevant failures.
#
apiVersion: v1
data:
  username: YWRtaW4=
  password: MWYyZDFlMmU2N2Rm
kind: Secret
metadata:
  annotations:
    kubectl.kubernetes.io/last-applied-configuration: { ... }
  creationTimestamp: 2016-01-22T18:41:56Z
  name: mysecret
  namespace: default
  resourceVersion: "164619"
  uid: cfee02d6-c137-11e5-8d73-42010af00002
type: Opaque

Este manifesto de exemplo define um Secret com duas chaves no campo data: username and password. Os valores são strings codificadas em formato base64. No entanto, quando um Secret é utilizado em um Pod, o kubelet fornece os dados decodificados ao Pod e seus contêineres.

Você pode especificar muitas chaves e valores em um Secret só, ou utilizar muitos Secrets. Escolha a opção que for mais conveniente para o caso de uso.

Utilizando Secrets

Secrets podem ser montados como volumes de dados ou expostos como variáveis de ambiente para serem utilizados num container de um Pod. Secrets também podem ser utilizados por outras partes do sistema, sem serem diretamente expostos ao Pod. Por exemplo, Secrets podem conter credenciais que outras partes do sistema devem utilizar para interagir com sistemas externos no lugar do usuário.

Secrets montados como volumes são verificados para garantir que o nome referenciado realmente é um objeto do tipo Secret. Portanto, um Secret deve ser criado antes de quaisquer Pods que dependem deste Secret.

Se um Secret não puder ser encontrado (porque não existe, ou devido a um problema de conectividade com o servidor da API) o kubelet tenta periodicamente reiniciar aquele Pod. O kubelet também relata um evento para aquele Pod, incluindo detalhes do problema ao buscar o Secret.

Secrets Opcionais

Quando você define uma variável de ambiente em um contêiner baseada em um Secret, você pode especificar que o Secret em questão será opcional. O padrão é o Secret ser requerido.

Nenhum dos contêineres de um Pod irão inicializar até que todos os Secrets requeridos estejam disponíveis.

Se um Pod referencia uma chave específica em um Secret e o Secret existe, mas não possui a chave com o nome referenciado, o Pod falha durante a inicialização.

Utilizando Secrets como arquivos em um Pod

Se você deseja acessar dados de um Secret em um Pod, uma das formas de consumir esta informação é fazer com que o Kubernetes deixe o valor daquele Secret disponível como um arquivo dentro do sistema de arquivos de um ou mais dos contêineres daquele Pod.

Para configurar isso:

  1. Crie um Secret ou utilize um previamente existente. Múltiplos Pods podem referenciar o mesmo secret.
  2. Modifique sua definição de Pod para adicionar um volume na lista .spec.volumes[]. Escolha um nome qualquer para o seu volume e adicione um campo .spec.volumes[].secret.secretName com o mesmo valor do seu objeto Secret.
  3. Adicione um ponto de montagem de volume à lista .spec.containers[].volumeMounts[] de cada contêiner que requer o Secret. Especifique .spec.containers[].volumeMounts[].readOnly = true e especifique o valor do campo .spec.containers[].volumeMounts[].mountPath com o nome de um diretório não utilizado onde você deseja que os Secrets apareçam.
  4. Modifique sua imagem ou linha de comando de modo que o programa procure por arquivos naquele diretório. Cada chave no campo data se torna um nome de arquivo no diretório especificado em mountPath.

Este é um exemplo de Pod que monta um Secret de nome mysecret em um volume:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  containers:
  - name: mypod
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: foo
      mountPath: "/etc/foo"
      readOnly: true
  volumes:
  - name: foo
    secret:
      secretName: mysecret # configuração padrão; "mysecret" precisa existir

Cada Secret que você deseja utilizar deve ser referenciado na lista .spec.volumes.

Se existirem múltiplos contêineres em um Pod, cada um dos contêineres necessitará seu próprio bloco volumeMounts, mas somente um volume na lista .spec.volumes é necessário por Secret.

Projeção de chaves de Secrets em caminhos específicos

Você pode também controlar os caminhos dentro do volume onde as chaves do Secret são projetadas. Você pode utilizar o campo .spec.volumes[].secret.items para mudar o caminho de destino de cada chave:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  containers:
  - name: mypod
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: foo
      mountPath: "/etc/foo"
      readOnly: true
  volumes:
  - name: foo
    secret:
      secretName: mysecret
      items:
      - key: username
        path: my-group/my-username

Neste caso:

  • O valor da chave username é armazenado no arquivo /etc/foo/my-group/my-username ao invés de /etc/foo/username.
  • O valor da chave password não é projetado no sistema de arquivos.

Se .spec.volumes[].secret.items for utilizado, somente chaves especificadas na lista items são projetadas. Para consumir todas as chaves do Secret, deve haver um item para cada chave no campo items.

Se você listar as chaves explicitamente, então todas as chaves listadas precisam existir no Secret correspondente. Caso contrário, o volume não é criado.

Permissões de arquivos de Secret

Você pode trocar os bits de permissão POSIX de uma chave avulsa de Secret. Se nenhuma permissão for especificada, 0644 é utilizado por padrão. Você pode também especificar uma permissão padrão para o volume inteiro de Secret e sobrescrever esta permissão por chave, se necessário.

Por exemplo, você pode especificar uma permissão padrão da seguinte maneira:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: mypod
spec:
  containers:
  - name: mypod
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: foo
      mountPath: "/etc/foo"
  volumes:
  - name: foo
    secret:
      secretName: mysecret
      defaultMode: 0400

Dessa forma, o Secret será montado em /etc/foo e todos os arquivos criados no volume terão a permissão 0400.

Consumindo valores de Secrets em volumes

Dentro do contêiner que monta um volume de Secret, as chaves deste Secret aparecem como arquivos e os valores dos Secrets são decodificados do formato base64 e armazenados dentro destes arquivos.

Ao executar comandos dentro do contêiner do exemplo anterior, obteremos os seguintes resultados:

ls /etc/foo

O resultado é semelhante a:

username
password
cat /etc/foo/username

O resultado é semelhante a:

admin
cat /etc/foo/password

O resultado é semelhante a:

1f2d1e2e67df

A aplicação rodando dentro do contêiner é responsável pela leitura dos Secrets dentro dos arquivos.

Secrets montados são atualizados automaticamente

Quando um volume contém dados de um Secret, e o Secret referenciado é atualizado, o Kubernetes rastreia a atualização e atualiza os dados no volume, utilizando uma abordagem de consistência eventual.

O kubelet mantém um cache das chaves e valores atuais dos Secrets que são utilizados em volumes de Pods daquele nó. Você pode configurar a forma que o kubelet detecta diferenças dos valores armazenados em cache. O campo configMapAndSecretDetectionStrategy na configuração do kubelet controla qual estratégia o kubelet usa. A estratégia padrão é Watch.

Atualizações em Secrets podem ser propagadas por um mecanismo de observação da API (estratégia padrão), baseado em cache com um tempo de expiração definido (time-to-live), ou solicitado diretamente ao servidor da API do cluster a cada iteração do ciclo de sincronização do kubelet.

Como resultado, o atraso total entre o momento em que o Secret foi atualizado até o momento em que as novas chaves são projetadas no Pod pode ser tão longo quanto a soma do tempo de sincronização do kubelet somado ao tempo de atraso de propagação do cache, onde o atraso de propagação do cache depende do tipo de cache escolhido. Seguindo a mesma ordem listada no parágrafo anterior, estes valores são: atraso de propagação via watch, tempo de expiração configurado no cache (time-to-live, ou TTL), ou zero para solicitação direta ao servidor da API.

Utilizando Secrets como variáveis de ambiente

Para utilizar um secret em uma variável de ambiente em um Pod:

  1. Crie um Secret ou utilize um já existente. Múltiplos Pods podem referenciar o mesmo Secret.
  2. Modifique a definição de cada contêiner do Pod em que desejar consumir o Secret, adicionando uma variável de ambiente para cada uma das chaves que deseja consumir. A variável de ambiente que consumir o valor da chave em questão deverá popular o nome do Secret e a sua chave correspondente no campo env[].valueFrom.secretKeyRef.
  3. Modifique sua imagem de contêiner ou linha de comando de forma que o programa busque os valores nas variáveis de ambiente especificadas.

Este é um exemplo de um Pod que utiliza Secrets em variáveis de ambiente:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: secret-env-pod
spec:
  containers:
  - name: mycontainer
    image: redis
    env:
    - name: SECRET_USERNAME
      valueFrom:
        secretKeyRef:
          name: mysecret
          key: username
          optional: false # valor padrão; "mysecret" deve existir
                          # e incluir uma chave com o nome "username"
    - name: SECRET_PASSWORD
      valueFrom:
        secretKeyRef:
          name: mysecret
          key: password
          optional: false # valor padrão; "mysecret" deve existir
                          # e incluir uma chave com o nome "password"
  restartPolicy: Never

Variáveis de ambiente inválidas

Secrets utilizados para popular variáveis de ambiente através do campo envFrom que possuem chaves consideradas inválidas para nomes de variáveis de ambiente têm tais chaves ignoradas. O Pod irá iniciar normalmente.

Se você definir um Pod contendo um nome de variável de ambiente inválido, os eventos de inicialização do Pod incluirão um evento com a razão InvalidVariableNames e uma mensagem que lista as chaves inválidas ignoradas. O exemplo abaixo demonstra um Pod que referencia um Secret chamado mysecret, onde mysecret contém duas chaves inválidas: 1badkey and 2alsobad.

kubectl get events

O resultado é semelhante a:

LASTSEEN   FIRSTSEEN   COUNT     NAME            KIND      SUBOBJECT                         TYPE      REASON
0s         0s          1         dapi-test-pod   Pod                                         Warning   InvalidEnvironmentVariableNames   kubelet, 127.0.0.1      Keys [1badkey, 2alsobad] from the EnvFrom secret default/mysecret were skipped since they are considered invalid environment variable names.

Consumindo valores de Secret em variáveis de ambiente

Dentro de um contêiner que consome um Secret em variáveis de ambiente, as chaves do Secret aparecem como variáveis de ambiente comuns, contendo os dados do Secret decodificados do formato base64. Ao executar comandos no contêiner do exemplo anterior, obteremos os resultados abaixo:

echo $SECRET_USERNAME

O resultado é semelhante a:

admin
echo $SECRET_PASSWORD

O resultado é semelhante a:

1f2d1e2e67df

Secrets para obtenção de imagens de contêiner

Se você deseja obter imagens de contêiner de um repositório privado, você precisa fornecer ao kubelet uma maneira de se autenticar a este repositório. Você pode configurar o campo imagePullSecrets para esta finalidade. Estes Secrets são configurados a nível de Pod.

O campo imagePullSecrets de um Pod é uma lista de referências a Secrets no mesmo namespace que o Pod. Você pode utilizar imagePullSecrets para enviar credenciais para acesso a um registro de contêineres ao kubelet. O kubelet utiliza essa informação para baixar uma imagem privada no lugar do seu Pod. Veja o campo PodSpec na referência da API de Pods para maiores detalhes sobre o campo imagePullSecrets.

Usando imagePullSecrets

O campo imagePullSecrets é uma lista de referências a Secrets no mesmo namespace. Você pode utilizar o campo imagePullSecrets para enviar um Secret que contém uma senha para um registro de imagens de contêiner do Docker (ou outro registro de imagens de contêiner). O kubelet utiliza essa informação para baixar uma imagem privada no lugar do seu Pod. Veja a API PodSpec para mais informações sobre o campo imagePullSecrets.

Especificando imagePullSecrets manualmente

Você pode ler sobre como especificar imagePullSecrets em um Pod na documentação de imagens de contêiner.

Configurando imagePullSecrets para serem adicionados automaticamente

Você pode criar manualmente imagePullSecrets e referenciá-los em uma ServiceAccount. Quaisquer Pods criados com esta ServiceAccount, especificada explicitamente ou por padrão, têm o campo imagePullSecrets populado com os mesmos valores existentes na service account. Veja adicionando imagePullSecrets a uma service account para uma explicação detalhada do processo.

Utilizando Secrets com pods estáticos

Você não pode utilizar ConfigMaps ou Secrets em Pods estáticos.

Casos de uso

Caso de uso: Como variáveis de ambiente em um contêiner

Crie um manifesto de Secret

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: mysecret
type: Opaque
data:
  USER_NAME: YWRtaW4=
  PASSWORD: MWYyZDFlMmU2N2Rm

Crie o Secret no seu cluster:

kubectl apply -f mysecret.yaml

Utilize envFrom para definir todos os dados do Secret como variáveis de ambiente do contêiner. Cada chave do Secret se torna o nome de uma variável de ambiente no Pod.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: secret-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
      envFrom:
      - secretRef:
          name: mysecret
  restartPolicy: Never

Caso de uso: Pod com chaves SSH

Crie um Secret contendo chaves SSH:

kubectl create secret generic ssh-key-secret --from-file=ssh-privatekey=/path/to/.ssh/id_rsa --from-file=ssh-publickey=/path/to/.ssh/id_rsa.pub

O resultado é semelhante a:

secret "ssh-key-secret" created

Você também pode criar um manifesto kustomization.yaml com um campo secretGenerator contendo chaves SSH.

Agora você pode criar um Pod que referencia o Secret com a chave SSH e consome-o em um volume:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: secret-test-pod
  labels:
    name: secret-test
spec:
  volumes:
  - name: secret-volume
    secret:
      secretName: ssh-key-secret
  containers:
  - name: ssh-test-container
    image: mySshImage
    volumeMounts:
    - name: secret-volume
      readOnly: true
      mountPath: "/etc/secret-volume"

Ao rodar o comando do contêiner, as partes da chave estarão disponíveis em:

/etc/secret-volume/ssh-publickey
/etc/secret-volume/ssh-privatekey

O contêiner então pode utilizar os dados do secret para estabelecer uma conexão SSH.

Caso de uso: Pods com credenciais de ambientes de produção ou testes

Este exemplo ilustra um Pod que consome um Secret contendo credenciais de um ambiente de produção e outro Pod que consome um Secret contendo credenciais de um ambiente de testes.

Você pode criar um manifesto kustomization.yaml com um secretGenerator ou rodar kubectl create secret.

kubectl create secret generic prod-db-secret --from-literal=username=produser --from-literal=password=Y4nys7f11

O resultado é semelhante a:

secret "prod-db-secret" created

Você pode também criar um Secret com credenciais para o ambiente de testes.

kubectl create secret generic test-db-secret --from-literal=username=testuser --from-literal=password=iluvtests

O resultado é semelhante a:

secret "test-db-secret" created

Agora, crie os Pods:

cat <<EOF > pod.yaml
apiVersion: v1
kind: List
items:
- kind: Pod
  apiVersion: v1
  metadata:
    name: prod-db-client-pod
    labels:
      name: prod-db-client
  spec:
    volumes:
    - name: secret-volume
      secret:
        secretName: prod-db-secret
    containers:
    - name: db-client-container
      image: myClientImage
      volumeMounts:
      - name: secret-volume
        readOnly: true
        mountPath: "/etc/secret-volume"
- kind: Pod
  apiVersion: v1
  metadata:
    name: test-db-client-pod
    labels:
      name: test-db-client
  spec:
    volumes:
    - name: secret-volume
      secret:
        secretName: test-db-secret
    containers:
    - name: db-client-container
      image: myClientImage
      volumeMounts:
      - name: secret-volume
        readOnly: true
        mountPath: "/etc/secret-volume"
EOF

Adicione os Pods a um manifesto kustomization.yaml:

cat <<EOF >> kustomization.yaml
resources:
- pod.yaml
EOF

Crie todos estes objetos no servidor da API rodando o comando:

kubectl apply -k .

Ambos os contêineres terão os seguintes arquivos presentes nos seus sistemas de arquivos, com valores para cada um dos ambientes dos contêineres:

/etc/secret-volume/username
/etc/secret-volume/password

Observe como as specs para cada um dos Pods diverge somente em um campo. Isso facilita a criação de Pods com capacidades diferentes a partir de um template mais genérico.

Você pode simplificar ainda mais a definição básica do Pod através da utilização de duas service accounts diferentes:

  1. prod-user com o Secret prod-db-secret
  2. test-user com o Secret test-db-secret

A especificação do Pod é reduzida para:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: prod-db-client-pod
  labels:
    name: prod-db-client
spec:
  serviceAccount: prod-db-client
  containers:
  - name: db-client-container
    image: myClientImage

Caso de uso: dotfiles em um volume de Secret

Você pode fazer com que seus dados fiquem "ocultos" definindo uma chave que se inicia com um ponto (.). Este tipo de chave representa um dotfile, ou arquivo "oculto". Por exemplo, quando o Secret abaixo é montado em um volume, secret-volume:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: dotfile-secret
data:
  .secret-file: dmFsdWUtMg0KDQo=
---
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: secret-dotfiles-pod
spec:
  volumes:
  - name: secret-volume
    secret:
      secretName: dotfile-secret
  containers:
  - name: dotfile-test-container
    image: registry.k8s.io/busybox
    command:
    - ls
    - "-l"
    - "/etc/secret-volume"
    volumeMounts:
    - name: secret-volume
      readOnly: true
      mountPath: "/etc/secret-volume"

Este volume irá conter um único arquivo, chamado .secret-file, e o contêiner dotfile-test-container terá este arquivo presente no caminho /etc/secret-volume/.secret-file.

Caso de uso: Secret visível somente em um dos contêineres de um pod

Suponha que um programa necessita manipular requisições HTTP, executar regras de negócio complexas e então assinar mensagens com HMAC. Devido à natureza complexa da aplicação, pode haver um exploit despercebido que lê arquivos remotos no servidor e que poderia expor a chave privada para um invasor.

Esta aplicação poderia ser dividida em dois processos, separados em dois contêineres distintos: um contêiner de front-end, que manipula as interações com o usuário e a lógica de negócio, mas não consegue ver a chave privada; e um contêiner assinador, que vê a chave privada e responde a requisições simples de assinatura do front-end (por exemplo, através de rede local).

Com essa abordagem particionada, um invasor agora precisa forçar o servidor de aplicação a rodar comandos arbitrários, o que é mais difícil de ser feito do que apenas ler um arquivo presente no disco.

Tipos de Secrets

Ao criar um Secret, você pode especificar o seu tipo utilizando o campo type do objeto Secret, ou algumas opções de linha de comando equivalentes no comando kubectl, quando disponíveis. O campo type de um Secret é utilizado para facilitar a manipulação programática de diferentes tipos de dados confidenciais.

O Kubernetes oferece vários tipos embutidos de Secret para casos de uso comuns. Estes tipos variam em termos de validações efetuadas e limitações que o Kubernetes impõe neles.

Tipo embutidoCaso de uso
Opaquedados arbitrários definidos pelo usuário
kubernetes.io/service-account-tokentoken de service account (conta de serviço)
kubernetes.io/dockercfgarquivo ~/.dockercfg serializado
kubernetes.io/dockerconfigjsonarquivo ~/.docker/config.json serializado
kubernetes.io/basic-authcredenciais para autenticação básica (basic auth)
kubernetes.io/ssh-authcredenciais para autenticação SSH
kubernetes.io/tlsdados para um cliente ou servidor TLS
bootstrap.kubernetes.io/tokendados de token de autoinicialização

Você pode definir e utilizar seu próprio tipo de Secret definindo o valor do campo type como uma string não-nula em um objeto Secret (uma string em branco é tratada como o tipo Opaque).

O Kubernetes não restringe nomes de tipos. No entanto, quando tipos embutidos são utilizados, você precisa atender a todos os requisitos daquele tipo.

Se você estiver definindo um tipo de Secret que seja para uso público, siga a convenção e estruture o tipo de Secret para conter o seu domínio antes do nome, separado por uma barra (/). Por exemplo: cloud-hosting.example.net/cloud-api-credentials.

Para melhor desempenho em uma requisição get repetitiva, clientes podem criar objetos que referenciam o Secret e então utilizar a requisição watch neste novo objeto, requisitando o Secret novamente quando a referência mudar. Além disso, uma API de "observação em lotes" para permitir a clientes observar recursos individuais também foi proposta e provavelmente estará disponível em versões futuras do Kubernetes.

Opaque é o tipo predefinido de Secret quando o campo type é omitido em um arquivo de configuração de Secret. Quando um Secret é criado usando o comando kubectl, você deve usar o subcomando generic para indicar que um Secret é do tipo Opaque. Por exemplo, o comando a seguir cria um Secret vazio do tipo Opaque:

kubectl create secret generic empty-secret
kubectl get secret empty-secret

O resultado será semelhante ao abaixo:

NAME           TYPE     DATA   AGE
empty-secret   Opaque   0      2m6s

A coluna DATA demonstra a quantidade de dados armazenados no Secret. Neste caso, 0 significa que este objeto Secret está vazio.

Secrets de token de service account (conta de serviço)

Secrets do tipo kubernetes.io/service-account-token são utilizados para armazenar um token que identifica uma service account (conta de serviço). Ao utilizar este tipo de Secret, você deve garantir que a anotação kubernetes.io/service-account.name contém um nome de uma service account existente. Um controlador do Kubernetes preenche outros campos, como por exemplo a anotação kubernetes.io/service-account.uid e a chave token no campo data com o conteúdo do token.

O exemplo de configuração abaixo declara um Secret de token de service account:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: secret-sa-sample
  annotations:
    kubernetes.io/service-account-name: "sa-name"
type: kubernetes.io/service-account-token
data:
  # Você pode incluir pares chave-valor adicionais, da mesma forma que faria com
  # Secrets do tipo Opaque
  extra: YmFyCg==

Ao criar um Pod, o Kubernetes automaticamente cria um Secret de service account e automaticamente atualiza o seu Pod para utilizar este Secret. O Secret de token de service account contém credenciais para acessar a API.

A criação automática e o uso de credenciais de API podem ser desativados ou substituídos se desejado. Porém, se tudo que você necessita é poder acessar o servidor da API de forma segura, este é o processo recomendado.

Veja a documentação de ServiceAccount para mais informações sobre o funcionamento de service accounts. Você pode verificar também os campos automountServiceAccountToken e serviceAccountName do Pod para mais informações sobre como referenciar service accounts em Pods.

Secrets de configuração do Docker

Você pode utilizar um dos tipos abaixo para criar um Secret que armazena credenciais para accesso a um registro de contêineres para busca de imagens:

  • kubernetes.io/dockercfg
  • kubernetes.io/dockerconfigjson

O tipo kubernetes.io/dockercfg é reservado para armazenamento de um arquivo ~/.dockercfg serializado. Este arquivo é o formato legado para configuração do utilitário de linha de comando do Docker. Ao utilizar este tipo de Secret, é preciso garantir que o campo data contém uma chave .dockercfg cujo valor é o conteúdo do arquivo ~/.dockercfg codificado no formato base64.

O tipo kubernetes.io/dockerconfigjson foi projetado para armazenamento de um conteúdo JSON serializado que obedece às mesmas regras de formato que o arquivo ~/.docker/config.json. Este arquivo é um formato mais moderno para o conteúdo do arquivo ~/.dockercfg. Ao utilizar este tipo de Secret, o conteúdo do campo data deve conter uma chave .dockerconfigjson em que o conteúdo do arquivo ~/.docker/config.json é fornecido codificado no formato base64.

Um exemplo de um Secret do tipo kubernetes.io/dockercfg:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: secret-dockercfg
type: kubernetes.io/dockercfg
data:
  .dockercfg: |
    "<base64 encoded ~/.dockercfg file>"    

Ao criar estes tipos de Secret utilizando um manifesto (arquivo YAML), o servidor da API verifica se a chave esperada existe no campo data e se o valor fornecido pode ser interpretado como um conteúdo JSON válido. O servidor da API não verifica se o conteúdo informado é realmente um arquivo de configuração do Docker.

Quando você não tem um arquivo de configuração do Docker, ou quer utilizar o comando kubectl para criar um Secret de registro de contêineres, você pode rodar o comando:

kubectl create secret docker-registry secret-tiger-docker \
  --docker-email=tiger@acme.example \
  --docker-username=tiger \
  --docker-password=pass1234 \
  --docker-server=my-registry.example:5000

Esse comando cria um secret do tipo kubernetes.io/dockerconfigjson. Se você obtiver o conteúdo do campo .data.dockerconfigjson deste novo Secret e decodificá-lo do formato base64:

kubectl get secret secret-tiger-docker -o jsonpath='{.data.*}' | base64 -d

o resultado será equivalente a este documento JSON (que também é um arquivo de configuração válido do Docker):

{
  "auths": {
    "my-registry.example:5000": {
      "username": "tiger",
      "password": "pass1234",
      "email": "tiger@acme.example",
      "auth": "dGlnZXI6cGFzczEyMzQ="
    }
  }
}

Secret de autenticação básica

O tipo kubernetes.io/basic-auth é fornecido para armazenar credenciais necessárias para autenticação básica. Ao utilizar este tipo de Secret, o campo data do Secret deve conter as duas chaves abaixo:

  • username: o usuário utilizado para autenticação;
  • password: a senha ou token para autenticação.

Ambos os valores para estas duas chaves são textos codificados em formato base64. Você pode fornecer os valores como texto simples utilizando o campo stringData na criação do Secret.

O arquivo YAML abaixo é um exemplo de configuração para um Secret de autenticação básica:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: secret-basic-auth
type: kubernetes.io/basic-auth
stringData:
  username: admin      # required field for kubernetes.io/basic-auth
  password: t0p-Secret # required field for kubernetes.io/basic-auth

O tipo de autenticação básica é fornecido unicamente por conveniência. Você pode criar um Secret do tipo Opaque utilizado para autenticação básica. No entanto, utilizar o tipo embutido e público de Secret (kubernetes.io/basic-auth) auxilia outras pessoas a compreenderem o propósito do seu Secret, e define uma convenção de expectativa de nomes de chaves O tipo embutido também fornece verificação dos campos requeridos pelo servidor da API.

Secret de autenticação SSH

O tipo embutido kubernetes.io/ssh-auth é fornecido para armazenamento de dados utilizados em autenticação SSH. Ao utilizar este tipo de Secret, você deve especificar um par de chave-valor ssh-privatekey no campo data (ou no campo stringData) com a credencial SSH a ser utilizada.

O manifesto abaixo é um exemplo de configuração para um Secret de autenticação SSH com um par de chaves pública/privada:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: secret-ssh-auth
type: kubernetes.io/ssh-auth
data:
  # os dados estão abreviados neste exemplo
  ssh-privatekey: |
     MIIEpQIBAAKCAQEAulqb/Y ...     

O Secret de autenticação SSH é fornecido apenas para a conveniência do usuário. Você pode criar um Secret do tipo Opaque para credentials utilizadas para autenticação SSH. No entanto, a utilização do tipo embutido e público de Secret (kubernetes.io/tls) auxilia outras pessoas a compreenderem o propósito do seu Secret, e define uma convenção de quais chaves podem ser esperadas. O tipo embutido também fornece verificação dos campos requeridos em uma configuração de Secret.

Secrets TLS

O Kubernetes fornece o tipo embutido de Secret kubernetes.io/tls para armazenamento de um certificado e sua chave associada que são tipicamente utilizados para TLS.

Uma utilização comum de Secrets TLS é a configuração de encriptação em trânsito para um recurso Ingress, mas este tipo de secret pode também ser utilizado com outros recursos ou diretamente por uma carga de trabalho.

Ao utilizar este tipo de Secret, as chaves tls.key e tls.crt devem ser informadas no campo data (ou stringData) da configuração do Secret, embora o servidor da API não valide o conteúdo de cada uma destas chaves.

O YAML a seguir tem um exemplo de configuração para um Secret TLS:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: secret-tls
type: kubernetes.io/tls
data:
  # os dados estão abreviados neste exemplo
  tls.crt: |
    MIIC2DCCAcCgAwIBAgIBATANBgkqh ...    
  tls.key: |
    MIIEpgIBAAKCAQEA7yn3bRHQ5FHMQ ...    

O tipo TLS é fornecido para a conveniência do usuário. Você pode criar um Secret do tipo Opaque para credenciais utilizadas para o servidor e/ou cliente TLS. No entanto, a utilização do tipo embutido auxilia a manter a consistência dos formatos de Secret no seu projeto; o servidor da API valida se os campos requeridos estão presentes na configuração do Secret.

Ao criar um Secret TLS utilizando a ferramenta de linha de comando kubectl, você pode utilizar o subcomando tls conforme demonstrado no exemplo abaixo:

kubectl create secret tls my-tls-secret \
  --cert=path/to/cert/file  \
  --key=path/to/key/file

O par de chaves pública/privada deve ser criado previamente. O certificado de chave pública a ser utilizado no argumento --cert deve ser codificado em formato DER conforme especificado na seção 5.1 da RFC 7468 e deve corresponder à chave privada fornecida no argumento --key (PKCS #8 no formato DER; seção 11 da RFC 7468).

Secret de token de autoinicialização

Um Secret de token de autoinicialização pode ser criado especificando o tipo de um Secret explicitamente com o valor bootstrap.kubernetes.io/token. Este tipo de Secret é projetado para tokens utilizados durante o processo de inicialização de nós. Este tipo de Secret armazena tokens utilizados para assinar ConfigMaps conhecidos.

Um Secret de token de autoinicialização é normalmente criado no namespace kube-system e nomeado na forma bootstrap-token-<id-do-token>, onde <id-do-token> é um texto com 6 caracteres contendo a identificação do token.

No formato de manifesto do Kubernetes, um Secret de token de autoinicialização se assemelha ao exemplo abaixo:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: bootstrap-token-5emitj
  namespace: kube-system
type: bootstrap.kubernetes.io/token
data:
  auth-extra-groups: c3lzdGVtOmJvb3RzdHJhcHBlcnM6a3ViZWFkbTpkZWZhdWx0LW5vZGUtdG9rZW4=
  expiration: MjAyMC0wOS0xM1QwNDozOToxMFo=
  token-id: NWVtaXRq
  token-secret: a3E0Z2lodnN6emduMXAwcg==
  usage-bootstrap-authentication: dHJ1ZQ==
  usage-bootstrap-signing: dHJ1ZQ==

Um Secret do tipo token de autoinicialização possui as seguintes chaves no campo data:

  • token-id: Uma string com 6 caracteres aleatórios como identificador do token. Requerido.
  • token-secret: Uma string de 16 caracteres aleatórios como o conteúdo secreto do token. Requerido.
  • description: Uma string contendo uma descrição do propósito para o qual este token é utilizado. Opcional.
  • expiration: Um horário absoluto UTC no formato RFC3339 especificando quando o token deve expirar. Opcional.
  • usage-bootstrap-<usage>: Um conjunto de flags booleanas indicando outros usos para este token de autoinicialização.
  • auth-extra-groups: Uma lista separada por vírgulas de nomes de grupos que serão autenticados adicionalmente, além do grupo system:bootstrappers.

O YAML acima pode parecer confuso, já que os valores estão todos codificados em formato base64. Você pode criar o mesmo Secret utilizando este YAML:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  # Observe como o Secret é nomeado
  name: bootstrap-token-5emitj
  # Um Secret de token de inicialização geralmente fica armazenado no namespace
  # kube-system
  namespace: kube-system
type: bootstrap.kubernetes.io/token
stringData:
  auth-extra-groups: "system:bootstrappers:kubeadm:default-node-token"
  expiration: "2020-09-13T04:39:10Z"
  # Esta identificação de token é utilizada no nome
  token-id: "5emitj"
  token-secret: "kq4gihvszzgn1p0r"
  # Este token pode ser utilizado para autenticação
  usage-bootstrap-authentication: "true"
  # e pode ser utilizado para assinaturas
  usage-bootstrap-signing: "true"

Secrets imutáveis

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [stable]

O Kubernetes permite que você marque Secrets (e ConfigMaps) específicos como imutáveis. Prevenir mudanças nos dados de um Secret existente tem os seguintes benefícios:

  • protege você de alterações acidentais (ou indesejadas) que poderiam provocar disrupções em aplicações.
  • em clusters com uso extensivo de Secrets (pelo menos dezenas de milhares de montagens únicas de Secrets a Pods), utilizar Secrets imutáveis melhora o desempenho do seu cluster através da redução significativa de carga no kube-apiserver. O kubelet não precisa manter um watch em Secrets que são marcados como imutáveis.

Marcando um Secret como imutável

Você pode criar um Secret imutável adicionando o campo immutable com o valor true ao manifesto do Secret. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  ...
data:
  ...
immutable: true

Você pode também atualizar qualquer Secret mutável existente para torná-lo imutável.

Informações de segurança sobre Secrets

Embora ConfigMaps e Secrets funcionem de formas similares, o Kubernetes aplica proteções extras aos objetos Secret.

Secrets frequentemente contém valores dentro de um espectro de importância, muitos dos quais podem provocar escalações de privilégios dentro do Kubernetes (por exemplo, um token de service account) e em sistemas externos. Mesmo que uma aplicação individual possa avaliar o poder dos Secrets com os quais espera interagir, outras aplicações dentro do mesmo namespace podem tornar tais suposições inválidas.

Um Secret só é enviado a um nó se um Pod naquele nó precisa do Secret em questão. Para montar Secrets em Pods, o kubelet armazena uma cópia dos dados dentro de um sistema de arquivos tmpfs, de modo que os dados confidenciais não sejam escritos em armazenamento durável. Uma vez que o Pod que dependia do Secret seja removido, o kubelet apaga sua cópia local dos dados confidenciais do Secret.

Um Pod pode possuir vários contêineres. Por padrão, contêineres que você define têm acesso somente à ServiceAccount padrão e seu Secret relacionado. Você deve explicitamente definir variáveis de ambiente ou mapear um volume dentro de um contêiner para ter acesso a qualquer outro Secret.

Podem haver Secrets para vários Pods no mesmo nó. No entanto, somente os Secrets que um Pod requisitou estão potencialmente visíveis dentro de seus contêineres. Portanto, um Pod não tem acesso aos Secrets de outro Pod.

Recomendações de segurança para desenvolvedores

  • Aplicações ainda devem proteger o valor da informação confidencial após lê-la de uma variável de ambiente ou volume. Por exemplo, sua aplicação deve evitar imprimir os dados do Secret sem encriptação ou transmitir esta informação para aplicações terceiras de confiabilidade não-estabelecida.
  • Se você estiver definindo múltiplos contêineres em um Pod, e somente um destes contêineres necessita acesso a um Secret, defina o volume ou variável de ambiente de maneira que os demais contêineres não tenham acesso àquele Secret.
  • Se você configurar um Secret através de um manifesto, com os dados codificados em formato base64, compartilhar este arquivo ou salvá-lo em um sistema de controle de versão de código-fonte significa que o Secret está disponível para qualquer pessoa que pode ler o manifesto. O formato base64 não é um método de encriptação e não fornece nenhuma confidencialidade adicional em comparação com texto puro.
  • Ao instalar aplicações que interagem com a API de Secrets, você deve limitar o acesso utilizando políticas de autorização, como por exemplo RBAC.
  • Na API do Kubernetes, requisições watch e list em Secrets dentro de um namespace são extremamente poderosas. Evite fornecer este acesso quando possível, já que listar Secrets permite aos clientes inspecionar os valores de todos os Secrets naquele namespace.

Recomendações de segurança para administradores de cluster

  • Restrinja a habilidade de usar as requisições watch e list para listar todos os Secrets em um cluster (utilizando a API do Kubernetes) de modo que somente os componentes mais privilegiados e de nível de sistema possam realizar esta ação.
  • Ao instalar aplicações que interajam com a API de Secrets, você deve limitar o acesso utilizando políticas de autorização, como por exemplo RBAC.
  • No servidor da API, objetos (incluindo Secrets) são persistidos no etcd; portanto:
    • somente permita a administradores do sistema o acesso ao etcd (incluindo acesso somente-leitura);
    • habilite encriptação em disco para objetos Secret, de modo que os dados de tais Secrets não sejam armazenados em texto plano no etcd;
    • considere a destruição do armazenamento durável previamente utilizado pelo etcd quando não estiver mais em uso;
    • se houverem múltiplas instâncias do etcd em uso, garanta que o etcd esteja configurado para utilizar SSL/TLS para comunicação entre instâncias.

Próximos passos

3.6.4 - Gerenciamento de recursos em Pods e contêineres

Ao criar a especificação de um Pod, você pode opcionalmente especificar quanto de cada recurso um contêiner precisa. Os recursos mais comuns a serem especificados são CPU e memória (RAM); há outros recursos que podem ser especificados.

Quando você especifica o requerimento de recursos em um Pod, o kube-scheduler utiliza esta informação para decidir a qual nó o Pod será atribuído. Quando você especifica um limite de recurso para um contêiner, o kubelet garante o cumprimento de tais limites, de modo que o contêiner em execução não consiga utilizar uma quantidade de tal recurso além do limite especificado. O kubelet também reserva pelo menos o requerimento daquele recurso de sistema especificamente para que este contêiner utilize.

Requerimentos e limites

Se o nó em que um Pod está rodando tem o suficiente de um recurso específico disponível, é possível (e permitido) a um contêiner utilizar mais do que o seu request para aquele recurso especifica. No entanto, não é permitido a um contêiner consumir mais do que o seu limit para um recurso.

Por exemplo, se você especificar um requerimento de memory de 256 MiB para um contêiner, e aquele contêiner está em um Pod atribuído a um nó com 8GiB de memória, sem outros Pods, então este contêiner pode tentar consumir mais memória RAM.

Se você especificar um limite de memory de 4GiB para aquele contêiner, o kubelet (e o agente de execução de contêiner) vão garantir o cumprimento do limite. O agente de execução impede que o contêiner utilize mais de um recurso do que seu limite configurado. Por exemplo, quando um processo no contêiner tenta consumir mais que o limite permitido de memória, o núcleo do sistema encerra o processo que tentou efetuar a alocação de memória com um erro de memória esgotada (out of memory (OOM) error).

Limites podem ser implementados de forma reativa (o sistema intervém quando uma violação ocorre) ou por garantia (o sistema previne o contêiner de exceder o limite). Diferentes agentes de execução implementam as mesmas restrições de maneiras diferentes.

Tipos de recursos

CPU e memória são tipos de recursos. Um tipo de recurso possui uma unidade básica. CPU representa processamento computacional e é especificada em unidades de CPU do Kubernetes. Memória é especificada em bytes. Em cargas de trabalho Linux, você pode especificar o recurso huge pages. Huge pages são uma funcionalidade específica do Linux que permite ao núcleo do sistema operacional alocar blocos de memória muito maiores que o tamanho de página de memória padrão.

Por exemplo, em um sistema onde o tamanho da página de memória padrão é de 4 KiB, você pode especificar um limite hugepages-2Mi: 80Mi. Se o contêiner tentar alocar mais de 40 huge pages de 2 MiB cada, ou um total de 80 MiB, essa alocação irá falhar.

CPU e memória são chamados coletivamente de recursos computacionais, ou apenas recursos. Recursos computacionais são quantidades mensuráveis que podem ser requisitadas, alocadas, e consumidas. Estes recursos diferem dos recursos de API. Recursos de API, como Pods e Services são objetos que podem ser lidos e modificados através do servidor da API do Kubernetes.

Requerimentos de recursos e limites de Pod e contêiner

Para cada contêiner, você pode especificar limites e requerimentos de recursos, incluindo os seguintes recursos:

  • spec.containers[].resources.limits.cpu
  • spec.containers[].resources.limits.memory
  • spec.containers[].resources.limits.hugepages-<size>
  • spec.containers[].resources.requests.cpu
  • spec.containers[].resources.requests.memory
  • spec.containers[].resources.requests.hugepages-<size>

Embora você possa especificar apenas requerimentos e limites para contêineres individuais, é útil também pensar sobre os requerimentos e limites gerais de um Pod. Para um recurso em particular, um requerimento ou limite de recurso de um Pod é a soma de todos os valores dos requerimentos ou limites de um recurso daquele tipo, especificados em cada um dos contêineres daquele Pod.

Unidades de recursos no Kubernetes

Unidades de recurso de CPU

Limites e requerimentos de recursos de CPU são mensurados em unidades de cpu. No Kubernetes, uma unidade de CPU é equivalente a um núcleo físico de CPU, ou um núcleo virtual, dependendo se o nó é uma máquina física ou uma máquina virtual rodando em uma máquina física.

Requerimentos fracionários são permitidos. Quando você define um contêiner cujo valor do campo spec.containers[].resources.requests.cpu é 0.5, você está solicitando metade da quantidade de CPU que teria sido solicitada caso o valor fosse 1.0. No caso de unidades de recurso de CPU, a expressão de quantidade 0.1 é equivalente à expressão 100m, que pode ser lida como "cem milicpus", ou "cem milinúcleos". "Milicpu" ou "milinúcleo" equivalem à milésima parte de um núcleo ou CPU, de modo que "100m" equivalem a 10% do tempo computacional de um processador.

Recursos de CPU são sempre especificados como uma quantidade absoluta de recurso, nunca como uma quantidade relativa. Por exemplo, 500m de CPU representam grosseiramente a mesma quantidade de poder computacional, independentemente do contêiner rodar em uma máquina com processador de núcleo único, de dois núcleos ou de 48 núcleos.

Unidades de recurso de memória

Limites e requerimentos de memory são medidos em bytes. Você pode expressar memória como um número inteiro ou como um número de ponto fixo, utilizando um destes sufixos de quantidade: E, P, T, G, M, k. Você também pode utilizar os equivalentes de potência de dois: Ei, Pi, Ti, Gi, Mi, Ki. Por exemplo, as quantidades abaixo representam, a grosso modo, o mesmo valor:

128974848, 129e6, 129M, 128974848000m, 123Mi

Tome cuidado com os sufixos. Se você solicitar 400m de memória, esta quantidade estará de fato requerendo o equivalente a 0,4 byte de memória. A intenção da pessoa que fez esta requisição provavelmente era solictar 400 mebibytes (400Mi) ou 400 megabytes (400M).

Exemplo de recursos de contêiner

O Pod seguinte tem dois contêineres. Ambos os contêineres têm um requerimento de 0,25 CPU e 64 MiB (ou 226 bytes) de memória. Cada contêiner tem um limite de 0,5 CPU e 128 MiB de memória. Você pode dizer que o Pod tem um requerimento de 0,5 CPU e 128 MiB de memória, e um limite de 1 CPU e 256 MiB de memória.

---
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: frontend
spec:
  containers:
  - name: app
    image: images.my-company.example/app:v4
    resources:
      requests:
        memory: "64Mi"
        cpu: "250m"
      limits:
        memory: "128Mi"
        cpu: "500m"
  - name: log-aggregator
    image: images.my-company.example/log-aggregator:v6
    resources:
      requests:
        memory: "64Mi"
        cpu: "250m"
      limits:
        memory: "128Mi"
        cpu: "500m"

Como Pods com requerimentos de recursos são agendados

Quando você cria um Pod, o escalonador do Kubernetes seleciona um nó para que o Pod rode. Cada nó possui uma capacidade máxima para cada um dos tipos de recurso: a quantidade de CPU e memória que o nó pode fornecer aos Pods. O escalonador garante que, para cada tipo de recurso, a soma dos requerimentos de recursos dos contêineres agendados seja menor que a capacidade do nó. Note que, embora o consumo de memória ou CPU real nos nós seja muito baixo, o escalonador ainda irá se recusar a agendar um Pod em um nó se a verificação de capacidade falhar. Isso protege contra a falta de um recurso em um nó quando o consumo de recursos aumenta com o passar do tempo, como por exemplo durante o pico diário de requisições a um serviço.

Como o Kubernetes aplica requisições e limites de recursos

Quando o kubelet inicia um contêiner como parte de um Pod, o kubelet envia as requisições e limites de memória e de CPU ao agente de execução de contêiner.

No Linux, o agente de execução de contêiner normalmente configura os cgroups que aplicam e garantem os limites que você definiu.

  • O limite de CPU determina um teto de quanto tempo de CPU o contêiner pode utilizar. A cada intervalo de agendamento, o núcleo do sistema operacional do Linux verifica se este limite foi excedido; se este for o caso, o núcleo aguarda antes de permitir que aquele cgroup continue sua execução.
  • O requerimento de CPU normalmente define um método de balanceamento. Se vários contêineres diferentes (cgroups) querem rodar em um sistema disputado, cargas de trabalho com requerimentos maiores de CPU têm mais tempo de CPU alocado para si do que cargas de trabalho com pequenos requerimentos.
  • O requerimento de memória é usado principalmente durante o agendamento de um Pod. Em um nó que utiliza cgroups v2, o agente de execução de contêiner pode utilizar o requerimento de memória como uma dica para definir valores para memory.min e memory.low.
  • O limite de memória define um limite de memória para aquele cgroup. Se o contêiner tenta alocar mais memória que aquele limite, o subsistema out-of-memory do núcleo do sistema operacional Linux é ativado e, normalmente, intervém encerrando um dos processos do contêiner que tentou alocar mais memória. Se o processo em questão for o PID 1 do contêiner, e o contêiner estiver marcado como reinicializável, então o Kubernetes irá reiniciar o contêiner.
  • O limite de memória para um Pod ou contêiner é também aplicado a páginas em volumes armazenados em memória, como um emptyDir. O kubelet considera sistemas de arquivos tmpfs em volumes do tipo emptyDir como uso de memória em um contêiner, ao invés de armazenamento efêmero local.

Se um contêiner exceder seu requerimento de memória e o nó em que esse contêiner está rodando ficar com pouca memória no total, é provável que o Pod a que este contêiner pertence seja removido.

A um contêiner pode ou não ser permitido exceder seu limite de CPU por períodos de tempo estendidos. No entanto, agentes de execução de contêiner não encerram Pods por uso excessivo de CPU.

A fim de determinar se um contêiner não pode ser agendado ou está sendo encerrado devido a limites de recursos, consulte a seção de solução de problemas.

Monitorando utilização de recursos computacionais e de memória

O kubelet relata a utilização de recursos de um Pod como parte do status do Pod.

Se ferramentas opcionais para monitoramento de recursos estiverem disponíveis em seu cluster, a utilização de recursos de um Pod pode ser verificada diretamente através de API de métricas ou através das suas ferramentas de monitoramento

Armazenamento efêmero local

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.10 [beta]

Nós possuem armazenamento efêmero local, através de dispositivos de escrita conectados localmente ou através de RAM. "Efêmero" significa que não há garantia de longo termo com relação a durabilidade.

Pods utilizam armazenamento local efêmero para dados temporários, cache e logs. O kubelet pode fornecer armazenamento temporário a Pods que utilizam armazenamento local efêmero para montar volumes do tipo emptyDir em contêineres.

O kubelet também utiliza este tipo de armazenamento para logs de contêineres a nível de nó, imagens de contêiner e camadas graváveis de contêineres em execução.

Com esta funcionalidade em fase beta, o Kubernetes permite que você rastreie, reserve e limite quanto armazenamento local efêmero um Pod pode consumir.

Configurações para armazenamento local efêmero

O Kubernetes suporta duas formas de configuração para o armazenamento local efêmero em um nó:

Nesta configuração, você armazena todos os tipos diferentes de dados locais efêmeros (volumes do tipo emptyDir, camadas graváveis, imagens de contêiner, logs) em um sistema de arquivos único. A forma mais efetiva de configurar o kubelet é dedicar este sistema de arquivos aos dados do Kubernetes (kubelet).

O kubelet também escreve logs de contêiner a nível de nó e trata estes logs de maneira semelhante ao armazenamento efêmero local.

O kubelet escreve logs em arquivos dentro do seu diretório de log configurado (/var/log por padrão) e possui um diretório base para outros dados armazenados localmente (/var/lib/kubelet por padrão).

Normalmente, ambos os diretórios /var/lib/kubelet e /var/log encontram-se no sistema de arquivos raiz, e o kubelet é projetado com este desenho em mente.

Seu nó pode ter tantos outros sistemas de arquivos não utilizados pelo Kubernetes quantos você desejar.

Você tem um sistema de arquivos no nó que você utiliza para dados efêmeros que vêm de Pods em execução: logs e volumes do tipo emptyDir. Você pode utilizar este sistema de arquivos para outros dados (por exemplo, logs de sistema não relacionados ao Kubernetes); este sistema de arquivos pode até mesmo ser o sistema de arquivos raiz.

O kubelet também escreve logs de contêiner a nível de nó no primeiro sistema de arquivos e os trata de forma semelhante ao armazenamento local efêmero.

Você também tem um segundo sistema de arquivos, separado, conectado a um dispositivo lógico de armazenamento distinto. Nesta configuração, o diretório que você configurou o kubelet para armazenar as camadas de imagens de contêiner e as camadas graváveis de contêineres em execução estará neste segundo sistema de arquivos.

O primeiro sistema de arquivos não armazena nenhuma camada de imagens de contêiner ou camada gravável.

Seu nó pode ter tantos outros sistemas de arquivos não utilizados pelo Kubernetes quantos você desejar.

O kubelet consegue medir quanto armazenamento local está sendo utilizado. O kubelet faz isso desde que:

  • o feature gate LocalStorageCapacityIsolation esteja habilitado (a funcionalidade está ligada por padrão), e
  • você tenha configurado o nó utilizando uma das configurações suportadas para o armazenamento local efêmero.

Se você tiver uma configuração diferente, o kubelet não irá aplicar limites de recursos para o armazenamento local efêmero.

Configurando requerimentos e limites para armazenamento local efêmero

Você pode especificar o recurso ephemeral-storage para gerenciar o armazenamento local efêmero. Cada contêiner de um Pod pode especificar um dos valores abaixo, ou ambos:

  • spec.containers[].resources.limits.ephemeral-storage
  • spec.containers[].resources.requests.ephemeral-storage

Limites e requerimentos de ephemeral-storage são medidos em quantidades de bytes. Você pode expressar armazenamento como um inteiro ou como um valor de ponto fixo utilizando um dos seguintes sufixos: E, P, T, G, M, k. Você pode também utilizar os equivalentes de potência de dois: Ei, Pi, Ti, Gi, Mi, Ki. Por exemplo, as quantidades abaixo representam grosseiramente o mesmo valor:

  • 128974848
  • 129e6
  • 129M
  • 123Mi

No exemplo a seguir, o Pod tem dois contêineres. Cada contêiner tem um requerimento de 2GiB de armazenamento efêmero local. Cada contêiner tem um limite de 4GiB de armazenamento efêmero local. Portanto, o Pod tem um requerimento de 4GiB e um limite de 8GiB de armazenamento efêmero local.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: frontend
spec:
  containers:
  - name: app
    image: images.my-company.example/app:v4
    resources:
      requests:
        ephemeral-storage: "2Gi"
      limits:
        ephemeral-storage: "4Gi"
    volumeMounts:
    - name: ephemeral
      mountPath: "/tmp"
  - name: log-aggregator
    image: images.my-company.example/log-aggregator:v6
    resources:
      requests:
        ephemeral-storage: "2Gi"
      limits:
        ephemeral-storage: "4Gi"
    volumeMounts:
    - name: ephemeral
      mountPath: "/tmp"
  volumes:
    - name: ephemeral
      emptyDir: {}

Como Pods com requerimentos de ephemeral-storage são agendados

Quando você cria um Pod, o Kubernetes seleciona um nó para o Pod rodar. Cada nó tem uma quantidade máxima de armazenamento efêmero local que pode ser fornecida aos Pods. Para mais informações, consulte Node Allocatable.

O escalonador garante que a soma dos requerimentos de recursos dos contêineres agendados é menor que a capacidade do nó.

Gerenciamento do consumo do armazenamento efêmero

Se o kubelet estiver gerenciando armazenamento local efêmero como um recurso, o kubelet irá medir o consumo de armazenamento em:

  • volumes emptyDir, com exceção dos volumes do tipo tmpfs
  • diretórios que armazenem logs a nível de nó
  • camadas de contêiner graváveis

Se um Pod estiver utilizando mais armazenamento efêmero do que o permitido, o kubelet irá gerar um sinal de remoção para aquele Pod.

Para isolamento a nível de contêiner, se o consumo de armazenamento de um contêiner em camadas graváveis e logs exceder seu limite de armazenamento, o kubelet irá marcar o Pod para remoção.

Para isolamento a nível de Pod, o kubelet calcula um limite de armazenamento total para um Pod somando os limites de cada contêiner naquele Pod. Neste caso, se a soma do consumo de armazenamento efêmero local de todas os contêineres e também dos volumes emptyDir de um Pod exceder o limite de armazenamento total do Pod, então o kubelet marca o Pod para remoção.

O kubelet suporta formas diferentes de medir o uso de armazenamento dos Pods:

O kubelet executa verificações agendadas, em intervalos regulares, que varrem cada volume do tipo emptyDir, diretório de log de contêiner, e camada gravável de contêiner.

A varredura mede quanto espaço está sendo utilizado.

Quotas de projeto são uma funcionalidade a nível de sistema operacional para gerenciamento de uso do armazenamento em sistemas de arquivos. Com o Kubernetes, você pode habilitar quotas de projeto para o monitoramento de armazenamento em uso. Tenha certeza que o sistema de arquivos do nó que esteja sendo utilizado em volumes do tipo emptyDir possui suporte a quotas de projeto. Por exemplo, os sistemas de arquivos XFS e ext4fs oferecem suporte a quotas de projeto.

O Kubernetes utiliza IDs de projeto iniciando em 1048576. Os IDs em uso estão registrados nos diretórios /etc/projects e /etc/projid. Se os IDs de projeto nestes intervalos forem utilizados para outros propósitos no sistema, estes IDs de projeto deverão estar registrados nos diretórios especificados acima para que o Kubernetes não os tente utilizar.

Quotas fornecem melhor desempenho e mais precisão do que varredura de diretórios. Quando um diretório é atribuído a um projeto, todos os arquivos criados no diretório são também criados no projeto, e o núcleo do sistema pode simplesmente manter controle de quantos blocos estão em uso por arquivos daquele projeto. Se um arquivo é criado e apagado, mas possui um descritor de arquivo aberto, ele continua a consumir espaço. O rastreio de quotas registra este espaço de forma precisa, enquanto varreduras de diretório ignoram o uso de espaço de armazenamento por arquivos apagados.

Se você deseja utilizar quotas de projeto, você deve:

  • Habilitar o feature gate LocalStorageCapacityIsolationFSQuotaMonitoring=true utilizando o campo featureGates na configuração do kubelet ou a opção de linha de comando --feature-gates.

  • Garantir que o sistema de arquivos raiz (ou o sistema de arquivos opcional de tempo de execução) tem quotas de projeto habilitadas. Todos os sistemas de arquivos XFS suportam quotas de projeto. Em sistemas de arquivos ext4, você precisa habilitar a funcionalidade de rastreio de quotas de projeto enquanto o sistema de arquivos ainda não está montado.

    # Para sistema de arquivos ext4, com o volume /dev/block-device não montado
    sudo tune2fs -O project -Q prjquota /dev/block-device
    
  • Garanta que o sistema de arquivos raiz (ou sistema de arquivos opcional de tempo de execução) esteja montado com quotas de projeto habilitadas. Em ambos os sistemas XFS e ext4fs, a opção de montagem é chamada prjquota.

Recursos estendidos

Recursos estendidos são nomes de recursos absolutos fora do domínio kubernetes.io. Estes recursos permitem a operadores de cluster anunciar e a usuários consumir recursos que não são embutidos pelo Kubernetes.

Dois passos são necessários para a utilização de recursos estendidos. Primeiramente, o operador do cluster deve anunciar um recurso estendido. Em segundo lugar, os usuários devem solicitar o recurso estendido em Pods.

Gerenciando recursos estendidos

Recursos estendidos a nível de nó

Recursos estendidos a nível de nó são recursos ligados ao nó.

Recursos gerenciados por dispositivos conectados

Veja Device Plugin para mais informações sobre como anunciar recursos gerenciados por dispositivos conectados em cada nó.

Outros recursos

A fim de anunciar um novo recurso estendido a nível de nó, o operador do cluster pode enviar uma requisição HTTP com o método PATCH para o servidor da API do Kubernetes para especificar a quantidade disponível em um nó no cluster, através do campo status.capacity. Após a realização desta operação, o campo status.capacity do nó irá conter um novo recurso. O campo status.allocatable é atualizado automaticamente pelo kubelet, de forma assíncrona, com o novo recurso.

Como o escalonador utiliza o valor do campo status.allocatable do nó ao verificar a saúde do Pod, o escalonador somente considerará o novo valor do campo após esta atualização assíncrona. Pode haver um pequeno atraso entre a atualização da capacidade do nó com um novo recurso e o momento em que o primeiro Pod que requer o recurso poderá ser agendado naquele nó.

Exemplo:

Este exemplo demonstra como utilizar a ferramenta curl para criar uma requisição HTTP que anuncia cinco recursos "example.com/foo" no nó k8s-node-1, cujo nó da camada de gerenciamento é k8s-master.

curl --header "Content-Type: application/json-patch+json" \
  --request PATCH \
  --data '[{"op": "add", "path": "/status/capacity/example.com~1foo", "value": "5"}]' \
  http://k8s-master:8080/api/v1/nodes/k8s-node-1/status

Recursos estendidos a nível de cluster

Recursos estendidos a nível de cluster não são vinculados aos nós. Estes recursos são normalmente gerenciados por extensões do escalonador, que manipulam o consumo e as quotas de recursos.

Você pode especificar os recursos estendidos que são manipulados por extensões do escalonador nas configurações do kube-scheduler.

Exemplo:

A configuração abaixo para uma política do escalonador indica que o recurso estendido a nível de cluster "example.com/foo" é manipulado pelas extensões do escalonador.

  • O escalonador envia um Pod para a extensão do escalonador somente se o Pod solicitar "example.com/foo".
  • O campo ignoredByScheduler especifica que o escalonador não verifica o recurso "example.com/foo" em seu predicado PodFitsResources.
{
  "kind": "Policy",
  "apiVersion": "v1",
  "extenders": [
    {
      "urlPrefix":"<extender-endpoint>",
      "bindVerb": "bind",
      "managedResources": [
        {
          "name": "example.com/foo",
          "ignoredByScheduler": true
        }
      ]
    }
  ]
}

Consumindo recursos estendidos

Usuários podem consumir recursos estendidos em especificações de Pods como CPU e memória. O escalonador controla a contagem de recursos de modo que a quantidade alocada simultaneamente a Pods não seja maior que a quantidade disponível.

O servidor da API limita as quantidades de recursos estendidos a números inteiros. Exemplos de quantidades válidas são 3, 3000m e 3Ki. Exemplos de quantidades inválidas são 0.5 e 1500m.

Para consumir um recurso estendido em um Pod, inclua o nome do recurso como uma chave no mapa spec.containers[].resources.limits na especificação do contêiner.

Um Pod só é agendado se todos os seus requerimentos de recursos forem satisfeitos, incluindo CPU, memória e quaisquer recursos estendidos. O Pod permanece no estado PENDING enquanto seus requerimentos de recursos não puderem ser satisfeitos.

Exemplo:

O Pod abaixo requisita duas CPUs e um "example.com/foo" (um recurso estendido).

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: my-pod
spec:
  containers:
  - name: my-container
    image: myimage
    resources:
      requests:
        cpu: 2
        example.com/foo: 1
      limits:
        example.com/foo: 1

Limitação de PID

Limites de ID de processo (PID) permitem à configuração de um kubelet limitar o número de PIDs que um dado Pod pode consumir. Consulte PID Limiting para mais informações.

Solução de problemas

Meus pods estão pendentes com um evento FailedScheduling

Se o escalonador não conseguir encontrar nenhum nó que atenda aos requisitos de recursos do Pod, este Pod permanecerá não-agendado até que um local destino possa ser encontrado. Um Evento é produzido cada vez que o escalonador falhar em encontrar um local para agendar o Pod. Você pode utilizar o utilitário kubectl para ver os eventos de um Pod. Por exemplo:

kubectl describe pod frontend | grep -A 9999999999 Events
Events:
  Type     Reason            Age   From               Message
  ----     ------            ----  ----               -------
  Warning  FailedScheduling  23s   default-scheduler  0/42 nodes available: insufficient cpu

No exemplo acima, o Pod de nome "frontend" não pôde ser agendado devido à nenhum nó possuir CPU suficiente para suprir seu requerimento de CPU. Mensagens de erro semelhantes a essa podem sugerir falha devido a falta de memória (PodExceedsFreeMemory). De maneira geral, se um Pod estiver pendente com uma mensagem deste tipo, há diversas possibilidades de solução a serem tentadas:

  • Adicione mais nós ao cluster.
  • Encerre Pods desnecessários para liberar espaço para Pods pendentes.
  • Verifique se o Pod não é maior que todos os nós. Por exemplo, se todos os nós têm uma capacidade de cpu: 1, um Pod que requisita cpu: 1.1 nunca será agendado.
  • Verifique se os nós não possuem taints. Se a maioria dos seus nós possuem taints, e o novo Pod não tolera tal taint, o escalonador somente considera agendar o Pod nos nós que não possuem aquele taint.

Você pode verificar capacidades de nós e quantidades alocadas com o comando kubectl describe nodes. Por exemplo:

kubectl describe nodes e2e-test-node-pool-4lw4
Name:            e2e-test-node-pool-4lw4
[ ... linhas abreviadas para simplificação ...]
Capacity:
 cpu:                               2
 memory:                            7679792Ki
 pods:                              110
Allocatable:
 cpu:                               1800m
 memory:                            7474992Ki
 pods:                              110
[ ... linhas abreviadas para simplificação ...]
Non-terminated Pods:        (5 in total)
  Namespace    Name                                  CPU Requests  CPU Limits  Memory Requests  Memory Limits
  ---------    ----                                  ------------  ----------  ---------------  -------------
  kube-system  fluentd-gcp-v1.38-28bv1               100m (5%)     0 (0%)      200Mi (2%)       200Mi (2%)
  kube-system  kube-dns-3297075139-61lj3             260m (13%)    0 (0%)      100Mi (1%)       170Mi (2%)
  kube-system  kube-proxy-e2e-test-...               100m (5%)     0 (0%)      0 (0%)           0 (0%)
  kube-system  monitoring-influxdb-grafana-v4-z1m12  200m (10%)    200m (10%)  600Mi (8%)       600Mi (8%)
  kube-system  node-problem-detector-v0.1-fj7m3      20m (1%)      200m (10%)  20Mi (0%)        100Mi (1%)
Allocated resources:
  (Total limits may be over 100 percent, i.e., overcommitted.)
  CPU Requests    CPU Limits    Memory Requests    Memory Limits
  ------------    ----------    ---------------    -------------
  680m (34%)      400m (20%)    920Mi (11%)        1070Mi (13%)

No exemplo anterior, você pode verificar que se um Pod requisitar mais que 1,120 CPUs ou mais que 6,23Gi de memória, tal Pod não caberá neste nó.

Ao verificar a seção "Pods", você pode observar quais Pods estão consumindo espaço neste nó.

A quantidade de recursos disponível aos Pods é menor que a capacidade do nó, pois daemons do sistema utilizam uma parcela dos recursos disponíveis. Dentro da API do Kubernetes, cada nó tem um campo .status.allocatable (consulte NodeStatus para mais detalhes).

O campo .status.allocatable descreve a quantidade de recursos que está disponível a Pods naquele nó (por exemplo: 15 CPUs virtuais e 7538 MiB de memória). Para mais informações sobre recursos alocáveis do nó no Kubernetes, veja Reserve Compute Resources for System Daemons.

Você pode configurar quotas de recursos para limitar a quantidade total de recursos que um namespace pode consumir. O Kubernetes garante quotas para objetos em um namespace específico quando há uma ResourceQuota naquele namespace. Por exemplo, se você atribuir namespaces específicos a times diferentes, você pode adicionar ResourceQuotas nestes namespaces. Criar quotas de recursos ajuda a evitar que um time utilize tanto de um recurso que chegue a afetar outros times utilizando o mesmo cluster.

Você deve também considerar o nível de acesso fornecido aos usuários de qualquer namespace: acesso completo para escrita permite a alguém com este acesso remover qualquer recurso, incluindo uma configuração de ResourceQuota.

Meu contêiner foi terminado

Seu contêiner pode ser terminado se faltar recursos para que este rode. Para verificar se um contêiner está sendo terminado por chegar no limite de algum recurso, utilize o comando kubectl describe pod no Pod em questão:

kubectl describe pod simmemleak-hra99

A saída será semelhante a:

Name:                           simmemleak-hra99
Namespace:                      default
Image(s):                       saadali/simmemleak
Node:                           kubernetes-node-tf0f/10.240.216.66
Labels:                         name=simmemleak
Status:                         Running
Reason:
Message:
IP:                             10.244.2.75
Containers:
  simmemleak:
    Image:  saadali/simmemleak:latest
    Limits:
      cpu:          100m
      memory:       50Mi
    State:          Running
      Started:      Tue, 07 Jul 2019 12:54:41 -0700
    Last State:     Terminated
      Reason:       OOMKilled
      Exit Code:    137
      Started:      Fri, 07 Jul 2019 12:54:30 -0700
      Finished:     Fri, 07 Jul 2019 12:54:33 -0700
    Ready:          False
    Restart Count:  5
Conditions:
  Type      Status
  Ready     False
Events:
  Type    Reason     Age   From               Message
  ----    ------     ----  ----               -------
  Normal  Scheduled  42s   default-scheduler  Successfully assigned simmemleak-hra99 to kubernetes-node-tf0f
  Normal  Pulled     41s   kubelet            Container image "saadali/simmemleak:latest" already present on machine
  Normal  Created    41s   kubelet            Created container simmemleak
  Normal  Started    40s   kubelet            Started container simmemleak
  Normal  Killing    32s   kubelet            Killing container with id ead3fb35-5cf5-44ed-9ae1-488115be66c6: Need to kill Pod

No exemplo acima, o campo Restart Count: 5 indica que o contêiner simmemleak deste Pod foi terminado e reiniciado cinco vezes até o momento. A razão OOMKilled demonstra que o contêiner tentou consumir mais memória do que o seu limite.

O próximo passo neste cenário seria vasculhar e depurar o código da aplicação, procurando por vazamentos de memória. Se você determinar que a aplicação está se comportando conforme o esperado, considere aumentar o limite (e possivelmente o requerimento) de memória para aquele contêiner.

Próximos passos

3.6.5 - Organizando o acesso ao cluster usando arquivos kubeconfig

Utilize arquivos kubeconfig para organizar informações sobre clusters, usuários, namespaces e mecanismos de autenticação. A ferramenta de linha de comando kubectl faz uso dos arquivos kubeconfig para encontrar as informações necessárias para escolher e se comunicar com o serviço de API de um cluster.

Por padrão, o kubectl procura por um arquivo de nome config no diretório $HOME/.kube

Você pode especificar outros arquivos kubeconfig através da variável de ambiente KUBECONFIG ou adicionando a opção --kubeconfig.

Para maiores detalhes na criação e especificação de um kubeconfig, veja o passo a passo em Configurar Acesso para Múltiplos Clusters.

Suportando múltiplos clusters, usuários e mecanismos de autenticação

Imagine que você possua inúmeros clusters, e seus usuários e componentes se autenticam de várias formas. Por exemplo:

  • Um kubelet ativo pode se autenticar utilizando certificados
  • Um usuário pode se autenticar através de tokens
  • Administradores podem possuir conjuntos de certificados os quais provém acesso aos usuários de forma individual.

Através de arquivos kubeconfig, você pode organizar os seus clusters, usuários, e namespaces. Você também pode definir contextos para uma fácil troca entre clusters e namespaces.

Contexto

Um elemento de contexto em um kubeconfig é utilizado para agrupar parâmetros de acesso em um nome conveniente. Cada contexto possui três parâmetros: cluster, namespace, e usuário.

Por padrão, a ferramenta de linha de comando kubectl utiliza os parâmetros do contexto atual para se comunicar com o cluster.

Para escolher o contexto atual:

kubectl config use-context

A variável de ambiente KUBECONFIG

A variável de ambiente KUBECONFIG possui uma lista dos arquivos kubeconfig. Para Linux e Mac, esta lista é delimitada por vírgula. No Windows, a lista é delimitada por ponto e vírgula. A variável de ambiente KUBECONFIG não é um requisito obrigatório - caso ela não exista o kubectl utilizará o arquivo kubeconfig padrão localizado no caminho $HOME/.kube/config.

Se a variável de ambiente KUBECONFIG existir, o kubectl utilizará uma configuração que é o resultado da combinação dos arquivos listados na variável de ambiente KUBECONFIG.

Combinando arquivos kubeconfig

Para inspecionar a sua configuração atual, execute o seguinte comando:

kubectl config view

Como descrito anteriormente, a saída poderá ser resultado de um único arquivo kubeconfig, ou poderá ser o resultado da junção de vários arquivos kubeconfig.

Aqui estão as regras que o kubectl utiliza quando realiza a combinação de arquivos kubeconfig:

  1. Se o argumento --kubeconfig está definido, apenas o arquivo especificado será utilizado. Apenas uma instância desta flag é permitida.

    Caso contrário, se a variável de ambiente KUBECONFIG estiver definida, esta deverá ser utilizada como uma lista de arquivos a serem combinados, seguindo o fluxo a seguir:

    • Ignorar arquivos vazios.
    • Produzir erros para aquivos cujo conteúdo não for possível desserializar.
    • O primeiro arquivo que definir um valor ou mapear uma chave determinada, será o escolhido.
    • Nunca modificar um valor ou mapear uma chave. Exemplo: Preservar o contexto do primeiro arquivo que definir current-context. Exemplo: Se dois arquivos especificarem um red-user, use apenas os valores do primeiro red-user. Mesmo se um segundo arquivo possuir entradas não conflitantes sobre a mesma entrada red-user, estas deverão ser descartadas.

    Para um exemplo de definição da variável de ambiente KUBECONFIG veja Definido a variável de ambiente KUBECONFIG.

    Caso contrário, utilize o arquivo kubeconfig padrão encontrado no diretório $HOME/.kube/config, sem qualquer tipo de combinação.

  2. Determine o contexto a ser utilizado baseado no primeiro padrão encontrado, nesta ordem:

    1. Usar o conteúdo da flag --context caso ela existir.
    2. Usar o current-context a partir da combinação dos arquivos kubeconfig.

    Um contexto vazio é permitido neste momento.

  3. Determinar o cluster e o usuário. Neste ponto, poderá ou não existir um contexto. Determinar o cluster e o usuário no primeiro padrão encontrado de acordo com a ordem à seguir. Este procedimento deverá executado duas vezes: uma para definir o usuário a outra para definir o cluster.

    1. Utilizar a flag caso ela existir: --user ou --cluster.
    2. Se o contexto não estiver vazio, utilizar o cluster ou usuário deste contexto.

    O usuário e o cluster poderão estar vazios neste ponto.

  4. Determinar as informações do cluster atual a serem utilizadas. Neste ponto, poderá ou não existir informações de um cluster.

    Construir cada peça de informação do cluster baseado nas opções à seguir; a primeira ocorrência encontrada será a opção vencedora:

    1. Usar as flags de linha de comando caso existirem: --server, --certificate-authority, --insecure-skip-tls-verify.
    2. Se algum atributo do cluster existir a partir da combinação de kubeconfigs, estes deverão ser utilizados.
    3. Se não existir informação de localização do servidor falhar.
  5. Determinar a informação atual de usuário a ser utilizada. Construir a informação de usuário utilizando as mesmas regras utilizadas para o caso de informações de cluster, exceto para a regra de técnica de autenticação que deverá ser única por usuário:

    1. Usar as flags, caso existirem: --client-certificate, --client-key, --username, --password, --token.
    2. Usar os campos user resultado da combinação de arquivos kubeconfig.
    3. Se existirem duas técnicas conflitantes, falhar.
  6. Para qualquer informação que ainda estiver ausente, utilizar os valores padrão e potencialmente solicitar informações de autenticação a partir do prompt de comando.

Referências de arquivos

Arquivos e caminhos referenciados em um arquivo kubeconfig são relativos à localização do arquivo kubeconfig.

Referências de arquivos na linha de comando são relativas ao diretório de trabalho vigente.

No arquivo $HOME/.kube/config, caminhos relativos são armazenados de forma relativa, e caminhos absolutos são armazenados de forma absoluta.

Próximos passos

3.6.6 - Gerenciamento de recursos para nós Windows

Esta página descreve as diferenças em como os recursos são gerenciados entre o Linux e o Windows.

Em nós Linux, cgroups são usados ​​como uma divisão para o controle de recursos em Pods. Os contêineres são criados dentro desse limite para o isolamento de rede, processo e sistema de arquivos. As APIs de cgroup do Linux podem ser usadas para coletar estatísticas de uso de CPU, E/S e memória.

Em contraste, o Windows usa um objeto de trabalho por contêiner com um filtro de namespace do sistema para conter todos os processos em um contêiner e fornecer isolamento lógico ao hospedar. (Os objetos de trabalho são um mecanismo de isolamento de processo do Windows e são diferentes dos que o Kubernetes chama de Job).

Não há como executar um contêiner do Windows sem a filtragem de namespace. Isso significa que os privilégios do sistema não podem ser assegurados no contexto do host e, portanto, os contêineres privilegiados não estão disponíveis no Windows. Os contêineres não podem assumir uma identidade do host porque o Gerente de Conta de Segurança (Security Account Manager, ou SAM) é separado.

Gerenciamento de memória

O Windows não possui um eliminador de processo por falta de memória como o Linux. O Windows sempre trata todas as alocações de memória do modo de usuário como virtuais e os arquivos de paginação são obrigatórios.

Os nós Windows não superdimensionam a memória para os processos. O efeito real é que o Windows não atingirá as condições de falta de memória da mesma forma que o Linux, e estará processando a página em disco em vez de estar sujeito ao encerramento por falta de memória (OOM). Se a memória for superprovisionada e toda a memória física estiver esgotada, a paginação poderá diminuir o desempenho.

Gerenciamento de CPU

O Windows pode limitar a quantidade de tempo de CPU alocado para diferentes processos, mas não pode garantir uma quantidade mínima de tempo de CPU.

No Windows, o kubelet oferece suporte a uma flag de linha de comando para definir a prioridade do escalonador do processo kubelet: --windows-priorityclass. Essa flag permite que o processo kubelet obtenha mais fatias de tempo de CPU quando comparado a outros processos em execução no host do Windows. Mais informações sobre os valores permitidos e os seus significados estão disponíveis em classes de prioridade do Windows. Para garantir que os Pods em execução não deixem o kubelet sem ciclos de CPU, defina essa flag como ABOVE_NORMAL_PRIORITY_CLASS ou acima.

Reserva de recursos

Para contabilizar a memória e a CPU usadas pelo sistema operacional, o agente de execução de contêiner e os processos de host do Kubernetes, como o kubelet, você pode (e deve) reservar recursos de memória e CPU com as flags --kube-reserved e/ou --system-reserved do kubelet. No Windows, esses valores são usados apenas para calcular o recursos alocáveis ​​pelo nó.

No Windows, uma boa prática é reservar pelo menos 2GiB de memória.

Para determinar quanta CPU reservar, identifique a densidade máxima do pod para cada nó e monitore o uso da CPU dos serviços do sistema em execução, depois escolha um valor que atenda às necessidades das suas cargas de trabalho.

3.7 - Segurança

3.7.1 - Visão Geral da Segurança Cloud Native

Esta visão geral define um modelo para pensar sobre a segurança em Kubernetes no contexto da Segurança em Cloud Native.

Os 4C da Segurança Cloud Native

Você pode pensar na segurança em camadas. Os 4C da segurança Cloud Native são a Cloud, Clusters, Contêineres e Código.

Os 4C da Segurança Cloud Native

Cada camada do modelo de segurança Cloud Native é construída sobre a próxima camada mais externa. A camada de código se beneficia de uma base forte (Cloud, Cluster, Contêiner) de camadas seguras. Você não pode proteger contra padrões ruins de segurança nas camadas de base através de segurança no nível do Código.

Cloud

De muitas maneiras, a Cloud (ou servidores co-localizados, ou o datacenter corporativo) é a base de computação confiável de um cluster Kubernetes. Se a camada de Cloud é vulnerável (ou configurado de alguma maneira vulnerável), então não há garantia de que os componentes construídos em cima desta base estejam seguros. Cada provedor de Cloud faz recomendações de segurança para executar as cargas de trabalho com segurança nos ambientes.

Segurança no provedor da Cloud

Se você estiver executando um cluster Kubernetes em seu próprio hardware ou em um provedor de nuvem diferente, consulte sua documentação para melhores práticas de segurança. Aqui estão os links para as documentações de segurança dos provedores mais populares de nuvem:

Cloud provider security
Provedor IaaSLink
Alibaba Cloudhttps://www.alibabacloud.com/trust-center
Amazon Web Serviceshttps://aws.amazon.com/security/
Google Cloud Platformhttps://cloud.google.com/security/
Huawei Cloudhttps://www.huaweicloud.com/intl/pt-br/securecenter/overallsafety
IBM Cloudhttps://www.ibm.com/cloud/security
Microsoft Azurehttps://docs.microsoft.com/en-us/azure/security/azure-security
Oracle Cloud Infrastructurehttps://www.oracle.com/security/
VMWare VSpherehttps://www.vmware.com/security/hardening-guides.html

Segurança de Infraestrutura

Sugestões para proteger sua infraestrutura em um cluster Kubernetes:

Infrastructure security
Área de Interesse para Infraestrutura KubernetesRecomendação
Acesso de rede ao servidor API (Control plane)Todo o acesso ao control plane do Kubernetes publicamente na Internet não é permitido e é controlado por listas de controle de acesso à rede restritas ao conjunto de endereços IP necessários para administrar o cluster.
Acesso de rede aos Nós (nodes)Os nós devem ser configurados para aceitar conexões (por meio de listas de controle de acesso à rede) do control plane nas portas especificadas e aceitar conexões para serviços no Kubernetes do tipo NodePort e LoadBalancer. Se possível, esses nós não devem ser expostos inteiramente na Internet pública.
Acesso do Kubernetes à API do provedor de CloudCada provedor de nuvem precisa conceder um conjunto diferente de permissões para o control plane e nós do Kubernetes. É melhor fornecer ao cluster permissão de acesso ao provedor de nuvem que segue o princípio do menor privilégio para os recursos que ele precisa administrar. A documentação do Kops fornece informações sobre as políticas e roles do IAM.
Acesso ao etcdO acesso ao etcd (o armazenamento de dados do Kubernetes) deve ser limitado apenas ao control plane. Dependendo de sua configuração, você deve tentar usar etcd sobre TLS. Mais informações podem ser encontradas na documentação do etcd.
Encriptação etcdSempre que possível, é uma boa prática encriptar todas as unidades de armazenamento, mas como o etcd mantém o estado de todo o cluster (incluindo os Secrets), seu disco deve ser criptografado.

Cluster

Existem duas áreas de preocupação para proteger o Kubernetes:

  • Protegendo os componentes do cluster que são configuráveis.
  • Protegendo as aplicações que correm no cluster.

Componentes do Cluster

Se você deseja proteger seu cluster de acesso acidental ou malicioso e adotar boas práticas de informação, leia e siga os conselhos sobre protegendo seu cluster.

Componentes no cluster (sua aplicação)

Dependendo da superfície de ataque de sua aplicação, você pode querer se concentrar em tópicos específicos de segurança. Por exemplo: se você estiver executando um serviço (Serviço A) que é crítico numa cadeia de outros recursos e outra carga de trabalho separada (Serviço B) que é vulnerável a um ataque de exaustão de recursos e, por consequência, o risco de comprometer o Serviço A é alto se você não limitar os recursos do Serviço B. A tabela a seguir lista áreas de atenção na segurança e recomendações para proteger cargas de trabalho em execução no Kubernetes:

Área de interesse para a segurança do WorkloadRecomendação
Autorização RBAC (acesso à API Kubernetes)https://kubernetes.io/docs/reference/access-authn-authz/rbac/
Autenticaçãohttps://kubernetes.io/docs/concepts/security/controlling-access/
Gerenciamento de segredos na aplicação (e encriptando-os no etcd em repouso)https://kubernetes.io/docs/concepts/configuration/secret/
https://kubernetes.io/docs/tasks/administer-cluster/encrypt-data/
Garantir que os Pods atendem aos padrões de segurança do Podhttps://kubernetes.io/docs/concepts/security/pod-security-standards/#policy-instantiation
Qualidade de serviço (e gerenciamento de recursos de cluster)https://kubernetes.io/docs/tasks/configure-pod-container/quality-service-pod/
Políticas de Redehttps://kubernetes.io/docs/concepts/services-networking/network-policies/
TLS para Kubernetes Ingresshttps://kubernetes.io/docs/concepts/services-networking/ingress/#tls

Contêiner

A segurança do contêiner está fora do escopo deste guia. Aqui estão recomendações gerais e links para explorar este tópico:

Área de Interesse para ContêineresRecomendação
Scanners de Vulnerabilidade de Contêiner e Segurança de Dependência de SOComo parte da etapa de construção de imagem, você deve usar algum scanner em seus contêineres em busca de vulnerabilidades.
Assinatura Imagem e EnforcementAssinatura de imagens de contêineres para manter um sistema de confiança para o conteúdo de seus contêineres.
Proibir Usuários PrivilegiadosAo construir contêineres, consulte a documentação para criar usuários dentro dos contêineres que tenham o menor nível de privilégio no sistema operacional necessário para cumprir o objetivo do contêiner.
Use o Contêiner em Runtime com Isolamento mais ForteSelecione classes de contêiner runtime com o provedor de isolamento mais forte.

Código

O código da aplicação é uma das principais superfícies de ataque sobre a qual você tem maior controle. Embora a proteção do código do aplicativo esteja fora do tópico de segurança do Kubernetes, aqui são recomendações para proteger o código do aplicativo:

Segurança de código

Code security
Área de Atenção para o CódigoRecomendação
Acesso só através de TLSSe seu código precisar se comunicar por TCP, execute um handshake TLS com o cliente antecipadamente. Com exceção de alguns casos, encripte tudo em trânsito. Indo um passo adiante, é uma boa ideia encriptar o tráfego de rede entre os serviços. Isso pode ser feito por meio de um processo conhecido como mutual ou mTLS, que realiza uma verificação bilateral da comunicação mediante os certificados nos serviços.
Limitando intervalos de porta de comunicaçãoEssa recomendação pode ser um pouco autoexplicativa, mas, sempre que possível, você só deve expor as portas em seu serviço que são absolutamente essenciais para a comunicação ou coleta de métricas.
Segurança na Dependência de TerceirosÉ uma boa prática verificar regularmente as bibliotecas de terceiros de sua aplicação em busca de vulnerabilidades de segurança. Cada linguagem de programação possui uma ferramenta para realizar essa verificação automaticamente.
Análise de Código EstáticoA maioria das linguagens fornece uma maneira para analisar um extrato do código referente a quaisquer práticas de codificação potencialmente inseguras. Sempre que possível, você deve automatizar verificações usando ferramentas que podem verificar as bases de código em busca de erros de segurança comuns. Algumas das ferramentas podem ser encontradas em OWASP Source Code Analysis Tools.
Ataques de sondagem dinâmicaExistem algumas ferramentas automatizadas que você pode executar contra seu serviço para tentar alguns dos ataques mais conhecidos. Isso inclui injeção de SQL, CSRF e XSS. Uma das ferramentas de análise dinâmica mais populares é o OWASP Zed Attack proxy.

Próximos passos

Saiba mais sobre os tópicos de segurança do Kubernetes:

3.7.2 - Políticas de Segurança do Pod

Em vez de usar PodSecurityPolicy, você pode aplicar restrições semelhantes em Pods usando um ou ambos:

Para obter um guia de migração, consulte Migre de PodSecurityPolicy para o controlador de admissão PodSecurity embutido. Para obter mais informações sobre a remoção desta API, veja Descontinuação de PodSecurityPolicy: passado, presente e futuro.

Se você não estiver executando o Kubernetes v1.30, verifique a documentação para sua versão do Kubernetes.

3.7.3 - Segurança para Nós Windows

Esta página descreve considerações de segurança e boas práticas específicas para o sistema operacional Windows.

Proteção para dados Secret nos Nós

No Windows, os dados do Secret são escritos em texto não-encriptado no armazenamento local do nó (em comparação ao uso de tmpfs / sistemas de arquivo em memória no Linux). Como um operador do cluster, você deve tomar as duas medidas adicionais a seguir:

  1. Use ACLs em arquivos para proteger a localização do arquivo Secrets.
  2. Aplique criptografia a nível de volume usando BitLocker.

Usuários dos Contêineres

RunAsUsername pode ser utilizado em Pods ou contêineres com Windows para executar os processos do contêiner como usuário específico. Isto é aproximadamente equivalente a RunAsUser.

Os contêineres Windows oferecem duas contas de usuário padrão, ContainerUser e ContainerAdministrator. As diferenças entre estas duas contas de usuário são descritas em When to use ContainerAdmin and ContainerUser user accounts dentro da documentação da Microsoft Secure Windows containers.

Os usuários locais podem ser adicionados às imagens do contêiner durante o processo de criação do mesmo.

Contêineres Windows também podem rodar como identidades do Active Directory usando Group Managed Service Accounts

Isolamento de segurança a nível do Pod

Mecanismos de contexto de segurança de Pod específicos para Linux (como SELinux, AppArmor, Seccomp, ou capabilities customizados para POSIX) não são suportados nos nós com Windows.

Contêineres privilegiados não são suportados no Windows. Em vez disso, contêineres HostProcess podem ser usados no Windows para realizar muitas das tarefas realizadas por contêineres privilegiados no Linux.

3.7.4 - Controlando Acesso à API do Kubernetes

Esta página fornece uma visão geral do controle de acesso à API do Kubernetes.

Usuários podem acessar a API do Kubernetes utilizando kubectl, bibliotecas, ou executando requisições REST. Ambos, usuários humanos e Contas de serviço do Kubernetes podem ser autorizados a acessar à API. Quando uma requisição chega à API, ela passa por diversos estágios, ilustrados no seguinte diagrama:

Diagrama de etapas de tratamento de requisições enviadas a API do Kubernetes

Segurança na camada de transporte

Em um cluster Kubernetes típico, a API fica disponível na porta 443, protegida por segurança na camada de transporte (TLS). O servidor de API apresenta um certificado. Este certificado pode ser assinado utilizando uma autoridade privada de certificados (CA), ou baseado em uma infraestrutura de chave pública ligada a uma autoridade de certificados reconhecida publicamente.

Se o seu cluster utiliza uma autoridade privada de certificados, voce precisa de uma cópia do certificado da autoridade de certificados (CA) dentro do arquivo de configuração ~/.kube/config, no lado do cliente, para que voce possa confiar na conexão e tenha a garantia de que não há interceptação de tráfego.

O seu cliente pode apresentar o certificado de cliente TLS neste estágio.

Autenticação

Uma vez em que a segurança na camada de transporte (TLS) é estabelecida, a requisição HTTP move para o passo de autenticação. Isto é demonstrado no passo 1 no diagrama acima. O script de criação do cluster ou configurações de administração configuram o servidor de API para executar um ou mais módulos autenticadores.

Autenticadores são descritos em maiores detalhes em Autenticação.

A entrada para o passo de autenticação é a requisição HTTP completa; no entanto, tipicamente são verificados os cabeçalhos e/ou o certificado de cliente.

Módulos de autenticação incluem certificados de cliente, senhas, tokens simples, tokens de auto-inicialização e JSON Web Tokens (utilizados para contas de serviço).

Vários módulos de autenticação podem ser especificados, em que cada um será verificado em sequência, até que um deles tenha sucesso.

Se a requisição não pode ser autenticada, será rejeitada com o código de status HTTP 401 (não autorizado). Caso contrário, o usuário é autenticado com um "nome de usuário" específico e o nome de usuário está disponível para as etapas subsequentes para usar em suas decisões. Alguns autenticadores também fornecem as associações de grupo do usuário, enquanto outros autenticadores não o fazem.

Enquanto o Kubernetes usa nomes de usuário para decisões de controle de acesso e no registro de requisições, ele não possui um objeto user nem armazena nomes de usuários ou outras informações sobre usuários em sua API.

Autorização

Após a requisição ser autenticada como originada de um usuário específico, a requisição deve ser autorizada. Isso é mostrado no passo 2 no diagrama.

Uma requisição deve incluir o nome do usuário requerente, a ação requisitada e o objeto afetado pela ação. A requisição é autorizada se uma política existente declarar que o usuário tem as devidas permissões para concluir a ação requisitada.

Por exemplo, se Bob possui a política abaixo, então ele somente poderá ler pods no namespace projectCaribou:

{
    "apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1",
    "kind": "Policy",
    "spec": {
        "user": "bob",
        "namespace": "projectCaribou",
        "resource": "pods",
        "readonly": true
    }
}

Se Bob fizer a seguinte requisição, a requisição será autorizada porque ele tem permissão para ler objetos no namespace projectCaribou:

{
  "apiVersion": "authorization.k8s.io/v1beta1",
  "kind": "SubjectAccessReview",
  "spec": {
    "resourceAttributes": {
      "namespace": "projectCaribou",
      "verb": "get",
      "group": "unicorn.example.org",
      "resource": "pods"
    }
  }
}

Se Bob fizer uma requisição para escrever (create ou update) em objetos no namespace projectCaribou, sua autorização será negada. Se Bob fizer uma requisição para ler (get) objetos em um namespace diferente, como projectFish, sua autorização será negada.

A autorização do Kubernetes requer que você use atributos comuns a REST para interagir com os sistemas de controle de acesso existentes em toda uma organização ou em todo o provedor de nuvem utilizado. É importante usar a formatação REST porque esses sistemas de controle podem interagir com outras APIs além da API do Kubernetes.

O Kubernetes oferece suporte a vários módulos de autorização, como o modo de controle de acesso baseado em atributos (ABAC), o modo de controle de acesso baseado em função (RBAC) e o modo Webhook. Quando um administrador cria um cluster, ele configura os módulos de autorização que devem ser utilizados no servidor de API. Se mais de um módulo de autorização for configurado, o Kubernetes verificará cada módulo e, se algum módulo autorizar a requisição, a requisição poderá prosseguir. Se todos os módulos negarem a requisição, a requisição será negada (com código de status HTTP 403 - Acesso Proibido).

Para saber mais sobre a autorização do Kubernetes, incluindo detalhes sobre como criar políticas usando os módulos de autorização compatíveis, consulte Visão Geral de Autorização.

Controle de admissão

Os módulos de controle de admissão são módulos de software que podem modificar ou rejeitar requisições. Além dos atributos disponíveis para os módulos de Autorização, os módulos do controlador de admissão podem acessar o conteúdo do objeto que está sendo criado ou modificado.

Os controladores de admissão atuam em requisições que criam, modificam, excluem ou age como um proxy para outro objeto. Os controladores de admissão não agem em requisições que apenas leem objetos. Quando vários controladores de admissão são configurados, eles são chamados em ordem.

Isso é mostrado como etapa 3 no diagrama.

Ao contrário dos módulos de autenticação e autorização, se algum módulo controlador de admissão rejeita, a solicitação é imediatamente rejeitada.

Além de rejeitar objetos, os controladores de admissão também podem definir valores padrão complexos para campos.

Os módulos de Controle de Admissão disponíveis são descritos em Using Admission Controllers.

Após uma requisição passar por todos os controladores de admissão, ela é validada usando as rotinas de validação para o objeto de API correspondente e, em seguida, gravados no armazenamento de objetos (mostrado como etapa 4 no diagrama).

Auditoria

A auditoria do Kubernetes fornece um conjunto de registros cronológicos relevantes para a segurança que documentam a sequência de ações em um cluster. O cluster audita as atividades geradas pelos usuários, pelos aplicativos que usam a API do Kubernetes e pela própria camada de gerenciamento.

Para mais informações, consulte Auditing.

Portas e IPs do servidor de API

A discussão anterior se aplica a requisições enviadas para a porta segura do servidor de API (o caso típico). O servidor de API pode realmente servir em 2 portas.

Por padrão, o servidor da API Kubernetes atende HTTP em 2 portas:

  1. Porta localhost:

    • destina-se a testes e auto-inicialização e a outros componentes do nó mestre (scheduler, controller-manager) para falar com a API
    • sem segurança na camada de transporte (TLS)
    • o padrão é a porta 8080
    • IP padrão é localhost, mude com a flag --insecure-bind-address.
    • a requisição ignora os módulos de autenticação e autorização .
    • requisição tratada pelo(s) módulo(s) de controle de admissão.
    • protegido pela necessidade de ter acesso ao host
  2. “Porta segura”:

    • utilize sempre que possível
    • utiliza segurança na camada de transporte (TLS). Defina o certificado com --tls-cert-file e a chave com a flag --tls-private-key-file.
    • o padrão é a porta 6443, mude com a flag --secure-port.
    • IP padrão é a primeira interface de rede não localhost, mude com a flag --bind-address.
    • requisição tratada pelos módulos de autenticação e autorização.
    • requisição tratada pelo(s) módulo(s) de controle de admissão.
    • módulos de autenticação e autorização executados.

Próximos passos

Consulte mais documentação sobre autenticação, autorização e controle de acesso à API:

Você pode aprender mais sobre:

  • como os pods podem usar Secrets para obter credenciais de API.

3.8 - Políticas

Políticas que você pode configurar e que afetam grupos de recursos.

3.8.1 - Intervalos de limite

Por padrão, os cointêineres são executados com recursos computacionais ilimitados em um cluster Kubernetes. Com cotas de recursos, os administradores de cluster podem restringir o consumo e a criação de recursos baseado no namespace. Dentro de um namespace, pod ou contêiner pode haver o consumo de quantidade de CPU e memória definidos de acordo com a cota de recursos do namespace. Existe a preocupação de que um Pod ou contêiner possa monopolizar todos os recursos disponíveis, justamente por conta disso existe o conceito de Limit Range, ou intervalos de limite, que pode ser definido como uma política utilizada para a restrição de alocação de recursos (para pods ou contêineres) em um namespace.

Um LimitRange fornece restrições que podem:

  • Aplicar o uso mínimo e máximo de recursos computacionais por pod ou contêiner em um namespace.
  • Impor a solicitação de armazenamento mínimo e máximo por PersistentVolumeClaim em um namespace.
  • Impor a proporção entre solicitação e limite para um recurso em um namespace.
  • Definir a solicitação/limite padrão para recursos computacionais em um namespace e utilizá-los automaticamente nos contêineres em tempo de execução.

Ativando o LimitRange

O suporte ao LimitRange foi ativado por padrão desde o Kubernetes 1.10.

Um LimitRange é aplicado em um namespace específico quando há um objeto LimitRange nesse namespace.

O nome de um objeto LimitRange deve ser um nome de subdomínio DNS válido.

Visão geral do Limit Range

  • O administrador cria um LimitRange em um namespace.
  • Os usuários criam recursos como pods, contêineres e PersistentVolumeClaims no namespace.
  • O controlador de admissão LimitRanger impõe padrões e limites para todos os pods e contêineres que não definem os requisitos de recursos computacionais e rastreia o uso para garantir que não exceda o mínimo, o máximo e a proporção de recursos definidos em qualquer LimitRange presente no namespace.
  • Se estiver criando ou atualizando um recurso (Pod, Container, PersistentVolumeClaim) que viola uma restrição LimitRange, a solicitação ao servidor da API falhará com um código de status HTTP 403 FORBIDDEN e uma mensagem explicando a restrição violada.
  • Se um LimitRange for ativado em um namespace para recursos computacionais como cpu e memória, os usuários deverão especificar solicitações ou limites para esses valores. Caso contrário, o sistema pode rejeitar a criação do pod.
  • As validações de LimitRange ocorrem apenas no estágio de Admissão de Pod, não em Pods em Execução.

Alguns exemplos de políticas que podem ser criadas utilizando os intervalos de limite são:

  • Em um cluster de 2 nós com capacidade de 8 GiB de RAM e 16 núcleos, restrinja os Pods em um namespace para solicitar 100m de CPU com um limite máximo de 500m para CPU e solicitar 200Mi para memória com um limite máximo de 600Mi para memória.
  • Defina o limite e a solicitação de CPU padrão para 150m e a solicitação padrão de memória para 300Mi para contêineres iniciados sem solicitações de CPU e memória em suas especificações.

Caso os limites totais do namespace sejam menores que a soma dos limites dos Pods/Contêineres, pode haver contenção por recursos. Nesse caso, os contêineres ou Pods não serão criados.

Nem a contenção nem as alterações em um LimitRange afetarão os recursos já criados.

Próximos passos

Consulte o documento de design LimitRanger para obter mais informações.

Para exemplos de uso de limites, leia:

3.8.2 - Cotas de Recursos

Quando vários usuários ou equipes compartilham um cluster com um número fixo de nós, há uma preocupação de que uma equipe possa usar mais do que é justo durante o compartilhamento de recursos.

As cotas de recursos são uma ferramenta para os administradores resolverem essa preocupação.

Uma cota de recurso, definida por um objeto ResourceQuota, fornece restrições que limitam consumo de recursos agregados por namespace. Pode limitar a quantidade de objetos que podem ser criado em um namespace por tipo, bem como a quantidade total de recursos computacionais que podem ser consumidos por recursos nesse namespace.

As cotas de recursos funcionam assim:

  • Diferentes equipes trabalham em diferentes namespaces. Atualmente, isso é voluntário, mas o suporte para tornar isso obrigatório por meio de ACLs está planejado.

  • O administrador cria uma ResourceQuota para cada namespace.

  • Os usuários criam recursos (pods, serviços, etc.) no namespace e o sistema de cotas rastreia o uso para garantir que ele não exceda os limites de recursos definidos em um ResourceQuota.

  • Se a criação ou atualização de um recurso violar uma restrição de cota, a solicitação falhará com código de status HTTP 403 FORBIDDEN acompanhado de uma mensagem explicando a restrição que foi violada.

  • Se a cota estiver habilitada em um namespace para recursos computacionais como cpu e memória, os usuários devem especificar solicitações ou limites para esses valores; caso contrário, o sistema de cotas poderá rejeitar a criação de pods. Dica: use o controlador de admissão LimitRanger para forçar padrões para pods que não exigem recursos computacionais.

    Veja o passo a passo para um exemplo de como evitar este problema.

O nome de um objeto ResourceQuota deve ser um nome do subdomínio DNS válido.

Exemplos de políticas que podem ser criadas usando namespaces e cotas são:

  • Em um cluster com capacidade de 32 GiB de RAM e 16 núcleos, deixe a equipe A usar 20 GiB e 10 núcleos, deixe B usar 10GiB e 4 núcleos e mantenha 2GiB e 2 núcleos em reserva para alocação futura.
  • Limite o namespace "testing" para usar 1 núcleo e 1GiB de RAM. Deixe o namespace "produção" usar qualquer quantia.

Caso a capacidade total do cluster seja menor que a soma das cotas dos namespaces, pode haver contenção de recursos. Isso é tratado por ordem de chegada.

Nem a contenção nem as alterações na cota afetarão os recursos já criados.

Ativando a cota de recursos

O suporte à cota de recursos é ativado por padrão para muitas distribuições do Kubernetes. Isto é ativado quando a flag API server --enable-admission-plugins= tem ResourceQuota como um de seus argumentos.

Uma cota de recurso é aplicada em um namespace específico quando há um ResourceQuota nesse namespace.

Cota de recursos computacionais

Você pode limitar a soma total de recursos computacionais que pode ser solicitado em um determinado namespace.

Os seguintes tipos de recursos são suportados:

Nome do RecursoDescrição
limits.cpuEm todos os pods em um estado não terminal, a soma dos limites de CPU não pode exceder esse valor.
limits.memoryEm todos os pods em um estado não terminal, a soma dos limites de memória não pode exceder esse valor.
requests.cpuEm todos os pods em um estado não terminal, a soma das solicitações da CPU não pode exceder esse valor.
requests.memoryEm todos os pods em um estado não terminal, a soma das solicitações de memória não pode exceder esse valor.
hugepages-<size>Em todos os pods em um estado não terminal, o número de solicitações de grandes páginas do tamanho especificado não pode exceder esse valor.
cpuO mesmo que requests.cpu
memoryO mesmo que requests.memory

Cota de recursos para recursos estendidos

Além dos recursos mencionados acima, na versão 1.10, suporte a cotas para recursos estendidos foi adicionado.

Como o overcommit não é permitido para recursos estendidos, não faz sentido especificar tanto requests e limits para o mesmo recurso estendido em uma cota. Portanto, para recursos estendidos, apenas itens de cota com prefixo requests. é permitido por enquanto.

Tome o recurso GPU como exemplo, se o nome do recurso for nvidia.com/gpu e você quiser limitar o número total de GPUs solicitadas em um namespace para 4, você pode definir uma cota da seguinte maneira:

  • requests.nvidia.com/gpu: 4

Veja como visualizar e definir cotas para mais informações.

Cota de recursos de armazenamento

Você pode limitar a soma total de recursos de armazenamento que podem ser solicitados em um determinado namespace.

Além disso, você pode limitar o consumo de recursos de armazenamento com base na classe de armazenamento associada.

Nome do recursoDescrição
requests.storageEm todas as solicitações de volume persistentes, a soma das solicitações de armazenamento não pode exceder esse valor.
persistentvolumeclaimsO número total de PersistentVolumeClaims que podem existir no namespace.
<storage-class-name>.storageclass.storage.k8s.io/requests.storageEm todas as solicitações de volume persistentes associadas ao <storage-class-name>, a soma das solicitações de armazenamento não pode exceder esse valor.
<storage-class-name>.storageclass.storage.k8s.io/persistentvolumeclaimsEm todas as declarações de volume persistentes associadas ao storage-class-name, o número total de declarações de volume persistente que podem existir no namespace.

Por exemplo, se um operador deseja cotar armazenamento com classe de armazenamento gold separada da classe de armazenamento bronze, o operador pode definir uma cota da seguinte forma:

  • gold.storageclass.storage.k8s.io/requests.storage: 500Gi
  • bronze.storageclass.storage.k8s.io/requests.storage: 100Gi

Na versão 1.8, o suporte de cota para armazenamento temporário local foi adicionado como um recurso alfa:

Nome do RecursoDescrição
requests.ephemeral-storageEm todos os pods no namespace, a soma das solicitações de armazenamento local efêmero não pode exceder esse valor.
limits.ephemeral-storageEm todos os pods no namespace, a soma dos limites de armazenamento temporário local não pode exceder esse valor.
ephemeral-storageO mesmo que requests.ephemeral-storage.

Cota de contagem de objetos

Você pode definir cotas para o número total de determinados recursos de todos os padrões, tipos de recursos com namespace usando a seguinte sintaxe:

  • count/<resource>.<group> para recursos de grupos não principais
  • count/<resource> para recursos do grupo principal

Exemplo de conjunto de recursos que os usuários podem querer colocar na cota de contagem de objetos:

  • count/persistentvolumeclaims
  • count/services
  • count/secrets
  • count/configmaps
  • count/replicationcontrollers
  • count/deployments.apps
  • count/replicasets.apps
  • count/statefulsets.apps
  • count/jobs.batch
  • count/cronjobs.batch

A mesma sintaxe pode ser usada para recursos personalizados. Por exemplo, para criar uma cota em um recurso personalizado widgets no grupo de API example.com, use count/widgets.example.com.

Ao usar a cota de recurso count/*, um objeto é cobrado na cota se existir no armazenamento do servidor. Esses tipos de cotas são úteis para proteger contra o esgotamento dos recursos de armazenamento. Por exemplo, você pode desejar limitar o número de segredos em um servidor devido ao seu grande tamanho. Muitos segredos em um cluster podem na verdade, impedir que servidores e controladores sejam iniciados. Você pode definir uma cota para projetos para proteger contra um CronJob mal configurado. CronJobs que criam muitos Jobs em um namespace podem levar a uma negação de serviço.

Também é possível fazer uma cota de contagem de objetos genéricos em um conjunto limitado de recursos. Os seguintes tipos são suportados:

Nome do RecursoDescrição
configmapsO número total de ConfigMaps que podem existir no namespace.
persistentvolumeclaimsO número total de PersistentVolumeClaims que podem existir no namespace.
podsO número total de pods em um estado não terminal que pode existir no namespace. Um pod está em um estado terminal se .status.phase in (Failed, Succeeded) for verdadeiro.
replicationcontrollersO número total de ReplicationControllers que podem existir no namespace.
resourcequotasO número total de ResourceQuotas que podem existir no namespace.
servicesO número total de Serviços que podem existir no namespace.
services.loadbalancersO número total de serviços do tipo LoadBalancer que podem existir no namespace.
services.nodeportsO número total de serviços do tipo NodePort que podem existir no namespace.
secretsO número total de segredos que podem existir no namespace.

Por exemplo, a cota de pods conta e impõe um número máximo de pods criados em um único namespace que não é terminal. Você pode querer definir uma cota podsem um namespace para evitar o caso em que um usuário cria muitos pods pequenos e esgota o fornecimento de IPs de pod do cluster.

Escopos de cota

Cada cota pode ter um conjunto associado de scopes. Uma cota só medirá o uso de um recurso se corresponder a interseção de escopos enumerados.

Quando um escopo é adicionado à cota, ele limita o número de recursos aos quais ele dá suporte a aqueles que pertencem ao escopo. Os recursos especificados na cota fora do conjunto permitido resultam em um erro de validação.

EscopoDescrição
TerminatingPods correspondentes onde .spec.activeDeadlineSeconds >= 0
NotTerminatingPods correspondentes onde .spec.activeDeadlineSeconds is nil
BestEffortPods correspondentes que tenham a qualidade de serviço de melhor esforço.
NotBestEffortPods correspondentes que não têm qualidade de serviço de melhor esforço.
PriorityClassCorresponde aos pods que fazem referência à classe de prioridade especificada.
CrossNamespacePodAffinityCorresponde a pods que tenham termos de (anti)afinidade de namespace cruzado.

O escopo BestEffort restringe uma cota ao rastreamento do seguinte recurso:

  • pods

Os escopos Termination, NotTerminate, NotBestEffort e PriorityClassrestringem uma cota para rastrear os seguintes recursos:

  • pods
  • cpu
  • memory
  • requests.cpu
  • requests.memory
  • limits.cpu
  • limits.memory

Observe que você não pode especificar os escopos Terminate e o NotTerminatena mesma cota, e você também não pode especificar o BestEffort eNotBestEffort na mesma cota.

O scopeSelector suporta os seguintes valores no campo operator:

  • In
  • NotIn
  • Exists
  • DoesNotExist

Ao usar um dos seguintes valores como o scopeName ao definir oscopeSelector, o operator deve ser Exists.

  • Terminating
  • NotTerminating
  • BestEffort
  • NotBestEffort

Se o operator for In ou NotIn, o campo values deve ter pelo menos um valor. Por exemplo:

  scopeSelector:
    matchExpressions:
      - scopeName: PriorityClass
        operator: In
        values:
          - middle

Se o operator for Exists ou DoesNotExist, o campo values NÃO deve ser especificado.

Cota de recursos por classe de prioridade

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.17 [stable]

Os pods podem ser criados em uma prioridade específica. Você pode controlar o consumo de recursos do sistema de um pod com base na prioridade de um pod, usando o scopeSelector campo na especificação de cota.

Uma cota é correspondida e consumida apenas se scopeSelector na especificação de cota selecionar o pod.

Quando a cota está no escopo da classe de prioridade usando o campo scopeSelector, objeto de cota está restrito a rastrear apenas os seguintes recursos:

  • pods
  • cpu
  • memory
  • ephemeral-storage
  • limits.cpu
  • limits.memory
  • limits.ephemeral-storage
  • requests.cpu
  • requests.memory
  • requests.ephemeral-storage

Este exemplo cria um objeto de cota e o corresponde a pods em prioridades específicas. O exemplo funciona da seguinte forma:

  • Os pods no cluster têm uma das três classes de prioridade, "baixa", "média", "alta".
  • Um objeto de cota é criado para cada prioridade.

Salve o seguinte YAML em um arquivo quota.yml.

apiVersion: v1
kind: List
items:
- apiVersion: v1
  kind: ResourceQuota
  metadata:
    name: pods-high
  spec:
    hard:
      cpu: "1000"
      memory: 200Gi
      pods: "10"
    scopeSelector:
      matchExpressions:
      - operator : In
        scopeName: PriorityClass
        values: ["high"]
- apiVersion: v1
  kind: ResourceQuota
  metadata:
    name: pods-medium
  spec:
    hard:
      cpu: "10"
      memory: 20Gi
      pods: "10"
    scopeSelector:
      matchExpressions:
      - operator : In
        scopeName: PriorityClass
        values: ["medium"]
- apiVersion: v1
  kind: ResourceQuota
  metadata:
    name: pods-low
  spec:
    hard:
      cpu: "5"
      memory: 10Gi
      pods: "10"
    scopeSelector:
      matchExpressions:
      - operator : In
        scopeName: PriorityClass
        values: ["low"]

Aplique o YAML usando kubectl create.

kubectl create -f ./quota.yml
resourcequota/pods-high created
resourcequota/pods-medium created
resourcequota/pods-low created

Verifique se a cota Used é 0 usando kubectl describe quota.

kubectl describe quota
Name:       pods-high
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         0     1k
memory      0     200Gi
pods        0     10


Name:       pods-low
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         0     5
memory      0     10Gi
pods        0     10


Name:       pods-medium
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         0     10
memory      0     20Gi
pods        0     10

Crie um pod com prioridade "high". Salve o seguinte YAML em um arquivo high-priority-pod.yml.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: high-priority
spec:
  containers:
  - name: high-priority
    image: ubuntu
    command: ["/bin/sh"]
    args: ["-c", "while true; do echo hello; sleep 10;done"]
    resources:
      requests:
        memory: "10Gi"
        cpu: "500m"
      limits:
        memory: "10Gi"
        cpu: "500m"
  priorityClassName: high

Applique com kubectl create.

kubectl create -f ./high-priority-pod.yml

Verifique se as estatísticas "Used" para a cota de prioridade "high", pods-high foram alteradas e se as outras duas cotas permanecem inalteradas.

kubectl describe quota
Name:       pods-high
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         500m  1k
memory      10Gi  200Gi
pods        1     10


Name:       pods-low
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         0     5
memory      0     10Gi
pods        0     10


Name:       pods-medium
Namespace:  default
Resource    Used  Hard
--------    ----  ----
cpu         0     10
memory      0     20Gi
pods        0     10

Cota de afinidade de pod entre namespaces

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.22 [beta]

Os operadores podem usar o escopo de cota CrossNamespacePodAffinity para limitar quais namespaces têm permissão para ter pods com termos de afinidade que cruzam namespaces. Especificamente, ele controla quais pods são permitidos para definir os campos namespaces ou namespaceSelector em termos de afinidade de pod.

Impedir que os usuários usem termos de afinidade entre namespaces pode ser desejável, pois um pod com restrições antiafinidade pode bloquear pods de todos os outros namespaces de ser agendado em um domínio de falha.

O uso desses operadores de escopo pode impedir certos namespaces (foo-ns no exemplo abaixo) de ter pods que usam afinidade de pod entre namespaces criando um objeto de cota de recurso nesse namespace com escopo CrossNamespaceAffinity e limite rígido de 0:

apiVersion: v1
kind: ResourceQuota
metadata:
  name: disable-cross-namespace-affinity
  namespace: foo-ns
spec:
  hard:
    pods: "0"
  scopeSelector:
    matchExpressions:
    - scopeName: CrossNamespaceAffinity

Se os operadores quiserem proibir o uso de namespaces e namespaceSelector por padrão, e permitir apenas para namespaces específicos, eles podem configurar CrossNamespaceAffinitycomo um recurso limitado definindo o sinalizador kube-apiserver --admission-control-config-file para o caminho do seguinte arquivo de configuração:

apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1
kind: AdmissionConfiguration
plugins:
- name: "ResourceQuota"
  configuration:
    apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1
    kind: ResourceQuotaConfiguration
    limitedResources:
    - resource: pods
      matchScopes:
      - scopeName: CrossNamespaceAffinity

Com a configuração acima, os pods podem usar namespaces e namespaceSelector apenas na afinidade do pod se o namespace em que foram criados tiver um objeto de cota de recurso com escopo CrossNamespaceAffinity e um limite rígido maior ou igual ao número de pods usando esses campos.

Esse recurso é beta e ativado por padrão. Você pode desativá-lo usando o feature gate PodAffinityNamespaceSelector no kube-apiserver e no kube-scheduler.

Solicitações comparadas aos limites

Ao alocar recursos computacionais, cada contêiner pode especificar uma solicitação e um valor limite para CPU ou memória. A cota pode ser configurada para cotar qualquer valor.

Se a cota tiver um valor especificado para requests.cpu ou requests.memory, ela exigirá que cada container faça uma solicitação explícita para esses recursos. Se a cota tiver um valor especificado para limits.cpu ou limits.memory, em seguida exige que cada contêiner de entrada especifique um limite explícito para esses recursos.

Como visualizar e definir cotas

O Kubectl é compatível com a criação, atualização e visualização de cotas:

kubectl create namespace myspace
cat <<EOF > compute-resources.yaml
apiVersion: v1
kind: ResourceQuota
metadata:
  name: compute-resources
spec:
  hard:
    requests.cpu: "1"
    requests.memory: 1Gi
    limits.cpu: "2"
    limits.memory: 2Gi
    requests.nvidia.com/gpu: 4
EOF
kubectl create -f ./compute-resources.yaml --namespace=myspace
cat <<EOF > object-counts.yaml
apiVersion: v1
kind: ResourceQuota
metadata:
  name: object-counts
spec:
  hard:
    configmaps: "10"
    persistentvolumeclaims: "4"
    pods: "4"
    replicationcontrollers: "20"
    secrets: "10"
    services: "10"
    services.loadbalancers: "2"
EOF
kubectl create -f ./object-counts.yaml --namespace=myspace
kubectl get quota --namespace=myspace
NAME                    AGE
compute-resources       30s
object-counts           32s
kubectl describe quota compute-resources --namespace=myspace
Name:                    compute-resources
Namespace:               myspace
Resource                 Used  Hard
--------                 ----  ----
limits.cpu               0     2
limits.memory            0     2Gi
requests.cpu             0     1
requests.memory          0     1Gi
requests.nvidia.com/gpu  0     4
kubectl describe quota object-counts --namespace=myspace
Name:                   object-counts
Namespace:              myspace
Resource                Used    Hard
--------                ----    ----
configmaps              0       10
persistentvolumeclaims  0       4
pods                    0       4
replicationcontrollers  0       20
secrets                 1       10
services                0       10
services.loadbalancers  0       2

Kubectl also supports object count quota for all standard namespaced resources using the syntax count/<resource>.<group>:

kubectl create namespace myspace
kubectl create quota test --hard=count/deployments.apps=2,count/replicasets.apps=4,count/pods=3,count/secrets=4 --namespace=myspace
kubectl create deployment nginx --image=nginx --namespace=myspace --replicas=2
kubectl describe quota --namespace=myspace
Name:                         test
Namespace:                    myspace
Resource                      Used  Hard
--------                      ----  ----
count/deployments.apps        1     2
count/pods                    2     3
count/replicasets.apps        1     4
count/secrets                 1     4

Capacidade e cota de Cluster

ResourceQuotas são independentes da capacidade do cluster. Eles estão expresso em unidades absolutas. Portanto, se você adicionar nós ao cluster, isso não dá automaticamente a cada namespace a capacidade de consumir mais recursos.

Às vezes, políticas mais complexas podem ser necessárias, como:

  • Divida proporcionalmente os recursos totais do cluster entre várias equipes.
  • Permita que cada locatário aumente o uso de recursos conforme necessário, mas tenha um generoso limite para evitar o esgotamento acidental de recursos.
  • Detecte a demanda de um namespace, adicione nós e aumente a cota.

Tais políticas podem ser implementadas usando ResourceQuotas como blocos de construção, por escrevendo um "controlador" que observa o uso da cota e ajusta os limites rígidos da cota de cada namespace de acordo com outros sinais.

Observe que a cota de recursos divide os recursos agregados do cluster, mas não cria restrições em torno dos nós: pods de vários namespaces podem ser executados no mesmo nó.

Limite de consumo de classe de prioridade por padrão

Pode ser desejado que os pods com uma prioridade particular, por exemplo. "cluster-services", deve ser permitido em um namespace, se, e somente se, existir um objeto de cota correspondente.

Com este mecanismo, os operadores podem restringir o uso de certas classes de prioridade para um número limitado de namespaces , e nem todos poderão consumir essas classes de prioridade por padrão.

Para impor isso, a flag kube-apiserver --admission-control-config-file deve ser usada para passar o caminho para o seguinte arquivo de configuração:

apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1
kind: AdmissionConfiguration
plugins:
- name: "ResourceQuota"
  configuration:
    apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1
    kind: ResourceQuotaConfiguration
    limitedResources:
    - resource: pods
      matchScopes:
      - scopeName: PriorityClass
        operator: In
        values: ["cluster-services"]

Em seguida, crie um objeto de cota de recurso no namespace kube-system:

apiVersion: v1
kind: ResourceQuota
metadata:
  name: pods-cluster-services
spec:
  scopeSelector:
    matchExpressions:
      - operator : In
        scopeName: PriorityClass
        values: ["cluster-services"]
kubectl apply -f https://k8s.io/examples/policy/priority-class-resourcequota.yaml -n kube-system
resourcequota/pods-cluster-services created

Nesse caso, a criação de um pod será permitida se:

  1. O priorityClassName do pod não foi especificado.
  2. O priorityClassName do pod é especificado com um valor diferente de cluster-services.
  3. O priorityClassName do pod está definido como cluster-services, ele deve ser criado no namespace kube-system e passou na verificação de cota de recursos.

Uma solicitação de criação de pod é rejeitada caso seu priorityClassName estiver definido como cluster-services e deve ser criado em um namespace diferente de kube-system.

Próximos passos

3.8.3 - Gerenciadores de Recursos de Nós

Para dar suporte a cargas de trabalho com latência crítica e altas taxas de transferência, o Kubernetes oferece um conjunto de gerenciadores de recursos. Os gerenciadores visam coordenar e otimizar o alinhamento de recursos do nó(s) para Pods configurados com um requisito específico para CPUs, dispositivos e recursos de memória (hugepages).

O gerenciador principal, o gerenciador de topologia, é um componente do Kubelet que coordena o processo geral de gerenciamento de recursos por meio da sua política.

A configuração de gerenciadores individuais é discutida em documentos dedicados:

3.9 - Escalonamento, preempção e remoção

No Kubernetes, escalonamento refere-se à certeza de que os Pods correspondam aos nós para que o kubelet possa executá-los. Preempção é o processo de finalizar Pods com menor prioridade, para que os Pods com maior prioridade possam ser escalonados nos nós. Remoção é o processo de finalização proativa de um ou mais Pods em nós com poucos recursos.

No Kubernetes, escalonamento refere-se à certeza de que Pods correspondam aos nós para que o Kubelet possa executá-los. Preempção é o processo de finalizar Pods com menor prioridade para que os Pods com maior prioridade possam ser escalonados nos nós. Remoção é o processo de finalização de um ou mais Pods em nós.

Escalonamento

Disrupção do Pod

Disrupção do Pod é o processo pelo qual Pods ou nós são interrompidos de forma voluntária ou involuntária.

Disrupções voluntárias são iniciadas intencionalmente pelos donos das aplicações ou administradores dos clusters. Disrupções involuntárias não são intencionais e podem ser encadeadas por problemas inevitáveis como Nós com poucos recursos, ou por exclusões acidentais.

3.9.1 - Taints e Tolerâncias

Afinidade de nó é uma propriedade dos Pods que os associa a um conjunto de nós (seja como uma preferência ou uma exigência). Taints são o oposto -- eles permitem que um nó repudie um conjunto de pods.

Tolerâncias são aplicadas em pods e permitem, mas não exigem, que os pods sejam alocados em nós com taints correspondentes.

Taints e tolerâncias trabalham juntos para garantir que pods não sejam alocados em nós inapropriados. Um ou mais taints são aplicados em um nó; isso define que o nó não deve aceitar nenhum pod que não tolera essas taints.

Conceitos

Você adiciona um taint a um nó utilizando kubectl taint. Por exemplo,

kubectl taint nodes node1 key1=value1:NoSchedule

define um taint no nó node1. O taint tem a chave key1, valor value1 e o efeito NoSchedule. Isso significa que nenhum pod conseguirá ser executado no nó node1 a menos que possua uma tolerância correspondente.

Para remover o taint adicionado pelo comando acima, você pode executar:

kubectl taint nodes node1 key1=value1:NoSchedule-

Você especifica uma tolerância para um pod na especificação do Pod. Ambas as seguintes tolerâncias "correspondem" ao taint criado pelo kubectl taint acima, e assim um pod com qualquer uma delas poderia ser executado no node1:

tolerations:
- key: "key1"
  operator: "Equal"
  value: "value1"
  effect: "NoSchedule"
tolerations:
- key: "key1"
  operator: "Exists"
  effect: "NoSchedule"

Aqui está um exemplo de um pod que utiliza tolerâncias:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
  labels:
    env: test
spec:
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
    imagePullPolicy: IfNotPresent
  tolerations:
  - key: "example-key"
    operator: "Exists"
    effect: "NoSchedule"

O valor padrão de operator é Equal.

Uma tolerância "casa" um taint se as chaves e efeitos são os mesmos, e:

  • o valor de operator é Exists (no caso nenhum value deve ser especificado), ou
  • o valor de operator é Equal e os valores de value são iguais.

O exemplo acima usou effect de NoSchedule. De forma alternativa, você pode usar effect de PreferNoSchedule. Nesse efeito, o sistema tentará evitar que o pod seja alocado ao nó caso ele não tolere os taints definidos, contudo a alocação não será evitada de forma obrigatória. Pode-se dizer que o PreferNoSchedule é uma versão permissiva do NoSchedule. O terceiro tipo de effect é o NoExecute que será descrito posteriormente.

Você pode colocar múltiplos taints no mesmo nó e múltiplas tolerâncias no mesmo pod. O jeito que o Kubernetes processa múltiplos taints e tolerâncias é como um filtro: começa com todos os taints de um nó, em seguida ignora aqueles para os quais o pod tem uma tolerância relacionada; os taints restantes que não foram ignorados indicam o efeito no pod. Mais especificamente,

  • se existe pelo menos um taint não tolerado com o efeito NoSchedule, o Kubernetes não alocará o pod naquele nó
  • se existe um taint não tolerado com o efeito NoSchedule, mas existe pelo menos um taint não tolerado com o efeito PreferNoSchedule, o Kubernetes tentará não alocar o pod no nó
  • se existe pelo menos um taint não tolerado com o efeito NoExecute, o pod será expulso do nó (caso já esteja em execução) e não será alocado ao nó (caso ainda não esteja em execução).

Por exemplo, imagine que você tem um nó com os seguintes taints

kubectl taint nodes node1 key1=value1:NoSchedule
kubectl taint nodes node1 key1=value1:NoExecute
kubectl taint nodes node1 key2=value2:NoSchedule

E um pod com duas tolerâncias:

tolerations:
- key: "key1"
  operator: "Equal"
  value: "value1"
  effect: "NoSchedule"
- key: "key1"
  operator: "Equal"
  value: "value1"
  effect: "NoExecute"

Nesse caso, o pod não será alocado ao nó porque não possui uma tolerância para o terceiro taint. Porém, se ele já estiver rodando no nó quando o taint foi adicionado, não será afetado e continuará rodando, tendo em vista que o terceiro taint é o único não tolerado pelo pod.

Normalmente, se um taint com o efeito NoExecute é adicionado a um nó, qualquer pod que não o tolere será expulso imediatamente e pods que o toleram nunca serão expulsos. Contudo, uma tolerância com efeito NoExecute pode especificar de forma opcional o campo tolerationSeconds, que determina quanto tempo o pod continuará alocado ao nó depois que o taint é adicionado. Por exemplo,

tolerations:
- key: "key1"
  operator: "Equal"
  value: "value1"
  effect: "NoExecute"
  tolerationSeconds: 3600

significa que se esse pod está sendo executado e um taint correspondente é adicionado ao nó, o pod irá continuar rodando neste nó por 3600 segundos e depois será expulso. Se o taint for removido antes desse tempo acabar, o pod não será expulso.

Exemplos de Casos de Uso

Taints e tolerâncias são um modo flexível de conduzir pods para fora dos nós ou expulsar pods que não deveriam estar sendo executados. Alguns casos de uso são

  • Nós Dedicados: Se você quiser dedicar um conjunto de nós para uso exclusivo de um conjunto específico de usuários, poderá adicionar um taint nesses nós. (digamos, kubectl taint nodes nodename dedicated=groupName:NoSchedule) e em seguida adicionar uma tolerância correspondente para seus pods (isso seria feito mais facilmente com a escrita de um controlador de admissão customizado). Os pods com tolerância terão sua execução permitida nos nós com taints (dedicados), assim como em qualquer outro nó no cluster. Se você quiser dedicar nós a esses pods e garantir que eles usem apenas os nós dedicados, precisará adicionar uma label similar ao taint para o mesmo conjunto de nós (por exemplo, dedicated=groupName), e o controle de admissão deverá adicionar uma afinidade de nó para exigir que os pods podem ser executados apenas nos nós definidos com a label dedicated=groupName.

  • Nós com hardware especial: Em um cluster no qual um pequeno grupo de nós possui hardware especializado (por exemplo, GPUs), é desejável manter pods que não necessitem desse tipo de hardware fora desses nós, dessa forma o recurso estará disponível para pods que precisem do hardware especializado. Isso pode ser feito aplicando taints nos nós com o hardware especializado (por exemplo, kubectl taint nodes nodename special=true:NoSchedule or kubectl taint nodes nodename special=true:PreferNoSchedule) e aplicando uma tolerância correspondente nos pods que usam o hardware especial. Assim como no caso de uso de nós dedicados, é provavelmente mais fácil aplicar as tolerâncias utilizando um controlador de admissão. Por exemplo, é recomendado usar Extended Resources para representar hardware especial, adicione um taint ao seus nós de hardware especializado com o nome do recurso estendido e execute o controle de admissão ExtendedResourceToleration. Agora, tendo em vista que os nós estão marcados com um taint, nenhum pod sem a tolerância será executado neles. Porém, quando você submete um pod que requisita o recurso estendido, o controlador de admissão ExtendedResourceToleration irá adicionar automaticamente as tolerâncias necessárias ao pod que irá, por sua vez, ser alocado no nó com hardware especial. Isso garantirá que esses nós de hardware especial serão dedicados para os pods que requisitarem tal recurso e você não precisará adicionar manualmente as tolerâncias aos seus pods.

  • Expulsões baseadas em Taint: Um comportamento de expulsão configurada por pod quando problemas existem em um nó, o qual será descrito na próxima seção.

Expulsões baseadas em Taint

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

O efeito de taint NoExecute, mencionado acima, afeta pods que já estão rodando no nó da seguinte forma

  • pods que não toleram o taint são expulsos imediatamente
  • pods que toleram o taint sem especificar tolerationSeconds em sua especificação de tolerância, ficam alocados para sempre
  • pods que toleram o taint com um tolerationSeconds especificado, permanecem alocados pela quantidade de tempo definida

O controlador de nó automaticamente adiciona um taint ao Nó quando certas condições se tornam verdadeiras. Os seguintes taints são embutidos:

  • node.kubernetes.io/not-ready: Nó não está pronto. Isso corresponde ao NodeCondition Ready com o valor "False".
  • node.kubernetes.io/unreachable: Nó é inalcançável a partir do controlador de nó. Isso corresponde ao NodeCondition Ready com o valor "Unknown".
  • node.kubernetes.io/memory-pressure: Nó possui pressão de memória.
  • node.kubernetes.io/disk-pressure: Nó possui pressão de disco.
  • node.kubernetes.io/pid-pressure: Nó possui pressão de PID.
  • node.kubernetes.io/network-unavailable: A rede do nó está indisponível.
  • node.kubernetes.io/unschedulable: Nó não é alocável.
  • node.cloudprovider.kubernetes.io/uninitialized: Quando o kubelet é iniciado com um provedor de nuvem "externo", esse taint é adicionado ao nó para que ele seja marcado como não utilizável. Após o controlador do cloud-controller-manager inicializar o nó, o kubelet remove esse taint.

No caso de um nó estar prestes a ser expulso, o controlador de nó ou kubelet adicionam os taints relevantes com o efeito NoExecute. Se a condição de falha retorna ao normal, o kubelet ou controlador de nó podem remover esses taints.

Você pode especificar tolerationSeconds em um Pod para definir quanto tempo ele ficará alocado em um nó que está falhando ou está sem resposta.

Por exemplo, você talvez queira manter uma aplicação com vários estados salvos localmente alocado em um nó por um longo período na ocorrência de uma divisão na rede, esperando que essa divisão se recuperará e assim a expulsão do pod pode ser evitada. A tolerância que você define para esse Pod poderia ficar assim:

tolerations:
- key: "node.kubernetes.io/unreachable"
  operator: "Exists"
  effect: "NoExecute"
  tolerationSeconds: 6000

Pods do tipo DaemonSet são criados com tolerâncias NoExecute sem a propriedade tolerationSeconds para os seguintes taints:

  • node.kubernetes.io/unreachable
  • node.kubernetes.io/not-ready

Isso garante que esses pods do DaemonSet nunca sejam expulsos por conta desses problemas.

Taints por condições de nó

A camada de gerenciamento, usando o controlador do nó, cria taints automaticamente com o efeito NoSchedule para condições de nó.

O agendador verifica taints, não condições de nó, quando realiza suas decisões de agendamento. Isso garante que as condições de nó não afetem diretamente o agendamento. Por exemplo, se a condição de nó DiskPressure está ativa, a camada de gerenciamento adiciona o taint node.kubernetes.io/disk-pressure e não aloca novos pods no nó afetado. Se a condição MemoryPressure está ativa, a camada de gerenciamento adiciona o taint node.kubernetes.io/memory-pressure.

Você pode ignorar condições de nó para pods recém-criados adicionando tolerâncias correspondentes. A camada de controle também adiciona a tolerância node.kubernetes.io/memory-pressure em pods que possuem uma classe de QoS diferente de BestEffort. Isso ocorre porque o Kubernetes trata pods nas classes de QoS Guaranteed ou Burstable (até mesmo pods sem requisitos de memória definidos) como se fossem capazes de lidar com pressão de memória, enquanto novos pods com BestEffort não são alocados no nó afetado.

O controlador DaemonSet adiciona automaticamente as seguintes tolerâncias de NoSchedule para todos os daemons, prevenindo que DaemonSets quebrem.

  • node.kubernetes.io/memory-pressure
  • node.kubernetes.io/disk-pressure
  • node.kubernetes.io/pid-pressure (1.14 ou superior)
  • node.kubernetes.io/unschedulable (1.10 ou superior)
  • node.kubernetes.io/network-unavailable (somente rede do host)

Adicionando essas tolerâncias garante retro compatibilidade. Você também pode adicionar tolerâncias de forma arbitrária aos DaemonSets.

Próximos passos

3.9.2 - Escalonador do Kubernetes

No Kubernetes, escalonamento refere-se a garantir que os Pods sejam correspondidos aos Nodes para que o Kubelet possa executá-los.

Visão geral do Escalonamento

Um escalonador observa Pods recém-criados que não possuem um Node atribuído. Para cada Pod que o escalonador descobre, ele se torna responsável por encontrar o melhor Node para execução do Pod. O escalonador chega a essa decisão de alocação levando em consideração os princípios de programação descritos abaixo.

Se você quiser entender por que os Pods são alocados em um Node específico ou se planeja implementar um escalonador personalizado, esta página ajudará você a aprender sobre escalonamento.

kube-scheduler

kube-scheduler é o escalonador padrão do Kubernetes e é executado como parte do control plane. O kube-scheduler é projetado para que, se você quiser e precisar, possa escrever seu próprio componente de escalonamento e usá-lo.

Para cada Pod recém-criado ou outros Pods não escalonados, o kube-scheduler seleciona um Node ideal para execução. No entanto, todos os contêineres nos Pods têm requisitos diferentes de recursos e cada Pod também possui requisitos diferentes. Portanto, os Nodes existentes precisam ser filtrados de acordo com os requisitos de escalonamento específicos.

Em um cluster, Nodes que atendem aos requisitos de escalonamento para um Pod são chamados de Nodes viáveis. Se nenhum dos Nodes for adequado, o Pod permanece não escalonado até que o escalonador possa alocá-lo.

O escalonador encontra Nodes viáveis para um Pod e, em seguida, executa um conjunto de funções para pontuar os Nodes viáveis e escolhe um Node com a maior pontuação entre os possíveis para executar o Pod. O escalonador então notifica o servidor da API sobre essa decisão em um processo chamado binding.

Fatores que precisam ser levados em consideração para decisões de escalonamento incluem requisitos individuais e coletivos de recursos, restrições de hardware / software / política, especificações de afinidade e anti-afinidade, localidade de dados, interferência entre cargas de trabalho e assim por diante.

Seleção do Node no kube-scheduler

O kube-scheduler seleciona um Node para o Pod em uma operação que consiste em duas etapas:

  1. Filtragem
  2. Pontuação

A etapa de filtragem localiza o conjunto de Nodes onde é possível alocar o Pod. Por exemplo, o filtro PodFitsResources verifica se um Node candidato possui recursos disponíveis suficientes para atender às solicitações de recursos específicas de um Pod. Após esta etapa, a lista de Nodes contém quaisquer Nodes adequados; frequentemente, haverá mais de um. Se a lista estiver vazia, esse Pod (ainda) não é escalonável.

Na etapa de pontuação, o escalonador classifica os Nodes restantes para escolher o mais adequado. O escalonador atribui uma pontuação a cada Node que sobreviveu à filtragem, baseando essa pontuação nas regras de pontuação ativa.

Por fim, o kube-scheduler atribui o Pod ao Node com a classificação mais alta. Se houver mais de um Node com pontuações iguais, o kube-scheduler seleciona um deles aleatoriamente.

Existem duas maneiras suportadas de configurar o comportamento de filtragem e pontuação do escalonador:

  1. Políticas de Escalonamento permitem configurar Predicados para filtragem e Prioridades para pontuação.

  2. Perfis de Escalonamento permitem configurar Plugins que implementam diferentes estágios de escalonamento, incluindo: QueueSort, Filter, Score, Bind, Reserve, Permit, e outros. Você também pode configurar o kube-scheduler para executar diferentes perfis.

Próximos passos

3.9.3 - Sobrecarga de Pod

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [beta]

Quando você executa um Pod num nó, o próprio Pod usa uma quantidade de recursos do sistema. Estes recursos são adicionais aos recursos necessários para executar o(s) contêiner(s) dentro do Pod. Sobrecarga de Pod, do inglês Pod Overhead, é uma funcionalidade que serve para contabilizar os recursos consumidos pela infraestrutura do Pod para além das solicitações e limites do contêiner.

No Kubernetes, a sobrecarga de Pods é definido no tempo de admissão de acordo com a sobrecarga associada à RuntimeClass do Pod.

Quando é ativada a Sobrecarga de Pod, a sobrecarga é considerada adicionalmente à soma das solicitações de recursos do contêiner ao agendar um Pod. Semelhantemente, o kubelet incluirá a sobrecarga do Pod ao dimensionar o cgroup do Pod e ao executar a classificação de prioridade de migração do Pod em caso de drain do Node.

Habilitando a Sobrecarga de Pod

Terá de garantir que o Feature Gate PodOverhead esteja ativo (está ativo por padrão a partir da versão 1.18) em todo o cluster, e uma RuntimeClass utilizada que defina o campo overhead.

Exemplo de uso

Para usar a funcionalidade PodOverhead, é necessário uma RuntimeClass que define o campo overhead. Por exemplo, poderia usar a definição da RuntimeClass abaixo com um agente de execução de contêiner virtualizado que use cerca de 120MiB por Pod para a máquina virtual e o sistema operacional convidado:

---
kind: RuntimeClass
apiVersion: node.k8s.io/v1beta1
metadata:
    name: kata-fc
handler: kata-fc
overhead:
    podFixed:
        memory: "120Mi"
        cpu: "250m"

As cargas de trabalho que são criadas e que especificam o manipulador RuntimeClass kata-fc irão usar a sobrecarga de memória e cpu em conta para os cálculos da quota de recursos, agendamento de nós, assim como dimensionamento do cgroup do Pod.

Considere executar a seguinte carga de trabalho de exemplo, test-pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test-pod
spec:
  runtimeClassName: kata-fc
  containers:
  - name: busybox-ctr
    image: busybox
    stdin: true
    tty: true
    resources:
      limits:
        cpu: 500m
        memory: 100Mi
  - name: nginx-ctr
    image: nginx
    resources:
      limits:
        cpu: 1500m
        memory: 100Mi

No tempo de admissão o controlador de admissão RuntimeClass atualiza o PodSpec da carga de trabalho de forma a incluir o overhead como descrito na RuntimeClass. Se o PodSpec já tiver este campo definido o Pod será rejeitado. No exemplo dado, como apenas o nome do RuntimeClass é especificado, o controlador de admissão muda o Pod de forma a incluir um overhead.

Depois do controlador de admissão RuntimeClass, pode verificar o PodSpec atualizado:

kubectl get pod test-pod -o jsonpath='{.spec.overhead}'

A saída é:

map[cpu:250m memory:120Mi]

Se for definido um ResourceQuota, a soma das requisições dos contêineres assim como o campo overhead são contados.

Quando o kube-scheduler está decidindo que nó deve executar um novo Pod, o agendador considera o overhead do pod, assim como a soma de pedidos aos contêineres para esse Pod. Para este exemplo, o agendador adiciona as requisições e a sobrecarga, depois procura um nó com 2.25 CPU e 320 MiB de memória disponível.

Assim que um Pod é agendado a um nó, o kubelet nesse nó cria um novo cgroup para o Pod. É dentro deste Pod que o agente de execução de contêiners subjacente vai criar contêineres.

Se o recurso tiver um limite definido para cada contêiner (QoS garantida ou Burstrable QoS com limites definidos), o kubelet definirá um limite superior para o cgroup do Pod associado a esse recurso (cpu.cfs_quota_us para CPU e memory.limit_in_bytes de memória). Este limite superior é baseado na soma dos limites do contêiner mais o overhead definido no PodSpec.

Para CPU, se o Pod for QoS garantida ou Burstrable QoS, o kubelet vai definir cpu.shares baseado na soma dos pedidos ao contêiner mais o overhead definido no PodSpec.

Olhando para o nosso exemplo, verifique as requisições ao contêiner para a carga de trabalho:

kubectl get pod test-pod -o jsonpath='{.spec.containers[*].resources.limits}'

O total de requisições ao contêiner são 2000m CPU e 200MiB de memória:

map[cpu: 500m memory:100Mi] map[cpu:1500m memory:100Mi]

Verifique isto comparado ao que é observado pelo nó:

kubectl describe node | grep test-pod -B2

A saída mostra que 2250m CPU e 320MiB de memória são solicitados, que inclui PodOverhead:

  Namespace                   Name                CPU Requests  CPU Limits   Memory Requests  Memory Limits  AGE
  ---------                   ----                ------------  ----------   ---------------  -------------  ---
  default                     test-pod            2250m (56%)   2250m (56%)  320Mi (1%)       320Mi (1%)     36m

Verificar os limites cgroup do Pod

Verifique os cgroups de memória do Pod no nó onde a carga de trabalho está em execução. No seguinte exemplo, crictl é usado no nó, que fornece uma CLI para agentes de execução compatíveis com CRI. Isto é um exemplo avançado para mostrar o comportamento do PodOverhead, e não é esperado que os usuários precisem verificar cgroups diretamente no nó.

Primeiro, no nó em particular, determine o identificador do Pod:

# Execute no nó onde o Pod está agendado
POD_ID="$(sudo crictl pods --name test-pod -q)"

A partir disto, pode determinar o caminho do cgroup para o Pod:

# Execute no nó onde o Pod está agendado
sudo crictl inspectp -o=json $POD_ID | grep cgroupsPath

O caminho do cgroup resultante inclui o contêiner pause do Pod. O cgroup no nível do Pod está um diretório acima.

        "cgroupsPath": "/kubepods/podd7f4b509-cf94-4951-9417-d1087c92a5b2/7ccf55aee35dd16aca4189c952d83487297f3cd760f1bbf09620e206e7d0c27a"

Neste caso especifico, o caminho do cgroup do Pod é kubepods/podd7f4b509-cf94-4951-9417-d1087c92a5b2. Verifique a configuração cgroup de nível do Pod para a memória:

# Execute no nó onde o Pod está agendado
# Mude também o nome do cgroup para combinar com o cgroup alocado ao Pod.
 cat /sys/fs/cgroup/memory/kubepods/podd7f4b509-cf94-4951-9417-d1087c92a5b2/memory.limit_in_bytes

Isto é 320 MiB, como esperado:

335544320

Observabilidade

Uma métrica kube_pod_overhead está disponível em kube-state-metrics para ajudar a identificar quando o PodOverhead está sendo utilizado e para ajudar a observar a estabilidade das cargas de trabalho em execução com uma sobrecarga (Overhead) definida. Esta funcionalidade não está disponível na versão 1.9 do kube-state-metrics, mas é esperado em uma próxima versão. Os usuários necessitarão entretanto construir o kube-state-metrics a partir do código fonte.

Próximos passos

3.10 - Administração de Cluster

Detalhes de baixo nível relevantes para criar ou administrar um cluster Kubernetes.

A visão geral da administração do cluster é para qualquer pessoa que crie ou administre um cluster do Kubernetes. É pressuposto alguma familiaridade com os conceitos principais do Kubernetes.

Planejando um cluster

Consulte os guias em Configuração para exemplos de como planejar, instalar e configurar clusters Kubernetes. As soluções listadas neste artigo são chamadas de distros.

Antes de escolher um guia, aqui estão algumas considerações:

  • Você quer experimentar o Kubernetes em seu computador ou deseja criar um cluster de vários nós com alta disponibilidade? Escolha as distros mais adequadas ás suas necessidades.
  • Você vai usar um cluster Kubernetes gerenciado , como o Google Kubernetes Engine, ou vai hospedar seu próprio cluster?
  • Seu cluster será local, ou na nuvem (IaaS)? O Kubernetes não oferece suporte direto a clusters híbridos. Em vez disso, você pode configurar vários clusters.
  • Se você estiver configurando o Kubernetes local, leve em consideração qual modelo de rede se encaixa melhor.
  • Você vai executar o Kubernetes em um hardware bare metal ou em máquinas virtuais? (VMs)?
  • Você deseja apenas executar um cluster ou espera participar ativamente do desenvolvimento do código do projeto Kubernetes? Se for a segunda opção, escolha uma distro desenvolvida ativamente. Algumas distros usam apenas versão binária, mas oferecem uma maior variedade de opções.
  • Familiarize-se com os componentes necessários para executar um cluster.

Gerenciando um cluster

Protegendo um cluster

Protegendo o kubelet

Serviços Opcionais para o Cluster

3.10.1 - Visão Geral da Administração de Cluster

A visão geral da administração de cluster é para qualquer um criando ou administrando um cluster Kubernetes. Assume-se que você tenha alguma familiaridade com os conceitos centrais do Kubernetes.

Planejando um cluster

Veja os guias em Setup para exemplos de como planejar, iniciar e configurar clusters Kubernetes. As soluções listadas neste artigo são chamadas distros.

Antes de escolher um guia, aqui estão algumas considerações.

  • Você quer experimentar o Kubernetes no seu computador, ou você quer construir um cluster de alta disponibilidade e multi-nós? Escolha as distros mais adequadas às suas necessidades.

  • Se você esta projetando para alta-disponibilidade, saiba mais sobre configuração clusters em múltiplas zonas.

  • Você usará um cluster Kubernetes hospedado, como Google Kubernetes Engine, ou hospedará seu próprio cluster?

  • Seu cluster será on-premises, ou in the cloud (IaaS)? Kubernetes não suporta diretamente clusters híbridos. Em vez disso, você pode configurar vários clusters.

  • Se você estiver configurando um Kubernetes on-premisess, considere qual modelo de rede melhor se adequa.

  • Você estará executando o Kubernetes em hardware "bare metal" ou em máquinas virtuais (VMs)?

  • Você quer apenas rodar um cluster, ou você espera fazer desenvolvimento ativo do código de projeto do Kubernetes? Se for a segunda opção, escolha uma distro mais ativa. Algumas distros fornecem apenas binários, mas oferecem uma maior variedade de opções.

  • Familiarize-se com os componentes necessários para rodar um cluster.

Nota: Nem todas as distros são ativamente mantidas. Escolha as distros que foram testadas com uma versão recente do Kubernetes.

Gerenciando um cluster

  • Gerenciando um cluster descreve vários tópicos relacionados ao ciclo de vida de um cluster: criando um novo cluster, atualizando o nó mestre e os nós de trabalho do cluster, executando manutenção de nó (por exemplo, atualizações de kernel) e atualizando a versão da API do Kubernetes de um cluster em execução.

  • Aprender como gerenciar um nó.

  • Aprender como configurar e gerenciar o recurso de quota para um cluster compartilhado.

Protegendo um cluster

Protegendo o kubelet

Serviços Opcionais do Cluster

3.10.2 - Certificates

Ao usar um client para autenticação de certificado, você pode gerar certificados manualmente através easyrsa, openssl ou cfssl.

easyrsa

easyrsa pode gerar manualmente certificados para o seu cluster.

  1. Baixe, descompacte e inicialize a versão corrigida do easyrsa3.

    curl -LO https://dl.k8s.io/easy-rsa/easy-rsa.tar.gz
    tar xzf easy-rsa.tar.gz
    cd easy-rsa-master/easyrsa3
    ./easyrsa init-pki
    
  2. Gerar o CA. (--batch set automatic mode. --req-cn default CN to use.)

    ./easyrsa --batch "--req-cn=${MASTER_IP}@`date +%s`" build-ca nopass
    
  3. Gere o certificado e a chave do servidor. O argumento --subject-alt-name define os possíveis IPs e nomes (DNS) que o servidor de API usará para ser acessado. O MASTER_CLUSTER_IP é geralmente o primeiro IP do serviço CIDR que é especificado como argumento em --service-cluster-ip-range para o servidor de API e o componente gerenciador do controlador. O argumento --days é usado para definir o número de dias após o qual o certificado expira. O exemplo abaixo também assume que você está usando cluster.local como DNS de domínio padrão

    ./easyrsa --subject-alt-name="IP:${MASTER_IP},"\
    "IP:${MASTER_CLUSTER_IP},"\
    "DNS:kubernetes,"\
    "DNS:kubernetes.default,"\
    "DNS:kubernetes.default.svc,"\
    "DNS:kubernetes.default.svc.cluster,"\
    "DNS:kubernetes.default.svc.cluster.local" \
    --days=10000 \
    build-server-full server nopass
    
  4. Copie pki/ca.crt, pki/issued/server.crt, e pki/private/server.key para o seu diretório.

  5. Preencha e adicione os seguintes parâmetros aos parâmetros de inicialização do servidor de API:

    --client-ca-file=/yourdirectory/ca.crt
    --tls-cert-file=/yourdirectory/server.crt
    --tls-private-key-file=/yourdirectory/server.key
    

openssl

openssl pode gerar manualmente certificados para o seu cluster.

  1. Gere um ca.key com 2048bit:

    openssl genrsa -out ca.key 2048
    
  2. De acordo com o ca.key, gere um ca.crt (use -days para definir o tempo efetivo do certificado):

     openssl req -x509 -new -nodes -key ca.key -subj "/CN=${MASTER_IP}" -days 10000 -out ca.crt
    
  3. Gere um server.key com 2048bit:

    openssl genrsa -out server.key 2048
    
  4. Crie um arquivo de configuração para gerar uma solicitação de assinatura de certificado (CSR - Certificate Signing Request). Certifique-se de substituir os valores marcados com colchetes angulares (por exemplo, <MASTER_IP>) com valores reais antes de salvá-lo em um arquivo (por exemplo, csr.conf). Note que o valor para o MASTER_CLUSTER_IP é o IP do cluster de serviços para o Servidor de API, conforme descrito na subseção anterior. O exemplo abaixo também assume que você está usando cluster.local como DNS de domínio padrão

    [ req ]
    default_bits = 2048
    prompt = no
    default_md = sha256
    req_extensions = req_ext
    distinguished_name = dn
    
    [ dn ]
    C = <country>
    ST = <state>
    L = <city>
    O = <organization>
    OU = <organization unit>
    CN = <MASTER_IP>
    
    [ req_ext ]
    subjectAltName = @alt_names
    
    [ alt_names ]
    DNS.1 = kubernetes
    DNS.2 = kubernetes.default
    DNS.3 = kubernetes.default.svc
    DNS.4 = kubernetes.default.svc.cluster
    DNS.5 = kubernetes.default.svc.cluster.local
    IP.1 = <MASTER_IP>
    IP.2 = <MASTER_CLUSTER_IP>
    
    [ v3_ext ]
    authorityKeyIdentifier=keyid,issuer:always
    basicConstraints=CA:FALSE
    keyUsage=keyEncipherment,dataEncipherment
    extendedKeyUsage=serverAuth,clientAuth
    subjectAltName=@alt_names
    
  5. Gere a solicitação de assinatura de certificado com base no arquivo de configuração:

    openssl req -new -key server.key -out server.csr -config csr.conf
    
  6. Gere o certificado do servidor usando o ca.key, ca.crt e server.csr:

    openssl x509 -req -in server.csr -CA ca.crt -CAkey ca.key \
    -CAcreateserial -out server.crt -days 10000 \
    -extensions v3_ext -extfile csr.conf -sha256
    
  7. Veja o certificado:

    openssl x509  -noout -text -in ./server.crt
    

Por fim, adicione os mesmos parâmetros nos parâmetros iniciais do Servidor de API.

cfssl

cfssl é outra ferramenta para geração de certificados.

  1. Baixe, descompacte e prepare as ferramentas de linha de comando, conforme mostrado abaixo. Observe que você pode precisar adaptar os comandos de exemplo abaixo com base na arquitetura do hardware e versão cfssl que você está usando.

    curl -L https://pkg.cfssl.org/R1.2/cfssl_linux-amd64 -o cfssl
    chmod +x cfssl
    curl -L https://pkg.cfssl.org/R1.2/cfssljson_linux-amd64 -o cfssljson
    chmod +x cfssljson
    curl -L https://pkg.cfssl.org/R1.2/cfssl-certinfo_linux-amd64 -o cfssl-certinfo
    chmod +x cfssl-certinfo
    
  2. Crie um diretório para conter os artefatos e inicializar o cfssl:

    mkdir cert
    cd cert
    ../cfssl print-defaults config > config.json
    ../cfssl print-defaults csr > csr.json
    
  3. Crie um arquivo de configuração JSON para gerar o arquivo CA, por exemplo, ca-config.json:

    {
      "signing": {
        "default": {
          "expiry": "8760h"
        },
        "profiles": {
          "kubernetes": {
            "usages": [
              "signing",
              "key encipherment",
              "server auth",
              "client auth"
            ],
            "expiry": "8760h"
          }
        }
      }
    }
    
  4. Crie um arquivo de configuração JSON para o CA - solicitação de assinatura de certificado (CSR - Certificate Signing Request), por exemplo, ca-csr.json. Certifique-se de substituir os valores marcados com colchetes angulares por valores reais que você deseja usar.

    {
      "CN": "kubernetes",
      "key": {
        "algo": "rsa",
        "size": 2048
      },
      "names":[{
        "C": "<country>",
        "ST": "<state>",
        "L": "<city>",
        "O": "<organization>",
        "OU": "<organization unit>"
      }]
    }
    
  5. Gere a chave CA (ca-key.pem) e o certificado (ca.pem):

    ../cfssl gencert -initca ca-csr.json | ../cfssljson -bare ca
    
  6. Crie um arquivo de configuração JSON para gerar chaves e certificados para o Servidor de API, por exemplo, server-csr.json. Certifique-se de substituir os valores entre colchetes angulares por valores reais que você deseja usar. O MASTER_CLUSTER_IP é o IP do serviço do cluster para o servidor da API, conforme descrito na subseção anterior. O exemplo abaixo também assume que você está usando cluster.local como DNS de domínio padrão

    {
      "CN": "kubernetes",
      "hosts": [
        "127.0.0.1",
        "<MASTER_IP>",
        "<MASTER_CLUSTER_IP>",
        "kubernetes",
        "kubernetes.default",
        "kubernetes.default.svc",
        "kubernetes.default.svc.cluster",
        "kubernetes.default.svc.cluster.local"
      ],
      "key": {
        "algo": "rsa",
        "size": 2048
      },
      "names": [{
        "C": "<country>",
        "ST": "<state>",
        "L": "<city>",
        "O": "<organization>",
        "OU": "<organization unit>"
      }]
    }
    
  7. Gere a chave e o certificado para o Servidor de API, que são, por padrão, salvos nos arquivos server-key.pem e server.pem respectivamente:

    ../cfssl gencert -ca=ca.pem -ca-key=ca-key.pem \
    --config=ca-config.json -profile=kubernetes \
    server-csr.json | ../cfssljson -bare server
    

Distribuindo Certificado CA auto assinado

Um nó cliente pode se recusar a reconhecer o certificado CA self-signed como válido. Para uma implementação de não produção ou para uma instalação que roda atrás de um firewall, você pode distribuir certificados auto-assinados para todos os clientes e atualizar a lista de certificados válidos.

Em cada cliente, execute as seguintes operações:

sudo cp ca.crt /usr/local/share/ca-certificates/kubernetes.crt
sudo update-ca-certificates
Updating certificates in /etc/ssl/certs...
1 added, 0 removed; done.
Running hooks in /etc/ca-certificates/update.d....
done.

API de certificados

Você pode usar a API certificates.k8s.io para provisionar certificados x509 a serem usados ​​para autenticação conforme documentado aqui.

3.10.3 - Conectividade do Cluster

Conectividade é uma parte central do Kubernetes, mas pode ser desafiador entender exatamente como é o seu funcionamento esperado. Existem 4 problemas distintos em conectividade que devem ser tratados:

  1. Comunicações contêiner-para-contêiner altamente acopladas: Isso é resolvido por Pods e comunicações através do localhost.
  2. Comunicações pod-para-pod: Esse é o foco primário desse documento.
  3. Comunicações pod-para-serviço (service): Isso é tratado em Services.
  4. Comunicações Externas-para-serviços: Isso é tratado em services.

Kubernetes é basicamente o compartilhamento de máquinas entre aplicações. Tradicionalmente, compartilhar máquinas requer a garantia de que duas aplicações não tentem utilizar as mesmas portas. Coordenar a alocação de portas entre múltiplos desenvolvedores é muito dificil de fazer em escala e expõe os usuários a problemas em nível do cluster e fora de seu controle.

A alocação dinâmica de portas traz uma série de complicações para o sistema - toda aplicação deve obter suas portas através de flags de configuração, os servidores de API devem saber como inserir números dinämicos de portas nos blocos de configuração, serviços precisam saber como buscar um ao outro, etc. Ao invés de lidar com isso, o Kubernetes faz de uma maneira diferente.

O modelo de conectividade e rede do Kubernetes

Todo Pod obtém seu próprio endereço IP. Isso significa que vocë não precisa criar links explícitos entre os Pods e vocë quase nunca terá que lidar com o mapeamento de portas de contêineres para portas do host. Isso cria um modelo simples, retro-compatível onde os Pods podem ser tratados muito mais como VMs ou hosts físicos da perspectiva de alocação de portas, nomes, descobrimento de serviços (service discovery), balanceamento de carga, configuração de aplicações e migrações.

O Kubernetes impõe os seguintes requisitos fundamentais para qualquer implementação de rede (exceto qualquer política de segmentação intencional):

  • pods em um nó podem se comunicar com todos os pods em todos os nós sem usar NAT.
  • agentes em um nó (por exemplo o kubelet ou um serviço local) podem se comunicar com todos os Pods naquele nó.

Nota: Para as plataformas que suportam Pods executando na rede do host (como o Linux):

  • pods alocados na rede do host de um nó podem se comunicar com todos os pods em todos os nós sem NAT.

Esse modelo não só é menos complexo, mas é principalmente compatível com o desejo do Kubernetes de permitir a portabilidade com baixo esforço de aplicações de VMs para contêineres. Se a sua aplicação executava anteriormente em uma VM, sua VM possuía um IP e podia se comunicar com outras VMs no seu projeto. Esse é o mesmo modelo básico.

Os endereços de IP no Kubernetes existem no escopo do Pod - contêineres em um Pod compartilham o mesmo network namespace - incluíndo seu endereço de IP e MAC. Isso significa que contêineres que compõem um Pod podem se comunicar entre eles através do endereço localhost e respectivas portas. Isso também significa que contêineres em um mesmo Pod devem coordenar a alocação e uso de portas, o que não difere do modelo de processos rodando dentro de uma mesma VM. Isso é chamado de modelo "IP-por-pod".

Como isso é implementado é um detalhe do agente de execução de contêiner em uso.

É possível solicitar uma porta no nó que será encaminhada para seu Pod (chamado de portas do host), mas isso é uma operação muito específica. Como esse encaminhamento é implementado é um detalhe do agente de execução do contêiner. O Pod mesmo desconhece a existência ou não de portas do host.

Como implementar o modelo de conectividade do Kubernetes

Existe um número de formas de implementar esse modelo de conectividade. Esse documento não é um estudo exaustivo desses vários métodos, mas pode servir como uma introdução de várias tecnologias e serve como um ponto de início.

A conectividade no Kubernetes é fornecida através de plugins de CNIs

As seguintes opções estão organizadas alfabeticamente e não implicam preferência por qualquer solução.

Antrea

O projeto Antrea é uma solução de conectividade para Kubernetes que pretende ser nativa. Ela utiliza o Open vSwitch na camada de conectividade de dados. O Open vSwitch é um switch virtual de alta performance e programável que suporta Linux e Windows. O Open vSwitch permite ao Antrea implementar políticas de rede do Kubernetes (NetworkPolicies) de uma forma muito performática e eficiente.

Graças à característica programável do Open vSwitch, o Antrea consegue implementar uma série de funcionalidades de rede e segurança.

AWS VPC CNI para Kubernetes

O AWS VPC CNI oferece conectividade com o AWS Virtual Private Cloud (VPC) para clusters Kubernetes. Esse plugin oferece alta performance e disponibilidade e baixa latência. Adicionalmente, usuários podem aplicar as melhores práticas de conectividade e segurança existentes no AWS VPC para a construção de clusters Kubernetes. Isso inclui possibilidade de usar o VPC flow logs, políticas de roteamento da VPC e grupos de segurança para isolamento de tráfego.

O uso desse plugin permite aos Pods no Kubernetes ter o mesmo endereço de IP dentro do pod como se eles estivessem dentro da rede do VPC. O CNI (Container Network Interface) aloca um Elastic Networking Interface (ENI) para cada nó do Kubernetes e usa uma faixa de endereços IP secundário de cada ENI para os Pods no nó. O CNI inclui controles para pré alocação dos ENIs e endereços IP para um início mais rápido dos pods e permite clusters com até 2,000 nós.

Adicionalmente, esse CNI pode ser utilizado junto com o Calico para a criação de políticas de rede (NetworkPolicies). O projeto AWS VPC CNI tem código fonte aberto com a documentação no Github.

Azure CNI para o Kubernetes

Azure CNI é um plugin de código fonte aberto que integra os Pods do Kubernetes com uma rede virtual da Azure (também conhecida como VNet) provendo performance de rede similar à de máquinas virtuais no ambiente. Os Pods podem se comunicar com outras VNets e com ambientes on-premises com o uso de funcionalidades da Azure, e também podem ter clientes com origem dessas redes. Os Pods podem acessar serviços da Azure, como armazenamento e SQL, que são protegidos por Service Endpoints e Private Link. Você pode utilizar as políticas de segurança e roteamento para filtrar o tráfico do Pod. O plugin associa IPs da VNet para os Pods utilizando um pool de IPs secundário pré-configurado na interface de rede do nó Kubernetes.

O Azure CNI está disponível nativamente no Azure Kubernetes Service (AKS).

Calico

Calico é uma solução de conectividade e segurança para contêineres, máquinas virtuais e serviços nativos em hosts. O Calico suporta múltiplas camadas de conectividade/dados, como por exemplo: uma camada Linux eBPF nativa, uma camada de conectividade baseada em conceitos padrão do Linux e uma camada baseada no HNS do Windows. O calico provê uma camada completa de conectividade e rede, mas também pode ser usado em conjunto com CNIs de provedores de nuvem para permitir a criação de políticas de rede.

Cilium

Cilium é um software de código fonte aberto para prover conectividade e segurança entre contêineres de aplicação. O Cilium pode lidar com tráfego na camada de aplicação (ex. HTTP) e pode forçar políticas de rede nas camadas L3-L7 usando um modelo de segurança baseado em identidade e desacoplado do endereçamento de redes, podendo inclusive ser utilizado com outros plugins CNI.

Flannel

Flannel é uma camada muito simples de conectividade que satisfaz os requisitos do Kubernetes. Muitas pessoas reportaram sucesso em utilizar o Flannel com o Kubernetes.

Google Compute Engine (GCE)

Para os scripts de configuração do Google Compute Engine, roteamento avançado é usado para associar para cada VM uma sub-rede (o padrão é /24 - 254 IPs). Qualquer tráfico direcionado para aquela sub-rede será roteado diretamente para a VM pela rede do GCE. Isso é adicional ao IP principal associado à VM, que é mascarado para o acesso à Internet. Uma brige Linux (chamada cbr0) é configurada para existir naquela sub-rede, e é configurada no docker através da opção --bridge.

O Docker é iniciado com:

DOCKER_OPTS="--bridge=cbr0 --iptables=false --ip-masq=false"

Essa bridge é criada pelo Kubelet (controlada pela opção --network-plugin=kubenet) de acordo com a informação .spec.podCIDR do Nó.

O Docker irá agora alocar IPs do bloco cbr-cidr. Contêineres podem alcançar outros contêineres e nós através da interface cbr0. Esses IPs são todos roteáveis dentro da rede do projeto do GCE.

O GCE mesmo não sabe nada sobre esses IPs, então não irá mascará-los quando tentarem se comunicar com a internet. Para permitir isso uma regra de IPTables é utilizada para mascarar o tráfego para IPs fora da rede do projeto do GCE (no exemplo abaixo, 10.0.0.0/8):

iptables -t nat -A POSTROUTING ! -d 10.0.0.0/8 -o eth0 -j MASQUERADE

Por fim, o encaminhamento de IP deve ser habilitado no Kernel de forma a processar os pacotes vindos dos contêineres:

sysctl net.ipv4.ip_forward=1

O resultado disso tudo é que Pods agora podem alcançar outros Pods e podem também se comunicar com a Internet.

Kube-router

Kube-router é uma solução construída que visa prover alta performance e simplicidade operacional. Kube-router provê um proxy de serviços baseado no LVS/IPVS, uma solução de comunicação pod-para-pod baseada em encaminhamento de pacotes Linux e sem camadas adicionais, e funcionalidade de políticas de redes baseadas no IPTables/IPSet.

Redes L2 e bridges Linux

Se você tem uma rede L2 "burra", como um switch em um ambiente "bare-metal", você deve conseguir fazer algo similar ao ambiente GCE explicado acima. Note que essas instruções foram testadas casualmente - parece funcionar, mas não foi propriamente testado. Se você conseguir usar essa técnica e aperfeiçoar o processo, por favor nos avise!!

Siga a parte "With Linux Bridge devices" desse tutorial super bacana do Lars Kellogg-Stedman.

Multus (Plugin multi redes)

Multus é um plugin Multi CNI para suportar a funcionalidade multi redes do Kubernetes usando objetos baseados em CRDs.

Multus suporta todos os plugins referência (ex. Flannel, DHCP, Macvlan) que implementam a especificação de CNI e plugins de terceiros (ex. Calico, Weave, Cilium, Contiv). Adicionalmente, Multus suporta cargas de trabalho no Kubernetes que necessitem de funcionalidades como SRIOV, DPDK, OVS-DPDK & VPP.

OVN (Open Virtual Networking)

OVN é uma solução de virtualização de redes de código aberto desenvolvido pela comunidade Open vSwitch. Permite a criação de switches lógicos, roteadores lógicos, listas de acesso, balanceadores de carga e mais, para construir diferences topologias de redes virtuais. Esse projeto possui um plugin específico para o Kubernetes e a documentação em ovn-kubernetes.

Próximos passos

Design inicial do modelo de conectividade do Kubernetes e alguns planos futuros estão descritos com maiores detalhes no documento de design de redes.

3.10.4 - Arquitetura de Log

Os logs de aplicativos e sistemas podem ajudá-lo a entender o que está acontecendo dentro do seu cluster. Os logs são particularmente úteis para depurar problemas e monitorar a atividade do cluster. A maioria das aplicações modernas possui algum tipo de mecanismo de logs; como tal, a maioria dos mecanismos de contêineres também é projetada para suportar algum tipo de log. O método de log mais fácil e abrangente para aplicações em contêiner é gravar nos fluxos de saída e erro padrão.

No entanto, a funcionalidade nativa fornecida por um mecanismo de contêiner ou tempo de execução geralmente não é suficiente para uma solução completa de log. Por exemplo, se um contêiner travar, um pod for despejado ou um nó morrer, geralmente você ainda desejará acessar os logs do aplicativo. Dessa forma, os logs devem ter armazenamento e ciclo de vida separados, independentemente de nós, pods ou contêineres. Este conceito é chamado cluster-level-logging. O log no nível de cluster requer um back-end separado para armazenar, analisar e consultar logs. O kubernetes não fornece uma solução de armazenamento nativa para dados de log, mas você pode integrar muitas soluções de log existentes no cluster do Kubernetes.

As arquiteturas de log no nível de cluster são descritas no pressuposto de que um back-end de log esteja presente dentro ou fora do cluster. Se você não estiver interessado em ter o log no nível do cluster, ainda poderá encontrar a descrição de como os logs são armazenados e manipulados no nó para serem úteis.

Log básico no Kubernentes

Nesta seção, você pode ver um exemplo de log básico no Kubernetes que gera dados para o fluxo de saída padrão(standard output stream). Esta demostração usa uma especificação de pod com um contêiner que grava algum texto na saída padrão uma vez por segundo.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: counter
spec:
  containers:
  - name: count
    image: busybox
    args: [/bin/sh, -c,
            'i=0; while true; do echo "$i: $(date)"; i=$((i+1)); sleep 1; done']

Para executar este pod, use o seguinte comando:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/debug/counter-pod.yaml

A saída será:

pod/counter created

Para buscar os logs, use o comando kubectl logs, da seguinte maneira:

kubectl logs counter

A saída será:

0: Mon Jan  1 00:00:00 UTC 2001
1: Mon Jan  1 00:00:01 UTC 2001
2: Mon Jan  1 00:00:02 UTC 2001
...

Você pode usar kubectl logs para recuperar logs de uma instanciação anterior de um contêiner com o sinalizador --previous, caso o contêiner tenha falhado. Se o seu pod tiver vários contêineres, você deverá especificar quais logs do contêiner você deseja acessar anexando um nome de contêiner ao comando. Veja a documentação do kubectl logs para mais destalhes.

Logs no nível do Nó

Log no nível do nó

Tudo o que um aplicativo em contêiner grava no stdout e stderr é tratado e redirecionado para algum lugar por dentro do mecanismo de contêiner. Por exemplo, o mecanismo de contêiner do Docker redireciona esses dois fluxos para um driver de log, configurado no Kubernetes para gravar em um arquivo no formato json.

Por padrão, se um contêiner reiniciar, o kubelet manterá um contêiner terminado com seus logs. Se um pod for despejado do nó, todos os contêineres correspondentes também serão despejados, juntamente com seus logs.

Uma consideração importante no log no nível do nó está implementado a rotação de log, para que os logs não consumam todo o armazenamento disponível no nó. Atualmente, o Kubernentes não é responsável pela rotação de logs, mas uma ferramenta de deployment deve configurar uma solução para resolver isso. Por exemplo, nos clusters do Kubernetes, implementados pelo script kube-up.sh, existe uma ferramenta logrotate configurada para executar a cada hora. Você pode configurar um tempo de execução do contêiner para girar os logs do aplicativo automaticamente, por exemplo, usando o log-opt do Docker. No script kube-up.sh, a última abordagem é usada para imagem COS no GCP, e a anterior é usada em qualquer outro ambiente. Nos dois casos por padrão, a rotação é configurada para ocorrer quando o arquivo de log exceder 10MB.

Como exemplo, você pode encontrar informações detalhadas sobre como o kube-up.sh define o log da imagem COS no GCP no script correspondente.

Quando você executa kubectl logs como no exemplo de log básico acima, o kubelet no nó lida com a solicitação e lê diretamente do arquivo de log, retornando o conteúdo na resposta.

Logs de componentes do sistema

Existem dois tipos de componentes do sistema: aqueles que são executados em um contêiner e aqueles que não são executados em um contêiner. Por exemplo:

  • O scheduler Kubernetes e o kube-proxy são executados em um contêiner.
  • O tempo de execução do kubelet e do contêiner, por exemplo, Docker, não é executado em contêineres.

Nas máquinas com systemd, o tempo de execução do kubelet e do container é gravado no journald. Se systemd não estiver presente, eles gravam em arquivos .log no diretório /var/log. Os componentes do sistema dentro dos contêineres sempre gravam no diretório /var/log, ignorando o mecanismo de log padrão. Eles usam a biblioteca de logs klog. Você pode encontrar as convenções para a gravidade do log desses componentes nos documentos de desenvolvimento sobre log.

Da mesma forma que os logs de contêiner, os logs de componentes do sistema no diretório /var/log devem ser rotacionados. Nos clusters do Kubernetes criados pelo script kube-up.sh, esses logs são configurados para serem rotacionados pela ferramenta logrotate diariamente ou quando o tamanho exceder 100MB.

Arquiteturas de log no nível de cluster

Embora o Kubernetes não forneça uma solução nativa para o log em nível de cluster, há várias abordagens comuns que você pode considerar. Aqui estão algumas opções:

  • Use um agente de log no nível do nó que seja executado em todos os nós.
  • Inclua um contêiner sidecar dedicado para efetuar logging em um pod de aplicativo.
  • Envie logs diretamente para um back-end de dentro de um aplicativo.

Usando um agente de log de nó

Usando um agente de log no nível do nó

Você pode implementar o log em nível de cluster incluindo um agente de log em nível de nó em cada nó. O agente de log é uma ferramenta dedicada que expõe logs ou envia logs para um back-end. Geralmente, o agente de log é um contêiner que tem acesso a um diretório com arquivos de log de todos os contêineres de aplicativos nesse nó.

Como o agente de log deve ser executado em todos os nós, é comum implementá-lo como uma réplica do DaemonSet, um pod de manifesto ou um processo nativo dedicado no nó. No entanto, as duas últimas abordagens são obsoletas e altamente desencorajadas.

O uso de um agente de log no nível do nó é a abordagem mais comum e incentivada para um cluster Kubernetes, porque ele cria apenas um agente por nó e não requer alterações nos aplicativos em execução no nó. No entanto, o log no nível do nó funciona apenas para a saída padrão dos aplicativos e o erro padrão.

O Kubernetes não especifica um agente de log, mas dois agentes de log opcionais são fornecidos com a versão Kubernetes: Stackdriver Logging para uso com o Google Cloud Platform e Elasticsearch. Você pode encontrar mais informações e instruções nos documentos dedicados. Ambos usam fluentd com configuração customizada como um agente no nó.

Usando um contêiner sidecar com o agente de log

Você pode usar um contêiner sidecar de uma das seguintes maneiras:

  • O container sidecar transmite os logs do aplicativo para seu próprio stdout.
  • O contêiner do sidecar executa um agente de log, configurado para selecionar logs de um contêiner de aplicativo.

Streaming sidecar conteiner

Conteiner sidecar com um streaming container

Fazendo com que seus contêineres de sidecar fluam para seus próprios stdout e stderr, você pode tirar proveito do kubelet e do agente de log que já executam em cada nó. Os contêineres sidecar lêem logs de um arquivo, socket ou journald. Cada contêiner sidecar individual imprime o log em seu próprio stdout ou stderr stream.

Essa abordagem permite separar vários fluxos de logs de diferentes partes do seu aplicativo, algumas das quais podem não ter suporte para gravar em stdout ou stderr. A lógica por trás do redirecionamento de logs é mínima, portanto dificilmente representa uma sobrecarga significativa. Além disso, como stdout e stderr são manipulados pelo kubelet, você pode usar ferramentas internas como o kubectl logs.

Considere o seguinte exemplo. Um pod executa um único contêiner e grava em dois arquivos de log diferentes, usando dois formatos diferentes. Aqui está um arquivo de configuração para o Pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: counter
spec:
  containers:
  - name: count
    image: busybox
    args:
    - /bin/sh
    - -c
    - >
      i=0;
      while true;
      do
        echo "$i: $(date)" >> /var/log/1.log;
        echo "$(date) INFO $i" >> /var/log/2.log;
        i=$((i+1));
        sleep 1;
      done      
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
  volumes:
  - name: varlog
    emptyDir: {}

Seria uma bagunça ter entradas de log de diferentes formatos no mesmo fluxo de logs, mesmo se você conseguisse redirecionar os dois componentes para o fluxo stdout do contêiner. Em vez disso, você pode introduzir dois contêineres sidecar. Cada contêiner sidecar pode direcionar um arquivo de log específico de um volume compartilhado e depois redirecionar os logs para seu próprio fluxo stdout.

Aqui está um arquivo de configuração para um pod que possui dois contêineres sidecar:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: counter
spec:
  containers:
  - name: count
    image: busybox
    args:
    - /bin/sh
    - -c
    - >
      i=0;
      while true;
      do
        echo "$i: $(date)" >> /var/log/1.log;
        echo "$(date) INFO $i" >> /var/log/2.log;
        i=$((i+1));
        sleep 1;
      done      
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
  - name: count-log-1
    image: busybox
    args: [/bin/sh, -c, 'tail -n+1 -f /var/log/1.log']
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
  - name: count-log-2
    image: busybox
    args: [/bin/sh, -c, 'tail -n+1 -f /var/log/2.log']
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
  volumes:
  - name: varlog
    emptyDir: {}

Agora, quando você executa este pod, é possível acessar cada fluxo de log separadamente, executando os seguintes comandos:

kubectl logs counter count-log-1
0: Mon Jan  1 00:00:00 UTC 2001
1: Mon Jan  1 00:00:01 UTC 2001
2: Mon Jan  1 00:00:02 UTC 2001
...
kubectl logs counter count-log-2
Mon Jan  1 00:00:00 UTC 2001 INFO 0
Mon Jan  1 00:00:01 UTC 2001 INFO 1
Mon Jan  1 00:00:02 UTC 2001 INFO 2
...

O agente no nível do nó instalado em seu cluster coleta esses fluxos de logs automaticamente sem nenhuma configuração adicional. Se desejar, você pode configurar o agente para analisar as linhas de log, dependendo do contêiner de origem.

Observe que, apesar do baixo uso da CPU e da memória (ordem de alguns milicores por CPU e ordem de vários megabytes de memória), gravar logs em um arquivo e depois transmiti-los para o stdout pode duplicar o uso do disco. Se você tem um aplicativo que grava em um único arquivo, geralmente é melhor definir /dev/stdout como destino, em vez de implementar a abordagem de contêiner de transmissão no sidecar.

Os contêineres sidecar também podem ser usados para rotacionar arquivos de log que não podem ser rotacionados pelo próprio aplicativo. Um exemplo dessa abordagem é um pequeno contêiner executando logrotate periodicamente. No entanto, é recomendável usar o stdout e o stderr diretamente e deixar as políticas de rotação e retenção no kubelet.

Contêiner sidecar com um agente de log

Contêiner sidecar com um agente de log

Se o agente de log no nível do nó não for flexível o suficiente para sua situação, você poderá criar um contêiner secundário com um agente de log separado que você configurou especificamente para executar com seu aplicativo.

Como exemplo, você pode usar o Stackdriver, que usa fluentd como um agente de log. Aqui estão dois arquivos de configuração que você pode usar para implementar essa abordagem. O primeiro arquivo contém um ConfigMap para configurar o fluentd.

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: fluentd-config
data:
  fluentd.conf: |
    <source>
      type tail
      format none
      path /var/log/1.log
      pos_file /var/log/1.log.pos
      tag count.format1
    </source>

    <source>
      type tail
      format none
      path /var/log/2.log
      pos_file /var/log/2.log.pos
      tag count.format2
    </source>

    <match **>
      type google_cloud
    </match>    

O segundo arquivo descreve um pod que possui um contêiner sidecar rodando fluentemente. O pod monta um volume onde o fluentd pode coletar seus dados de configuração.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: counter
spec:
  containers:
  - name: count
    image: busybox
    args:
    - /bin/sh
    - -c
    - >
      i=0;
      while true;
      do
        echo "$i: $(date)" >> /var/log/1.log;
        echo "$(date) INFO $i" >> /var/log/2.log;
        i=$((i+1));
        sleep 1;
      done      
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
  - name: count-agent
    image: registry.k8s.io/fluentd-gcp:1.30
    env:
    - name: FLUENTD_ARGS
      value: -c /etc/fluentd-config/fluentd.conf
    volumeMounts:
    - name: varlog
      mountPath: /var/log
    - name: config-volume
      mountPath: /etc/fluentd-config
  volumes:
  - name: varlog
    emptyDir: {}
  - name: config-volume
    configMap:
      name: fluentd-config

Depois de algum tempo, você pode encontrar mensagens de log na interface do Stackdriver.

Lembre-se de que este é apenas um exemplo e você pode realmente substituir o fluentd por qualquer agente de log, lendo de qualquer fonte dentro de um contêiner de aplicativo.

Expondo logs diretamente do aplicativo

Expondo logs diretamente do aplicativo

Você pode implementar o log no nível do cluster, expondo ou enviando logs diretamente de todos os aplicativos; no entanto, a implementação desse mecanismo de log está fora do escopo do Kubernetes.

3.10.5 - Logs de Sistema

Logs de componentes do sistema armazenam eventos que acontecem no cluster, sendo muito úteis para depuração. Seus níveis de detalhe podem ser ajustados para mais ou para menos. Podendo se ater, por exemplo, a mostrar apenas os erros que ocorrem no componente, ou chegando a mostrar cada passo de um evento. (Como acessos HTTP, mudanças no estado dos pods, ações dos controllers, ou decisões do scheduler).

Klog

Klog é a biblioteca de logs do Kubernetes. Responsável por gerar as mensagens de log para os componentes do sistema.

Para mais informações acerca da sua configuração, veja a documentação da ferramenta de linha de comando.

Um exemplo do formato padrão dos logs da biblioteca:

I1025 00:15:15.525108       1 httplog.go:79] GET /api/v1/namespaces/kube-system/pods/metrics-server-v0.3.1-57c75779f-9p8wg: (1.512ms) 200 [pod_nanny/v0.0.0 (linux/amd64) kubernetes/$Format 10.56.1.19:51756]

Logs Estruturados

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.19 [alpha]

A estruturação dos logs trás uma estrutura uniforme para as mensagens de log, permitindo a extração programática de informações. Logs estruturados podem ser armazenados e processados com menos esforço e custo. Esse formato é totalmente retrocompatível e é habilitado por padrão.

Formato dos logs estruturados:

<klog header> "<message>" <key1>="<value1>" <key2>="<value2>" ...

Exemplo:

I1025 00:15:15.525108       1 controller_utils.go:116] "Pod status updated" pod="kube-system/kubedns" status="ready"

Logs em formato JSON

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.19 [alpha]

A opção --logging-format=json muda o formato dos logs, do formato padrão da klog para JSON. Abaixo segue um exemplo de um log em formato JSON (identado):

{
   "ts": 1580306777.04728,
   "v": 4,
   "msg": "Pod status updated",
   "pod":{
      "name": "nginx-1",
      "namespace": "default"
   },
   "status": "ready"
}

Chaves com significados especiais:

  • ts - Data e hora no formato Unix (obrigatório, float)
  • v - Nível de detalhe (obrigatório, int, padrão 0)
  • err - Mensagem de erro (opcional, string)
  • msg - Mensagem (obrigatório, string)

Lista dos componentes que suportam o formato JSON atualmente:

Limpeza dos Logs

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.20 [alpha]

A opção --experimental-logging-sanitization habilita o filtro de limpeza dos logs. Quando habilitado, esse filtro inspeciona todos os argumentos dos logs, procurando por campos contendo dados sensíveis (como senhas, chaves e tokens). Tais campos não serão expostos nas mensagens de log.

Lista dos componentes que suportam a limpeza de logs atualmente:

Nível de detalhe dos logs

A opção -v controla o nível de detalhe dos logs. Um valor maior aumenta o número de eventos registrados, começando a registrar também os eventos menos importantes. Similarmente, um valor menor restringe os logs apenas aos eventos mais importantes. O valor padrão 0 registra apenas eventos críticos.

Localização dos Logs

Existem dois tipos de componentes do sistema: aqueles que são executados em um contêiner e aqueles que não são. Por exemplo:

Em máquinas com systemd, o kubelet e os agentes de execução gravam os logs no journald. Em outros casos, eles escrevem os logs em arquivos .log no diretório /var/log. Já os componentes executados dentro de contêineres, sempre irão escrever os logs em arquivos .log no diretório /var/log, ignorando o mecanismo padrão de log.

De forma similar aos logs de contêiner, os logs de componentes do sistema no diretório /var/log devem ser rotacionados. Nos clusters Kubernetes criados com o script kube-up.sh, a rotação dos logs é configurada pela ferramenta logrotate. Essa ferramenta rotaciona os logs diariamente ou quando o tamanho do arquivo excede 100MB.

Próximos passos

3.10.6 - Métricas para componentes do sistema Kubernetes

Métricas dos componentes do sistema podem dar uma visão melhor do que acontece internamente. Métricas são particularmente úteis para construir dashboards e alertas.

Componentes do Kubernetes emitem métricas no formato Prometheus. Esse formato é um texto simples estruturado, projetado para que pessoas e máquinas possam lê-lo.

Métricas no Kubernetes

Na maioria dos casos, as métricas estão disponíveis no endpoint /metrics do servidor HTTP. Para componentes que não expõem o endpoint por padrão, ele pode ser ativado usando a flag --bind-address.

Exemplos desses componentes:

Em um ambiente de produção, você pode querer configurar o Servidor Prometheus ou algum outro coletor de métricas e disponibilizá-las em algum tipo de banco de dados temporais.

Observe que o kubelet também expõe métricas nos endpoints /metrics/cadvisor, /metrics/resource e /metrics/probes. Essas métricas não possuem o mesmo ciclo de vida.

Se o seu cluster usa RBAC, ler as métricas requer autorização por meio de um usuário, grupo ou ServiceAccount com um ClusterRole que conceda o acesso ao /metrics.

Por exemplo:

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
  name: prometheus
rules:
  - nonResourceURLs:
      - "/metrics"
    verbs:
      - get

Ciclo de vida da métrica

Métrica alfa → Métrica estável → Métrica ultrapassada → Métrica oculta → Métrica excluída

A métrica alfa não tem garantias de estabilidade. Essas métricas podem ser modificadas ou deletadas a qualquer momento.

Métricas estáveis possuem a garantia de que não serão alteradas. Isso significa:

  • Uma métrica estável sem uma assinatura ultrapassada não será deletada ou renomeada
  • O tipo de uma métrica estável não será modificado

As métricas ultrapassadas estão programadas para exclusão, mas ainda estão disponíveis para uso. Essas métricas incluem uma anotação sobre a versão em que se tornarão ultrapassadas.

Por exemplo:

  • Antes de se tornar ultrapassado

    # HELP some_counter isso conta coisas
    # TYPE some_counter contador
    some_counter 0
    
  • Depois de se tornar ultrapassado

    # HELP some_counter (obsoleto desde 1.15.0) isso conta coisas
    # TYPE some_counter contador
    some_counter 0
    

Métricas ocultas não são mais publicadas para extração, mas ainda estão disponíveis para uso. Para usar uma métrica oculta, por favor consulte a seção mostrar métricas ocultas.

Métricas excluídas não estão mais disponíveis e não podem mais ser usadas.

Mostrar métricas ocultas

Como descrito anteriormente, administradores podem habilitar métricas ocultas por meio de uma flag de linha de comando em um binário específico. Isso pode ser usado como uma saída de emergência para os administradores caso percam a migração das métricas ultrapassadas na última versão.

A flag show-hidden-metrics-for-version usa uma versão para a qual você deseja mostrar métricas ultrapassadas nessa versão. A versão é expressada como x.y, onde x é a versão principal e y a versão secundária. A versão de patch não é necessária mesmo que uma métrica possa ser descontinuada em uma versão de patch, o motivo é que a política de descontinuação de métricas é executada na versão secundária.

A flag só pode usar a versão secundária anterior como seu valor. Todas as métricas ocultas no anterior serão emitidas se os administradores definirem a versão anterior como show-hidden-metrics-for-version. A versão muito antiga não é permitida porque viola a política de métricas ultrapassadas.

Utilize a métrica A como exemplo, assumindo que A está obsoleto em 1.n. De acordo com a política de métricas ultrapassadas, podemos chegar à seguinte conclusão:

  • Na versão 1.n, a métrica está ultrapassada, e pode ser emitida por padrão.
  • Na versão 1.n+1, a métrica está oculta por padrão e pode ser emitida via linha de comando show-hidden-metrics-for-version=1.n.
  • Na versão 1.n+2, a métrica deve ser removida do código fonte. Não há mais escape hatch.

Se você está atualizando da versão 1.12 para 1.13, mas ainda depende da métrica A ultrapassada em 1.12, você deve definir métricas ocultas via linha de comando: --show-hidden-metrics=1.12 e lembre-se de remover essa dependência de métrica antes de atualizar para 1.14.

Desativar métricas do accelerator

O kubelet coleta métricas do accelerator por meio do cAdvisor. Para coletar essas métricas, para accelerator como as GPUs NVIDIA, o kubelet mantinha uma alça aberta no driver. Isso significava que, para realizar alterações na infraestrutura (por exemplo, atualizar o driver), um administrador do cluster precisa interromper o agente kubelet.

A responsabilidade de colear métricas do accelerator agora pertence ao fornecedor, e não ao kubelet. Os fornecedores devem providenciar um contêiner que colete métricas e as exponha ao serviço de métricas (por exemplo, Prometheus).

O DisableAcceleratorUsageMetrics feature gate desabilita as métricas coletadas pelo kubelet, com uma timeline para habilitar esse recurso por padrão.

Métricas de componentes

Métricas do kube-controller-manager

As métricas do controller manager fornecem informações importantes sobre o desempenho e a integridade do controller manager. Essas métricas incluem métricas comuns do agente de execução da linguagem Go, tais como a quantidade de go_routine e métricas específicas do controller, como latência de requisições etcd ou latência da API dos provedores de serviços de nuvem (AWS, GCE, OpenStack), que podem ser usadas para medir a integridade de um cluster.

A partir do Kubernetes 1.7, métricas detalhadas de provedores de serviços de nuvem estão disponíveis para operações de armazenamento para o GCE, AWS, Vsphere e OpenStack. Essas métricas podem ser usadas para monitorar a integridade das operações de volumes persistentes.

Por exemplo, para o GCE as seguintes métricas são chamadas:

cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "instance_list"}
cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "disk_insert"}
cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "disk_delete"}
cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "attach_disk"}
cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "detach_disk"}
cloudprovider_gce_api_request_duration_seconds { request = "list_disk"}

Métricas do kube-scheduler

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.21 [beta]

O scheduler expõe métricas opcionais que relatam os recursos solicitados e os limites desejados de todos os pods em execução. Essas métricas podem ser usadas para criar dashboards de planejamento de capacidade, avaliar os limites de agendamentos atuais ou históricos, identificar rapidamente cargas de trabalho que não podem ser agendadas devido à falta de recursos e comparar o uso atual com a solicitação do pod.

O kube-scheduler identifica as requisições de recursos e limites configurado para cada Pod; quando uma requisição ou limite é diferente de zero o kube-scheduler relata uma timeseries de métricas. Essa timeseries é etiquetada por:

  • namespace
  • nome do pod
  • o nó onde o pod está programado ou uma string vazia caso ainda não esteja programado
  • prioridade
  • o scheduler atribuído para esse pod
  • o nome do recurso (por exemplo, cpu)
  • a unidade do recurso, se conhecida (por exemplo, cores)

Uma vez que o pod alcança um estado de conclusão (sua restartPolicy está como Never ou onFailure e está na fase de Succeeded ou Failed, ou foi deletado e todos os contêineres tem um estado de terminado), a série não é mais relatada já que o scheduler agora está livre para agendar a execução de outros pods. As duas métricas são chamadas de kube_pod_resource_request e kube_pod_resource_limit.

As métricas são expostas no endpoint HTTP /metrics/resources e requerem a mesma autorização que o endpoint /metrics no scheduler. Você deve usar a flag --show-hidden-metrics-for-version=1.20 para expor essas métricas de estabilidade alfa.

Desativando métricas

Você pode desativar explicitamente as métricas via linha de comando utilizando a flag --disabled-metrics. Isso pode ser desejado se, por exemplo, uma métrica estiver causando um problema de desempenho. A entrada é uma lista de métricas desabilitadas (ou seja, --disabled-metrics=metric1,metric2).

Aplicação de cardinalidade de métrica

As métricas com dimensões sem limites podem causar problemas de memória nos componentes que elas instrumentam. Para limitar a utilização de recursos você pode usar a opção de linha de comando --allow-label-value para dinamicamente configurar uma lista de permissões de valores de label para uma métrica.

No estágio alfa, a flag pode receber apenas uma série de mapeamentos como lista de permissões de labels para uma métrica. Cada mapeamento tem o formato <metric_name>,<label_name>=<allowed_labels> onde <allowed_labels> é uma lista separada por vírgulas de nomes aceitáveis para a label.

O formato geral se parece com: --allow-label-value <metric_name>,<label_name>='<allow_value1>, <allow_value2>...', <metric_name2>,<label_name>='<allow_value1>, <allow_value2>...', ....

Por exemplo: --allow-label-value number_count_metric,odd_number='1,3,5', number_count_metric,even_number='2,4,6', date_gauge_metric,weekend='Saturday,Sunday'

Próximos passos

3.10.7 - Configurando o Garbage Collection do kubelet

O Garbage collection(Coleta de lixo) é uma função útil do kubelet que limpa imagens e contêineres não utilizados. O kubelet executará o garbage collection para contêineres a cada minuto e para imagens a cada cinco minutos.

Ferramentas externas de garbage collection não são recomendadas, pois podem potencialmente interromper o comportamento do kubelet removendo os contêineres que existem.

Coleta de imagens

O Kubernetes gerencia o ciclo de vida de todas as imagens através do imageManager, com a cooperação do cadvisor.

A política para o garbage collection de imagens leva dois fatores em consideração: HighThresholdPercent e LowThresholdPercent. Uso do disco acima do limite acionará o garbage collection. O garbage collection excluirá as imagens que foram menos usadas recentemente até que o nível fique abaixo do limite.

Coleta de container

A política para o garbage collection de contêineres considera três variáveis definidas pelo usuário. MinAge é a idade mínima em que um contêiner pode ser coletado. MaxPerPodContainer é o número máximo de contêineres mortos que todo par de pod (UID, container name) pode ter. MaxContainers é o número máximo de contêineres mortos totais. Essas variáveis podem ser desabilitadas individualmente, definindo MinAge como zero e definindo MaxPerPodContainer e MaxContainers respectivamente para menor que zero.

O Kubelet atuará em contêineres não identificados, excluídos ou fora dos limites definidos pelos sinalizadores mencionados. Os contêineres mais antigos geralmente serão removidos primeiro. MaxPerPodContainer e MaxContainer podem potencialmente conflitar entre si em situações em que a retenção do número máximo de contêineres por pod (MaxPerPodContainer) estaria fora do intervalo permitido de contêineres globais mortos (MaxContainers). O MaxPerPodContainer seria ajustado nesta situação: O pior cenário seria fazer o downgrade do MaxPerPodContainer para 1 e remover os contêineres mais antigos. Além disso, os contêineres pertencentes a pods que foram excluídos são removidos assim que se tornem mais antigos que MinAge.

Os contêineres que não são gerenciados pelo kubelet não estão sujeitos ao garbage collection de contêiner.

Configurações do usuário

Os usuários podem ajustar os seguintes limites para ajustar o garbage collection da imagem com os seguintes sinalizadores do kubelet:

  1. image-gh-high-threshold, a porcentagem de uso de disco que aciona o garbage collection da imagem. O padrão é 85%.
  2. image-gc-low-threshold, a porcentagem de uso de disco com o qual o garbage collection da imagem tenta liberar. O padrão é 80%.

Também permitimos que os usuários personalizem a política do garbagem collection através dos seguintes sinalizadores do kubelet:

  1. minimum-container-ttl-duration, idade mínima para um contêiner finalizado antes de ser colectado. O padrão é 0 minuto, o que significa que todo contêiner finalizado será coletado como lixo.
  2. maximum-dead-containers-per-container, número máximo de instâncias antigas a serem retidas por contêiner. O padrão é 1.
  3. maximum-dead-containers, número máximo de instâncias antigas de contêineres para retenção global. O padrão é -1, o que significa que não há limite global.

Os contêineres podem ser potencialmente coletados como lixo antes que sua utilidade expire. Esses contêineres podem conter logs e outros dados que podem ser úteis para solucionar problemas. Um valor suficientemente grande para maximum-dead-containers-per-container é altamente recomendado para permitir que pelo menos 1 contêiner morto seja retido por contêiner esperado. Um valor maior para maximum-dead-containers também é recomendados por um motivo semelhante. Consulte esta issue para obter mais detalhes.

Descontinuado

Alguns recursos do Garbage Collection neste documento serão substituídos pelo kubelet eviction no futuro.

Incluindo:

Flag ExistenteNova FlagFundamentação
--image-gc-high-threshold--eviction-hard ou --eviction-softos sinais existentes de despejo podem acionar o garbage collection da imagem
--image-gc-low-threshold--eviction-minimum-reclaimrecuperações de despejo atinge o mesmo comportamento
--maximum-dead-containersdescontinuado quando os logs antigos forem armazenados fora do contexto do contêiner
--maximum-dead-containers-per-containerdescontinuado quando os logs antigos forem armazenados fora do contexto do contêiner
--minimum-container-ttl-durationdescontinuado quando os logs antigos forem armazenados fora do contexto do contêiner
--low-diskspace-threshold-mb--eviction-hard ou eviction-softO despejo generaliza os limites do disco para outros recursos
--outofdisk-transition-frequency--eviction-pressure-transition-periodO despejo generaliza a transição da pressão do disco para outros recursos

Próximos passos

Consulte Configurando a Manipulação de Recursos Insuficientes para mais detalhes.

3.10.8 - Proxies no Kubernetes

Esta página descreve o uso de proxies com Kubernetes.

Proxies

Existem vários tipos diferentes de proxies que você pode encontrar usando Kubernetes:

  1. O kubectl proxy:

Quando o kubectl proxy é utilizado ocorre o seguinte: - executa na máquina do usuário ou em um pod - redireciona/encapsula conexões direcionadas ao localhost para o servidor de API - a comunicação entre o cliente e o o proxy usa HTTP - a comunicação entre o proxy e o servidor de API usa HTTPS - o proxy localiza o servidor de API do cluster - o proxy adiciona os cabeçalhos de comunicação.

  1. O apiserver proxy:

    • é um bastion server, construído no servidor de API
    • conecta um usuário fora do cluster com os IPs do cluster que não podem ser acessados de outra forma
    • executa dentro do processo do servidor de API
    • cliente para proxy usa HTTPS (ou HTTP se o servidor de API for configurado)
    • proxy para o destino pode usar HTTP ou HTTPS conforme escolhido pelo proxy usando as informações disponíveis
    • pode ser usado para acessar um Nó, Pod ou serviço
    • faz balanceamento de carga quando usado para acessar um Service.
  2. O kube proxy:

    • executa em todos os Nós
    • atua como proxy para UDP, TCP e SCTP
    • não aceita HTTP
    • provém balanceamento de carga
    • apenas é usado para acessar serviços.
  3. Um Proxy/Balanceador de carga na frente de servidores de API(s):

    • a existência e a implementação de tal elemento varia de cluster para cluster, por exemplo nginx
    • fica entre todos os clientes e um ou mais serviços
    • atua como balanceador de carga se existe mais de um servidor de API.
  4. Balanceadores de carga da nuvem em serviços externos:

    • são fornecidos por algum provedor de nuvem (e.x AWS ELB, Google Cloud Load Balancer)
    • são criados automaticamente quando o serviço de Kubernetes tem o tipo LoadBalancer
    • geralmente suportam apenas UDP/TCP
    • O suporte ao SCTP fica por conta da implementação do balanceador de carga da provedora de nuvem
    • a implementação varia de acordo com o provedor de cloud.

Os usuários de Kubernetes geralmente não precisam se preocupar com outras coisas além dos dois primeiros tipos. O administrador do cluster tipicamente garante que os últimos tipos serão configurados corretamente.

Redirecionamento de requisições

Os proxies substituíram as capacidades de redirecionamento. O redirecionamento foi depreciado.

3.10.9 - Instalando Complementos

Complementos estendem as funcionalidades do Kubernetes.

Esta página lista alguns dos complementos disponíveis e links com suas respectivas instruções de instalação.

Rede e Política de Rede

  • ACI fornece rede integrada de contêineres e segurança de rede com a Cisco ACI.
  • Antrea opera nas camadas 3 e 4 do modelo de rede OSI para fornecer serviços de rede e de segurança para o Kubernetes, aproveitando o Open vSwitch como camada de dados de rede.
  • Calico é um provedor de serviços de rede e de políticas de rede. Este complemento suporta um conjunto flexível de opções de rede, de modo a permitir a escolha da opção mais eficiente para um dado caso de uso, incluindo redes overlay (sobrepostas) e não-overlay, com ou sem o uso do protocolo BGP. Calico usa o mesmo mecanismo para aplicar políticas de rede a hosts, pods, e aplicações na camada de service mesh (quando Istio e Envoy estão instalados).
  • Canal une Flannel e Calico, fornecendo rede e política de rede.
  • Cilium é um plug-in de rede de camada 3 e de políticas de rede que pode aplicar políticas HTTP/API/camada 7 de forma transparente. Tanto o modo de roteamento quanto o de sobreposição/encapsulamento são suportados. Este plug-in também consegue operar no topo de outros plug-ins CNI.
  • CNI-Genie permite que o Kubernetes se conecte facilmente a uma variedade de plug-ins CNI, como Calico, Canal, Flannel, Romana ou Weave.
  • Contiv oferece serviços de rede configuráveis para diferentes casos de uso (camada 3 nativa usando BGP, overlay (sobreposição) usando vxlan, camada 2 clássica e Cisco-SDN/ACI) e também um framework rico de políticas de rede. O projeto Contiv é totalmente open source. O instalador fornece opções de instalação com ou sem kubeadm.
  • Contrail é uma plataforma open source baseada no Tungsten Fabric que oferece virtualização de rede multi-nuvem e gerenciamento de políticas de rede. O Contrail e o Tungsten Fabric são integrados a sistemas de orquestração de contêineres, como Kubernetes, OpenShift, OpenStack e Mesos, e fornecem modos de isolamento para cargas de trabalho executando em máquinas virtuais, contêineres/pods e servidores físicos.
  • Flannel é um provedor de redes overlay (sobrepostas) que pode ser usado com o Kubernetes.
  • Knitter é um plug-in para suporte de múltiplas interfaces de rede em Pods do Kubernetes.
  • Multus é um plugin para suporte a várias interfaces de rede em Pods no Kubernetes. Este plug-in pode agir como um "meta-plug-in", ou um plug-in CNI que se comunica com múltiplos outros plug-ins CNI (por exemplo, Calico, Cilium, Contiv, Flannel), além das cargas de trabalho baseadas em SRIOV, DPDK, OVS-DPDK e VPP no Kubernetes.
  • NSX-T Container Plug-in (NCP) fornece integração entre o VMware NSX-T e sistemas de orquestração de contêineres como o Kubernetes. Além disso, oferece também integração entre o NSX-T e as plataformas CaaS/PaaS baseadas em contêiner, como o Pivotal Container Service (PKS) e o OpenShift.
  • Nuage é uma plataforma de rede definida por software que fornece serviços de rede baseados em políticas entre os Pods do Kubernetes e os ambientes não-Kubernetes, com visibilidade e monitoramento de segurança.
  • OVN-Kubernetes é um provedor de rede para o Kubernetes baseado no OVN (Open Virtual Network), uma implementação de redes virtuais que surgiu através do projeto Open vSwitch (OVS). O OVN-Kubernetes fornece uma implementação de rede baseada em overlay (sobreposição) para o Kubernetes, incluindo uma implementação baseada em OVS para serviços de balanceamento de carga e políticas de rede.
  • OVN4NFV-K8S-Plugin é um plug-in controlador CNI baseado no OVN (Open Virtual Network) que fornece serviços de rede cloud native, como Service Function Chaining (SFC), redes overlay (sobrepostas) OVN múltiplas, criação dinâmica de subredes, criação dinâmica de redes virtuais, provedor de rede VLAN e provedor de rede direto, e é plugável a outros plug-ins multi-rede. Ideal para cargas de trabalho que utilizam computação de borda cloud native em redes multi-cluster.
  • Romana é uma solução de rede de camada 3 para redes de pods que também suporta a API NetworkPolicy. Detalhes da instalação do complemento Kubeadm disponíveis aqui.
  • Weave Net fornece rede e política de rede, funciona em ambos os lados de uma partição de rede e não requer um banco de dados externo.

Descoberta de Serviço

  • CoreDNS é um servidor DNS flexível e extensível que pode ser instalado como o serviço de DNS dentro do cluster para ser utilizado por pods.

Visualização & Controle

  • Dashboard é uma interface web para gestão do Kubernetes.
  • Weave Scope é uma ferramenta gráfica para visualizar contêineres, pods, serviços, entre outros objetos do cluster. Pode ser utilizado com uma conta Weave Cloud. Como alternativa, é possível hospedar a interface do usuário por conta própria.

Infraestrutura

  • KubeVirt é um complemento para executar máquinas virtuais no Kubernetes. É geralmente executado em clusters em máquina física.

Complementos Legados

Existem vários outros complementos documentados no diretório cluster/addons que não são mais utilizados.

Projetos bem mantidos devem ser listados aqui. PRs são bem-vindos!

3.10.10 - Prioridade e imparcialidade da API

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.20 [beta]

Controlar o comportamento do servidor da API Kubernetes em uma situação de sobrecarga é uma tarefa chave para administradores de cluster. O kube-apiserver tem alguns controles disponíveis (ou seja, as flags --max-requests-inflight e --max-mutating-requests-inflight) para limitar a quantidade de trabalho pendente que será aceito, evitando que uma grande quantidade de solicitações de entrada sobrecarreguem, e potencialmente travando o servidor da API, mas essas flags não são suficientes para garantir que as solicitações mais importantes cheguem em um período de alto tráfego.

O recurso de prioridade e imparcialidade da API (do inglês API Priority and Fairness, APF) é uma alternativa que melhora as limitações mencionadas acima. A APF classifica e isola os pedidos de uma forma mais refinada. Também introduz uma quantidade limitada de filas, para que nenhuma solicitação seja rejeitada nos casos de sobrecargas muito breves. As solicitações são despachadas das filas usando uma técnica de filas justa para que, por exemplo, um controller não precise negar as outras requisições (mesmo no mesmo nível de prioridade).

Esse recurso foi projetado para funcionar bem com controladores padrão, que usam informantes e reagem a falhas de solicitações da API com exponencial back-off, e outros clientes que também funcionam desta forma.

Ativando/Desativando a prioridade e imparcialidade da API

O recurso de prioridade e imparcialidade da API é controlado por um feature gate e está habilitado por padrão. Veja Portões de Recurso para uma explicação geral dos portões de recursos e como habilitar e desativá-los. O nome da porta de recurso para APF é "APIPriorityAndFairness". Este recurso também envolve um API Group com: (a) um Versão v1alpha1, desabilitada por padrão, e (b) v1beta1 e Versões v1beta2, habilitadas por padrão. Você pode desativar o feature gate e versões beta do grupo de APIs adicionando a seguinte flag para sua invocação kube-apiserver:

kube-apiserver \
--feature-gates=APIPriorityAndFairness=false \
--runtime-config=flowcontrol.apiserver.k8s.io/v1beta1=false,flowcontrol.apiserver.k8s.io/v1beta2=false \
 # …and other flags as usual

Como alternativa, você pode habilitar a versão v1alpha1 do grupo de APIs com --runtime-config=flowcontrol.apiserver.k8s.io/v1alpha1=true.

A flag --enable-priority-and-fairness=false desabilitará o recurso de prioridade e imparcialidade da API, mesmo que outras flags o tenha ativado.

Conceitos

Existem vários recursos distintos envolvidos na APF. As solicitações recebidas são classificadas por atributos da solicitação usando FlowSchemas e atribuídos a níveis de prioridade. Os níveis de prioridade adicionam um grau de isolamento mantendo limites de simultaneidade separados, para que as solicitações atribuídas a diferentes níveis de prioridade não travem outros. Dentro de um nível de prioridade, um algoritmo de fair queuing impede que solicitações de diferentes flows fiquem sem energia entre si, e permite que os pedidos sejam enfileirados para evitar que um alto tráfego cause falhas nas solicitações quando a carga média é aceitavelmente baixa.

Níveis de prioridade

Sem o APF ativado, a simultaneidade geral no servidor de API é limitada pelo kube-apiserver as flags --max-requests-inflight e --max-mutating-requests-inflight. Com o APF ativado, os limites de simultaneidade definidos por esses sinalizadores são somados e, em seguida, a soma é dividida entre um conjunto configurável de níveis de prioridade. Cada solicitação recebida é atribuída a um nível de prioridade único, e cada nível de prioridade só despachará tantos solicitações simultâneas conforme sua configuração permite.

A configuração padrão, por exemplo, inclui níveis de prioridade separados para solicitações de eleição de líder, solicitações de controladores integrados e solicitações de Pods. Isso significa que um pod mal-comportado que inunda o servidor da API com solicitações não podem impedir a eleição do líder ou ações dos controladores integrados de ter sucesso.

Enfileiramento

Mesmo dentro de um nível de prioridade pode haver um grande número de fontes distintas de tráfego. Em uma situação de sobrecarga, é importante evitar um fluxo de pedidos de outros serviços (em particular, no caso relativamente comum de um único cliente buggy inundando o kube-apiserver com solicitações, esse cliente buggy idealmente não teria muito impacto em outros clientes). Isto é tratadas pelo uso de um algoritmo de fair queuing para processar solicitações que são atribuídas ao mesmo nível de prioridade. Cada solicitação é atribuída a um flow, identificado pelo nome do FlowSchema correspondente mais um flow distincter — que é o usuário solicitante, o namespace do recurso de destino ou nada — e o sistema tenta dar peso aproximadamente igual a solicitações em diferentes fluxos do mesmo nível de prioridade. Para habilitar o tratamento distinto de instâncias distintas, os controladores que muitas instâncias devem ser autenticadas com nomes de usuário distintos

Depois de classificar uma solicitação em um fluxo, a APF pode então atribuir a solicitação a uma fila. Esta atribuição usa uma técnica conhecida como shuffle sharding, que faz uso relativamente eficiente de filas para isolar fluxos de baixa intensidade de fluxos de alta intensidade.

Os detalhes do algoritmo de enfileiramento são ajustáveis ​​para cada nível de prioridade e permitem que os administradores troquem o uso de memória, justiça (a propriedade que fluxos independentes irão progredir quando o tráfego total exceder a capacidade), tolerância para tráfego e a latência adicionada induzida pelo enfileiramento.

Solicitações de isenção

Alguns pedidos são considerados suficientemente importantes para que não estejam sujeitos a qualquer uma das limitações impostas por este recurso. Estas isenções impedem uma configuração de controle de fluxo mal configurada de desabilitar totalmente um servidor da API.

Recursos

A API de controle de fluxo envolve dois tipos de recursos. PriorityLevelConfigurations define as classes de isolamento disponíveis, a parte da concorrência disponível que cada um pode tratar e permite o ajuste fino do comportamento das filas. FlowSchemas são usados ​​para classificar solicitações de entrada individuais, correspondendo cada uma a um único PriorityLevelConfiguration. Há também uma versão v1alpha1 do mesmo grupo de APIs e tem os mesmos tipos com a mesma sintaxe e semântica.

PriorityLevelConfiguration

Um PriorityLevelConfiguration representa uma única classe de isolamento. Cada PriorityLevelConfiguration tem um limite independente no número de solicitações de pendências e limitações no número de solicitações enfileiradas.

Os limites de simultaneidade para PriorityLevelConfigurations não são especificados no número absoluto de solicitações, mas sim em "compartilhamentos de simultaneidade". A simultaneidade limite total para o servidor da API é distribuído entre os PriorityLevelConfigurations existentes em proporção com esses compartilhamentos. Isso permite um administrador de cluster aumentar ou diminuir a quantidade total de tráfego para um servidor reiniciando kube-apiserver com um valor diferente para --max-requests-inflight (ou --max-mutating-requests-inflight), e todos os PriorityLevelConfigurations verá sua simultaneidade máxima permitida aumentar (ou abaixar) pela mesma proporção.

Quando o volume de solicitações de entrada atribuídas a um único PriorityLevelConfiguration é maior do que o permitido por seu nível de simultaneidade, o O campo type de sua especificação determina o que acontecerá com solicitações extras. Um tipo de 'Reject' significa que o excesso de tráfego será imediatamente rejeitado com um erro HTTP 429 (Too Many Requests). Um tipo de Queue significa que as solicitações acima do limite será enfileirado, com as técnicas de shuffle sharding e fair queuing usadas para equilibrar o progresso entre os fluxos de solicitação.

A configuração de enfileiramento permite ajustar o algoritmo de fair queuing para um nível de prioridade. Os detalhes do algoritmo podem ser lidos no proposta de melhoria, mas resumindo:

  • Aumentar as 'filas' reduz a taxa de colisões entre diferentes fluxos, o custo do aumento do uso de memória. Um valor de 1 aqui efetivamente desabilita a lógica de fair queuing, mas ainda permite que as solicitações sejam enfileiradas.

  • Aumentar o queueLengthLimit permite que tráfegos maiores sejam sustentados sem deixar de lado nenhum pedido, ao custo de aumento latência e uso de memória.

  • Alterar handSize permite ajustar a probabilidade de colisões entre fluxos diferentes e a simultaneidade geral disponível para um único fluxo em um situação de sobrecarga.

A seguir está uma tabela mostrando uma coleção interessante de configurações do shuffle sharding, mostrando para cada uma a probabilidade de que um determinado rato (fluxo de baixa intensidade) é esmagado pelos elefantes (fluxo de alta intensidade) para uma coleção ilustrativa de números de elefantes. Veja https://play.golang.org/p/Gi0PLgVHiUg , que calcula esta tabela.

Example Shuffle Sharding Configurations
HandSizeFilas1 elefante4 elefantes16 elefantes
12324.428838398950118e-090.114313488300991440.9935089607656024
10321.550093439632541e-080.06264798402235450.9753101519027554
10646.601827268370426e-120.000455713209903707760.49999929150089345
9643.6310049976037345e-110.000455012123041122730.4282314876454858
8642.25929199850899e-100.00048866970530404460.35935114681123076
81286.994461389026097e-133.4055790161620863e-060.02746173137155063
71281.0579122850901972e-116.960839379258192e-060.02406157386340147
72567.597695465552631e-146.728547142019406e-080.0006709661542533682
62562.7134626662687968e-122.9516464018476436e-070.0008895654642000348
65124.116062922897309e-144.982983350480894e-092.26025764343413e-05
610246.337324016514285e-168.09060164312957e-114.517408062903668e-07

FlowSchema

Um FlowSchema corresponde a algumas solicitações de entrada e as atribui a um nível de prioridade. Cada solicitação de entrada é testada em relação a cada FlowSchema, por sua vez, começando com aqueles com valores numericamente mais baixos --- que consideramos ser o logicamente mais alto --- matchingPrecedence e trabalhando adiante. A primeira correspondência ganha.

Um FlowSchema corresponde a uma determinada solicitação se pelo menos uma de suas regras são correspondidas. Uma regra corresponde se pelo menos um de seus assuntos e pelo menos uma de suas resourceRules ou nonResourceRules (dependendo se a solicitação de entrada é para um recurso ou URL de não-recurso) corresponde à solicitação.

Para o campo name em assuntos, e os campos verbs, apiGroups, resources, namespaces e nonResourceURLs de regras de recursos e não recursos, o wildcard * pode ser especificado para corresponder a todos os valores do campo fornecido, efetivamente removendo-o de consideração.

O distinguisherMethod.type de um FlowSchema determina como as solicitações correspondentes a esse esquema será separado em fluxos. Pode ser ou ByUser, caso em que um usuário solicitante não poderá ser bloqueado por outros, ou ByNamespace, caso em que solicitações de recursos em um namespace não será capaz de privar os pedidos de recursos em outros namespaces de capacidade, ou pode estar em branco (ou distinguisherMethod pode ser omitido inteiramente), caso em que todas as solicitações correspondidas por este FlowSchema serão considerados parte de um único fluxo. A escolha correta para um determinado FlowSchema depende do recurso e do seu ambiente específico.

Padrões

Cada kube-apiserver mantém dois tipos de objetos de configuração APF: obrigatória e sugerida.

Objetos de configuração obrigatórios

Os quatro objetos de configuração obrigatórios refletem no comportamento do guardrail embutido. Este é o comportamento que os servidores tinham antes desses objetos existirem e, quando esses objetos existem, suas especificações refletem esse comportamento. Os quatro objetos obrigatórios são os seguintes.

  • O nível de prioridade obrigatório exempt é usado para solicitações que são não sujeito a controle de fluxo: eles sempre serão despachados imediatamente. O FlowSchema obrigatório exempt classifica todos solicitações do grupo system:masters para este nível de prioridade. Você pode definir outros FlowSchemas que direcionam outras solicitações a este nível de prioridade, se apropriado.

  • O nível de prioridade obrigatório catch-all é usado em combinação com o FlowSchema catch-all obrigatório para garantir que todas as solicitações recebam algum tipo de classificação. Normalmente você não deve confiar nesta configuração catch-all, e deve criar seu próprio FlowSchema catch-all e PriorityLevelConfiguration (ou use o nível de prioridade global-default que é instalado por padrão) como apropriado. Como não se espera que seja usado normalmente, o o nível de prioridade obrigatório catch-all tem uma simultaneidade muito pequena compartilha e não enfileira solicitações.

Objetos de configuração sugeridos

Os FlowSchemas e PriorityLevelConfigurations sugeridos constituem uma configuração padrão razoável. Você pode modificá-los e/ou criar objetos de configuração adicionais, se desejar. Se o seu cluster tiver a probabilidade de experimentar carga pesada, então você deve considerar qual configuração funcionará melhor.

A configuração sugerida agrupa as solicitações em seis níveis de prioridade:

  • O nível de prioridade node-high é para atualizações de integridade dos nós.

  • O nível de prioridade system é para solicitações não relacionadas à integridade do grupo system:nodes, ou seja, Kubelets, que deve ser capaz de contatar o servidor de API para que as cargas de trabalho possam ser agendadas eles.

  • O nível de prioridade leader-election é para solicitações de eleição de líder de controladores embutidos (em particular, solicitações para endpoints, configmaps, ou leases vindo do system:kube-controller-manager ou usuários system:kube-scheduler e contas de serviço no namespace kube-system). Estes são importantes para isolar de outro tráfego porque as falhas na eleição do líder fazem com que seus controladores falhem e reiniciem, o que por sua vez causa tráfego mais caro à medida que os novos controladores sincronizam seus informantes.

  • O nível de prioridade workload-high é para outras solicitações de controladores built-in.

  • O nível de prioridade workload-low é para solicitações de qualquer outra conta de serviço, que normalmente incluirá todas as solicitações de controladores em execução Pods.

  • O nível de prioridade global-default trata de todos os outros tráfegos, por exemplo, comandos kubectl interativos executados por usuários não privilegiados.

Os FlowSchemas sugeridos servem para direcionar as solicitações para os níveis de prioridade acima, e não são enumerados aqui.

Manutenção dos Objetos de Configuração Obrigatórios e Sugeridos

Cada kube-apiserver mantém independentemente os requisitos obrigatórios e objetos de configuração sugeridos, usando comportamento inicial e periódico. Assim, em uma situação com uma mistura de servidores de diferentes versões pode haver thrashing desde que servidores diferentes tenham opiniões sobre o conteúdo adequado desses objetos.

Para os objetos de configuração obrigatórios, a manutenção consiste em garantir que o objeto existe e, se existir, tem a especificação adequada. O servidor se recusa a permitir uma criação ou atualização com uma especificação que é inconsistente com o comportamento do guarda-corpo do servidor.

A manutenção de objetos de configuração sugeridos é projetada para permitir que suas especificações sejam substituídas. A exclusão, por outro lado, não é respeitada: a manutenção restaurará o objeto. Se você não quer um objeto de configuração sugerido, então você precisa mantê-lo por perto, mas defina sua especificação para ter consequências mínimas. Manutenção de objetos sugeridos também é projetada para suportar a migração automática quando uma nova versão do kube-apiserver é lançada, embora potencialmente com thrashing enquanto há uma população mista de servidores.

A manutenção de um objeto de configuração sugerido consiste em cria-lo --- com a especificação sugerida pelo servidor --- se o objeto não existir. OTOH, se o objeto já existir, o comportamento de manutenção depende se os kube-apiservers ou os usuários controlam o objeto. No primeiro caso, o servidor garante que a especificação do objeto é o que o servidor sugere; no último caso, a especificação é deixada sozinho.

A questão de quem controla o objeto é respondida primeiro olhando para uma anotação com a chave apf.kubernetes.io/autoupdate-spec. Se existe tal anotação e seu valor é true então o kube-apiservers controlam o objeto. Se houver tal anotação e seu valor for false, os usuários controlarão o objeto. Se nenhuma dessas condições é satisfeita entaão a metadata.generation do objeto é consultado. Se for 1, o kube-apiservers controla o objeto. Caso contrário, os usuários controlam o objeto. Essas regras foram introduzido na versão 1.22 e sua consideração de metadata.generation é para migrar do mais simples comportamento anterior. Usuários que desejam controlar um objeto de configuração sugerido deve definir sua anotação apf.kubernetes.io/autoupdate-spec para 'falso'.

A manutenção de um objeto de configuração obrigatório ou sugerido também inclui garantir que ele tenha uma anotação apf.kubernetes.io/autoupdate-spec que reflete com precisão se os kube-apiservers controlam o objeto.

A manutenção também inclui a exclusão de objetos que não são obrigatórios nem sugeridos, mas são anotados apf.kubernetes.io/autoupdate-spec=true.

Isenção de simultaneidade da verificação de integridade

A configuração sugerida não dá nenhum tratamento especial a checagem de saúde das requisições verifique solicitações em kube-apiservers de seus kubelets locais --- que tendem a usar a porta segura, mas não fornecem credenciais. Com o configuração sugerida, essas solicitações são atribuídas ao global-default FlowSchema e o nível de prioridade "global-default" correspondente, onde outro tráfego pode bloqueá-los.

Se você adicionar o seguinte FlowSchema adicional, isso isenta aquelas solicitações de limitação de taxa.

apiVersion: flowcontrol.apiserver.k8s.io/v1beta3
kind: FlowSchema
metadata:
  name: health-for-strangers
spec:
  matchingPrecedence: 1000
  priorityLevelConfiguration:
    name: exempt
  rules:
  - nonResourceRules:
    - nonResourceURLs:
      - "/healthz"
      - "/livez"
      - "/readyz"
      verbs:
      - "*"
    subjects:
    - kind: Group
      group:
        name: system:unauthenticated

Diagnóstico

Cada resposta HTTP de um servidor da API com o recurso de prioridade e justiça ativado tem dois cabeçalhos extras: X-Kubernetes-PF-FlowSchema-UID e X-Kubernetes-PF-PriorityLevel-UID, observando o esquema de fluxo que corresponde à solicitação e o nível de prioridade ao qual foi atribuído, respectivamente. Os nomes dos objetos da API não são incluídos nesses cabeçalhos caso o usuário solicitante não tenha permissão para visualizá-los, então ao depurar você pode usar um comando como

kubectl get flowschemas -o custom-columns="uid:{metadata.uid},name:{metadata.name}"
kubectl get prioritylevelconfigurations -o custom-columns="uid:{metadata.uid},name:{metadata.name}"

para obter um mapeamento de UIDs de nomes para FlowSchemas e PriorityLevelConfigurations.

Observabilidade

Metricas

Quando você ativa o APF, o kube-apiserver exporta métricas adicionais. Monitorá-los pode ajudá-lo a determinar se a sua configuração está limitando indevidamente o tráfego importante, ou encontrar cargas de trabalho mal comportadas que podem estar prejudicando a integridade do sistema.

  • apiserver_flowcontrol_rejected_requests_total é um vetor de contador (cumulativo desde o início do servidor) de solicitações que foram rejeitadas, dividido pelos rótulos flow_schema (indicando aquele que correspondeu ao pedido), priority_level (indicando aquele para o qual a solicitação foi atribuída) e reason. A label reason pode ter um dos seguintes valores:

    • queue-full, indicando que muitos pedidos já foram enfileirados,
    • concurrency-limit, indicando que o PriorityLevelConfiguration está configurado para rejeitar em vez de enfileirar solicitações em excesso ou
    • time-out, indicando que a solicitação ainda estava na fila quando seu limite de tempo de fila expirou.
  • apiserver_flowcontrol_dispatched_requests_total é um vetor contador (cumulativo desde o início do servidor) de solicitações que começaram executando, dividido pelos rótulos flow_schema (indicando o um que corresponda à solicitação) e priority_level (indicando o aquele ao qual o pedido foi atribuído).

  • apiserver_current_inqueue_requests é um vetor de medidor de limites máximos do número de solicitações enfileiradas, agrupadas por uma label chamado request_kind cujo valor é mutating ou readOnly. Essas marcas d'água altas descrevem o maior número visto em uma segunda janela concluída recentemente. Estes complementam o mais antigo vetor medidor apiserver_current_inflight_requests que contém o marca d'água alta da última janela de número de solicitações sendo ativamente servido.

  • apiserver_flowcontrol_read_vs_write_request_count_samples é um vetor de histograma de observações do número atual de solicitações, divididas pelos rótulos phase (que assume o valores waiting e executing) e request_kind (que assume os valores mutating e readOnly). As observações são feitas periodicamente a uma taxa elevada.

  • apiserver_flowcontrol_read_vs_write_request_count_watermarks é um vetor de histograma de marcas d'água altas ou baixas do número de solicitações divididas pelos rótulos phase (que assume o valores waiting e executing) e request_kind (que assume os valores mutating e readOnly); o rótulo mark assume valores high e low. As marcas d'água são acumuladas ao longo de janelas delimitadas pelos tempos em que uma observação foi adicionada a apiserver_flowcontrol_read_vs_write_request_count_samples. Esses marcas d'água mostram o intervalo de valores que ocorreram entre as amostras.

  • apiserver_flowcontrol_current_inqueue_requests é um vetor de medidor mantendo o número instantâneo de solicitações enfileiradas (não em execução), dividido pelos rótulos priority_level e flow_schema.

  • apiserver_flowcontrol_current_executing_requests é um vetor de medidor segurando o número instantâneo de execução (não esperando em uma queue), divididas pelos rótulos priority_level e flow_schema.

  • apiserver_flowcontrol_request_concurrency_in_use é um vetor de medidor ocupando o número instantâneo de assentos ocupados, diferenciados pelas labels priority_level e flow_schema.

  • apiserver_flowcontrol_priority_level_request_count_samples é um vetor de histograma de observações do número atual de solicitações divididas pelas labels phase (que assume o valores waiting e executing) e priority_level. Cada histograma obtém observações feitas periodicamente, até a última atividade do tipo relevante. As observações são feitas em nota alta.

  • apiserver_flowcontrol_priority_level_request_count_watermarks é um vetor de histograma de marcas d'água altas ou baixas do número de solicitações divididas pelas labels phase (que assume o valores waiting e executing) e priority_level; a label mark assume valores high e low. As marcas da água são acumulada em janelas delimitadas pelos tempos em que uma observação foi adicionado a apiserver_flowcontrol_priority_level_request_count_samples. Esses marcas d'água mostram o intervalo de valores que ocorreram entre as amostras.

  • apiserver_flowcontrol_request_queue_length_after_enqueue é um vetor de histograma de comprimentos de fila para as filas, dividido pelas labels priority_level e flow_schema, conforme mostrado pelas solicitações enfileiradas. Cada solicitação enfileirada contribui com uma amostra para seu histograma, relatando o comprimento da fila imediatamente depois que o pedido foi adicionado. Observe que isso produz diferentes estatísticas do que uma pesquisa imparcial faria.

  • apiserver_flowcontrol_request_concurrency_limit é um vetor de medidor mantendo o limite de simultaneidade calculado (com base no limite total de simultaneidade do servidor da API e na simultaneidade de PriorityLevelConfigurations share), divididos pela label priority_level.

  • apiserver_flowcontrol_request_wait_duration_seconds é um vetor de histograma de quanto tempo as solicitações ficaram na fila, divididas pelas labels flow_schema (indicando qual corresponde à solicitação), priority_level (indicando aquele para o qual o pedido foi atribuído) e execute (indicando se a solicitação foi iniciada executando).

  • apiserver_flowcontrol_request_execution_seconds é um vetor de histograma de quanto tempo as solicitações levaram para realmente serem executadas, divididas pelas labels flow_schema (indicando qual corresponde à solicitação) e priority_level (indicando aquele para o qual o pedido foi atribuído).

Debug endpoints

Quando você ativa A APF, o kube-apiserver serve os seguintes caminhos adicionais em suas portas HTTP[S].

  • /debug/api_priority_and_fairness/dump_priority_levels - uma lista de todos os níveis de prioridade e o estado atual de cada um. Você pode buscar assim:

    kubectl get --raw /debug/api_priority_and_fairness/dump_priority_levels
    

    A saída é parecido com isto:

    PriorityLevelName, ActiveQueues, IsIdle, IsQuiescing, WaitingRequests, ExecutingRequests,
    workload-low,      0,            true,   false,       0,               0,
    global-default,    0,            true,   false,       0,               0,
    exempt,            <none>,       <none>, <none>,      <none>,          <none>,
    catch-all,         0,            true,   false,       0,               0,
    system,            0,            true,   false,       0,               0,
    leader-election,   0,            true,   false,       0,               0,
    workload-high,     0,            true,   false,       0,               0,
    
  • /debug/api_priority_and_fairness/dump_queues - uma listagem de todas as filas e seu estado atual. Você pode buscar assim:

    kubectl get --raw /debug/api_priority_and_fairness/dump_queues
    

    A saída é parecido com isto:

    PriorityLevelName, Index,  PendingRequests, ExecutingRequests, VirtualStart,
    workload-high,     0,      0,               0,                 0.0000,
    workload-high,     1,      0,               0,                 0.0000,
    workload-high,     2,      0,               0,                 0.0000,
    ...
    leader-election,   14,     0,               0,                 0.0000,
    leader-election,   15,     0,               0,                 0.0000,
    
  • /debug/api_priority_and_fairness/dump_requests - uma lista de todos os pedidos que estão atualmente esperando em uma fila. Você pode buscar assim:

    kubectl get --raw /debug/api_priority_and_fairness/dump_requests
    

    A saída é parecido com isto:

    PriorityLevelName, FlowSchemaName, QueueIndex, RequestIndexInQueue, FlowDistingsher,       ArriveTime,
    exempt,            <none>,         <none>,     <none>,              <none>,                <none>,
    system,            system-nodes,   12,         0,                   system:node:127.0.0.1, 2020-07-23T15:26:57.179170694Z,
    

    Além das solicitações enfileiradas, a saída inclui uma linha fantasma para cada nível de prioridade isento de limitação.

    Você pode obter uma lista mais detalhada com um comando como este:

    kubectl get --raw '/debug/api_priority_and_fairness/dump_requests?includeRequestDetails=1'
    

    A saída é parecido com isto:

    PriorityLevelName, FlowSchemaName, QueueIndex, RequestIndexInQueue, FlowDistingsher,       ArriveTime,                     UserName,              Verb,   APIPath,                                                     Namespace, Name,   APIVersion, Resource, SubResource,
    system,            system-nodes,   12,         0,                   system:node:127.0.0.1, 2020-07-23T15:31:03.583823404Z, system:node:127.0.0.1, create, /api/v1/namespaces/scaletest/configmaps,
    system,            system-nodes,   12,         1,                   system:node:127.0.0.1, 2020-07-23T15:31:03.594555947Z, system:node:127.0.0.1, create, /api/v1/namespaces/scaletest/configmaps,
    

Próximos passos

Para obter informações básicas sobre detalhes de design para prioridade e justiça da API, consulte a proposta de aprimoramento. Você pode fazer sugestões e solicitações de recursos por meio do SIG API Machinery ou do canal do slack.

3.11 - Extendendo o Kubernetes

3.11.1 - Extendendo a API do Kubernetes

3.11.1.1 - Extendendo a API do Kubernetes com a camada de agregação

A camada de agregação permite ao Kubernetes ser estendido com APIs adicionais, para além do que é oferecido pelas APIs centrais do Kubernetes. As APIs adicionais podem ser soluções prontas tal como o catálogo de serviços, ou APIs que você mesmo desenvolva.

A camada de agregação é diferente dos Recursos Personalizados, que são uma forma de fazer o kube-apiserver reconhecer novas espécies de objetos.

Camada de agregação

A camada de agregação executa em processo com o kube-apiserver. Até que um recurso de extensão seja registado, a camada de agregação não fará nada. Para registar uma API, terá de adicionar um objeto APIService que irá "reclamar" o caminho URL na API do Kubernetes. Nesta altura, a camada de agregação procurará qualquer coisa enviada para esse caminho da API (e.g. /apis/myextension.mycompany.io/v1/…) para o APIService registado.

A maneira mais comum de implementar o APIService é executar uma extensão do servidor API em Pods que executam no seu cluster. Se estiver a usar o servidor de extensão da API para gerir recursos no seu cluster, o servidor de extensão da API (também escrito como "extension-apiserver") é tipicamente emparelhado com um ou mais controladores. A biblioteca apiserver-builder providencia um esqueleto para ambos os servidores de extensão da API e controladores associados.

Latência da resposta

Servidores de extensão de APIs devem ter baixa latência de rede de e para o kube-apiserver. Pedidos de descoberta são necessários que façam a ida e volta do kube-apiserver em 5 segundos ou menos.

Se o seu servidor de extensão da API não puder cumprir com o requisito de latência, considere fazer alterações que permitam atingi-lo. Pode também definir portal de funcionalidade EnableAggregatedDiscoveryTimeout=false no kube-apiserver para desativar a restrição de intervalo. Esta portal de funcionalidade deprecado será removido num lançamento futuro.

Próximos passos

3.11.2 - Extensões de Computação, armazenamento e redes

3.11.2.1 - Plugins de rede

Plugins de redes no Kubernetes podem ser dos seguintes tipos:

  • Plugins CNI: Aderentes à especificação Container Network Interface (CNI), desenhados para interoperabilidade.
    • Kubernetes usa a versão v0.4.0 da especificação CNI.
  • Plugin kubenet: Implementa o cbr0 básico usando os plugins CNI bridge e host-local

Instalação

O kubelet possui um plugin único padrão, e um plugin padrão comum para todo o cluster. Ele verifica o plugin quando inicia, se lembra o que encontrou, e executa o plugin selecionado em momentos oportunos dentro do ciclo de vida de um Pod (isso é verdadeiro apenas com o Docker, uma vez que o CRI gerencia seus próprios plugins de CNI). Existem dois parâmetros de linha de comando no Kubelet para se ter em mente quando usando plugins:

  • cni-bin-dir: O Kubelet verifica esse diretório por plugins na inicialização
  • network-plugin: O plugin de rede que deve ser utilizado do diretório configurado em cni-bin-dir. Deve ser igual ao nome configurado por um plugin no diretório de plugins. Para plugins de CNI, isso equivale ao valor cni.

Requisitos de plugins de Rede

Além de prover a interface NetworkPlugin para configuração da rede do pod, o plugin pode necessitar de suporte específico ao kube-proxy. O proxy iptables obviamente depende do iptables, e o plugin deve garantir que o tráfego do contêiner esteja disponível para o iptables. Por exemplo, se o plugin conecta os contêineres à Linux bridge, o plugin deve configurar a diretiva de sysctl net/bridge/bridge-nf-call-iptables com o valor 1 para garantir que o proxy iptables opere normalmente. Se o plugin não faz uso da Linux Bridge (mas outro mecanismo, como Open vSwitch) ele deve garantir que o tráfego do contêiner é roteado apropriadamente para o proxy.

Por padrão, se nenhum plugin de rede é configurado no kubelet, o plugin noop é utilizado, que configura net/bridge/bridge-nf-call-iptables=1 para garantir que configurações simples (como Docker com bridge Linux) operem corretamente com o proxy iptables.

CNI

O plugin de CNI é selecionado utilizando-se da opção --network-plugin=cni no início do Kubeket. O Kubelet lê um arquivo do diretório especificado em --cni-conf-dir (padrão /etc/cni/net.d) e usa a configuração de CNI desse arquivo para configurar a rede de cada Pod. O arquivo de configuração do CNI deve usar a especificação de CNI, e qualquer plugin referenciado nesse arquivo deve estar presente no diretório --cni-bin-dir (padrão /opt/cni/bin).

Se existirem múltiplos arquivos de configuração no diretório, o kubelet usa o arquivo de configuração que vier primeiro pelo nome, em ordem alfabética.

Adicionalmente ao plugin de CNI especificado no arquivo de configuração, o Kubernetes requer o plugin CNI padrão lo ao menos na versão 0.2.0.

Suporte a hostPort

O plugin de redes CNI suporta hostPort. Você pode utilizar o plugin oficial portmap ou usar seu próprio plugin com a funcionalidade de portMapping.

Caso você deseje habilitar o suporte a hostPort, você deve especificar portMappings capability no seu cni-conf-dir. Por exemplo:

{
  "name": "k8s-pod-network",
  "cniVersion": "0.4.0",
  "plugins": [
    {
      "type": "calico",
      "log_level": "info",
      "datastore_type": "kubernetes",
      "nodename": "127.0.0.1",
      "ipam": {
        "type": "host-local",
        "subnet": "usePodCidr"
      },
      "policy": {
        "type": "k8s"
      },
      "kubernetes": {
        "kubeconfig": "/etc/cni/net.d/calico-kubeconfig"
      }
    },
    {
      "type": "portmap",
      "capabilities": {"portMappings": true},
      "externalSetMarkChain": "KUBE-MARK-MASQ"
    }
  ]
}

Suporte a controle de banda

Funcionalidade experimental

O plugin de rede CNI também suporta o controle de banda de entrada e saída. Você pode utilizar o plugin oficial bandwidth desenvolvido ou usar seu próprio plugin de controle de banda.

Se você habilitar o suporte ao controle de banda, você deve adicionar o plugin bandwidth no seu arquivo de configuração de CNI (padrão /etc/cni/net.d) e garantir que o programa exista no diretório de binários do CNI (padrão /opt/cni/bin).

{
  "name": "k8s-pod-network",
  "cniVersion": "0.4.0",
  "plugins": [
    {
      "type": "calico",
      "log_level": "info",
      "datastore_type": "kubernetes",
      "nodename": "127.0.0.1",
      "ipam": {
        "type": "host-local",
        "subnet": "usePodCidr"
      },
      "policy": {
        "type": "k8s"
      },
      "kubernetes": {
        "kubeconfig": "/etc/cni/net.d/calico-kubeconfig"
      }
    },
    {
      "type": "bandwidth",
      "capabilities": {"bandwidth": true}
    }
  ]
}

Agora você pode adicionar as anotações kubernetes.io/ingress-bandwidth e kubernetes.io/egress-bandwidth em seu pod. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  annotations:
    kubernetes.io/ingress-bandwidth: 1M
    kubernetes.io/egress-bandwidth: 1M
...

kubenet

Kubenet é um plugin de rede muito simples, existente apenas no Linux. Ele não implementa funcionalidades mais avançadas, como rede entre nós ou políticas de rede. Ele é geralmente utilizado junto a um provedor de nuvem que configura as regras de roteamento para comunicação entre os nós, ou em ambientes com apenas um nó.

O Kubenet cria uma interface bridge no Linux chamada cbr0 e cria um par veth para cada um dos pods com o host como a outra ponta desse par, conectado à cbr0. Na interface no lado do Pod um endereço IP é alocado de uma faixa associada ao nó, sendo parte de alguma configuração no nó ou pelo controller-manager. Na interface cbr0 é associado o MTU equivalente ao menor MTU de uma interface de rede do host.

Esse plugin possui alguns requisitos:

  • Os plugins CNI padrão bridge, lo e host-local são obrigatórios, ao menos na versão 0.2.0. O Kubenet buscará inicialmente esses plugins no diretório /opt/cni/bin. Especifique a opção cni-bin-dir no kubelet para fornecer um diretório adicional de busca. O primeiro local equivalente será o utilizado.
  • O kubelet deve ser executado com a opção --network-plugin=kubenet para habilitar esse plugin.
  • O Kubelet deve ainda ser executado com a opção --non-masquerade-cidr=<clusterCidr> para garantir que o tráfego de IPs para fora dessa faixa seja mascarado.
  • O nó deve possuir uma subrede associada, através da opção --pod-cidr configurada na inicialização do kubelet, ou as opções --allocate-node-cidrs=true --cluster-cidr=<cidr> utilizadas na inicialização do controller-manager.

Customizando o MTU (com kubenet)

O MTU deve sempre ser configurado corretamente para obter-se a melhor performance de rede. Os plugins de rede geralmente tentam detectar uma configuração correta de MTU, porém algumas vezes a lógica não irá resultar em uma configuração adequada. Por exemplo, se a Docker bridge ou alguma outra interface possuir um MTU pequeno, o kubenet irá selecionar aquela MTU. Ou caso você esteja utilizando encapsulamento IPSEC, o MTU deve ser reduzido, e esse cálculo não faz parte do escopo da maioria dos plugins de rede.

Sempre que necessário, você pode configurar explicitamente o MTU com a opção network-plugin-mtu no kubelet. Por exemplo, na AWS o MTU da eth0 geralmente é 9001 então você deve especificar --network-plugin-mtu=9001. Se você estiver usando IPSEC você deve reduzir o MTU para permitir o encapsulamento excedente; por exemplo: --network-plugin-mtu=8773.

Essa opção faz parte do plugin de rede. Atualmente apenas o kubenet suporta a configuração network-plugin-mtu.

Resumo de uso

  • --network-plugin=cni especifica que devemos usar o plugin de redes cni com os binários do plugin localizados em --cni-bin-dir (padrão /opt/cni/bin) e as configurações do plugin localizadas em --cni-conf-dir (default /etc/cni/net.d).
  • --network-plugin=kubenet especifica que iremos usar o plugin de rede kubenet com os plugins CNI bridge, lo e host-local localizados em /opt/cni/bin ou cni-bin-dir.
  • --network-plugin-mtu=9001 especifica o MTU a ser utilizado, atualmente apenas em uso pelo plugin de rede kubenet

Próximos passos

3.11.3 - Padrão Operador

Operadores são extensões de software para o Kubernetes que fazem uso de recursos personalizados para gerir aplicações e os seus componentes. Operadores seguem os princípios do Kubernetes, notavelmente o ciclo de controle.

Motivação

O padrão operador tem como objetivo capturar o principal objetivo de um operador humano que está gerenciando um serviço ou conjunto de serviços. Operadores humanos que cuidam de aplicativos e serviços específicos possuem um conhecimento profundo de como o sistema deve se comportar, como implantá-lo e como reagir se houver problemas.

As pessoas que executam cargas de trabalho no Kubernetes muitas vezes gostam de usar automação para cuidar de tarefas repetitivas. O padrão do operador captura como você pode escrever código para automatizar uma tarefa além do que o próprio Kubernetes fornece.

Operadores no Kubernetes

O Kubernetes é projetado para automação. Por padrão, você tem bastante automação integrada ao núcleo do Kubernetes. Você pode usar o Kubernetes para automatizar a implantação e execução de cargas de trabalho, e pode automatizar como o Kubernetes faz isso.

O conceito de padrão operador do Kubernetes permite a extensão do comportamento sem modificar o código do próprio Kubernetes, vinculando controladores a um ou mais recursos personalizados. Os operadores são clientes da API do Kubernetes que atuam como controladores para um recurso personalizado.

Exemplo de um operador

Algumas das coisas que você pode automatizar usando um operador incluem:

  • implantação sob demanda de uma aplicação
  • fazer e restaurar backups do estado dessa aplicação
  • lidar com atualizações do código da aplicação junto com mudanças relacionadas, como esquemas de banco de dados ou configurações adicionais
  • publicar um Service para que aplicações que não suportam as APIs do Kubernetes possam descobrí-los
  • simular falhas em todo ou parte do seu cluster para testar resiliência
  • escolher um líder para uma aplicação distribuída sem um processo de eleição interna de membros

Como seria um operador com mais detalhes? Aqui está um exemplo:

  1. Um recurso personalizado (custom resource) chamado SampleDB, que você pode configurar dentro do cluster.
  2. Um Deployment que garante que um Pod esteja em execução contendo a parte do controlador do operador.
  3. Uma imagem de contêiner do código do operador.
  4. Código do controlador que consulta a camada de gerenciamento para descobrir quais recursos SampleDB estão configurados.
  5. O núcleo do Operador é o código que informa ao servidor da API como fazer com que a realidade corresponda aos recursos configurados.
    • Se você adicionar um novo SampleDB, o operador configura PersistentVolumeClaims para fornecer armazenamento durável da base de dados, um StatefulSet para executar o SampleDB e um Job para lidar com a configuração inicial.
    • Se você excluir um SampleDB, o operador cria um instantâneo e em seguida, garante que o StatefulSet e os Volumes também sejam removidos.
  6. O operador também gerencia backups regulares da base de dados. Para cada recurso SampleDB, o operador determina quando criar um Pod que pode se conectar ao banco de dados e fazer backups. Esses Pods dependeriam de um ConfigMap e/ou um Secret que tenha detalhes da conexão e credenciais do banco de dados.
  7. Considerando que o Operador tem como objetivo fornecer automação robusta para o recurso que gerencia, haveria código de suporte adicional. Para este exemplo, o código verifica se o banco de dados está a executando uma versão antiga e, se estiver, cria objetos Job que fazem a atualização para você.

Implantando operadores

A maneira mais comum de implantar um operador é adicionar a definição personalizada de recurso (Custom Resource Definition) e o Controlador associado ao seu cluster. O Controlador normalmente é executado fora da camada de gerenciamento, assim como você executaria qualquer aplicação que rode em contêineres. Por exemplo, você pode executar o controlador no seu cluster como um Deployment.

Usando um operador

Depois de implantar um operador, você o usaria adicionando, modificando ou excluindo o tipo de recurso que o operador usa. Seguindo o exemplo acima, você configuraria um Deployment para o próprio operador, e depois:

kubectl get SampleDB                   # encontrar banco de dados configurados

kubectl edit SampleDB/example-database # alterar manualmente algumas configurações

…e é isso! O Operador cuidará de aplicar as alterações, bem como manter o serviço existente em bom estado.

Escrevendo o seu próprio operador

Se não houver um operador no ecossistema que implemente o comportamento desejado, você pode programar o seu próprio.

Você também pode implementar um operador (ou seja, um Controlador) usando qualquer linguagem/agente de execução que possa atuar como um cliente para a API do Kubernetes.

A seguir estão algumas bibliotecas e ferramentas que você pode usar para escrever seu próprio operador nativo de nuvem.

Próximos passos

4 - Tarefas

Essa seção da documentação contém páginas que mostram como executar tarefas individuais.

Essas tarefas são organizadas em uma curta sequência de etapas e passos que te auxiliam a entender conceitos básicos.

Se você desejar adicionar uma tarefa, verifique como criar um Pull Request para a documentação.

4.1 - Instale as ferramentas

Configure as ferramentas do Kubernetes no seu computador.

kubectl

A ferramenta de linha de comando do Kubernetes, kubectl, permite que você execute comandos nos clusters Kubernetes. Você pode usar o kubectl para instalar aplicações, inspecionar e gerenciar recursos de cluster e visualizar os logs. Para obter mais informações, incluindo uma lista completa de operações kubectl, consulte a documentação de referência kubectl.

Kubectl é instalável em uma variedade de plataformas tais como Linux, macOS e Windows. Encontre seu sistema operacional preferido abaixo.

kind

O kind permite que você execute o Kubernetes no seu computador local. Esta ferramenta requer que você tenha o Docker instalado e configurado.

A página de Início Rápido mostra o que você precisa fazer para começar a trabalhar com o kind.

Acesse o guia de início rápido do kind

minikube

Assim como o kind, o minikube é uma ferramenta que permite executar o Kubernetes localmente. O minikube executa um cluster Kubernetes local com tudo-em-um ou com vários nós no seu computador pessoal (incluindo PCs Windows, macOS e Linux) para que você possa experimentar o Kubernetes ou para o trabalho de desenvolvimento diário.

Você pode seguir o guia de início oficial se o seu foco é instalar a ferramenta.

Acesse o guia de início

Depois de instalar o minikube, você pode usá-lo para executar uma aplicação exemplo.

kubeadm

Você pode usar a ferramenta kubeadm para criar e gerenciar clusters Kubernetes. Ela executa as ações necessárias para obter um cluster mínimo viável e seguro em funcionamento de maneira amigável ao usuário.

Instalando a ferramenta kubeadm mostra como instalar o kubeadm. Uma vez instalado, você pode usá-lo para criar um cluster.

Acesse o guia instalando a ferramenta kubeadm

4.1.1 - Instale e configure o kubectl no Linux

Antes de você começar

Você deve usar uma versão do kubectl que esteja próxima da versão do seu cluster. Por exemplo, um cliente v1.26 pode se comunicar com as versões v1.25, v1.26 e v1.27 da camada de gerenciamento. Usar a versão compatível mais recente do kubectl ajuda a evitar problemas inesperados.

Instale o kubectl no Linux

Existem os seguintes métodos para instalar o kubectl no Linux:

Instale o binário kubectl no Linux usando o curl

  1. Faça download da versão mais recente com o comando:

    curl -LO "https://dl.k8s.io/release/$(curl -L -s https://dl.k8s.io/release/stable.txt)/bin/linux/amd64/kubectl"
    
  2. Valide o binário (opcional)

    Faça download do arquivo checksum de verificação do kubectl:

    curl -LO "https://dl.k8s.io/release/$(curl -L -s https://dl.k8s.io/release/stable.txt)/bin/linux/amd64/kubectl.sha256"
    

    Valide o binário kubectl em relação ao arquivo de verificação:

    echo "$(cat kubectl.sha256)  kubectl" | sha256sum --check
    

    Se válido, a saída será:

    kubectl: OK
    

    Se a verificação falhar, o sha256 exibirá o status diferente de zero e a saída será semelhante a:

    kubectl: FAILED
    sha256sum: WARNING: 1 computed checksum did NOT match
    
  3. Instale o kubectl

    sudo install -o root -g root -m 0755 kubectl /usr/local/bin/kubectl
    
  4. Teste para garantir que a versão que você instalou esteja atualizada:

    kubectl version --client
    

    Ou use isso para visualizar mais detalhes da versão:

    kubectl version --client --output=yaml    
    

Instale usando o gerenciador de pacotes nativo

  1. Atualize o índice do apt e instale os pacotes necessários para utilizar o repositório apt do Kubernetes:

    sudo apt-get update
    sudo apt-get install -y ca-certificates curl
    

    Se você usa o Debian 9 (stretch) ou anterior, também precisará instalar o apt-transport-https:

    sudo apt-get install -y apt-transport-https
    
  2. Faça download da chave de assinatura pública do Google Cloud:

    curl -fsSL https://packages.cloud.google.com/apt/doc/apt-key.gpg | sudo gpg --dearmor -o /etc/apt/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg
    
  3. Adicione o repositório apt do Kubernetes:

    echo "deb [signed-by=/etc/apt/keyrings/kubernetes-archive-keyring.gpg] https://apt.kubernetes.io/ kubernetes-xenial main" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/kubernetes.list
    
  4. Atualize o índice do apt com o novo repositório e instale o kubectl:

    sudo apt-get update
    sudo apt-get install -y kubectl
    

cat <<EOF | sudo tee /etc/yum.repos.d/kubernetes.repo
[kubernetes]
name=Kubernetes
baseurl=https://packages.cloud.google.com/yum/repos/kubernetes-el7-\$basearch
enabled=1
gpgcheck=1
gpgkey=https://packages.cloud.google.com/yum/doc/yum-key.gpg https://packages.cloud.google.com/yum/doc/rpm-package-key.gpg
EOF
sudo yum install -y kubectl

Instale usando outro gerenciador de pacotes

Se você estiver no Ubuntu ou em outra distribuição Linux que suporte o gerenciador de pacotes snap, o kubectl está disponível como um aplicativo snap.

snap install kubectl --classic
kubectl version --client

Se você estiver no Linux e usando o gerenciador de pacotes Homebrew, o kubectl está disponível para instalação.

brew install kubectl
kubectl version --client

Verifique a configuração kubectl

Para que o kubectl encontre e acesse um cluster Kubernetes, ele precisa de um arquivo kubeconfig, que é criado automaticamente quando você cria um cluster usando kube-up.sh ou instala com sucesso um cluster Minikube. Por padrão, a configuração kubectl está localizada em ~/.kube/config.

Verifique se o kubectl está configurado corretamente obtendo o estado do cluster:

kubectl cluster-info

Se você receber uma URL de resposta, o kubectl está configurado corretamente para acessar seu cluster.

Se você receber uma mensagem semelhante à seguinte, o kubectl não está configurado corretamente ou não consegue se conectar a um cluster Kubernetes.

The connection to the server <server-name:port> was refused - did you specify the right host or port?

Por exemplo, se você pretende executar um cluster Kubernetes no seu laptop (localmente), precisará que uma ferramenta como o Minikube seja instalada primeiro, para em seguida executar novamente os comandos indicados acima.

Se o kubectl cluster-info retornar a URL de resposta, mas você não conseguir acessar seu cluster, para verificar se ele está configurado corretamente, use:

kubectl cluster-info dump

Configurações e plugins opcionais do kubectl

Ative o autocompletar no shell

O kubectl oferece recursos de autocompletar para Bash, Zsh, Fish e PowerShell, o que pode economizar muita digitação.

Abaixo estão os procedimentos para configurar o autocompletar para Bash, Fish e Zsh.

Introdução

O script de autocompletar do kubectl para Bash pode ser gerado com o comando kubectl completion bash. O script permite habilitar o autocompletar do kubectl no seu shell.

No entanto, o script autocompletar depende do bash-completion, o que significa que você precisa instalar este software primeiro (executando type _init_completion você pode testar se tem o bash-completion instalado).

Instale bash-completion

O bash-completion é fornecido por muitos gerenciadores de pacotes (veja aqui). Você pode instalar com apt-get install bash-completion ou yum install bash-completion, etc.

Os comandos acima criam /usr/share/bash-completion/bash_completion, que é o script principal de bash-completion. Dependendo do seu gerenciador de pacotes, você tem que adicionar manualmente ao seu arquivo ~/.bashrc.

Para descobrir, recarregue seu shell e execute type _init_completion. Se o comando for bem-sucedido, já está definido, caso contrário, adicione o seguinte ao seu arquivo ~/.bashrc:

source /usr/share/bash-completion/bash_completion

Recarregue o seu shell e verifique se o bash-completion está instalado corretamente digitando type _init_completion.

Ative o autocompletar do kubectl

Bash

Agora você precisa garantir que o autocompletar do kubectl esteja ativo em todas as suas sessões shell. Existem duas maneiras pelas quais você pode fazer isso:


echo 'source <(kubectl completion bash)' >>~/.bashrc


kubectl completion bash | sudo tee /etc/bash_completion.d/kubectl > /dev/null
sudo chmod a+r /etc/bash_completion.d/kubectl

Se você tiver um alias para kubectl, você pode estender o autocompletar do shell para trabalhar com esse alias:

echo 'alias k=kubectl' >>~/.bashrc
echo 'complete -o default -F __start_kubectl k' >>~/.bashrc

Todas as abordagens são equivalentes. Depois de recarregar seu shell, o autocompletar do kubectl deve estar funcionando. Para ativar o autocompletar do bash na sessão atual do shell, execute exec bash:

exec bash

O script de autocompletar do kubectl para Fish pode ser gerado com o comando kubectl completion fish. O script permite habilitar o autocompletar do kubectl no seu shell.

Para fazer isso em todas as suas sessões do shell, adicione a seguinte linha ao seu arquivo ~/.config/fish/config.fish:

kubectl completion fish | source

Depois de recarregar seu shell, o autocompletar do kubectl deve estar funcionando.

O script de autocompletar do kubectl para Zsh pode ser gerado com o comando kubectl completion zsh. Este script habilita o autocompletar do kubectl no seu shell.

Para fazer isso em todas as suas sessões de shell, adicione a seguinte linha no arquivo ~/.zshrc:

source <(kubectl completion zsh)

Se você tiver um alias para kubectl, o autocompletar funcionará automaticamente com ele.

Depois de recarregar seu shell, o autocompletar do kubectl deve estar funcionando.

Se você ver um erro similar a 2: command not found: compdef, adicione o seguinte bloco ao início do seu arquivo ~/.zshrc:

autoload -Uz compinit
compinit

Instale o plugin kubectl convert

Um plugin para a ferramenta Kubernetes de linha de comando kubectl, que permite converter manifestos entre diferentes versões da API. Isso pode ser particularmente útil para migrar manifestos para uma versão não obsoleta com a versão mais recente da API Kubernetes. Para mais informações, visite Migrar para APIs não obsoletas

  1. Faça download da versão mais recente com o comando:

    curl -LO "https://dl.k8s.io/release/$(curl -L -s https://dl.k8s.io/release/stable.txt)/bin/linux/amd64/kubectl-convert"
    
  2. Valide o binário (opcional)

    Faça download do arquivo checksum de verificação do kubectl-convert:

    curl -LO "https://dl.k8s.io/release/$(curl -L -s https://dl.k8s.io/release/stable.txt)/bin/linux/amd64/kubectl-convert.sha256"
    

    Valide o binário kubectl-convert com o arquivo de verificação:

    echo "$(cat kubectl-convert.sha256) kubectl-convert" | sha256sum --check
    

    Se válido, a saída será:

    kubectl-convert: OK
    

    Se a verificação falhar, o sha256 exibirá o status diferente de zero e a saída será semelhante a:

    kubectl-convert: FAILED
    sha256sum: WARNING: 1 computed checksum did NOT match
    
  3. Instale o kubectl-convert

    sudo install -o root -g root -m 0755 kubectl-convert /usr/local/bin/kubectl-convert
    
  4. Verifique se o plugin foi instalado com sucesso

    kubectl convert --help
    

    Se não for exibido um erro, isso significa que o plugin foi instalado com sucesso.

Próximos passos

4.2 - Gerenciando Secrets

Gerenciando dados de configurações usando Secrets.

4.2.1 - Gerenciando Secret usando kubectl

Criando objetos Secret usando a linha de comando kubectl.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Criando um Secret

Um Secret pode conter credenciais de usuário requeridas por Pods para acesso a um banco de dados. Por exemplo, uma string de conexão de banco de dados é composta por um usuário e senha. Você pode armazenar o usuário em um arquivo ./username.txt e a senha em um arquivo ./password.txt na sua máquina local.

echo -n 'admin' > ./username.txt
echo -n '1f2d1e2e67df' > ./password.txt

A opção -n nos comandos acima garante que os arquivos criados não vão conter uma nova linha extra no final do arquivo de texto. Isso é importante porque quando o kubectl lê um arquivo e codifica o conteúdo em uma string base64, o caractere da nova linha extra também é codificado.

O comando kubectl create secret empacota os arquivos em um Secret e cria um objeto no API server.

kubectl create secret generic db-user-pass \
  --from-file=./username.txt \
  --from-file=./password.txt

A saída deve ser similar a:

secret/db-user-pass created

O nome da chave padrão é o nome do arquivo. Opcionalmente, você pode definir o nome da chave usando --from-file=[key=]source. Por exemplo:

kubectl create secret generic db-user-pass \
  --from-file=username=./username.txt \
  --from-file=password=./password.txt

Você não precisa escapar o caractere especial em senhas a partir de arquivos (--from-file).

Você também pode prover dados para Secret usando a tag --from-literal=<key>=<value>. Essa tag pode ser especificada mais de uma vez para prover múltiplos pares de chave-valor. Observe que caracteres especiais como $, \, *, =, e ! vão ser interpretados pelo seu shell e precisam ser escapados. Na maioria dos shells, a forma mais fácil de escapar as senhas é usar aspas simples ('). Por exemplo, se sua senha atual é S!B\*d$zDsb=, você precisa executar o comando dessa forma:

kubectl create secret generic db-user-pass \
  --from-literal=username=admin \
  --from-literal=password='S!B\*d$zDsb='

Verificando o Secret

Você pode verificar se o secret foi criado:

kubectl get secrets

A saída deve ser similar a:

NAME                  TYPE                                  DATA      AGE
db-user-pass          Opaque                                2         51s

Você pode ver a descrição do Secret:

kubectl describe secrets/db-user-pass

A saída deve ser similar a:

Name:            db-user-pass
Namespace:       default
Labels:          <none>
Annotations:     <none>

Type:            Opaque

Data
====
password:    12 bytes
username:    5 bytes

Os comandos kubectl get e kubectl describe omitem o conteúdo de um Secret por padrão. Isso para proteger o Secret de ser exposto acidentalmente para uma pessoa não autorizada, ou ser armazenado em um log de terminal.

Decodificando o Secret

Para ver o conteúdo de um Secret que você criou, execute o seguinte comando:

kubectl get secret db-user-pass -o jsonpath='{.data}'

A saída deve ser similar a:

{"password":"MWYyZDFlMmU2N2Rm","username":"YWRtaW4="}

Agora, você pode decodificar os dados de password:

echo 'MWYyZDFlMmU2N2Rm' | base64 --decode

A saída deve ser similar a:

1f2d1e2e67df

Limpeza

Para apagar o Secret que você criou:

kubectl delete secret db-user-pass

Próximos passos

4.2.2 - Gerenciando Secret usando Arquivo de Configuração

Criando objetos Secret usando arquivos de configuração de recursos.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Crie o arquivo de configuração

Você pode criar um Secret primeiramente em um arquivo, no formato JSON ou YAML, e depois criar o objeto. O recurso Secret contém dois mapas: data e stringData. O campo data é usado para armazenar dados arbitrários, codificados usando base64. O campo stringData é usado por conveniência, e permite que você use dados para um Secret como strings não codificadas. As chaves para data e stringData precisam ser compostas por caracteres alfanuméricos, _, - ou ..

Por exemplo, para armazenar duas strings em um Secret usando o campo data, converta as strings para base64 da seguinte forma:

echo -n 'admin' | base64

A saída deve ser similar a:

YWRtaW4=
echo -n '1f2d1e2e67df' | base64

A saída deve ser similar a:

MWYyZDFlMmU2N2Rm

Escreva o arquivo de configuração do Secret, que será parecido com:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: mysecret
type: Opaque
data:
  username: YWRtaW4=
  password: MWYyZDFlMmU2N2Rm

Perceba que o nome do objeto Secret precisa ser um nome de subdomínio DNS válido.

Para cenários específicos, você pode querer usar o campo stringData ao invés de data. Esse campo permite que você use strings não-base64 diretamente dentro do Secret, e a string vai ser codificada para você quando o Secret for criado ou atualizado.

Um exemplo prático para isso pode ser quando você esteja fazendo deploy de uma aplicação que usa um Secret para armazenar um arquivo de configuração, e você quer popular partes desse arquivo de configuração durante o processo de implantação.

Por exemplo, se sua aplicação usa o seguinte arquivo de configuração:

apiUrl: "https://my.api.com/api/v1"
username: "<user>"
password: "<password>"

Você pode armazenar isso em um Secret usando a seguinte definição:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: mysecret
type: Opaque
stringData:
  config.yaml: |
    apiUrl: "https://my.api.com/api/v1"
    username: <user>
    password: <password>    

Crie o objeto Secret

Agora, crie o Secret usando kubectl apply:

kubectl apply -f ./secret.yaml

A saída deve ser similar a:

secret/mysecret created

Verifique o Secret

O campo stringData é um campo de conveniência apenas de leitura. Ele nunca vai ser exibido ao buscar um Secret. Por exemplo, se você executar o seguinte comando:

kubectl get secret mysecret -o yaml

A saída deve ser similar a:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  creationTimestamp: 2018-11-15T20:40:59Z
  name: mysecret
  namespace: default
  resourceVersion: "7225"
  uid: c280ad2e-e916-11e8-98f2-025000000001
type: Opaque
data:
  config.yaml: YXBpVXJsOiAiaHR0cHM6Ly9teS5hcGkuY29tL2FwaS92MSIKdXNlcm5hbWU6IHt7dXNlcm5hbWV9fQpwYXNzd29yZDoge3twYXNzd29yZH19

Os comandos kubectl get e kubectl describe omitem o conteúdo de um Secret por padrão. Isso para proteger o Secret de ser exposto acidentalmente para uma pessoa não autorizada, ou ser armazenado em um log de terminal. Para verificar o conteúdo atual de um dado codificado, veja decodificando secret.

Se um campo, como username, é especificado em data e stringData, o valor de stringData é o usado. Por exemplo, dada a seguinte definição do Secret:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: mysecret
type: Opaque
data:
  username: YWRtaW4=
stringData:
  username: administrator

Resulta no seguinte Secret:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  creationTimestamp: 2018-11-15T20:46:46Z
  name: mysecret
  namespace: default
  resourceVersion: "7579"
  uid: 91460ecb-e917-11e8-98f2-025000000001
type: Opaque
data:
  username: YWRtaW5pc3RyYXRvcg==

Onde YWRtaW5pc3RyYXRvcg== é decodificado em administrator.

Limpeza

Para apagar o Secret que você criou:

kubectl delete secret mysecret

Próximos passos

4.2.3 - Gerenciando Secret usando Kustomize

Criando objetos Secret usando o arquivo kustomization.yaml

Desde o Kubernetes v1.14, o kubectl provê suporte para gerenciamento de objetos usando Kustomize. O Kustomize provê geradores de recursos para criar Secrets e ConfigMaps. Os geradores Kustomize devem ser especificados em um arquivo kustomization.yaml dentro de um diretório. Depois de gerar o Secret, você pode criar o Secret com kubectl apply.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Criando um arquivo de Kustomization

Você pode criar um Secret definindo um secretGenerator em um arquivo kustomization.yaml que referencia outros arquivos existentes. Por exemplo, o seguinte arquivo kustomization referencia os arquivos ./username.txt e ./password.txt:

secretGenerator:
- name: db-user-pass
  files:
  - username.txt
  - password.txt

Você também pode definir o secretGenerator no arquivo kustomization.yaml por meio de alguns literais. Por exemplo, o seguinte arquivo kustomization.yaml contém dois literais para username e password respectivamente:

secretGenerator:
- name: db-user-pass
  literals:
  - username=admin
  - password=1f2d1e2e67df

Observe que nos dois casos, você não precisa codificar os valores em base64.

Criando o Secret

Aplique o diretório que contém o arquivo kustomization.yaml para criar o Secret.

kubectl apply -k .

A saída deve ser similar a:

secret/db-user-pass-96mffmfh4k created

Observe que quando um Secret é gerado, o nome do segredo é criado usando o hash dos dados do Secret mais o valor do hash. Isso garante que um novo Secret é gerado cada vez que os dados são modificados.

Verifique o Secret criado

Você pode verificar que o secret foi criado:

kubectl get secrets

A saída deve ser similar a:

NAME                             TYPE                                  DATA      AGE
db-user-pass-96mffmfh4k          Opaque                                2         51s

Você pode ver a descrição de um secret:

kubectl describe secrets/db-user-pass-96mffmfh4k

A saída deve ser similar a:

Name:            db-user-pass-96mffmfh4k
Namespace:       default
Labels:          <none>
Annotations:     <none>

Type:            Opaque

Data
====
password.txt:    12 bytes
username.txt:    5 bytes

Os comandos kubectl get e kubectl describe omitem o conteúdo de um Secret por padrão. Isso para proteger o Secret de ser exposto acidentalmente para uma pessoa não autorizada, ou ser armazenado em um log de terminal. Para verificar o conteúdo atual de um dado codificado, veja decodificando secret.

Limpeza

Para apagar o Secret que você criou:

kubectl delete secret db-user-pass-96mffmfh4k

Próximos passos

4.3 - Configurar Pods e Contêineres

Realizar tarefas comuns de configuração de Pods e contêineres

4.3.1 - Configurando GMSA Para Pods e Contêineres Windows

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Esta página mostra como configurar Contas de serviço gerenciadas em grupo (GMSA) para Pods e contêineres que vão executar em nós Windows. Contas de serviço gerenciadas em grupo são um tipo específico de conta do Active Directory que provê gerenciamento automático de senhas, gerenciamento simplificado de service principal name (SPN), e a habilidade de delegar o gerenciamento a outros administradores através de múltiplos servidores.

No Kubernetes, especificações de credenciais GMSA são configuradas dentro do escopo do cluster Kubernetes como recursos personalizados. Os Pods Windows, assim como contêineres individuais dentro de um Pod, podem ser configurados para usar as funções GMSA baseadas em domínio (exemplo: autenticação Kerberos) quando interagirem com outros serviços Windows.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster Kubernetes, e a ferramenta de linha de comando kubectl precisa estar configurada para comunicar-se com seu cluster. O cluster deve possuir nós de carga de trabalho Windows. Esta seção cobre o conjunto inicial de passos requeridos para cada cluster:

Instale o CRD GMSACredentialSpec

Uma CustomResourceDefinition (CRD) para a especificação de recursos de credencial GMSA precisa ser configurada no cluster, para definir o tipo de recurso do cliente GMSACredentialSpec. Faça o download do YAML do CRD de GMSA e salve como gmsa-crd.yaml. A seguir, instale o CRD com kubectl apply -f gmsa-crd.yaml.

Instale webhooks para validar usuários GMSA

Dois webhooks precisam ser configurados no cluster Kubernetes para popular e validar as referências de especificação de credenciais GMSA no nível do Pod ou contêiner:

  1. Um webhook de mutação que expanda as referências para as GMSAs, (por nome a partir de uma especificação de Pod) em uma especificação de credencial completa em formato JSON dentro da especificação do Pod.

  2. Um webhook de validação garante que todas as referências para GMSAs estão autorizadas a serem usadas pela conta de serviço do Pod.

A instalação dos webhooks acima e dos objetos associados requer as etapas abaixo:

  1. Crie um par de chaves de certificado (que será usado para permitir que o contêiner do webhook se comunique com o cluster)

  2. Instale um Secret com o certificado acima.

  3. Crie um Deployment para a lógica principal do webhook.

  4. Crie as configurações de webhook de validação e de mutação, referentes ao Deployment.

Um script pode ser usado para implantar e configurar os webhooks GMSA e objetos associados mencionados acima. O script pode ser executado com a opção --dry-run=server para possibilitar que você possa revisar as alterações antes que sejam aplicadas no seu cluster.

O template YAML usado pelo script também pode ser usado para implantar os webhooks e objetos associados manualmente (com as substituições apropriadas para os parâmetros).

Configurar GMSAs e nós Windows em Active Directory

Antes que os Pods no Kubernetes possam ser configurados para usar GMSAs, as GMSAs apropriadas precisam ser provisionadas no Active Directory como descrito na documentação de GMSA do Windows. Nós de carga de trabalho Windows (que são parte do cluster Kubernetes) precisam ser configurados no Active Directory para acessar as credenciais secretas associadas com a GMSA apropriada, como descrito na documentação de GMSA do Windows.

Crie recursos de especificação de GMSA

Com o CRD GMSACredentialSpec instalado (como descrito anteriormente), recursos customizados contendo recursos de especificação de credenciais GMSA podem ser configurados. A especificação de credencial GMSA não contém dados secretos nem sensíveis. É informação que o agente de execução de contêiner pode usar para descrever a apropriada GMSA de um contêiner para o Windows. Especificações de credenciais GMSA podem ser geradas em formato YAML com o utilitário PowerShell script.

A seguir são os passos para gerar a especificação de credencial GMSA YAML manualmente, em formato JSON e então convertê-la para YAML:

  1. Importar o módulo CredentialSpec: ipmo CredentialSpec.psm1

  2. Crie a especificação da credencial em formato JSON usando New-CredentialSpec. Para criar a especificação da credencial GMSA nomeada WebApp1, execute New-CredentialSpec -Name WebApp1 -AccountName WebApp1 -Domain $(Get-ADDomain -Current LocalComputer)

  3. Use Get-CredentialSpec para mostrar o caminho do arquivo JSON.

  4. Converta o arquivo credspec de JSON para o formato YAML e aplique os campos de cabeçalho necessários apiVersion, kind, metadata e credspec para transformá-lo em uma instância do recurso customizado GMSACredentialSpec que pode ser configurado no Kubernetes.

A configuração YAML a seguir descreve as especificações de credencial GMSA nomeada gmsa-WebApp1:

apiVersion: windows.k8s.io/v1
kind: GMSACredentialSpec
metadata:
  name: gmsa-WebApp1      #Este é um nome arbitrário, mas será usado como referência
credspec:
  ActiveDirectoryConfig:
    GroupManagedServiceAccounts:
    - Name: WebApp1       #Nome de usuário da conta GMSA
      Scope: CONTOSO      #Nome de Domínio NETBIOS
    - Name: WebApp1       #Nome de usuário da conta GMSA
      Scope: contoso.com  #Nome de domínio DNS
  CmsPlugins:
  - ActiveDirectory
  DomainJoinConfig:
    DnsName: contoso.com        #Nome de domínio DNS
    DnsTreeName: contoso.com    #Nome de domínio DNS raiz
    Guid: 244818ae-87ac-4fcd-92ec-e79e5252348a  #GUID
    MachineAccountName: WebApp1 #Nome de usuário da conta GMSA
    NetBiosName: CONTOSO        #Nome de domínio NETBIOS
    Sid: S-1-5-21-2126449477-2524075714-3094792973 #SID da GMSA

O recurso de especificação de credencial acima deve ser salvo como gmsa-Webapp1-credspec.yaml e aplicado no cluster usando: kubectl apply -f gmsa-Webapp1-credspec.yml

Configure um ClusterRole para habilitar RBAC nas especificações de credenciais GMSA específicas

Uma ClusterRole precisa ser definida para cada recurso de especificação de credencial GMSA. Isto autoriza o verbo use em um recurso GMSA específico por um sujeito, geralmente uma conta de serviço. O exemplo a seguir mostra um ClusterRole que autoriza o uso de credencial gmsa-WebApp1 acima. Salve o arquivo como gmsa-webapp1-role.yaml e aplique usando kubectl apply -f gmsa-webapp1-role.yaml

#Criando um Role para ler o credspec
apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
  name: webapp1-role
rules:
- apiGroups: ["windows.k8s.io"]
  resources: ["gmsacredentialspecs"]
  verbs: ["use"]
  resourceNames: ["gmsa-WebApp1"]

Atribua o Role às contas de serviço para usar especificações de credencial GMSA específicas

Uma conta de serviço (com a qual os Pods virão configurados), precisa ser vinculada ao ClusterRole criado acima. Isto autoriza a conta de serviço a usar a especificação apropriada de recurso de credencial GMSA. O trecho a seguir mostra a conta de serviço padrão vinculada ao ClusterRole webapp1-role, para usar a especificação de recurso de credencial gmsa-WebApp1 criada acima.

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: RoleBinding
metadata:
  name: allow-default-svc-account-read-on-gmsa-WebApp1
  namespace: default
subjects:
- kind: ServiceAccount
  name: default
  namespace: default
roleRef:
  kind: ClusterRole
  name: webapp1-role
  apiGroup: rbac.authorization.k8s.io

Configure a especificação de recurso de credencial GMSA em uma especificação de Pod

O campo securityContext.windowsOptions.gmsaCredentialSpecName do Pod, é usado de referência para recursos customizados, em especificações de certificado GMSA apropriadas em especificações do Pod. Isto configura todos contêineres do Pod para usar GMSA. Uma amostra da anotação populada para referir-se a gmsa-WebApp1:

apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  labels:
    run: with-creds
  name: with-creds
  namespace: default
spec:
  replicas: 1
  selector:
    matchLabels:
      run: with-creds
  template:
    metadata:
      labels:
        run: with-creds
    spec:
      securityContext:
        windowsOptions:
          gmsaCredentialSpecName: gmsa-webapp1
      containers:
      - image: mcr.microsoft.com/windows/servercore/iis:windowsservercore-ltsc2019
        imagePullPolicy: Always
        name: iis
      nodeSelector:
        kubernetes.io/os: windows

Contêineres individuais em uma especificação de Pod podem também indicar a credencial GMSA apropriada, usando o campo securityContext.windowsOptions.gmsaCredentialSpecName por contêiner. Por exemplo:

apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  labels:
    run: with-creds
  name: with-creds
  namespace: default
spec:
  replicas: 1
  selector:
    matchLabels:
      run: with-creds
  template:
    metadata:
      labels:
        run: with-creds
    spec:
      containers:
      - image: mcr.microsoft.com/windows/servercore/iis:windowsservercore-ltsc2019
        imagePullPolicy: Always
        name: iis
        securityContext:
          windowsOptions:
            gmsaCredentialSpecName: gmsa-Webapp1
      nodeSelector:
        kubernetes.io/os: windows

Assim que as especificações do Pod com os campos GMSA preenchidos (como descrito acima) são aplicadas em um cluster, ocorre a seguinte sequência de eventos:

  1. O webhook de mutação resolve e expande todas as referências aos recursos de especificações de credenciais GMSA para o conteúdo das especificações de credenciais GMSA.

  2. O webhook de validação garante que a conta de serviço associada ao Pod, seja autorizada para o verbo use na especificação GMSA especificada.

  3. O agente de execução de contêiner configura cada contêiner do Windows com a especificação de credencial GMSA especificada, para que o contêiner possa assumir a identidade do GMSA no Active Directory, e tenha acesso aos serviços no domínio usando essa identidade.

Autenticando para compartilhamentos de rede usando hostname ou FQDN

Se você estiver enfrentando problemas ao se conectar aos compartilhamentos SMB de Pods usando o hostname ou o FQDN, mas conseguindo acessar os compartilhamentos por meio de seu endereço IPv4, verifique se a chave do registro a seguir está definida nos nós Windows.

reg add "HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\hns\State" /v EnableCompartmentNamespace /t REG_DWORD /d 1

Os Pods em execução precisarão ser recriados para pegar as mudanças de comportamento. Mais informações sobre como essa chave de registro é usada podem ser encontradas aqui

Solução de problemas

Se você estiver tendo dificuldades para fazer com que o GMSA funcione em seu ambiente, existem algumas etapas de solução de problemas que você pode tentar.

Primeiro, verifique se a especificação de credencial foi passada para o Pod. Para fazer isso, você precisará rodar kubectl exec em um de seus Pods e verificar a saída do comando nltest.exe /parentdomain.

No exemplo abaixo, o Pod não recebeu a especificação de credencial corretamente:

kubectl exec -it iis-auth-7776966999-n5nzr powershell.exe

nltest.exe /parentdomain resulta no seguinte erro:

Getting parent domain failed: Status = 1722 0x6ba RPC_S_SERVER_UNAVAILABLE

Se o seu Pod obteve a especificação de credencial corretamente, o próximo passo é verificar a comunicação com o domínio. Primeiro, de dentro do seu Pod, execute rapidamente um nslookup para encontrar a raiz do seu domínio.

Isso vai nos dizer 3 coisas:

  1. O Pod pode chegar ao DC
  2. O DC pode chegar ao Pod
  3. O DNS está funcionando corretamente.

Se o DNS e o teste de comunicação passarem, em seguida, você precisará verificar se o Pod estabeleceu um canal de comunicação segura com o domínio. Para fazer isso, novamente, em seu Pod execute o comando nltest.exe /query.

nltest.exe /query

Resulta na seguinte saída:

I_NetLogonControl failed: Status = 1722 0x6ba RPC_S_SERVER_UNAVAILABLE

Isso nos diz que, por algum motivo, o Pod não conseguiu se logar no domínio usando a conta definida na especificação de credencial. Você pode tentar reparar o canal seguro executando o seguinte:

nltest /sc_reset:domain.example

Se o comando for bem sucedido, você verá uma saída semelhante a esta:

Flags: 30 HAS_IP  HAS_TIMESERV
Trusted DC Name \\dc10.domain.example
Trusted DC Connection Status Status = 0 0x0 NERR_Success
The command completed successfully

Se o excerto acima corrigir o erro, você poderá automatizar a etapa adicionando o seguinte lifecycle hook à sua especificação de Pod. Se não corrigiu o erro, você precisará examinar sua especificação de credencial novamente e confirmar que ela está correta e completa.

        image: registry.domain.example/iis-auth:1809v1
        lifecycle:
          postStart:
            exec:
              command: ["powershell.exe","-command","do { Restart-Service -Name netlogon } while ( $($Result = (nltest.exe /query); if ($Result -like '*0x0 NERR_Success*') {return $true} else {return $false}) -eq $false)"]
        imagePullPolicy: IfNotPresent

Se você adicionar a seção lifecycle, mostrada acima à sua especificação de Pod, o Pod irá executar os comandos listados para reiniciar o serviço netlogon até que o comando nltest.exe /query execute sem erro.

4.3.2 - Configurando RunAsUserName Para Pods e Contêineres Windows

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Esta página mostra como usar a configuração runAsUserName para Pods e contêineres que serão executados em nós Windows. Isso é aproximadamente equivalente à configuração runAsUser específica do Linux, permitindo a você executar aplicativos em um contêiner com um nome de usuário diferente do padrão.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster Kubernetes, e a ferramenta de linha de comando Kubectl deve ser configurada para se comunicar com o seu cluster. Espera-se que o cluster tenha nós de carga de trabalho Windows, onde os Pods com contêineres executando as cargas de trabalho do Windows, serão agendados.

Defina o nome de usuário para um Pod

Para especificar o nome de usuário com o qual executar os processos de contêiner do Pod, inclua o campo securityContext (PodSecurityContext) na especificação do Pod, e dentro dela, o campo WindowsOptions (WindowsSecurityContextOptions) contendo o campo runAsUserName.

As opções de contexto de segurança do Windows que você especificar para um Pod, se aplicam a todos os contêineres do Pod, inclusive os de inicialização.

Veja abaixo um arquivo de configuração para um Pod do Windows que possui o campo runAsUserName definido:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: run-as-username-pod-demo
spec:
  securityContext:
    windowsOptions:
      runAsUserName: "ContainerUser"
  containers:
  - name: run-as-username-demo
    image: mcr.microsoft.com/windows/servercore:ltsc2019
    command: ["ping", "-t", "localhost"]
  nodeSelector:
    kubernetes.io/os: windows

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/windows/run-as-username-pod.yaml

Verifique se o contêiner do Pod está em execução:

kubectl get pod run-as-username-pod-demo

Abra um shell para o contêiner em execução:

kubectl exec -it run-as-username-pod-demo -- powershell

Verifique se o shell está executando com o nome de usuário correto:

echo $env:USERNAME

A saída deve ser:

ContainerUser

Defina o nome de usuário para o contêiner

Para especificar o nome de usuário com o qual executar os processos de um contêiner, inclua o campo SecurityContext (SecurityContext) no manifesto do contêiner, e dentro dele, o campo WindowsOptions (WindowsSecurityContextOptions) contendo o campo runAsUserName.

As opções de contexto de segurança do Windows que você especificar para um contêiner, se aplicam apenas a esse contêiner individual, e substituem as configurações feitas no nível do Pod.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner, e o campo runAsUserName está definido no nível do Pod e no nível do contêiner:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: run-as-username-container-demo
spec:
  securityContext:
    windowsOptions:
      runAsUserName: "ContainerUser"
  containers:
  - name: run-as-username-demo
    image: mcr.microsoft.com/windows/servercore:ltsc2019
    command: ["ping", "-t", "localhost"]
    securityContext:
        windowsOptions:
            runAsUserName: "ContainerAdministrator"
  nodeSelector:
    kubernetes.io/os: windows

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/windows/run-as-username-container.yaml

Verifique se o contêiner do Pod está em execução:

kubectl get pod run-as-username-container-demo

Abra um shell para o contêiner em execução:

kubectl exec -it run-as-username-container-demo -- powershell

Verifique se o shell está executando o usuário correto, (aquele definido no nível do contêiner):

echo $env:USERNAME

A saída deve ser:

ContainerAdministrator

Limitações de nomes de usuários no Windows

Para usar esse recurso, o valor definido no campo runAsUserName deve ser um nome de usuário válido. Deve ter o seguinte formato: DOMAIN\USER, onde DOMAIN\ é opcional. Os nomes de usuário do Windows não diferenciam letras maiúsculas e minúsculas. Além disso, existem algumas restrições em relação ao DOMAIN e USER:

  • O campo runAsUserName: não pode estar vazio, e não pode conter caracteres de controle (Valores ASCII : 0x00-0x1F, 0x7F)
  • O nome de DOMAIN NetBios, ou um nome de DNS, cada um com suas próprias restrições:
    • Nomes NetBios: máximo de 15 caracteres, não podem iniciar com . (ponto), e não podem conter os seguintes caracteres: \ / : * ? " < > |
    • Nomes DNS: máximo de 255 caracteres, contendo apenas caracteres alfanuméricos, pontos, e traços, e não podem iniciar ou terminar com um . (ponto) ou - (traço).
  • O USER: deve ter no máximo 20 caracteres, não pode conter somente pontos ou espaços, e não pode conter os seguintes caracteres: " / \ [ ] : ; | = , + * ? < > @.

Exemplos de valores aceitáveis para o campo runAsUserName: ContainerAdministrator, ContainerUser, NT AUTHORITY\NETWORK SERVICE, NT AUTHORITY\LOCAL SERVICE.

Para mais informações sobre estas limitações, verifique aqui e aqui.

Próximos passos

4.3.3 - Configurando Qualidade do Serviço Para Pods

Esta página mostra como configurar os Pods para que, a eles sejam atribuídos particularmente classes de Qualidade de Serviço (QoS). O Kubernetes usa classes QoS para tomar decisões sobre agendamento e despejo de Pods.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Classes QoS

Quando o Kubernetes cria um Pod, ele atribui uma dessas classes de QoS ao Pod:

  • Guaranteed
  • Burstable
  • BestEffort

Crie um namespace

Crie um namespace, assim os seus recursos criados neste exercício estarão isolados do resto do seu cluster.

kubectl create namespace qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS Guaranteed

Para que um Pod receba uma classe de QoS Guaranteed:

  • Todo contêiner no Pod deve ter um limite de memória e um requisito de memória.
  • Para cada contêiner no Pod, o limite de memória deve ser igual ao requisito de memória.
  • Todo contêiner no Pod deve ter um limite de CPU e um requisito de CPU.
  • Para cada contêiner no Pod, o limite de CPU deve ser igual ao requisito de CPU.

Essas restrições se aplicam igualmente a contêineres de inicialização bem como de aplicativos.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner. O contêiner tem um limite de memória e um requisito de memória, ambos iguais a 200 MiB. O contêiner tem um limite de CPU e uma solicitação de CPU, ambos iguais a 700 miliCPU:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-ctr
    image: nginx
    resources:
      limits:
        memory: "200Mi"
        cpu: "700m"
      requests:
        memory: "200Mi"
        cpu: "700m"

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o pod:

kubectl get pod qos-demo --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Guaranteed. A saída também verifica se o contêiner do Pod tem um requisito de memória que corresponde ao seu limite de memória, e possui um requisito de CPU que corresponde ao seu limite de CPU.

spec:
  containers:
    ...
    resources:
      limits:
        cpu: 700m
        memory: 200Mi
      requests:
        cpu: 700m
        memory: 200Mi
    ...
status:
  qosClass: Guaranteed

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo --namespace=qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS Burstable

Um Pod recebe uma classe de QoS Burstable se:

  • O Pod não atende aos critérios para a classe de QoS Guaranteed.
  • Pelo menos um contêiner no Pod tem um requisito ou limite de memória ou CPU.

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui um contêiner. O contêiner tem um limite de memória de 200 MiB e um requisito de memória de 100 MiB.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-2
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-2-ctr
    image: nginx
    resources:
      limits:
        memory: "200Mi"
      requests:
        memory: "100Mi"

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-2.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-2 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Burstable.

spec:
  containers:
  - image: nginx
    imagePullPolicy: Always
    name: qos-demo-2-ctr
    resources:
      limits:
        memory: 200Mi
      requests:
        memory: 100Mi
  ...
status:
  qosClass: Burstable

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-2 --namespace=qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS BestEffort

Para que um Pod receba uma classe de QoS BestEffort, os contêineres no pod não devem ter quaisquer requisitos ou limites de CPU ou memória.

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui um contêiner. O contêiner não tem requisitos ou limites de memória ou CPU:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-3
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-3-ctr
    image: nginx

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-3.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-3 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao Pod uma classe de QoS BestEffort.

spec:
  containers:
    ...
    resources: {}
  ...
status:
  qosClass: BestEffort

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-3 --namespace=qos-example

Crie um Pod que tenha dois contêineres

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui dois contêineres. Um contêiner especifica um requisito de memória de 200 MiB. O outro contêiner não especifica nenhum requisito ou limite.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-4
  namespace: qos-example
spec:
  containers:

  - name: qos-demo-4-ctr-1
    image: nginx
    resources:
      requests:
        memory: "200Mi"

  - name: qos-demo-4-ctr-2
    image: redis

Observe que este Pod atende aos critérios para a classe de QoS Burstable. Isto é, ele não atende aos critérios para a classe de QoS Guaranteed, e um de seus contêineres tem um requisito de memória.

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-4.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-4 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Burstable:

spec:
  containers:
    ...
    name: qos-demo-4-ctr-1
    resources:
      requests:
        memory: 200Mi
    ...
    name: qos-demo-4-ctr-2
    resources: {}
    ...
status:
  qosClass: Burstable

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-4 --namespace=qos-example

Limpeza

Apague seu namespace:

kubectl delete namespace qos-example

Próximos passos

Para desenvolvedores de App

Para administradores de cluster

4.3.4 - Atribuindo Recursos Estendidos a um Contêiner

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.30 [stable]

Esta página mostra como atribuir recursos estendidos a um Contêiner.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Antes de fazer este exercício, faça o exercício em Anunciar recursos estendidos para um Nó. Isso configurará um de seus nós para anunciar um recurso de dongle.

Atribua um recurso estendido a um Pod

Para solicitar um recurso estendido, inclua o campo resources:requests no seu manifesto do contêiner. Recursos estendidos são totalmente qualificados com qualquer domínio fora do *.kubernetes.io/. Nomes de recursos estendidos válidos tem a forma de example.com/foo, onde example.com é substituído pelo domínio da sua organização e foo é um nome descritivo de recurso.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: extended-resource-demo
spec:
  containers:
  - name: extended-resource-demo-ctr
    image: nginx
    resources:
      requests:
        example.com/dongle: 3
      limits:
        example.com/dongle: 3

No arquivo de configuração, você pode ver que o contêiner solicita 3 dongles.

Crie um Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/resource/extended-resource-pod.yaml

Verifique se o pod está em execução:

kubectl get pod extended-resource-demo

Descreva o pod:

kubectl describe pod extended-resource-demo

A saída mostra as solicitações de dongle:

Limits:
  example.com/dongle: 3
Requests:
  example.com/dongle: 3

Tente criar um segundo Pod

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner. O contêiner solicita dois dongles.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: extended-resource-demo-2
spec:
  containers:
  - name: extended-resource-demo-2-ctr
    image: nginx
    resources:
      requests:
        example.com/dongle: 2
      limits:
        example.com/dongle: 2

O Kubernetes não poderá satisfazer o pedido de dois dongles, porque o primeiro pod usou três dos quatro dongles disponíveis.

Tente criar um pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/resource/extended-resource-pod-2.yaml

Descreva o pod:

kubectl describe pod extended-resource-demo-2

A saída mostra que o pod não pode ser agendado, porque não há nó que tenha 2 dongles disponíveis:

Conditions:
  Type    Status
  PodScheduled  False
...
Events:
  ...
  ... Warning   FailedScheduling  pod (extended-resource-demo-2) failed to fit in any node
fit failure summary on nodes : Insufficient example.com/dongle (1)

Veja o status do pod:

kubectl get pod extended-resource-demo-2

A saída mostra que o Pod foi criado, mas não está programado para ser executado em um nó. Tem um status de pendente:

NAME                       READY     STATUS    RESTARTS   AGE
extended-resource-demo-2   0/1       Pending   0          6m

Limpeza

Exclua os Pods que você criou para este exercício:

kubectl delete pod extended-resource-demo
kubectl delete pod extended-resource-demo-2

Próximos passos

Para desenvolvedores de aplicativos

Para administradores de cluster

4.3.5 - Configurando um Pod Para Usar um Volume Para Armazenamento

Esta página mostra como configurar um Pod para usar um Volume para armazenamento.

O sistema de arquivos de um contêiner apenas existe enquanto o contêiner existir. Então, quando um contêiner termina e reinicia, as alterações do sistema de arquivos são perdidas. Para um armazenamento mais consistente, independente do contêiner, você pode usar um Volume. Isso é especialmente importante para aplicações stateful, tal como armazenamentos chave-valor (tal como Redis) e bancos de dados.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Configure um volume para um Pod

Neste exercício, você cria um Pod que executa um contêiner. Este Pod tem um Volume do tipo emptyDir que persiste durante a existência do Pod, mesmo que o contêiner termine e reinicie. Aqui está o arquivo de configuração para o pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: redis
spec:
  containers:
  - name: redis
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: redis-storage
      mountPath: /data/redis
  volumes:
  - name: redis-storage
    emptyDir: {}
  1. Crie o Pod:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/redis.yaml
    
  2. Verifique se o contêiner do pod está funcionando, e então procure por mudanças no Pod:

    kubectl get pod redis --watch
    

    A saída se parece com isso:

    NAME      READY     STATUS    RESTARTS   AGE
    redis     1/1       Running   0          13s
    
  3. Em outro terminal, pegue um shell para o contêiner em execução:

    kubectl exec -it redis -- /bin/bash
    
  4. No seu shell, vá para /data/redis, e então crie um arquivo:

    root@redis:/data# cd /data/redis/
    root@redis:/data/redis# echo Hello > test-file
    
  5. No seu shell, liste os processos em execução:

    root@redis:/data/redis# apt-get update
    root@redis:/data/redis# apt-get install procps
    root@redis:/data/redis# ps aux
    

    A saída é semelhante a esta:

    USER       PID %CPU %MEM    VSZ   RSS TTY      STAT START   TIME COMMAND
    redis        1  0.1  0.1  33308  3828 ?        Ssl  00:46   0:00 redis-server *:6379
    root        12  0.0  0.0  20228  3020 ?        Ss   00:47   0:00 /bin/bash
    root        15  0.0  0.0  17500  2072 ?        R+   00:48   0:00 ps aux
    
  6. Em seu shell, encerre o processo do Redis:

    root@redis:/data/redis# kill <pid>
    

    Onde <pid> é o process ID (PID) do Redis.

  7. No seu terminal original, preste atenção nas mudanças no Pod do Redis. Eventualmente, você vai ver algo assim:

    NAME      READY     STATUS     RESTARTS   AGE
    redis     1/1       Running    0          13s
    redis     0/1       Completed  0         6m
    redis     1/1       Running    1         6m
    

Neste ponto, o Contêiner terminou e reiniciou. Isso porque o Pod do Redis tem uma restartPolicy de Always.

  1. Abra um shell dentro do Contêiner reiniciado:

    kubectl exec -it redis -- /bin/bash
    
  2. No seu shell, vá para /data/redis, e verifique se test-file ainda está lá.

    root@redis:/data/redis# cd /data/redis/
    root@redis:/data/redis# ls
    test-file
    
  3. Exclua o pod que você criou para este exercício:

    kubectl delete pod redis
    

Próximos passos

  • Veja Volume.

  • Veja Pod.

  • Além do armazenamento de disco local fornecido por emptyDir, o Kubernetes suporta muitas soluções de armazenamento diferentes, conectadas via rede, incluindo PD na GCE e EBS na EC2, que são preferidos para dados críticos e vão lidar com os detalhes, como montar e desmontar os dispositivos nos Nós. Veja Volumes para mais detalhes.

4.3.6 - Configurando um Pod Para Usar um Volume Persistente Para armazenamento

Esta página mostra como configurar um Pod para usar um PersistentVolumeClaim para armazenamento. Aqui está o resumo do processo:

  1. Você, como administrador do cluster, faz a criação de um Volume Persistente suportado por armazenamento físico. Você não associa o volume a nenhum Pod.

  2. Você, agora assumindo o papel de desenvolvedor/usuário do cluster, faz a criação de um PersistentVolumeClaim que é automaticamente vinculado ao Volume Persistente adequado.

  3. Você cria um Pod que usa o PersistentVolumeClaim acima para armazenamento.

Antes de você começar

  • Você precisa ter um cluster Kubernetes que tenha apenas um nó, e a ferramenta de linha de comando kubectl configurada para se comunicar com seu cluster. Se você ainda não tem um cluster de um único nó, você pode criar um usando o Minikube.

  • Familiarize-se com o material em Volumes persistentes.

Criando um arquivo index.html no seu nó

Abra um shell no único nó do seu cluster. A maneira de abrir um shell vai depender de como você inicializou seu cluster. Por exemplo, se você estiver usando o Minikube, você pode abrir um shell para o seu nó digitando minikube ssh.

No seu shell desse nó, crie um diretótio /mnt/data:

# Assumindo que o seu nó use "sudo" para executar comandos 
# como superusuário
sudo mkdir /mnt/data

content/pt-br/docs/tasks/configure-pod-container/configure-service-account.md No diretório /mnt/data, crie o arquivo index.html:

# Novamente assumindo que seu nó use "sudo" para executar comandos
# como superusuário
sudo sh -c "echo 'Hello from Kubernetes storage' > /mnt/data/index.html"

Teste se o arquivo index.html existe:

cat /mnt/data/index.html

A saída deve ser:

Hello from Kubernetes storage

Você agora pode fechar o shell do seu nó.

Crie um Volume Persistente

Neste exercício, você cria um Volume Persistente hostPath. O Kubernetes suporta hostPath para desenvolvimento e teste em um cluster com apenas um nó. Um Volume Persistente hostPath usa um arquivo ou diretório no nó, para emular um armazenamento conectado pela rede.

Em um cluster de produção, você não usaria hostPath. Em vez disso um administrador de cluster provisionaria um recurso de rede, como um disco persistente do Google Compute Engine, um NFS compartilhado, ou um volume do Amazon Elastic Block Store. Administradores podem também usar classes de armazenamento para incializar provisionamento dinâmico.

Aqui está o arquivo de configuração para o Volume Persistente hostPath:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: task-pv-volume
  labels:
    type: local
spec:
  storageClassName: manual
  capacity:
    storage: 10Gi
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  hostPath:
    path: "/mnt/data"

O arquivo de configuração especifica que o volume está no diretório /mnt/data do nó do cluster. A configuração também especifica um tamanho de 10 gibibytes e um modo de acesso ReadWriteOnce, o que significa que o volume pode ser montado como leitura-escrita pelo único nó. Define o nome da classe de armazenamento manual para o Volume Persistente, que será usado para vincular requisições PersistentVolumeClaim à esse Volume Persistente.

Crie o Volume Persistente:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-volume.yaml

Veja informações do Volume Persistente:

kubectl get pv task-pv-volume

A saída mostra que o Volume Persistente tem um STATUS de Available. Isto significa que ainda não foi vinculado a um PersistentVolumeClaim.

NAME             CAPACITY   ACCESSMODES   RECLAIMPOLICY   STATUS      CLAIM     STORAGECLASS   REASON    AGE
task-pv-volume   10Gi       RWO           Retain          Available             manual                   4s

Crie um PersistentVolumeClaim

O próximo passo é criar um PersistentVolumeClaim. Pods usam PersistentVolumeClaims para requisitar armazenamento físico. Neste exercício, você vai criar um PersistentVolumeClaim que requisita um volume com pelo menos três gibibytes, com acesso de leitura-escrita para pelo menos um nó.

Aqui está o arquivo de configuração para oPersistentVolumeClaim:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: task-pv-claim
spec:
  storageClassName: manual
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  resources:
    requests:
      storage: 3Gi

Crie o PersistentVolumeClaim:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-claim.yaml

Após criar o PersistentVolumeClaim, o Kubernetes control plane procura por um Volume Persistente que satisfaça os requerimentos reivindicados. Se o control plane encontrar um Volume Persistente adequado, com a mesma classe de armazenamento, ele liga o volume requisitado.

Olhe novamente o Volume Persistente:

kubectl get pv task-pv-volume

Agora a saída mostra um STATUS de Bound.

NAME             CAPACITY   ACCESSMODES   RECLAIMPOLICY   STATUS    CLAIM                   STORAGECLASS   REASON    AGE
task-pv-volume   10Gi       RWO           Retain          Bound     default/task-pv-claim   manual                   2m

Olhe para o PersistentVolumeClaim:

kubectl get pvc task-pv-claim

A saída mostra que oPersistentVolumeClaim está vinculado ao seu Volume Persistente, task-pv-volume.

NAME            STATUS    VOLUME           CAPACITY   ACCESSMODES   STORAGECLASS   AGE
task-pv-claim   Bound     task-pv-volume   10Gi       RWO           manual         30s

Crie um Pod

O próximo passo é criar um Pod que usa o seu PersistentVolumeClaim como um volume.

Aqui está o arquivo de configuração para o Pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: task-pv-pod
spec:
  volumes:
    - name: task-pv-storage
      persistentVolumeClaim:
        claimName: task-pv-claim
  containers:
    - name: task-pv-container
      image: nginx
      ports:
        - containerPort: 80
          name: "http-server"
      volumeMounts:
        - mountPath: "/usr/share/nginx/html"
          name: task-pv-storage


Note que o arquivo de configuração do Pod especifica um PersistentVolumeClaim, mas não especifica um Volume Persistente. Do ponto de vista do Pod, a reivindicação é de um volume.

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-pod.yaml

Verifique se o contêiner no Pod está executando;

kubectl get pod task-pv-pod

Abra o shell do contêiner, executando no seu Pod:

kubectl exec -it task-pv-pod -- /bin/bash

No seu shell, verifique se o nginx está servindo o arquivo index.html do volume do hostPath:

# Certifique-se de executar esses 3 comandos dentro do shell, na raiz que vem da
# execução "kubectl exec" do passo anterior
apt update
apt install curl
curl http://localhost/

A saída mostra o texto que você escreveu no arquivo index.html no volume do hostPath:

Hello from Kubernetes storage

Se você vir essa mensagem, configurou com sucesso um pod para usar o armazenamento de um PersistentVolumeClaim.

Limpeza

Exclua o Pod, o PersistentVolumeClaim e o Volume Persistente:

kubectl delete pod task-pv-pod
kubectl delete pvc task-pv-claim
kubectl delete pv task-pv-volume

Se você ainda não tem um shell aberto no nó em seu cluster, Abra um novo shell da mesma maneira que você fez antes. No shell do seu nó, remova o arquivo e o diretório que você criou:

# Pressupondo que seu nó usa "sudo" para executar comandos
# como superusuário
sudo rm /mnt/data/index.html
sudo rmdir /mnt/data

Você pode agora fechar o shell do seu nó.

Montando o mesmo Volume Persistente em dois lugares


apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test
spec:
  containers:
    - name: test
      image: nginx
      volumeMounts:
        # a mount for site-data
        - name: config
          mountPath: /usr/share/nginx/html
          subPath: html
        # another mount for nginx config
        - name: config
          mountPath: /etc/nginx/nginx.conf
          subPath: nginx.conf
  volumes:
    - name: config
      persistentVolumeClaim:
        claimName: test-nfs-claim

Você pode realizar a montagem de 2 volumes no seu contêiner nginx:

/usr/share/nginx/html para o website estático /etc/nginx/nginx.conf para a configuração padrão

Controle de accesso

Armazenamento configurado com um group ID (GID) possibilita a escrita somente pelos Pods usando a mesma GID. GIDs incompatíveis ou perdidos causam erros de negação de permissão. Para reduzir a necessidade de coordenação de usuários, um administrador pode anotar um Volume Persistente com uma GID. Então a GID é automaticamente adicionada a qualquer Pod que use um Volume Persistente.

Use a anotação pv.beta.kubernetes.io/gid como a seguir:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: pv1
  annotations:
    pv.beta.kubernetes.io/gid: "1234"

Quando um Pod consome um Volume Persistente que tem uma anotação GID, o GID anotado é aplicado à todos os contêiners no Pod, da mesma forma que as GIDs especificadas no contexto de segurança em que o Pod está. Cada GID, se é originário de uma anotação de Volume Persistente ou da especificação do Pod, é aplicada ao primeiro processo executando em cada contêiner.

Próximos passos

Referência

4.3.7 - Atribuindo Pods aos Nós

Esta página mostra como atribuir um Pod Kubernetes a um nó particular em um cluster Kubernetes.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Adicione um rótulo a um nó

  1. Liste os nós em seu cluster, juntamente com seus rótulos:

    kubectl get nodes --show-labels
    

    A saída é similar a esta:

    NAME      STATUS    ROLES    AGE     VERSION        LABELS
    worker0   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker0
    worker1   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker1
    worker2   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker2
    
  2. Escolha um de seus nós, e adicione um rótulo a ele:

    kubectl label nodes <your-node-name> disktype=ssd
    

    onde <your-node-name> é o nome do seu nó escolhido.

  3. Verifique se seu nó escolhido tem o rótulo disktype=ssd:

    kubectl get nodes --show-labels
    

    A saída é similiar a esta:

    NAME      STATUS    ROLES    AGE     VERSION        LABELS
    worker0   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,disktype=ssd,kubernetes.io/hostname=worker0
    worker1   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker1
    worker2   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker2
    

    Na saída anterior, você pode ver que o nó worker0 tem o rótulo disktype=ssd.

Crie um pod que é agendado em seu nó escolhido

Este arquivo de configuração de pod descreve um pod que tem um seletor de nó, disktype: ssd. Isto significa que o pod será agendado em um nó que tem o rótulo disktype=ssd.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
  labels:
    env: test
spec:
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
    imagePullPolicy: IfNotPresent
  nodeSelector:
    disktype: ssd
  1. Use o arquivo de configuração para criar um pod que será agendado no nó escolhido:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/pod-nginx.yaml
    
  2. Verifique se o pod está executando no nó escolhido:

    kubectl get pods --output=wide
    

    A saída é similar a esta:

    NAME     READY     STATUS    RESTARTS   AGE    IP           NODE
    nginx    1/1       Running   0          13s    10.200.0.4   worker0
    

Crie um pod que é agendado em um nó específico

Você pode também agendar um pod para um nó específico usando nodeName.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
spec:
  nodeName: foo-node # schedule pod to specific node
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
    imagePullPolicy: IfNotPresent

Use o arquivo de configuração para criar um pod que será agendado somente no nó foo-node.

Próximos passos

4.3.8 - Configurando um Pod Para Usar um ConfigMap

Muitas aplicações dependem da configuração que é usada durante a inicialização do aplicativo ou do agente de execução. Na maioria das vezes, há um requisito para ajustar os valores atribuídos aos parâmetros de configuração. O objeto ConfigMap é a maneira usada no Kubernetes para injetar dados de configuração em Pods de aplicativos. O ConfigMap permite que você desacople os artefatos de configuração do conteúdo da imagem, para manter os aplicativos de contêiner portáveis. Esta página fornece uma série de exemplos de uso, demonstrando como criar ConfigMaps e configurar Pods usando dados armazenados em ConfigMaps.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Crie um ConfigMap

Você pode usar kubectl create configmap ou um gerador de ConfigMap, em um arquivo kustomization.yaml para criar um ConfigMap. Perceba que o kubectl começou a suportar o kustomization.yaml desde a versão 1.14.

Crie um ConfigMap Usando kubectl create configmap

Use o comando kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de diretórios, arquivos, ou valores literais:

kubectl create configmap <map-name> <data-source>

Onde <map-name> é o nome que você quer atribuir ao ConfigMap e <data-source> é o diretório, arquivo, ou o valor literal de onde buscar os dados. O nome de um objeto ConfigMap precisa ser um nome de subdomínio DNS válido. Quando você estiver criando um ConfigMap baseado em um arquivo, a chave no <data-source> é por padrão o nome-base do arquivo, e o valor é por padrão o conteúdo do arquivo.

Você pode usar kubectl describe ou kubectl get para obter informações sobre um ConfigMap.

Crie um ConfigMap a partir de diretórios

Você pode usar kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de vários arquivos no mesmo diretório. Quando você está criando um ConfigMap baseado em um diretório, o kubectl identifica arquivos cujo nome-base é uma chave válida no diretório e empacota cada um desses arquivos no novo ConfigMap. Quaisquer entradas existentes no diretório que não sejam arquivos regulares são ignoradas (ex. subdiretórios, links simbólicos, dispositivos, pipes, etc).

Por exemplo:

# Criando o diretório local

mkdir -p configure-pod-container/configmap/

# Baixe os arquivos de amostra no diretório `configure-pod-container/configmap/` 

wget https://kubernetes.io/examples/configmap/game.properties -O configure-pod-container/configmap/game.properties
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/ui.properties -O configure-pod-container/configmap/ui.properties

# Crie o ConfigMap

kubectl create configmap game-config --from-file=configure-pod-container/configmap/

O comando acima empacota cada arquivo, neste caso, game.properties e ui.properties no diretório configure-pod-container/configmap/ dentro do ConfigMap de nome game-config. Você pode exibir detalhes do ConfigMap usando o seguinte comando:

kubectl describe configmaps game-config

A saída é semelhante a esta:

Name:         game-config
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
ui.properties:
----
color.good=purple
color.bad=yellow
allow.textmode=true
how.nice.to.look=fairlyNice

Os arquivos game.properties e ui.properties no diretório configure-pod-container/configmap/ estão representados na seção data do ConfigMap.

kubectl get configmaps game-config -o yaml

A saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T18:52:05Z
  name: game-config
  namespace: default
  resourceVersion: "516"
  uid: b4952dc3-d670-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  game.properties: |
    enemies=aliens
    lives=3
    enemies.cheat=true
    enemies.cheat.level=noGoodRotten
    secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
    secret.code.allowed=true
    secret.code.lives=30    
  ui.properties: |
    color.good=purple
    color.bad=yellow
    allow.textmode=true
    how.nice.to.look=fairlyNice    

Crie um ConfigMap a partir de arquivos

Você pode usar kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de um arquivo individual, ou a partir de múltiplos arquivos.

Por exemplo,

kubectl create configmap game-config-2 --from-file=configure-pod-container/configmap/game.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl describe configmaps game-config-2

Onde a saída é semelhante a esta:

Name:         game-config-2
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30

Você pode passar o argumento --from-file múltiplas vezes para criar um ConfigMap a partir de múltiplas fontes de dados.

kubectl create configmap game-config-2 --from-file=configure-pod-container/configmap/game.properties --from-file=configure-pod-container/configmap/ui.properties

Você pode exibir detalhes do ConfigMap game-config-2 usando o comando a seguir:

kubectl describe configmaps game-config-2

A saída é semelhante a esta:

Name:         game-config-2
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
ui.properties:
----
color.good=purple
color.bad=yellow
allow.textmode=true
how.nice.to.look=fairlyNice

Quando o kubectl cria um ConfigMap a partir de entradas que não são ASCII ou UTF-8, a ferramenta os coloca no campo binaryData do ConfigMap, e não no campo data. Fontes de dados de texto e binário podem ser combinadas em um ConfigMap. Se você quiser ver o campo binaryData (e seus valores) em um ConfigMap, você pode executar kubectl get configmap -o jsonpath='{.binaryData}' <name>.

Use a opção --from-env-file para criar um ConfigMap a partir de um arquivo de ambiente, por exemplo:

# Os arquivos de ambiente contêm uma lista de variáveis de ambiente.
# Essas regras de sintaxe se aplicam:
#   Cada linha em um arquivo de ambiente deve estar em formato VAR=VAL.
#   Linhas começando com # (ex. comentários) são ignoradas.
#   Linhas em branco são ignoradas.
#   Não há manuseio especial de aspas (ex. eles farão parte dos valores do ConfigMap).

# Baixe os arquivos de amostra no diretório `configure-pod-container/configmap/`
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/game-env-file.properties -O configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/ui-env-file.properties -O configure-pod-container/configmap/ui-env-file.properties

# O arquivo de ambiente `game-env-file.properties` se parece como o abaixo
cat configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties
enemies=aliens
lives=3
allowed="true"

# Este comentário e a linha vazia acima dela são ignorados
kubectl create configmap game-config-env-file \
       --from-env-file=configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmap game-config-env-file -o yaml

onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2017-12-27T18:36:28Z
  name: game-config-env-file
  namespace: default
  resourceVersion: "809965"
  uid: d9d1ca5b-eb34-11e7-887b-42010a8002b8
data:
  allowed: '"true"'
  enemies: aliens
  lives: "3"

A partir do Kubernetes v1.23, o kubectl suporta múltiplas ocorrências do argumento --from-env-file para criar um ConfigMap para múltiplas fontes de dados.

kubectl create configmap config-multi-env-files \
        --from-env-file=configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties \
        --from-env-file=configure-pod-container/configmap/ui-env-file.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmap config-multi-env-files -o yaml

Onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2017-12-27T18:38:34Z
  name: config-multi-env-files
  namespace: default
  resourceVersion: "810136"
  uid: 252c4572-eb35-11e7-887b-42010a8002b8
data:
  allowed: '"true"'
  color: purple
  enemies: aliens
  how: fairlyNice
  lives: "3"
  textmode: "true"

Defina a chave a ser usada ao criar um ConfigMap a partir de um arquivo

Você pode definir uma chave que não seja o nome do arquivo, para usar na seção data do seu ConfigMap quando usar o argumento --from-file:

kubectl create configmap game-config-3 --from-file=<my-key-name>=<path-to-file>

Onde <my-key-name> é a chave que você deseja usar no ConfigMap e <path-to-file> é a localização do arquivo fonte de dados, que você deseja que a chave represente.

Por exemplo:

kubectl create configmap game-config-3 --from-file=game-special-key=configure-pod-container/configmap/game.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmaps game-config-3 -o yaml

Onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T18:54:22Z
  name: game-config-3
  namespace: default
  resourceVersion: "530"
  uid: 05f8da22-d671-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  game-special-key: |
    enemies=aliens
    lives=3
    enemies.cheat=true
    enemies.cheat.level=noGoodRotten
    secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
    secret.code.allowed=true
    secret.code.lives=30    

Criando um ConfigMap a partir de valores literais

Você pode usar kubectl create configmap com o argumento --from-literal para definir um valor literal a partir da linha de comando:

kubectl create configmap special-config --from-literal=special.how=very --from-literal=special.type=charm

Você pode passar vários pares de chave-valor. Cada par fornecido na linha de comando é representado como uma entrada separada na seção data do ConfigMap.

kubectl get configmaps special-config -o yaml

A saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T19:14:38Z
  name: special-config
  namespace: default
  resourceVersion: "651"
  uid: dadce046-d673-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  special.how: very
  special.type: charm

Crie um ConfigMap de um gerador

Você também pode criar um ConfigMap a partir de geradores e então aplicá-lo no cluster para criar objetos no servidor da API. Você deve especificar os geradores em um arquivo kustomization.yaml dentro de um diretório.

Gere o ConfigMap a partir de arquivos

Por exemplo, para gerar um ConfigMap a partir de arquivos configure-pod-container/configmap/game.properties

# Crie um arquivo kustomization.yaml com um ConfigMapGenerator
cat <<EOF >./kustomization.yaml
configMapGenerator:
- name: game-config-4
  files:
  - configure-pod-container/configmap/game.properties
EOF

Aplique o diretório de kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/game-config-4-m9dm2f92bt created

Você pode verificar se o ConfigMap foi criado, assim:

kubectl get configmap
NAME                       DATA   AGE
game-config-4-m9dm2f92bt   1      37s
kubectl describe configmaps/game-config-4-m9dm2f92bt
Name:         game-config-4-m9dm2f92bt
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  kubectl.kubernetes.io/last-applied-configuration:
                {"apiVersion":"v1","data":{"game.properties":"enemies=aliens\nlives=3\nenemies.cheat=true\nenemies.cheat.level=noGoodRotten\nsecret.code.p...

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
Events:  <none>

Observe que o nome gerado para o ConfigMap tem um sufixo anexado, que é o hash do conteúdo. Isso garante que um novo ConfigMap é gerado cada vez que o seu conteúdo é modificado.

Defina a chave a ser usada ao gerar um ConfigMap a partir de um arquivo

Você pode definir uma chave que não seja o nome do arquivo para usar no gerador do ConfigMap. Por exemplo, para gerar um ConfigMap a partir de arquivos configure-pod-container/configmap/game.properties com a chave game-special-key

# Criando um arquivo kustomization.yaml com o ConfigMapGenerator
cat <<EOF >./kustomization.yaml
configMapGenerator:
- name: game-config-5
  files:
  - game-special-key=configure-pod-container/configmap/game.properties
EOF

Aplicar o diretório kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/game-config-5-m67dt67794 created

Gere ConfigMap a partir de literais

Este exemplo mostra como criar um ConfigMap a partir de dois literais chave/valor: special.type=charm e special.how=very, usando Kustomize e kubectl. Para alcançar isso, você pode especificar o gerador ConfigMap. Crie (ou sobreponha) o arquivo kustomization.yaml para que ele tenha os seguintes conteúdos:

---
# Conteúdos de um aruivo kustomization.yaml para criar um ConfigMap a partir de literais
configMapGenerator:
- name: special-config-2
  literals:
  - special.how=very
  - special.type=charm

Aplique o diretório kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/special-config-2-c92b5mmcf2 created

Limpeza provisória

Antes de prosseguir, limpe alguns dos ConfigMaps que você fez:

kubectl delete configmap special-config
kubectl delete configmap env-config
kubectl delete configmap -l 'game-config in (config-4,config-5)

Agora que você aprendeu a definir ConfigMaps, você pode avançar na próxima seção, e aprender como usar esses objetos com Pods.

Definir variáveis de ambiente de contêineres usando dados ConfigMap

Defina uma variável de ambiente de contêiner com dados de um único ConfigMap

  1. Defina uma variável de ambiente como um par de chave-valor em um ConfigMap:

    kubectl create configmap special-config --from-literal=special.how=very
    
  2. Atribua o valor special.how definido no ConfigMap para a variável de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY na especificação do pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          env:
            # Defina a variável de ambiente
            - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  # O ConfigMap contendo o valor que você deseja atribuir ao SPECIAL_LEVEL_KEY
                  name: special-config
                  # Especifique a chave associada ao valor
                  key: special.how
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-single-configmap-env-variable.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui a variável de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY=very.

Defina variáveis de ambiente de contêineres com dados de múltiplos mapas de configuração

  • Como no exemplo anterior, crie primeiro o ConfigMap.

    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: special-config
      namespace: default
    data:
      special.how: very
    ---
    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: env-config
      namespace: default
    data:
      log_level: INFO
    

    Crie o ConfigMap:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmaps.yaml
    
  • Defina as variáveis de ambiente na especificação do Pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          env:
            - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  name: special-config
                  key: special.how
            - name: LOG_LEVEL
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  name: env-config
                  key: log_level
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-multiple-configmap-env-variable.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui as variáveis de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY=very e LOG_LEVEL=INFO.

Configure todos os pares de chave-valor em um ConfigMap como variáveis de ambiente de contêineres

  • Criando um ConfigMap contendo vários pares de chave-valor.

    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: special-config
      namespace: default
    data:
      SPECIAL_LEVEL: very
      SPECIAL_TYPE: charm
    

    Crie o ConfigMap:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmap-multikeys.yaml
    
  • Use envFrom para definir todos os dados do ConfigMap como variáveis de ambiente do contêiner. A chave do ConfigMap torna-se o nome da variável de ambiente no Pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          envFrom:
          - configMapRef:
              name: special-config
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-envFrom.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui as variáveis de ambiente SPECIAL_LEVEL=very e SPECIAL_TYPE=charm.

Use variáveis de ambiente definidas no ConfigMap em comandos do Pod

Você pode usar variáveis de ambiente definidas no ConfigMap no command e args de um contêiner usando a sintaxe de substituição do Kubernetes $(VAR_NAME).

Por exemplo, a seguinte especificação de Pod

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/echo", "$(SPECIAL_LEVEL_KEY) $(SPECIAL_TYPE_KEY)" ]
      env:
        - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: special-config
              key: SPECIAL_LEVEL
        - name: SPECIAL_TYPE_KEY
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: special-config
              key: SPECIAL_TYPE
  restartPolicy: Never

criado pela execução

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-env-var-valueFrom.yaml

produz a seguinte saída no contêiner test-container:

kubectl logs dapi-test-pod
very charm

Adicione dados do ConfigMap em um Volume

Conforme explicado Criando um ConfigMap a partir de arquivos, quando você cria um ConfigMap usando --from-file, o nome do arquivo se torna uma chave armazenada na seção data do ConfigMap. O conteúdo do arquivo se torna o valor da chave.

Os exemplos nesta seção se referem a um ConfigMap de nome' special-config, mostrado abaixo.

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: special-config
  namespace: default
data:
  SPECIAL_LEVEL: very
  SPECIAL_TYPE: charm

Crie o ConfigMap:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmap-multikeys.yaml

Preencher um volume com dados armazenados em um ConfigMap

Adicione o nome do ConfigMap debaixo da seção volumes das especificações do Pod. Isso adiciona os dados do ConfigMap ao diretório especificado como volumeMounts.mountPath (nesse caso, /etc/config). A seção command lista arquivos do diretório com nomes que correspondem às chaves no ConfigMap.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/sh", "-c", "ls /etc/config/" ]
      volumeMounts:
      - name: config-volume
        mountPath: /etc/config
  volumes:
    - name: config-volume
      configMap:
        # Forneça o nome do ConfigMap que contém os arquivos 
        # que você deseja adicionar ao contêiner
        name: special-config
  restartPolicy: Never

Crie o Pod:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-volume.yaml

Quando o Pod executa, o comando ls /etc/config/ produz a saída abaixo:

SPECIAL_LEVEL
SPECIAL_TYPE

Adicione dados ConfigMap para um caminho específico no volume

Use o campo path para especificar o caminho de arquivo desejado para ítens específicos do ConfigMap. Nesse caso, o item SPECIAL_LEVEL será montado no volume config-volume em /etc/config/keys.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/sh","-c","cat /etc/config/keys" ]
      volumeMounts:
      - name: config-volume
        mountPath: /etc/config
  volumes:
    - name: config-volume
      configMap:
        name: special-config
        items:
        - key: SPECIAL_LEVEL
          path: keys
  restartPolicy: Never

Crie o Pod:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-volume-specific-key.yaml

Quando o Pod executar, o comando cat /etc/config/keys produz a saída abaixo:

very

Projete chaves para caminhos específicos e permissões de arquivos

Você pode projetar chaves para caminhos específicos e permissões específicas em uma base por-arquivo. O guia do usuário Segredos explica a sintaxe.

Referências Opcionais

Uma referência de ConfigMap pode ser marcada opcional. Se o ConfigMap for inexistente, o volume montado estará vazio. Se o ConfigMap existir, mas a chave referenciada é inexistente, o caminho estará ausente no ponto de montagem.

ConfigMaps montados são atualizados automaticamente

Quando um ConfigMap montado é atualizado, o conteúdo projetado é eventualmente atualizado também. Isso se aplica no caso em que um ConfigMap referenciado opcionalmente passe a existir após o Pod ser iniciado.

O Kubelet verifica se o ConfigMap montado está atualizado em cada sincronização periódica. No entanto, ele usa seu cache local baseado em TTL para obter o valor atual do ConfigMap. Como resultado, o atraso total, desde o momento em que o ConfigMap foi atualizado até o momento em que novas chaves são projetadas para o pod, pode ser tão longo quanto o período de sincronização do Kubelet (1 minuto por padrão) + TTL de cache do ConfigMap (1 minuto por padrão) no kubelet.

Compreendendo ConfigMap e Pods

O recurso da API ConfigMap armazena dados de configuração como pares de chave-valor. Os dados podem ser consumidos em Pods, ou fornecidos para componentes do sistema, como controladores. O ConfigMap é similar ao Secret, mas fornece um meio de trabalhar com strings que não contêm informações confidenciais. Usuários e componentes do sistema podem armazenar dados de configuração em ConfigMaps.

O campo data do ConfigMap contém os dados de configuração. Como mostrado no exemplo abaixo, estes podem ser simples (como propriedades individuais definidas usando --from-literal) ou complexos (como arquivos de configuração ou blobs JSON definidos usando --from-file).

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T19:14:38Z
  name: example-config
  namespace: default
data:
  # exemplo de uma propriedade simples definida usando --from-literal
  example.property.1: hello
  example.property.2: world
  # exemplo de uma propriedade complexa definida usando --from-file
  example.property.file: |-
    property.1=value-1
    property.2=value-2
    property.3=value-3    

Restrições

  • Você deve criar um ConfigMap antes de referenciá-lo em uma especificação de Pod (a menos que você marque o ConfigMap como optional). Se você referenciar um ConfigMap que não existe, O Pod não vai iniciar. Da mesma forma, referências a chaves que não existem no ConfigMap impedirão o Pod de iniciar.

  • Se você usar envFrom para definir variáveis de ambiente do ConfigMap, chaves que são consideradas inválidas serão ignoradas. O Pod poderá iniciar, mas os nomes inválidos serão registrados no log de eventos (InvalidVariableNames). A mensagem de log lista cada chave ignorada. Por exemplo:

    kubectl get events
    

    A saída é semelhante a esta:

    LASTSEEN FIRSTSEEN COUNT NAME          KIND  SUBOBJECT  TYPE      REASON                            SOURCE                MESSAGE
    0s       0s        1     dapi-test-pod Pod              Warning   InvalidEnvironmentVariableNames   {kubelet, 127.0.0.1}  Keys [1badkey, 2alsobad] from the EnvFrom configMap default/myconfig were skipped since they are considered invalid environment variable names.
    
  • O ConfigMap reside em um Namespace específico. Um ConfigMap só pode ser referenciado por Pods residentes no mesmo namespace.

  • Você não pode usar um ConfigMap para Pods estáticos, porque o kubelet não oferece suporte a isso.

Próximos passos

4.3.9 - Compartilhando o Namespace de Processo Entre Contêineres em um Pod

Esta página mostra como configurar o compartilhamento de namespace de processos para um Pod. Quando O compartilhamento de namespace de processos está ativado, os processos em um Contêiner são visíveis para todos os outros Contêineres no mesmo Pod.

Você pode usar este recurso para configurar Contêineres de cooperação, como um manipulador de log sidecar de contêiner, ou para solucionar problemas em imagens de contêiner que não incluem utilitários de depuração como um shell.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Configure um pod

O compartilhamento de namespace de processos é ativado usando o campo shareProcessNamespace da .spec para um Pod. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
spec:
  shareProcessNamespace: true
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
  - name: shell
    image: busybox:1.28
    securityContext:
      capabilities:
        add:
        - SYS_PTRACE
    stdin: true
    tty: true
  1. Crie o pod nginx no seu cluster:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/share-process-namespace.yaml
    
  2. Conecte ao shell do contêiner e execute o comando ps:

    kubectl attach -it nginx -c shell
    

    Se você não vir um prompt de comando, tente pressionar Enter. No shell do Contêiner execute:

    # execute este comando dentro do "shell" do contêiner
    ps ax
    

    A saída é semelhante a esta:

    PID   USER     TIME  COMMAND
        1 root      0:00 /pause
        8 root      0:00 nginx: master process nginx -g daemon off;
       14 101       0:00 nginx: worker process
       15 root      0:00 sh
       21 root      0:00 ps ax
    

Você pode sinalizar processos em outros Contêineres. Por exemplo, mandando SIGHUP ao nginx para restartar o processo worker. Isso requer a capacidade SYS_PTRACE.

# execute este comando dentro do "shell" do contêiner
kill -HUP 8   # substitua o "8" pelo PID do processo principal do nginx, se necessário
ps ax

A saída é semelhante a esta:

PID   USER     TIME  COMMAND
    1 root      0:00 /pause
    8 root      0:00 nginx: master process nginx -g daemon off;
   15 root      0:00 sh
   22 101       0:00 nginx: worker process
   23 root      0:00 ps ax

É até possível acessar o sistema de arquivos de outro contêiner usando o link /proc/$pid/root.

# execute este comando dentro do "shell" do contêiner
# substitua o "8" pelo PID do processo Nginx, se necessario
head /proc/8/root/etc/nginx/nginx.conf

A saída é semelhante a esta:

user  nginx;
worker_processes  1;

error_log  /var/log/nginx/error.log warn;
pid        /var/run/nginx.pid;


events {
    worker_connections  1024;

Compreendendo o compartilhamento de namespace de processos

Os Pods compartilham muitos recursos, por isso faz sentido que eles também compartilhem um namespace de processo. Alguns Contêineres podem esperar serem isolados de outros, no entanto, por isso, é importante entender as diferenças:

  1. O processo de contêiner não tem mais o PID 1. Alguns Contêineres recusam começar sem o PID 1 (por exemplo, contêineres usando systemd) ou executando comandos como kill -HUP 1 para sinalizar o processo de Contêiner. Em pods com um namespace de processos compartilhado, kill -HUP 1 irá sinalizar a sandbox (/pause no exemplo acima).

  2. Os processos são visíveis para outros contêineres no Pod. Isso inclui todas informações visíveis em /proc, como senhas que foram passadas como argumentos ou variáveis de ambiente. Estes são protegidos apenas por permissões regulares do Unix.

  3. Sistema de arquivos do Contêiner são visíveis para outros Contêineres do pod através do link /proc/$pid/root. Isso facilita a depuração, mas também significa que os segredos do sistema de arquivos, são protegidos apenas por permissões de sistema de arquivos.

4.3.10 - Criando Pods Estáticos

Pods Estáticos são gerenciados diretamente pelo daemon kubelet em um nó específico, sem o servidor de API observando-os. Ao contrário dos pods que são gerenciados pelo Control Plane (por exemplo, uma Implantação); em vez disso, o kubelet observa cada Pod estático (e reinicia-os se falharem).

Pods estáticos estão sempre ligados a um Kubelet em um nó específico.

O Kubelet tenta automaticamente criar um mirror Pod no servidor de API do Kubernetes para cada Pod estático. Isso significa que os pods em execução em um nó são visíveis no servidor de API, mas não podem ser controlados a partir daí. Aos nomes de Pods será sufixados com o nome de host do nó, com um hífem a esquerda.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Esta página assume que você está usando um CRI-O para executar os Pods, e que seus nós estão executando o sistema operacional Fedora. Instruções para outras distribuições, ou instalações de Kubernetes, podem variar.

Crie um pod estático

Você pode configurar um Pod estático com um arquivo de configuração hospedado no sistema de arquivos ou um arquivo de configuração hospedado na Web.

Manifesto do Pod estático hospedado no sistema de arquivos

Os manifestos, são definições de Pod padrão em formato JSON ou YAML em um diretório específico. Use o campo staticPodPath: <diretório> no arquivo de configuração do kubelet, que periodicamente varre o diretório e cria/exclui Pods estáticos conforme os arquivos YAML/JSON aparecem/desaparecem. Observe que o Kubelet ignorará os arquivos começando com pontos ao varrer o diretório especificado.

Por exemplo, como iniciar um servidor Web simples como um Pod estático

  1. Escolha um nó onde você deseja executar um Pod estático. Neste exemplo, é my-node1.

    ssh my-node1
    
  2. Escolha um diretório, digamos /etc/kubernetes/manifests e coloque uma definição de pod para um servidor web lá, por exemplo /etc/kubernetes/manifests/static-web.yaml:

    # Execute este comando no nó onde o Kubelet está funcionando
    mkdir -p /etc/kubernetes/manifests/
    cat <<EOF >/etc/kubernetes/manifests/static-web.yaml
    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: static-web
      labels:
        role: myrole
    spec:
      containers:
        - name: web
          image: nginx
          ports:
            - name: web
              containerPort: 80
              protocol: TCP
    EOF
    
  3. Configure seu kubelet no nó para usar este diretório executando-o com o argumento --pod-manifest-path=/etc/kubernetes/manifests/. No Fedora, edite o arquivo /etc/kubernetes/kubelet para incluir esta linha:

    KUBELET_ARGS="--cluster-dns=10.254.0.10 --cluster-domain=kube.local --pod-manifest-path=/etc/kubernetes/manifests/"
    

    ou adicione o campo staticPodPath: <o diretótio> no arquivo de configuração do kubelet.

  4. Reinicie o kubelet. No Fedora, você poderia executar:

    # Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
    systemctl restart kubelet
    

Manifesto do Pod estático hospedado na Web

O Kubelet baixa periodicamente um arquivo especificado pelo argumento --manifest-url=<URL> e interpreta-o como um arquivo JSON/YAML que contém as definições do Pod. Similar ao que manifestos hospedados no sistema de arquivos fazem, o kubelet reexamina o manifesto em um agendamento. Se houver alterações na lista de Pods estáticos, o kubelet aplica-os.

Para usar esta abordagem:

  1. Crie um arquivo YAML e armazene-o em um servidor da Web, para que você possa passar o URL desse arquivo para o Kubelet.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: static-web
      labels:
        role: myrole
    spec:
      containers:
        - name: web
          image: nginx
          ports:
            - name: web
              containerPort: 80
              protocol: TCP
    
  2. Configure o kubelet no seu nó selecionado para usar este manifesto da Web, executando-o com --manifest-url=<manifest-url>. No Fedora, edite /etc/kubernetes/kubelet para incluir esta linha:

    KUBELET_ARGS="--cluster-dns=10.254.0.10 --cluster-domain=kube.local --manifest-url=<manifest-url>"
    
  3. Reinicie o Kubelet. No Fedora, você usaria:

    # Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
    systemctl restart kubelet
    

Observe o comportamento do Pod estático

Quando o kubelet começa, inicia automaticamente todos os pods estáticos definidos. Como você definiu um Pod estático e reiniciou o kubelet, o novo pod estático deveria já estar em execução.

Você pode ver os Contêineres em execução (incluindo os Pods estáticos) ao executar (no Nó):

# Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
crictl ps

A saída pode ser algo como:

CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
129fd7d382018   docker.io/library/nginx@sha256:...    11 minutes ago    Running    web     0          34533c6729106

Você pode ver o Pod espelho no servidor de API:

kubectl get pods
NAME         READY   STATUS    RESTARTS        AGE
static-web   1/1     Running   0               2m

Os Rótulos dos pods estáticos são propagados no Pod espelho. Você pode usar esses rótulos como seletores via normal, etc.

Se você tentar usar o kubectl para excluir o Pod espelho do servidor de API, o kubelet não remove o Pod estático:

kubectl delete pod static-web
pod "static-web" deleted

Você pode ver que o Pod ainda está funcionando:

kubectl get pods
NAME         READY   STATUS    RESTARTS   AGE
static-web   1/1     Running   0          4s

De volta ao seu nó, onde o kubelet está funcionando, você pode tentar parar o Contêiner manualmente. Você verá que, depois de algum tempo, o Kubelet notará e reiniciará o Pod automaticamente:

# Execute esses comandos no nó onde o Kubelet está funcionando
crictl stop 129fd7d382018 # substitua pelo ID do seu contêiner
sleep 20
crictl ps
CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
89db4553e1eeb   docker.io/library/nginx@sha256:...    19 seconds ago    Running    web     1          34533c6729106

Adição e remoção dinâmica de Pods estáticos

O Kubelet em execução varre periodicamente o diretório configurado (/etc/kubernetes/manifests em nosso exemplo) por alterações, e adiciona/remove os pods à medida que os arquivos aparecem/desaparecem neste diretório.

# Pressupondo que você esteja usando a configuração de Pod estático hospedada no sistema de arquivos
# Execute esses comandos no nó onde o Kubelet está funcionando
#
mv /etc/kubelet.d/static-web.yaml /tmp
sleep 20
crictl ps
# Você vê que nenhum contêiner nginx está funcionando
#
mv /tmp/static-web.yaml  /etc/kubelet.d/
sleep 20
crictl ps
CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
f427638871c35   docker.io/library/nginx@sha256:...    19 seconds ago    Running    web     1          34533c6729106

4.3.11 - Aplicando os Padrões de Segurança do Pod Através da Configuração do Controlador de Admissão Embutido

O Kubernetes fornece um controlador de admissão embutido para garantir os padrões de segurança do Pod. Você pode configurar esse controlador de admissão para definir padrões e isenções em todo o cluster.

Antes de você começar

Após uma release alfa no Kubernetes v1.22, o controlador de admissão Pod Security Admission tornou-se disponível por padrão no Kubernetes v1.23, no estado beta. Da versão 1.25 em diante o controlador de admissão Pod Security Admission está publicamente disponível.

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Se você não estiver utilizando o Kubernetes 1.30, você pode verificar a documentação da versão do Kubernetes que você está utilizando.

Configure o Controlador de Admissão

apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1 # veja a nota de compatibilidade
kind: AdmissionConfiguration
plugins:
- name: PodSecurity
  configuration:
    apiVersion: pod-security.admission.config.k8s.io/v1beta1
    kind: PodSecurityConfiguration
    # Padrões aplicados quando o label de modo não é especificado.
    #
    # O valor para o label Level deve ser uma das opções abaixo:
    # - "privileged" (padrão)
    # - "baseline"
    # - "restricted"
    #
    # O valor para o label Version deve ser uma das opções abaixo:
    # - "latest" (padrão)
    # - versão específica no formato "v1.30"
    defaults:
      enforce: "privileged"
      enforce-version: "latest"
      audit: "privileged"
      audit-version: "latest"
      warn: "privileged"
      warn-version: "latest"
    exemptions:
      # Lista de usuários autenticados a eximir.
      usernames: []
      # Lista de RuntimeClasses a eximir.
      runtimeClasses: []
      # Lista de namespaces a eximir.
      namespaces: []

4.3.12 - Aplicando Padrões de Segurança de Pod com `Labels` em Namespace

Os namespaces podem ser rotulados para aplicar os Padrões de segurança de pod. As três políticas privilegiado, linha de base e restrito cobrem amplamente o espectro de segurança e são implementados pela segurança de Pod controlador de admissão.

Antes de você começar

O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a v1.22. Para verificar a versão, digite kubectl version.

Exigindo o padrão de segurança baseline de pod com rótulos em namespace

Este manifesto define um Namespace my-baseline-namespace que:

  • Bloqueia quaisquer Pods que não satisfazem os requisitos da política baseline.
  • Gera um aviso para o usuário e adiciona uma anotação de auditoria, a qualquer pod criado que não satisfaça os requisitos da política restricted.
  • Fixa as versões das políticas baseline e restricted à v1.30.
apiVersion: v1
kind: Namespace
metadata:
  name: my-baseline-namespace
  labels:
    pod-security.kubernetes.io/enforce: baseline
    pod-security.kubernetes.io/enforce-version: v1.30

    # Estamos definindo-os para o nosso nível _desejado_  `enforce`.
    pod-security.kubernetes.io/audit: restricted
    pod-security.kubernetes.io/audit-version: v1.30
    pod-security.kubernetes.io/warn: restricted
    pod-security.kubernetes.io/warn-version: v1.30

Adicionar Rótulos aos Namespaces Existentes com kubectl label

É útil aplicar a flag --dry-run ao avaliar inicialmente as alterações do perfil de segurança para namespaces. As verificações padrão de segurança do pod ainda serão executadas em modo dry run, dando-lhe informações sobre como a nova política trataria os pods existentes, sem realmente atualizar a política.

kubectl label --dry-run=server --overwrite ns --all \
    pod-security.kubernetes.io/enforce=baseline

Aplicando a todos os namespaces

Se você está apenas começando com os padrões de segurança de pod, um primeiro passo adequado seria configurar todos namespaces com anotações de auditoria para um nível mais rigoroso, como baseline:

kubectl label --overwrite ns --all \
  pod-security.kubernetes.io/audit=baseline \
  pod-security.kubernetes.io/warn=baseline

Observe que isso não está aplicando as definições de nível, para que os namespaces que não foram explicitamente avaliados possam ser distinguidos. Você pode listar os namespaces sem um nível aplicado, explicitamente definido, usando este comando:

kubectl get namespaces --selector='!pod-security.kubernetes.io/enforce'

Aplicando a um único namespace

Você pode atualizar um namespace específico também. Este comando adiciona a política enforce=restricted ao my-existing-namespace, fixando a política que restringe à versão v1.30.

kubectl label --overwrite ns my-existing-namespace \
  pod-security.kubernetes.io/enforce=restricted \
  pod-security.kubernetes.io/enforce-version=v1.30

4.4 - Utilize o Cilium para NetworkPolicy

Essa página mostra como utilizar o Cilium para NetworkPolicy.

Para saber mais sobre o Cilium, leia o artigo Introdução ao Cilium (em inglês).

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Fazendo o Deploy do Cilium no Minikube para Testes Básicos

Para familiarizar-se com o Cilium você poderá seguir o guia Guia de Primeiros Passos do Cilium no Kubernetes (em inglês) e realizar uma instalação básica do Cilium através de um DaemonSet no minikube.

Inicie o minikube, a versão mínima exigida é >= v1.5.2, com os seguintes argumentos:

minikube version
minikube version: v1.5.2
minikube start --network-plugin=cni

Para o minikube, você poderá instalar o Cilium utilizando a ferramenta de linha de comando (CLI). Para isso, primeiro faça o download da última versão do CLI com o seguinte comando:

curl -LO https://github.com/cilium/cilium-cli/releases/latest/download/cilium-linux-amd64.tar.gz

Em seguida extraia o arquivo baixado para o diretório /usr/local/bin com os comandos:

sudo tar xzvfC cilium-linux-amd64.tar.gz /usr/local/bin
rm cilium-linux-amd64.tar.gz

Após executar os passos acima, você poderá instalar o Cilium utilizando o comando abaixo:

cilium install

O Cilium irá detectar as configurações do cluster automaticamente, criará e instalará os componentes apropriados para que a instalação seja bem sucedida. Os componentes são:

  • Certificate Authority (CA) no Secret cilium-ca e os certificados para o Hubble (camada de observabilidade do Cilium).
  • Service accounts.
  • Cluster roles.
  • ConfigMap.
  • Um agente DaemonSet e um Operator Deployment.

Após a instalação, você poderá visualizar o status geral do Deployment do Cilium com o comando cilium status. Confira a saída esperada da opção status aqui.

O restante do guia de primeiros passos utiliza como base uma aplicação de exemplo para explicar como aplicar políticas de segurança tanto para L3/L4 (como endereço de IP + porta), quanto para L7 (como HTTP).

Fazendo o deploy do Cilium para uso em produção

Para instruções detalhadas de como fazer o deploy do Cilium em produção, acesse: Guia de Instalação do Cilium no Kubernetes (em inglês).

Essa documentação inclui detalhes sobre os requisitos, instruções e exemplos de DaemonSet para produção.

Entendendo os componentes do Cilium

Ao realizar o deploy do Cilium no cluster, Pods são adicionados ao namespace kube-system. Para ver essa lista de Pods execute:

kubectl get pods --namespace=kube-system -l k8s-app=cilium

Você verá uma lista de Pods similar a essa:

NAME           READY   STATUS    RESTARTS   AGE
cilium-kkdhz   1/1     Running   0          3m23s
...

Um Pod cilium roda em cada um dos nós do seu cluster e garante as políticas de rede no tráfego de/para Pods naquele nó usando o Linux BPF.

Próximos passos

Uma vez que seu cluster estiver rodando, você pode seguir o artigo Declarar uma Network Policy (em inglês) para testar as políticas de NetworkPolicy do Kubernetes com o Cilium. Divirta-se! Se tiver dúvidas, nos contate usando o Canal Slack do Cilium.

4.5 - Depurando Contêineres de Inicialização

Esta página mostra como investigar problemas relacionados à execução de contêineres de inicialização. As linhas de comando de exemplo abaixo referem-se ao pod como <pod-name> e aos contêineres de inicialização como <init-container-1> e <init-container-2>.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Verificando o status dos contêineres de inicialização

Exiba o status do seu pod:

kubectl get pod <pod-name>

Por exemplo, um status de Init:1/2 indica que uma das duas inicializações de contêineres concluíram com sucesso:

NAME         READY     STATUS     RESTARTS   AGE
<pod-name>   0/1       Init:1/2   0          7s

Consulte Entendendo sobre o status do pod para obter mais exemplos de valores de status e seus significados.

Obtendo detalhes sobre os contêineres de inicialização

Veja informações mais detalhadas sobre a execução de contêineres de inicialização:

kubectl describe pod <pod-name>

Por exemplo, um pod com dois contêineres de inicialização pode mostrar o seguinte:

Init Containers:
  <init-container-1>:
    Container ID:    ...
    ...
    State:           Terminated
      Reason:        Completed
      Exit Code:     0
      Started:       ...
      Finished:      ...
    Ready:           True
    Restart Count:   0
    ...
  <init-container-2>:
    Container ID:    ...
    ...
    State:           Waiting
      Reason:        CrashLoopBackOff
    Last State:      Terminated
      Reason:        Error
      Exit Code:     1
      Started:       ...
      Finished:      ...
    Ready:           False
    Restart Count:   3
    ...

Você também pode acessar programaticamente os status dos contêineres de inicialização, lendo o campo status.initContainerStatuses nas especificações do pod:

kubectl get pod nginx --template '{{.status.initContainerStatuses}}'

Este comando retornará as mesmas informações acima em JSON bruto.

Acessando logs de contêineres de inicialização

Passe o nome do contêiner de inicialização junto com o nome do Pod para acessar seus logs.

kubectl logs <pod-name> -c <init-container-2>

Contêineres de inicialização que executam comandos de script de shell imprimem à medida que são executados. Por exemplo, você pode fazer isso no Bash executando set -x no início do script.

Entendendo sobre o status do pod

Um status do Pod começando com Init: resume o status da execução de contêineres de inicialização. A tabela abaixo descreve alguns valores de status de exemplo que você pode ver durante a depuração de contêineres de inicialização.

StatusSignificado
Init:N/MO pod tem contêineres de inicialização M e N que foram concluídas até agora.
Init:ErrorUm contêiner de inicialização falhou ao executar.
Init:CrashLoopBackOffUm contêiner de inicialização falhou repetidamente.
PendingO pod ainda não começou a executar o contêiner de inicialização.
PodInitializing ou RunningO pod já concluiu a execução dos contêineres de inicialização.

4.6 - Acessando Aplicações em um Cluster

Configurar balanceamento de carga, redirecionamento de porta, ou configuração de firewall ou DNS para acessar aplicativos em um cluster.

4.6.1 - Acessando clusters

Esse tópico fala sobre diversas maneiras de interagir com clusters.

Acessando pela primeira vez com kubectl

Se estiver acessando o Kubernetes API pela primeira vez, recomendamos usar a CLI do Kubernetes, kubectl.

Para acessar um cluster, você precisa saber a localização do cluster e ter credenciais para acessá-lo. Geralmente, isso é configurado automaticamente quando você trabalha com um Guia de instalação ou outra pessoa configurou o cluster e forneceu a você credenciais e uma localização.

Verifique o local e as credenciais que o kubectl conhece com esse comando:

kubectl config view

Muitos dos exemplos fornecem uma introdução ao uso do kubectl e a documentação completa pode ser encontrada no guia de referência do kubectl.

Acessando diretamente a API REST

O Kubectl lida com a localização e a autenticação no servidor de API. Se você quiser acessar diretamente a API REST com um cliente http como curl ou wget, ou um navegador, há várias maneiras de localizar e autenticar:

  • Executar o kubectl no modo proxy.
    • Método recomendado.
    • Usa a localização previamente armazenada do servidor da API.
    • Verifica a identidade do apiserver usando um certificado autoassinado. Não há possibilidade de ataque MITM (Man-In-The-Middle).
    • Autentica-se no servidor da API.
    • No futuro, poderá fazer balanceamento de carga inteligente no lado do cliente, e transferência em caso de falha.
  • Forneça o local e as credenciais diretamente para o cliente http.
    • Método alternativo.
    • Funciona com alguns tipos de código de cliente que são confundidos pelo uso de um proxy.
    • É necessário importar um certificado raiz em seu navegador para se proteger contra ataque MITM (Man-In-The-Middle).

Usando o kubectl proxy

O comando a seguir executa o kubectl em um modo em que ele atua como um proxy reverso. Ele lida com localização do apiserver e da autenticação. Execute-o desta forma:

kubectl proxy --port=8080

Consulte kubectl proxy para obter mais detalhes.

Em seguida, você pode explorar a API com curl, wget ou um navegador, substituindo localhost por [::1] para IPv6, da seguinte forma:

curl http://localhost:8080/api/

O resultado é semelhante a este:

{
  "kind": "APIVersions",
  "versions": [
    "v1"
  ],
  "serverAddressByClientCIDRs": [
    {
      "clientCIDR": "0.0.0.0/0",
      "serverAddress": "10.0.1.149:443"
    }
  ]
}

Sem kubectl proxy

Use kubectl apply e kubectl describe secret... para criar um token para a conta de serviço padrão com grep/cut:

Primeiro, crie o Secret, solicitando um token para a ServiceAccount padrão:

kubectl apply -f - <<EOF
apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: default-token
  annotations:
    kubernetes.io/service-account.name: default
type: kubernetes.io/service-account-token
EOF

Em seguida, aguarde até que o controlador de token preencha o Secret com um token:

while ! kubectl describe secret default-token | grep -E '^token' >/dev/null; do
  echo "waiting for token..." >&2
  sleep 1
done

Recupere e use o token gerado:

APISERVER=$(kubectl config view --minify | grep server | cut -f 2- -d ":" | tr -d " ")
TOKEN=$(kubectl describe secret default-token | grep -E '^token' | cut -f2 -d':' | tr -d " ")

curl $APISERVER/api --header "Authorization: Bearer $TOKEN" --insecure

O resultado é semelhante a este:

{
  "kind": "APIVersions",
  "versions": [
    "v1"
  ],
  "serverAddressByClientCIDRs": [
    {
      "clientCIDR": "0.0.0.0/0",
      "serverAddress": "10.0.1.149:443"
    }
  ]
}

Usando jsonpath:

APISERVER=$(kubectl config view --minify -o jsonpath='{.clusters[0].cluster.server}')
TOKEN=$(kubectl get secret default-token -o jsonpath='{.data.token}' | base64 --decode)

curl $APISERVER/api --header "Authorization: Bearer $TOKEN" --insecure

O resultado é semelhante a este:

{
  "kind": "APIVersions",
  "versions": [
    "v1"
  ],
  "serverAddressByClientCIDRs": [
    {
      "clientCIDR": "0.0.0.0/0",
      "serverAddress": "10.0.1.149:443"
    }
  ]
}

Os exemplos acima usam a opção --insecure. Isso deixa o cluster sujeito a ataques MITM. Quando o kubectl acessa o cluster, ele usa um certificado raiz guardado e certificados de cliente para acessar o servidor. (Esses certificados são instalados no diretório ~/.kube). Como os certificados do cluster normalmente são autoassinados, pode ser necessária uma configuração especial para que seu cliente http use o certificado raiz.

Em alguns clusters, o servidor da API não requer autenticação; ele pode servir no localhost ou estar protegido por um firewall. Não há um padrão para isso. A página Controlando Acesso à API do Kubernetes
descreve como um administrador de cluster pode configurar isso.

Acesso programático à API

O Kubernetes suporta oficialmente as bibliotecas de clientes Go e Python.

Cliente Go

  • Para obter a biblioteca, execute o seguinte comando: go get k8s.io/client-go@kubernetes-<kubernetes-version-number>, consulte INSTALL.md para obter instruções detalhadas de instalação. Consulte https://github.com/kubernetes/client-go para ver quais versões são compatíveis.
  • Escreva um aplicativo utilizando o cliente Go. Observe que ela define seus próprios objetos de API, portanto, se necessário, importe as definições de API do cliente Go em vez de importá-las do repositório principal. Por exemplo, import "k8s.io/client-go/kubernetes" está correto.

O cliente Go pode usar o mesmo arquivo kubeconfig como a CLI do kubectl faz, para localizar e autenticar ao apiserver. Veja esse exemplo.

Se o aplicativo for disponibilizado como um pod no cluster, consulte a próxima seção.

Cliente Python

Para usar o cliente Python, execute o seguinte comando: pip install kubernetes. Consulte a página Python Client Library para obter mais opções de instalação.

O cliente Python pode usar o mesmo arquivo kubeconfig que a ferramenta kubectl utiliza para localizar e autenticar ao servidor da API. Veja esse exemplo.

Outras bibliotecas

Existem bibliotecas de clientes para acessar a API utilizando outras linguagens. Consulte a documentação de outras bibliotecas para saber como elas se autenticam.

Acessando a API a partir de um pod

Ao acessar a API a partir de um pod, a localização e a autenticação para o servidor de API são um pouco diferentes.

Consulte Acessando a API a partir de um pod para obter mais detalhes.

Acessando serviços em execução no cluster

A seção anterior descreve como se conectar ao servidor da API do Kubernetes. Para obter informações sobre como se conectar a outros serviços em execução em um cluster do Kubernetes, consulte Acessando serviços em execução em clusters.

Solicitação de redirecionamentos

Os recursos de redirecionamento foram descontinuados e removidos. Em vez disso, use um proxy (veja abaixo).

Tantos proxies

Há vários proxies diferentes que você pode encontrar ao usar o Kubernetes:

  1. O kubectl proxy:

    • é executado no computador de um usuário ou em um pod
    • cria um proxy de um endereço localhost para o servidor da API do Kubernetes
    • a conexão do cliente para o proxy usa HTTP
    • a conexão do proxy para o servidor da API usa HTTPS
    • localiza o apiserver
    • adiciona cabeçalhos de autenticação
  2. O proxy do servidor da API:

    • é um bastião incorporado ao apiserver
    • conecta um usuário fora do cluster aos IPs do cluster que, de outra forma, poderiam não ser acessíveis
    • é executado no processo do servidor da API
    • cliente para proxy usa HTTPS (ou http se o servidor da API estiver configurado dessa forma)
    • a conexão do proxy para o destino pode usar HTTP ou HTTPS, conforme escolhido pelo proxy usando as informações disponíveis
    • pode ser usado para acessar um Nó, Pod ou Serviço
    • faz o balanceamento de carga quando usado para acessar um serviço
  3. O kube proxy:

    • é executado em cada nó
    • proxy de UDP e TCP
    • não entende HTTP
    • fornece balanceamento de carga
    • é usado apenas para acessar serviços
  4. Um Proxy/balanceador de carga na frente do(s) servidor(es) da API:

    • a existência e a implementação variam de cluster para cluster (por exemplo, nginx)
    • fica entre todos os clientes e um ou mais servidores da API
    • atua como um balanceador de carga se houver vários servidores da API.
  5. Balanceadores de carga de provedor de nuvem em serviços externos:

    • são fornecidos por alguns provedores de nuvem computacional (por exemplo, AWS ELB, Google Cloud Load Balancer)
    • são criados automaticamente quando o serviço Kubernetes tem o tipo LoadBalancer
    • usam somente UDP/TCP
    • a implementação varia de acordo com o provedor de nuvem.

Normalmente, os usuários do Kubernetes não precisam se preocupar com nada além dos dois primeiros tipos. O administrador do cluster normalmente garantirá que os últimos tipos sejam configurados corretamente.

4.6.2 - Configurar o acesso a múltiplos clusters

Esta página mostra como configurar o acesso a vários clusters usando arquivos de configuração. Depois que os clusters, os usuários e os contextos forem definidos em um ou mais arquivos de configuração, você pode alternar rapidamente entre os clusters usando o comando kubectl config use-context.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar se kubectl está instalado, execute kubectl version --client. A versão do kubectl deve ter no máximo uma versão menor de diferença da versão do servidor de API do seu cluster.

Defina clusters, usuários e contextos

Suponha que você tenha dois clusters, um para o trabalho de desenvolvimento, chamado development, e outro para o trabalho de teste, chamado test. No cluster development, seus desenvolvedores de front-end trabalham em um namespace chamado frontend, e os desenvolvedores de armazenamento trabalham em um namespace chamado storage. Em seu cluster test, os desenvolvedores trabalham no namespace padrão ou criam namespaces auxiliares conforme acharem adequado. O acesso ao cluster de desenvolvimento requer autenticação por certificado. O acesso ao cluster de teste requer autenticação por nome de usuário e senha.

Crie um diretório chamado config-exercise. Em seu diretório config-exercise, crie um arquivo chamado config-demo com este conteúdo:

apiVersion: v1
kind: Config
preferences: {}

clusters:
- cluster:
  name: development
- cluster:
  name: test

users:
- name: developer
- name: experimenter

contexts:
- context:
  name: dev-frontend
- context:
  name: dev-storage
- context:
  name: exp-test

Um arquivo de configuração descreve clusters, usuários e contextos. Seu arquivo config-demo tem a estrutura para descrever dois clusters, dois usuários e três contextos.

Vá para o diretório config-exercise. Digite estes comandos para adicionar detalhes do cluster ao seu arquivo de configuração:

kubectl config --kubeconfig=config-demo set-cluster development --server=https://1.2.3.4 --certificate-authority=fake-ca-file
kubectl config --kubeconfig=config-demo set-cluster test --server=https://5.6.7.8 --insecure-skip-tls-verify

Adicione detalhes do usuário ao seu arquivo de configuração:

kubectl config --kubeconfig=config-demo set-credentials developer --client-certificate=fake-cert-file --client-key=fake-key-seefile
kubectl config --kubeconfig=config-demo set-credentials experimenter --username=exp --password=some-password

Adicione detalhes de contexto ao seu arquivo de configuração:

kubectl config --kubeconfig=config-demo set-context dev-frontend --cluster=development --namespace=frontend --user=developer
kubectl config --kubeconfig=config-demo set-context dev-storage --cluster=development --namespace=storage --user=developer
kubectl config --kubeconfig=config-demo set-context exp-test --cluster=test --namespace=default --user=experimenter

Abra seu arquivo config-demo para ver os detalhes adicionados. Como alternativa para abrir o arquivo config-demo, você pode usar o comando config view

kubectl config --kubeconfig=config-demo view

O resultado mostra os dois clusters, dois usuários e três contextos:

apiVersion: v1
clusters:
- cluster:
    certificate-authority: fake-ca-file
    server: https://1.2.3.4
  name: development
- cluster:
    insecure-skip-tls-verify: true
    server: https://5.6.7.8
  name: test
contexts:
- context:
    cluster: development
    namespace: frontend
    user: developer
  name: dev-frontend
- context:
    cluster: development
    namespace: storage
    user: developer
  name: dev-storage
- context:
    cluster: test
    namespace: default
    user: experimenter
  name: exp-test
current-context: ""
kind: Config
preferences: {}
users:
- name: developer
  user:
    client-certificate: fake-cert-file
    client-key: fake-key-file
- name: experimenter
  user:
    # Nota de documentação (este comentário NÃO faz parte da saída do comando).
    # Armazenar senhas na configuração do cliente Kubernetes é arriscado.
    # Uma alternativa melhor seria usar um plugin de credenciais
    # e armazenar as credenciais separadamente.
    # Veja https://kubernetes.io/pt-br/docs/reference/access-authn-authz/authentication/#plugins-de-credenciais-client-go
    password: some-password
    username: exp

O fake-ca-file, o fake-cert-file e o fake-key-file acima são os espaços reservados para a localização dos arquivos de certificado. Você precisa alterá-los para a localização real dos arquivos de certificado em seu ambiente.

Às vezes, você pode querer usar dados codificados em Base64 incorporados aqui, em vez de arquivos de certificado separados. Nesse caso, é necessário adicionar o sufixo data às chaves, por exemplo, certificate-authority-data, client-certificate-data, client-key-data.

Cada contexto é uma tripla (cluster, usuário, namespace). Por exemplo, o contexto dev-frontend diz: "Use as credenciais do usuário developer para acessar o namespace frontend do cluster development".

Define o contexto atual:

kubectl config --kubeconfig=config-demo use-context dev-frontend

Agora, sempre que você use um comando kubectl, a ação será aplicada ao cluster, e ao namespace listados no contexto dev-frontend. E o comando usará as credenciais do usuário listado no contexto dev-frontend.

Para ver apenas as informações de configuração associadas ao o contexto atual, use a opção --minify.

kubectl config --kubeconfig=config-demo view --minify

O resultado mostra as informações de configuração associadas ao contexto dev-frontend:

apiVersion: v1
clusters:
- cluster:
    certificate-authority: fake-ca-file
    server: https://1.2.3.4
  name: development
contexts:
- context:
    cluster: development
    namespace: frontend
    user: developer
  name: dev-frontend
current-context: dev-frontend
kind: Config
preferences: {}
users:
- name: developer
  user:
    client-certificate: fake-cert-file
    client-key: fake-key-file

Agora, suponha que você queira trabalhar por um tempo no cluster de teste.

Altere o contexto atual para exp-test:

kubectl config --kubeconfig=config-demo use-context exp-test

Agora, qualquer comando kubectl que você usar, será aplicado ao namespace padrão do cluster test. E o comando usará as credenciais do usuário listado no contexto exp-test.

Ver a configuração associada ao novo contexto atual, exp-test.

kubectl config --kubeconfig=config-demo view --minify

Por fim, suponha que você queira trabalhar por um tempo no namespace storage do cluster development.

Altere o contexto atual para dev-storage:

kubectl config --kubeconfig=config-demo use-context dev-storage

Ver a configuração associada ao novo contexto atual, dev-storage.

kubectl config --kubeconfig=config-demo view --minify

Crie um segundo arquivo de configuração

Em seu diretório config-exercise, crie um arquivo chamado config-demo-2 com este conteúdo:

apiVersion: v1
kind: Config
preferences: {}

contexts:
- context:
    cluster: development
    namespace: ramp
    user: developer
  name: dev-ramp-up

O arquivo de configuração anterior define um novo contexto chamado dev-ramp-up.

Defina a variável de ambiente KUBECONFIG

Verifique se você tem uma variável de ambiente chamada KUBECONFIG. Em caso afirmativo, salve o valor atual da variável de ambiente KUBECONFIG para que você possa restaurá-lo posteriormente. Por exemplo:

Linux

export KUBECONFIG_SAVED="$KUBECONFIG"

Windows PowerShell

$Env:KUBECONFIG_SAVED=$ENV:KUBECONFIG

A variável de ambiente KUBECONFIG é uma lista de caminhos para arquivos de configuração. A lista é delimitada por dois pontos para Linux e Mac, e delimitada por ponto e vírgula para Windows. Se você tiver uma variável de ambiente KUBECONFIG, familiarize-se com os arquivos de configuração na lista.

Anexe temporariamente duas localizações à sua variável de ambiente KUBECONFIG. Por exemplo:

Linux

export KUBECONFIG="${KUBECONFIG}:config-demo:config-demo-2"

Windows PowerShell

$Env:KUBECONFIG=("config-demo;config-demo-2")

Em seu diretório config-exercise, digite este comando:

kubectl config view

O resultado mostra informações mescladas de todos os arquivos listados em sua variável de ambiente KUBECONFIG. Em particular, observe que as informações mescladas têm o contexto dev-ramp-up do arquivo config-demo-2 e os três contextos do arquivo config-demo:

contexts:
- context:
    cluster: development
    namespace: frontend
    user: developer
  name: dev-frontend
- context:
    cluster: development
    namespace: ramp
    user: developer
  name: dev-ramp-up
- context:
    cluster: development
    namespace: storage
    user: developer
  name: dev-storage
- context:
    cluster: test
    namespace: default
    user: experimenter
  name: exp-test

Para obter mais informações sobre como os arquivos kubeconfig são mesclados, consulte Organizando o acesso ao cluster usando arquivos kubeconfig

Explore o diretório $HOME/.kube

Se você já tiver um cluster e puder usar o kubectl para interagir com o o cluster, então provavelmente você tem um arquivo chamado config no diretório $HOME/.kube.

Vá para $HOME/.kube e veja quais arquivos estão lá. Normalmente, há um arquivo chamado config. Também pode haver outros arquivos de configuração nesse diretório. Em um breve momento familiarize-se com o conteúdo desses arquivos.

Acrescente $HOME/.kube/config à sua variável de ambiente KUBECONFIG

Se você tiver um arquivo $HOME/.kube/config e ele ainda não estiver listado em sua variável de ambiente KUBECONFIG, acrescente-o à sua variável de ambiente KUBECONFIG agora. Por exemplo:

Linux

export KUBECONFIG="${KUBECONFIG}:${HOME}/.kube/config"

Windows Powershell

$Env:KUBECONFIG="$Env:KUBECONFIG;$HOME\.kube\config"

Visualize as informações de configuração mescladas de todos os arquivos que agora estão listados em sua variável de ambiente KUBECONFIG. Em seu diretório config-exercise, digite:

kubectl config view

Limpar

Retorne sua variável de ambiente KUBECONFIG ao seu valor original. Por exemplo:

Linux

export KUBECONFIG="$KUBECONFIG_SAVED"

Windows PowerShell

$Env:KUBECONFIG=$ENV:KUBECONFIG_SAVED

Verificar o sujeito representado pelo kubeconfig

Nem sempre é óbvio quais atributos (nome de usuário, grupos) você obterá após a autenticação no cluster. Isso pode ser ainda mais desafiador se você estiver gerenciando mais de um cluster ao mesmo tempo.

Há um subcomando de kubectl para verificar os atributos do sujeito, como o nome de usuário, para o Kubernetes contexto selecionado: kubectl auth whoami.

Leia Acesso da API às informações de autenticação de um cliente para saber mais sobre isso em detalhes.

Próximos passos

4.6.3 - Use o redirecionamento de porta para acessar aplicativos em um cluster.

Esta página mostra como usar o kubectl port-forward para se conectar a um servidor MongoDB em execução em um cluster Kubernetes. Esse tipo de conexão pode ser útil para depuração de bancos de dados.

Antes de você começar

  • Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

    O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a v1.10. Para verificar a versão, digite kubectl version.
  • Instale o MongoDB Shell.

Criando a implantação e o serviço do MongoDB

  1. Crie uma Implantação que execute o MongoDB:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/application/mongodb/mongo-deployment.yaml
    

    A saída de um comando bem-sucedido verifica que a implantação foi criada:

    deployment.apps/mongo criado
    

    Visualize o status do pod para verificar se ele está pronto:

    kubectl get pods
    

    A saída exibe o pod criado:

    NAME                     READY   STATUS    RESTARTS   AGE
    mongo-75f59d57f4-4nd6q   1/1     Em execução   0          2m4s
    

    Visualize o status da implantação:

    kubectl get deployment
    

    A saída exibe que a implantação foi criada:

    NAME    READY   UP-TO-DATE   AVAILABLE   AGE
    mongo   1/1     1            1           2m21s
    

    A implantação gerencia automaticamente um conjunto de réplicas. Visualize o status do conjunto de réplicas usando:

    kubectl get replicaset
    

    Visualize o status do conjunto de réplicas usando:

    NAME               DESIRED   CURRENT   READY   AGE
    mongo-75f59d57f4   1         1         1       3m12s
    
  2. Crie um serviço para expor o MongoDB na rede:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/application/mongodb/mongo-service.yaml
    

    A saída de um comando bem-sucedido verifica que o serviço foi criado:

    service/mongo criado
    

    Verifique o serviço criado::

    kubectl get service mongo
    

    A saída exibe o serviço criado:

    NAME    TYPE        CLUSTER-IP     EXTERNAL-IP   PORT(S)     AGE
    mongo   ClusterIP   10.96.41.183   <none>        27017/TCP   11s
    
  3. Verifique se o servidor MongoDB está sendo executado no Pod e ouvindo a porta 27017:

    # Altere mongo-75f59d57f4-4nd6q para o nome do Pod
    kubectl get pod mongo-75f59d57f4-4nd6q --template='{{(index (index .spec.containers 0).ports 0).containerPort}}{{"\n"}}'
    

    A saída exibe a porta para o MongoDB nesse Pod:

    27017
    

    27017 é a porta TCP alocada ao MongoDB na internet.

Encaminhe uma porta local para uma porta no Pod

  1. kubectl port-forward permite usar o nome do recurso, como o nome do pod, para selecionar um pod correspondente para encaminhar a porta.

    # Altere mongo-75f59d57f4-4nd6q para o nome do Pod
    kubectl port-forward mongo-75f59d57f4-4nd6q 28015:27017
    

    que é o mesmo que

    kubectl port-forward pods/mongo-75f59d57f4-4nd6q 28015:27017
    

    ou

    kubectl port-forward deployment/mongo 28015:27017
    

    ou

    kubectl port-forward replicaset/mongo-75f59d57f4 28015:27017
    

    ou

    kubectl port-forward service/mongo 28015:27017
    

    Qualquer um dos comandos acima funciona. A saída é semelhante a esta:

    Encaminhamento de 127.0.0.1:28015 -> 27017
    Encaminhamento de [::1]:28015 -> 27017
    
  2. Inicie a interface de linha de comando do MongoDB:

    mongosh --port 28015
    
  3. No prompt de comando do MongoDB, digite o comando ping:

    db.runCommand( { ping: 1 } )
    

    Uma solicitação de ping bem-sucedida retorna:

    { ok: 1 }
    

Opcionalmente, deixe kubectl escolher a porta local

Se você não precisa de uma porta local específica, pode permitir que o kubectl escolha e reserve a porta local e, assim, evitar ter que gerenciar conflitos de porta local, com a sintaxe ligeiramente mais simples:

kubectl port-forward deployment/mongo :27017

A ferramenta kubectl encontra um número de porta local que não está em uso (evitando números de porta baixos, porque esses podem ser usados por outras aplicações). A saída é semelhante a:

Encaminhamento de 127.0.0.1:63753 -> 27017
Encaminhamento de [::1]:63753 -> 27017

Discussão

As conexões feitas à porta local 28015 são encaminhadas para a porta 27017 do Pod que está executando o servidor MongoDB. Com esta conexão em vigor, você pode usar seu local de trabalho para depurar o banco de dados que está sendo executado no Pod.

Próximos passos

Saiba mais sobre kubectl port-forward.

4.6.4 - Conectando um Frontend a um Backend usando Serviços

Esta tarefa mostra como criar um microserviço frontend e um microserviço backend. O microserviço backend é um serviço que envia uma mensagem de saudação. O frontend expõe o backend usando o nginx e um objeto Service do Kubernetes.

Objetivos

  • Crie e execute um microserviço de backend de amostra chamado hello usando um objeto Deployment.
  • Use um objeto de serviço (Service) para enviar tráfego para as várias réplicas do microserviço de backend.
  • Crie e execute um microserviço de frontend chamado nginx, também usando um objeto Deployment.
  • Configure o microserviço de frontend para enviar tráfego para o microserviço de backend.
  • Use um objeto Service do tipo LoadBalancer para expor o microserviço de frontend fora do cluster.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Esta tarefa utiliza Serviços com balanceadores de carga externos, que necessitam de um ambiente suportado. Se o seu ambiente não suportar isso, você pode substituir por um serviço do tipo NodePort.

Criando o backend usando um Deployment.

O backend é um microserviço simples de saudação. Aqui está o arquivo de configuração para o Deployment do backend:

---
apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  name: backend
spec:
  selector:
    matchLabels:
      app: hello
      tier: backend
      track: stable
  replicas: 3
  template:
    metadata:
      labels:
        app: hello
        tier: backend
        track: stable
    spec:
      containers:
        - name: hello
          image: "gcr.io/google-samples/hello-go-gke:1.0"
          ports:
            - name: http
              containerPort: 80
...

Crie o Deployment do backend:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/service/access/backend-deployment.yaml

Veja informações sobre o Deployment do backend:

kubectl describe deployment backend

A saída é semelhante a esta:

Name:                           backend
Namespace:                      default
CreationTimestamp:              Mon, 24 Oct 2016 14:21:02 -0700
Labels:                         app=hello
                                tier=backend
                                track=stable
Annotations:                    deployment.kubernetes.io/revision=1
Selector:                       app=hello,tier=backend,track=stable
Replicas:                       3 desired | 3 updated | 3 total | 3 available | 0 unavailable
StrategyType:                   RollingUpdate
MinReadySeconds:                0
RollingUpdateStrategy:          1 max unavailable, 1 max surge
Pod Template:
  Labels:       app=hello
                tier=backend
                track=stable
  Containers:
   hello:
    Image:              "gcr.io/google-samples/hello-go-gke:1.0"
    Port:               80/TCP
    Environment:        <none>
    Mounts:             <none>
  Volumes:              <none>
Conditions:
  Type          Status  Reason
  ----          ------  ------
  Available     True    MinimumReplicasAvailable
  Progressing   True    NewReplicaSetAvailable
OldReplicaSets:                 <none>
NewReplicaSet:                  hello-3621623197 (3/3 replicas created)
Events:
...

Criando o objeto Service hello

A chave para enviar solicitações do frontend para o backend é o Service do backend. Um Service cria um endereço IP persistente e uma entrada de nome DNS, para que o microserviço do backend possa ser sempre acessado. Um Service usa seletores para encontrar os Pods para os quais ele roteia o tráfego.

Primeiro, explore o arquivo de configuração do Service:

---
apiVersion: v1
kind: Service
metadata:
  name: hello
spec:
  selector:
    app: hello
    tier: backend
  ports:
  - protocol: TCP
    port: 80
    targetPort: http
...

No arquivo de configuração, você pode ver que o Service, chamado de hello, roteia o tráfego para Pods que possuem as labels app: hello e tier: backend.

Crie o Service para o backend:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/service/access/backend-service.yaml

Neste ponto, você possui um Deployment chamado backend executando três réplicas do seu aplicativo hello e possui um Service que pode rotear o tráfego para eles. No entanto, esse serviço ainda não pode ser acessado ou resolvido fora do cluster.

Criando o frontend

Agora que o seu backend está em execução, você pode criar um frontend que seja acessível fora do cluster e se conecte ao backend por meio de solicitações de proxy.

O frontend envia solicitações para os worker Pods do backend usando o nome DNS fornecido ao Serviço do backend. O nome DNS é hello, que é o valor do campo name no arquivo de configuração examples/service/access/backend-service.yaml.

Os Pods no Deployment do frontend executam uma imagem nginx que é configurada para fazer proxy de solicitações para o Serviço de backend hello. Aqui está o arquivo de configuração nginx:

# The identifier Backend is internal to nginx, and used to name this specific upstream
upstream Backend {
    # hello is the internal DNS name used by the backend Service inside Kubernetes
    server hello;
}

server { listen 80;

location / {
    # The following statement will proxy traffic to the upstream named Backend
    proxy_pass http://Backend;
}

}

Similarmente ao backend, o frontend possui um Deployment e um Service. Uma diferença importante a ser notada entre os serviços de backend e frontend é que a configuração do serviço de frontend tem o parâmetro type: LoadBalancer, o que significa que o serviço usa um balanceador de carga fornecido pelo provedor de nuvem e será acessível de fora do cluster.

---
apiVersion: v1
kind: Service
metadata:
  name: frontend
spec:
  selector:
    app: hello
    tier: frontend
  ports:
  - protocol: "TCP"
    port: 80
    targetPort: 80
  type: LoadBalancer
...
---
apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  name: frontend
spec:
  selector:
    matchLabels:
      app: hello
      tier: frontend
      track: stable
  replicas: 1
  template:
    metadata:
      labels:
        app: hello
        tier: frontend
        track: stable
    spec:
      containers:
        - name: nginx
          image: "gcr.io/google-samples/hello-frontend:1.0"
          lifecycle:
            preStop:
              exec:
                command: ["/usr/sbin/nginx","-s","quit"]
...

Crie o Deployment e o Service para o frontend:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/service/access/frontend-deployment.yaml
kubectl apply -f https://k8s.io/examples/service/access/frontend-service.yaml

A saída mostra que ambos os recursos foram criados:

deployment.apps/frontend created
service/frontend created

Interagindo com o Service frontend

Depois de criar um Service do tipo LoadBalancer, você pode usar este comando para encontrar o IP externo:

kubectl get service frontend --watch

Isso exibe a configuração do Service frontend e fica monitorando por mudanças. Inicialmente, o IP externo é exibido como <pending>:

NAME       TYPE           CLUSTER-IP      EXTERNAL-IP   PORT(S)  AGE
frontend   LoadBalancer   10.51.252.116   <pending>     80/TCP   10s

Assim que um IP externo é provisionado, a configuração é atualizada para incluir o novo IP na seção EXTERNAL-IP:

NAME       TYPE           CLUSTER-IP      EXTERNAL-IP        PORT(S)  AGE
frontend   LoadBalancer   10.51.252.116   XXX.XXX.XXX.XXX    80/TCP   1m

Esse IP agora pode ser usado para interagir com o serviço frontend de fora do cluster.

Enviando tráfego por meio do frontend

Agora que o frontend e o backend estão conectados, você pode acessar o endpoint usando o comando curl no IP externo do seu serviço frontend:

curl http://${EXTERNAL_IP} # substitua isto pelo `EXTERNAL-IP` que você viu antes

A saída mostra a mensagem gerada pelo backend:

{"message":"Hello"}

Limpando

Para excluir os Services, digite este comando:

kubectl delete services frontend backend

Para excluir os Deployments, ReplicaSets e `Pods que estão executando as aplicações frontend e backend, digite este comando:

kubectl delete deployment frontend backend

Próximos passos

4.6.5 - Comunicação entre contêineres no mesmo pod usando um volume compartilhado

Esta página mostra como usar um Volume para realizar a comunicação entre dois contêineres rodando no mesmo Pod. Veja também como permitir que processos se comuniquem por compartilhamento de namespace do processo entre os contêineres.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Criando um pod que executa dois contêineres

Neste exercício, você cria um Pod que executa dois contêineres. Os dois contêineres compartilham um volume que eles podem usar para se comunicar. Aqui está o arquivo de configuração para o Pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: two-containers
spec:

  restartPolicy: Never

  volumes:
  - name: shared-data
    emptyDir: {}

  containers:

  - name: nginx-container
    image: nginx
    volumeMounts:
    - name: shared-data
      mountPath: /usr/share/nginx/html

  - name: debian-container
    image: debian
    volumeMounts:
    - name: shared-data
      mountPath: /pod-data
    command: ["/bin/sh"]
    args: ["-c", "echo Hello from the debian container > /pod-data/index.html"]

No arquivo de configuração, você pode ver que o Pod tem um shared-data chamado shared-data.

O primeiro contêiner listado no arquivo de configuração executa um servidor nginx. O caminho de montagem para o volume compartilhado é /usr/share/nginx/html. O segundo contêiner é baseado na imagem debian e tem um caminho de montagem /pod-data. O segundo contêiner executa o seguinte comando e é encerrado.

echo Hello from the debian container > /pod-data/index.html

Observe que o segundo contêiner grava o arquivo index.html no diretório raiz do servidor nginx.

Crie o Pod e os dois contêineres:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/two-container-pod.yaml

Veja as informações sobre o Pod e os contêineres:

kubectl get pod two-containers --output=yaml

Aqui está uma parte da saída:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  ...
  name: two-containers
  namespace: default
  ...
spec:
  ...
  containerStatuses:

  - containerID: docker://c1d8abd1 ...
    image: debian
    ...
    lastState:
      terminated:
        ...
    name: debian-container
    ...

  - containerID: docker://96c1ff2c5bb ...
    image: nginx
    ...
    name: nginx-container
    ...
    state:
      running:
    ...

Você pode ver que o contêiner debian foi encerrado e o contêiner nginx ainda está em execução.

Obtenha um shell para o contêiner nginx:

kubectl exec -it two-containers -c nginx-container -- /bin/bash

Em seu shell, verifique que o nginx está em execução:

root@two-containers:/# apt-get update
root@two-containers:/# apt-get install curl procps
root@two-containers:/# ps aux

A saída é semelhante a esta:

USER       PID  ...  STAT START   TIME COMMAND
root         1  ...  Ss   21:12   0:00 nginx: master process nginx -g daemon off;

Lembre-se de que o contêiner debian criou o arquivo index.html no diretório raiz do nginx. Use curl para enviar uma solicitação GET para o servidor nginx:

root@two-containers:/# curl localhost

A saída mostra que o nginx responde com uma página da web escrita pelo contêiner debian:

Hello from the debian container

Discussão

O principal motivo pelo qual os pods podem ter vários contêineres é oferecer suporte a aplicações extras que apoiam uma aplicação principal. Exemplos típicos de aplicativos auxiliares são extratores de dados, aplicações para envio de dados e proxies. Aplicativos auxiliares e primários geralmente precisam se comunicar uns com os outros. Normalmente, isso é feito por meio de um sistema de arquivos compartilhado, conforme mostrado neste exercício, ou por meio da interface de rede de loopback, localhost. Um exemplo desse padrão é um servidor web junto com um programa auxiliar que consulta um repositório Git para novas atualizações.

O volume neste exercício fornece uma maneira dos contêineres se comunicarem durante a vida útil do Pod. Se o Pod for excluído e recriado, todos os dados armazenados no volume compartilhado serão perdidos.

Próximos passos

4.6.6 - Configurando o Ingress no Minikube com o NGINX Ingress Controller Config

O Ingress é um objeto da API que define regras que permitem acesso externo a serviços em um cluster. Um Ingress controller cumpre as regras estabelecidas no Ingress.

Essa página mostra como configurar um Ingress simples que redireciona as requisições para o Service "web" ou "web2" dependendo do URI HTTP.

Antes de você começar

Esse tutorial assume que você está usando minikube para rodar um cluster Kubernetes local. Visite Install tools para aprender como instalar o minikube.

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a 1.19. Para verificar a versão, digite kubectl version. Se você estiver usando uma versão mais antiga do Kubernetes, veja a documentação para essa versão.

Criando um cluster minikube

Se você ainda não configurou um cluster local, rode minikube start para criar um cluster.

Ativando o Ingress controller

  1. Para ativar o NGINX Ingress controller, rode os seguintes comandos:

    minikube addons enable ingress
    
  2. Verifique que o NGINX Ingress controller está rodando

    kubectl get pods -n ingress-nginx
    

    O resultado deve ser similar a:

    NAME                                        READY   STATUS      RESTARTS    AGE
    ingress-nginx-admission-create-g9g49        0/1     Completed   0          11m
    ingress-nginx-admission-patch-rqp78         0/1     Completed   1          11m
    ingress-nginx-controller-59b45fb494-26npt   1/1     Running     0          11m
    

Instale uma aplicação hello world

  1. Crie um Deployment usando o seguinte comando:

    kubectl create deployment web --image=gcr.io/google-samples/hello-app:1.0
    

    O resultado deve ser:

    deployment.apps/web created
    
  2. Exponha o Deployment:

    kubectl expose deployment web --type=NodePort --port=8080
    

    O resultado deve ser:

    service/web exposed
    
  3. Verifique que o Service está criado e disponível em uma porta do nó:

    kubectl get service web
    

    O resultado deve ser similar:

    NAME      TYPE       CLUSTER-IP       EXTERNAL-IP   PORT(S)          AGE
    web       NodePort   10.104.133.249   <none>        8080:31637/TCP   12m
    
  4. Visite o Service via NodePort:

    minikube service web --url
    

    O resultado é similar a:

    http://172.17.0.15:31637
    
    curl http://172.17.0.15:31637 
    

    O resultado é similar a:

    Hello, world!
    Version: 1.0.0
    Hostname: web-55b8c6998d-8k564
    

    Você agora pode acessar a aplicação de exemplo através do endereço IP do Minikube e NodePort. No próximo passo, você irá acessar a aplicação usando o recurso Ingress.

Criando um Ingress

O manifesto a seguir define um Ingress que envia tráfego para seu Serviço via hello-world.info.

  1. crie example-ingress.yaml usando o arquivo:

    apiVersion: networking.k8s.io/v1
    kind: Ingress
    metadata:
      name: example-ingress
      annotations:
        nginx.ingress.kubernetes.io/rewrite-target: /$1
    spec:
      rules:
        - host: hello-world.info
          http:
            paths:
              - path: /
                pathType: Prefix
                backend:
                  service:
                    name: web
                    port:
                      number: 8080
    
  2. Crie o objeto Ingress rodando o seguinte comando:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/service/networking/example-ingress.yaml
    

    O resultado deve ser:

    ingress.networking.k8s.io/example-ingress created
    
  3. Verifique se o endereço IP está configurado:

    kubectl get ingress
    

    Você deve ver um endereçco IPv4 na coluna ADDRESS; por exemplo:

    NAME              CLASS    HOSTS              ADDRESS        PORTS   AGE
    example-ingress   <none>   hello-world.info   172.17.0.15    80      38s
    
  4. Verifique se o Ingress controller está direcionando o tráfego:

    curl --resolve "hello-world.info:80:$( minikube ip )" -i http://hello-world.info
    

    Você deve ver:

    Hello, world!
    Version: 1.0.0
    Hostname: web-55b8c6998d-8k564
    

    Você também pode visitar hello-world.info no seu navegador.

    • Opcionalmente Procure o endereço IP externo reportado pelo minikube:

      minikube ip
      

      Adicione uma linha semelhante à seguinte no final do arquivo /etc/hosts no seu computador (você vai precisar de acesso de administrador):

      172.17.0.15 hello-world.info
      

      Depois que você fizer essa mudança, seu navegador enviará solicitações da URL hello-world.info para o Minikube

Criando um segundo Deployment

  1. Crie outro Deployment usando o seguinte comando:

    kubectl create deployment web2 --image=gcr.io/google-samples/hello-app:2.0
    

    O resultado deve ser:

    deployment.apps/web2 created
    
  2. Expondo o segundo Deployment:

    kubectl expose deployment web2 --port=8080 --type=NodePort
    

    O resultado deve ser:

    service/web2 exposed
    

Edite o Ingress existente

  1. Edite o manifesto example-ingress.yaml existente, e adicione as seguintes linhas no final:

    - path: /v2
      pathType: Prefix
      backend:
        service:
          name: web2
          port:
            number: 8080
    
  2. Aplique as mudanças:

    kubectl apply -f example-ingress.yaml
    

    Você deve ver:

    ingress.networking/example-ingress configured
    

Testando o seu Ingress

  1. Acesse a primeira versão da sua aplicação Hello World.

    curl --resolve "hello-world.info:80:$( minikube ip )" -i http://hello-world.info
    

    O resultado deve ser similar a:

    Hello, world!
    Version: 1.0.0
    Hostname: web-55b8c6998d-8k564
    
  2. Acesse a segunda versão da sua aplicação Hello World.

    curl --resolve "hello-world.info:80:$( minikube ip )" -i http://hello-world.info/v2
    

    O resultado deve ser similar a:

    Hello, world!
    Version: 2.0.0
    Hostname: web2-75cd47646f-t8cjk
    

Próximos passos

4.6.7 - Configurar DNS em um cluster

O Kubernetes oferece um complemento de DNS para os clusters, que a maioria dos ambientes suportados habilitam por padrão. Na versão do Kubernetes 1.11 e posterior, o CoreDNS é recomendado e instalado por padrão com o kubeadm.

Para mais informações sobre como configurar o CoreDNS para um cluster Kubernetes, veja Personalização do Serviço de DNS. Para ver um exemplo que demonstra como usar o DNS do Kubernetes com o kube-dns, consulte Plugin de exemplo para DNS.

4.6.8 - Acessando serviços em execução em clusters

Esta página mostra como se conectar aos serviços em execução no cluster Kubernetes.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Acessando serviços em execução no cluster

No Kubernetes, todos nós, Pods e serviços têm seus próprios IPs. Em muitos casos, os IPs dos nós, dos Pods e alguns dos IPs de serviço em um cluster não serão roteáveis, portanto, não estarão acessíveis a partir de uma máquina fora do cluster, como seu computador.

Maneiras de se conectar

Você tem várias opções para se conectar a nós, Pods e serviços de fora do cluster:

  • Acesse serviços através de IPs públicos.
    • Use um serviço com tipo NodePort ou LoadBalancer para tornar o serviço acessível fora do cluster. Consulte a documentação de serviços e kubectl expose.
    • Dependendo do ambiente do cluster, isso pode expor o serviço apenas para a rede corporativa, ou pode expô-lo para a Internet. Pense se o serviço que está sendo exposto é seguro. Ele faz sua própria autenticação?
    • Coloque Pods atrás de serviços. Para acessar um Pod específico de um conjunto de réplicas, como para depurar, coloque uma label exclusiva no Pod e crie um novo serviço que selecione esta label.
    • Na maioria dos casos, não deve ser necessário para o desenvolvedor de aplicativos acessar diretamente nós através de seus endereços IP.
  • Acesse serviços, nós ou Pods usando o Verbo Proxy.
    • Faz autenticação e autorização do servidor de API antes de acessar o serviço remoto. Use isto se os serviços não forem seguros o suficiente para expor à Internet, ou para obter acesso a portas no IP do nó, ou para depuração.
    • Proxies podem causar problemas para algumas aplicações web.
    • Só funciona para HTTP/HTTPS.
    • Descrito aqui.
  • Acesse a partir de um nó ou Pod no cluster.
    • Execute um Pod e, em seguida, conecte-se a um shell nele usando kubectl exec. Conecte-se a outros nós, Pods e serviços a partir desse shell.
    • Alguns clusters podem permitir que você faça ssh para um nó no cluster. De lá, você pode conseguir acessar os serviços do cluster. Este é um método que não é padrão e funcionará em alguns clusters, mas não em outros. Navegadores e outras ferramentas podem ou não estar instalados. O DNS do cluster pode não funcionar.

Descobrindo serviços integrados

Normalmente, existem vários serviços que são iniciados em um cluster pelo kube-system. Obtenha uma lista desses serviços com o comando kubectl cluster-info:

kubectl cluster-info

A saída é semelhante a esta:

Kubernetes master is running at https://192.0.2.1
elasticsearch-logging is running at https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/elasticsearch-logging/proxy
kibana-logging is running at https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/kibana-logging/proxy
kube-dns is running at https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/kube-dns/proxy
grafana is running at https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/monitoring-grafana/proxy
heapster is running at https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/monitoring-heapster/proxy

Isso mostra a URL referente ao verbo proxy para acessar cada serviço. Por exemplo, este cluster tem os logs a nível de cluster habilitados (usando o Elasticsearch), que pode ser acessado em https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/elasticsearch-logging/proxy/ se as credenciais adequadas forem passadas ou através do comando kubectl proxy, como por exemplo: http://localhost:8080/api/v1/namespaces/kube-system/services/elasticsearch-logging/proxy/.

Construindo manualmente URLs de proxy do servidor da API

Como mencionado acima, você usa o comando kubectl cluster-info para recuperar a URL do proxy do serviço. Para criar URLs de proxy que incluem endpoints, sufixos e parâmetros de serviço, você adiciona à URL do proxy do serviço: http://endereço_do_mestre_do_kubernetes/api/v1/namespaces/nome_do_namespace/services/[https:]nome_do_serviço[:nome_da_porta]/proxy

Se você não especificou um nome para a porta, não é necessário especificar nome_da_porta na URL. Você também pode usar o número da porta no lugar do nome_da_porta para portas nomeadas e não nomeadas.

Por padrão, o servidor da API usa um proxy para o seu serviço através de HTTP. Para usar HTTPS, adicione o prefixo https: ao nome do serviço: http://<endereço_do_mestre_do_kubernetes>/api/v1/namespaces/<nome_do_namespace>/services/<nome_do_serviço>/proxy

Os formatos suportados para o segmento <nome_do_serviço> da URL são:

  • <nome_do_serviço> - usa um proxy para a porta padrão ou não nomeada usando http
  • <nome_do_serviço>:<nome_da_porta> - usa um proxy para a porta nomeada ou número da porta especificado usando http
  • https:<nome_do_serviço>: - usa um proxy para a porta padrão ou não nomeada usando https (observe o dois-pontos no final)
  • https:<nome_do_serviço>:<nome_da_porta> - usa um proxy para a porta nomeada ou número da porta especificado usando https
Exemplos
  • Para acessar o endpoint de serviço Elasticsearch _search?q=user:kimchy, você usaria:

    http://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/elasticsearch-logging/proxy/_search?q=user:kimchy
    
  • Para acessar as informações de integridade do cluster Elasticsearch _cluster/health?pretty=true, você usaria:

    https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/elasticsearch-logging/proxy/_cluster/health?pretty=true
    

    As informações de integridade são semelhantes a estas:

      {
        "cluster_name" : "kubernetes_logging",
        "status" : "yellow",
        "timed_out" : false,
        "number_of_nodes" : 1,
        "number_of_data_nodes" : 1,
        "active_primary_shards" : 5,
        "active_shards" : 5,
        "relocating_shards" : 0,
        "initializing_shards" : 0,
        "unassigned_shards" : 5
      }
    
  • Para acessar as informações de integridade do serviço Elasticsearch _cluster/health?pretty=true, você usaria:

    https://192.0.2.1/api/v1/namespaces/kube-system/services/https:elasticsearch-logging:/proxy/_cluster/health?pretty=true
    

Usando navegadores da web para acessar serviços em execução no cluster

Você pode conseguir de colocar um URL de proxy do servidor da API na barra de endereço de um navegador. No entanto:

  • Os navegadores da web geralmente não podem passar tokens, portanto, você pode precisar usar autenticação básica (senha). O servidor da API pode ser configurado para aceitar autenticação básica, mas o seu cluster pode não estar configurado para aceitar autenticação básica.
  • Algumas aplicações da web podem não funcionar, principalmente aqueles com javascript do lado do cliente que constroem URLs com um mecanismo que não está ciente do prefixo do caminho do proxy.

4.7 - Configurar um provedor de credenciais de imagem para o kubelet

Configure o plugin de provedor de credenciais de imagem do kubelet
ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.26 [stable]

A partir do Kubernetes v1.20, o kubelet pode obter dinamicamente as credenciais para um registro de imagem de contêiner usando plugins executáveis. O kubelet e o plugin executável se comunicam por meio de stdio (stdin, stdout e stderr) usando APIs versionadas do Kubernetes. Esses plugins permitem que o kubelet solicite credenciais para um registro de contêiner dinamicamente, em vez de armazenar credenciais estáticas no disco. Por exemplo, o plugin pode se comunicar com um servidor de metadados local para recuperar credenciais de curta duração para uma imagem que está sendo baixada pelo kubelet.

Você pode estar interessado em usar essa funcionalidade se alguma das condições abaixo for verdadeira:

  • Chamadas de API para um serviço de provedor de nuvem são necessárias para recuperar informações de autenticação para um registro.
  • As credenciais têm tempos de expiração curtos e é necessário solicitar novas credenciais com frequência.
  • Armazenar credenciais de registro no disco ou em imagePullSecrets não é aceitável.

Este guia demonstra como configurar o mecanismo de plugin do provedor de credenciais de imagem do kubelet.

Antes de você começar

  • Você precisa de um cluster Kubernetes com nós que suportem plugins de provedor de credenciais do kubelet. Esse suporte está disponível no Kubernetes 1.30; As versões v1.24 e v1.25 do Kubernetes incluíram isso como um recurso beta, ativado por padrão.

  • Uma implementação funcional de um plugin executável de provedor de credenciais. Você pode criar seu próprio plugin ou usar um fornecido por provedores de nuvem.

O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a v1.26. Para verificar a versão, digite kubectl version.

Instalando Plugins nos Nós

Um plugin de provedor de credenciais é um binário executável que será executado pelo kubelet. Certifique-se de que o binário do plugin exista em cada nó do seu cluster e esteja armazenado em um diretório conhecido. O diretório será necessário posteriormente ao configurar as flags do kubelet.

Configurando o Kubelet

Para usar esse recurso, o kubelet espera que duas flags sejam definidas:

  • --image-credential-provider-config - o caminho para o arquivo de configuração do plugin de provedor de credenciais.
  • --image-credential-provider-bin-dir - o caminho para o diretório onde estão localizados os binários do plugin de provedor de credenciais.

Configurar um provedor de credenciais do kubelet

O arquivo de configuração passado para --image-credential-provider-config é lido pelo kubelet para determinar quais plugins executáveis devem ser invocados para quais imagens de contêiner. Aqui está um exemplo de arquivo de configuração que você pode acabar usando se estiver usando o plugin baseado no ECR:

apiVersion: kubelet.config.k8s.io/v1
kind: CredentialProviderConfig
# providers é uma lista de plug-ins auxiliares do provedor de credenciais que serão habilitados pelo kubelet.
# Vários provedores podem corresponder a uma única imagem, caso em que as credenciais
# de todos os provedores serão devolvidos ao kubelet. Se vários provedores forem chamados
# para uma única imagem, os resultados são combinados. Se os provedores retornarem 
# chaves de autenticação sobrepostas, o valor do provedor anterior da lista é usado.
providers:
   # name é o nome necessário do provedor de credenciais. Deve corresponder ao nome do
   # executável do provedor visto pelo kubelet. O executável deve estar no 
   # diretório bin do kubelet (definido pela flag --image-credential-provider-bin-dir).
   - name: ecr
     # matchImages é uma lista obrigatória de strings usadas para corresponder às imagens para
     # determinar se este provedor deve ser invocado. Se uma das strings corresponder à
     # imagem solicitada do kubelet, o plug-in será invocado e terá uma chance
     # para fornecer credenciais. Espera-se que as imagens contenham o domínio de registro
     # e caminho da URL.
     #
     # Cada entrada em matchImages é um padrão que pode opcionalmente conter uma porta e um caminho.
     # Globs podem ser usados no domínio, mas não na porta ou no caminho. Globs são suportados
     # como subdomínios como '*.k8s.io' ou 'k8s.*.io' e domínios de nível superior como 'k8s.*'.
     # A correspondência de subdomínios parciais como 'app*.k8s.io' também é suportada. Cada glob só pode corresponder
     # a um único segmento de subdomínio, então `*.io` **não** corresponde a `*.k8s.io`.
     #
     # Existe uma correspondência entre uma imagem e uma matchImage quando todas as opções abaixo são verdadeiras:
     # - Ambos contêm o mesmo número de partes de domínio e cada parte faz correspondência.
     # - O caminho da URL de um matchImages deve ser um prefixo do caminho do URL da imagem de destino.
     # - Se matchImages contiver uma porta, a porta também deverá corresponder à imagem.
     #
     # Valores de exemplo de matchImages:
     # - 123456789.dkr.ecr.us-east-1.amazonaws.com
     # - *.azurecr.io
     # - gcr.io
     # - *.*.registry.io
     # - Registry.io:8080/path
     matchImages:
       - "*.dkr.ecr.*.amazonaws.com"
       - "*.dkr.ecr.*.amazonaws.cn"
       - "*.dkr.ecr-fips.*.amazonaws.com"
       - "*.dkr.ecr.us-iso-east-1.c2s.ic.gov"
       - "*.dkr.ecr.us-isob-east-1.sc2s.sgov.gov"
     # defaultCacheDuration é a duração padrão em que o plug-in armazenará as credenciais na memória
     # se a duração do cache não for fornecida na resposta do plug-in. Este campo é obrigatório.
     defaultCacheDuration: "12h"
     # Versão de entrada necessária do exec CredentialProviderRequest. O CredentialProviderResponse retornado
     # DEVE usar a mesma versão de codificação da entrada. Os valores atualmente suportados são:
     # - credentialprovider.kubelet.k8s.io/v1
     apiVersion: credentialprovider.kubelet.k8s.io/v1
     # Argumentos para passar ao comando quando for executá-lo.
     # +optional
     args:
       - get-credentials
     # Env define variáveis de ambiente adicionais para expor ao processo. Esses valores
     # são combinados com o ambiente do host, bem como as variáveis que o client-go usa
     # para passar o argumento para o plugin.
     # +optional
     env:
       - name: AWS_PROFILE
         value: example_profile

O campo providers é uma lista de plugins habilitados usados pelo kubelet. Cada entrada tem alguns campos obrigatórios:

  • name: o nome do plugin que DEVE corresponder ao nome do binário executável que existe no diretório passado para --image-credential-provider-bin-dir.
  • matchImages: uma lista de strings usadas para comparar com imagens, a fim de determinar se este provedor deve ser invocado. Mais sobre isso abaixo.
  • defaultCacheDuration: a duração padrão em que o kubelet armazenará em cache as credenciais em memória, caso a duração de cache não tenha sido especificada pelo plugin.
  • apiVersion: a versão da API que o kubelet e o plugin executável usarão ao se comunicar.

Cada provedor de credenciais também pode receber argumentos opcionais e variáveis de ambiente. Consulte os implementadores do plugin para determinar qual conjunto de argumentos e variáveis de ambiente são necessários para um determinado plugin.

Configurar a correspondência de imagens

O campo matchImages de cada provedor de credenciais é usado pelo kubelet para determinar se um plugin deve ser invocado para uma determinada imagem que um Pod está usando. Cada entrada em matchImages é um padrão de imagem que pode opcionalmente conter uma porta e um caminho. Globs podem ser usados no domínio, mas não na porta ou no caminho. Globs são suportados como subdomínios como *.k8s.io ou k8s.*.io, e domínios de nível superior como k8s.*. Correspondência de subdomínios parciais como app*.k8s.io também é suportada. Cada glob só pode corresponder a um único segmento de subdomínio, então *.io NÃO corresponde a *.k8s.io.

Uma correspondência existe entre um nome de imagem e uma entrada matchImage quando todos os itens abaixo são verdadeiros:

  • Ambos contêm o mesmo número de partes de domínio e cada parte corresponde.
  • O caminho da URL da imagem correspondente deve ser um prefixo do caminho da URL da imagem de destino.
  • Se o matchImages contiver uma porta, então a porta deve corresponder na imagem também.

Alguns valores de exemplo de padrões matchImages são:

  • 123456789.dkr.ecr.us-east-1.amazonaws.com
  • *.azurecr.io
  • gcr.io
  • *.*.registry.io
  • foo.registry.io:8080/path

Próximos passos

4.8 - Limitar o consumo de armazenamento

Este exemplo demonstra como limitar a quantidade de armazenamento consumido em um namespace.

Os seguintes recursos são usados na demonstração: ResourceQuota, LimitRange, e PersistentVolumeClaim.

Antes de você começar

  • Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

    Para verificar a versão, digite kubectl version.

Cenário: Limitando o consumo de armazenamento.

O administrador do cluster está operando um cluster em nome de uma população de usuários e o administrador quer controlar quanto armazenamento um único namespace pode consumir para controlar custos.

O administrador gostaria de limitar:

  1. O número de persistent volume claims em um namespace
  2. A quantidade de armazenamento que cada claim pode solicitar
  3. A quantidade total de armazenamento que o namespace pode ter.

LimitRange para limitar solicitações de armazenamento

Adicionar um LimitRange a um namespace impõe tamanhos mínimos e máximos para solicitações de armazenamento. O armazenamento é solicitado através do PersistentVolumeClaim. O controlador de admissão que impõe os limites rejeitará qualquer PVC que esteja acima ou abaixo dos valores definidos pelo administrador.

Neste exemplo, um PVC que solicita 10Gi de armazenamento seria rejeitado porque excede o limite máximo de 2Gi.

apiVersion: v1
kind: LimitRange
metadata:
  name: storagelimits
spec:
  limits:
  - type: PersistentVolumeClaim
    max:
      storage: 2Gi
    min:
      storage: 1Gi

As requisições de armazenamento mínimas são usadas quando o provedor de armazenamento subjacente exige certos valores mínimos. Por exemplo, os volumes do AWS EBS têm um requisito mínimo de 1 Gi.

StorageQuota para limitar a quantidade de PVC e a capacidade de armazenamento cumulativa

Os administradores podem limitar o número de PVCs em um namespace, bem como a capacidade cumulativa desses PVCs. Novos PVCs que excedam qualquer um desses valores máximos serão rejeitados.

Neste exemplo, o sexto PVC no namespace seria rejeitado porque excede a contagem máxima de 5. Alternativamente, uma cota máxima de 5Gi, combinada com o limite máximo de 2Gi acima, não pode ter 3 PVCs, cada um com 2Gi. Isso seria um total de 6Gi solicitados para um namespace limitado a 5Gi.

apiVersion: v1
kind: ResourceQuota
metadata:
  name: storagequota
spec:
  hard:
    persistentvolumeclaims: "5"
    requests.storage: "5Gi"

Resumo

Um LimitRange pode colocar um limite na quantidade de armazenamento solicitado enquanto um ResourceQuota pode efetivamente limitar o armazenamento consumido por um namespace através do número de claims e da capacidade de armazenamento cumulativa. Isso permite que um administrador do cluster planeje o custo de armazenamento do seu cluster sem risco de qualquer projeto exceder sua cota.

4.9 - Personalizando o Serviço DNS

Essa página explica como configurar os seus Pod(s) de DNS e personalizar o processo de resolução de DNS no seu cluster.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Seu cluster deve estar executando o complemento CoreDNS.

O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a v1.12. Para verificar a versão, digite kubectl version.

Introdução

DNS é um serviço integrado do Kubernetes que é iniciado automaticamente usando o gerenciador de complementos cluster add-on.

Se você estiver executando o CoreDNS como um Deployment, ele geralmente será exposto como um service do Kubernetes com o endereço de IP estático. O kubelet passa informações de resolução de DNS para cada contêiner com a flag --cluster-dns=<dns-service-ip>.

Os nomes DNS também precisam de domínios. Você configura o domínio local no kubelet com a flag --cluster-domain=<default-local-domain>.

O servidor DNS suporta pesquisas de encaminhamento (registros A e AAAA), pesquisas de porta (registros SRV), pesquisas de endereço de IP reverso (registros PTR) e muito mais. Para mais informações, veja DNS para Serviços e Pods.

Se a dnsPolicy de um Pod estiver definida como default, ele herda a configuração de resolução de nome do nó em que o Pod é executado. A resolução de DNS do Pod deve se comportar da mesma forma que o nó. Veja Problemas conhecidos.

Se você não quiser isso, ou se quiser uma configuração de DNS diferente para os pods, pode usar a flag --resolv-conf do kubelet. Defina essa flag como "" para impedir que os Pods herdem a configuração do DNS. Defina-a como um caminho de arquivo válido para especificar um arquivo diferente de /etc/resolv.conf para a herança de DNS.

CoreDNS

CoreDNS é um servidor oficial de DNS de propósito geral que pode atuar como DNS do cluster, cumprindo com as especificações DNS.

Opções CoreDNS ConfigMap options

CoreDNS é um servidor DNS que é modular e plugável, com plugins que adicionam novas funcionalidades. O servidor CoreDNS pode ser configurado por um Corefile, que é o arquivo de configuração do CoreDNS. Como administrador de cluster, você pode modificar o ConfigMap que contém o arquivo Corefile do CoreDNS para mudar como o descoberta de serviços DNS se comporta para esse cluster.

No Kubernetes, o CoreDNS é instalado com a seguinte configuração padrão do Corefile:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: coredns
  namespace: kube-system
data:
  Corefile: |
    .:53 {
        errors
        health {
            lameduck 5s
        }
        ready
        kubernetes cluster.local in-addr.arpa ip6.arpa {
            pods insecure
            fallthrough in-addr.arpa ip6.arpa
            ttl 30
        }
        prometheus :9153
        forward . /etc/resolv.conf
        cache 30
        loop
        reload
        loadbalance
    }    

A configuração do Corefile inclui os seguintes plugins do CoreDNS:

  • errors: Erros são enviados para stdout.
  • health: A integridade do CoreDNS é reportada para http://localhost:8080/health. Nesta sintaxe estendida, lameduck marcará o processo como não-íntegro, esperando por 5 segundos antes que o processo seja encerrado.
  • ready: Um endpoint HTTP na porta 8181 retornará 200 OK, quando todos os plugins que são capazes de sinalizar prontidão tiverem feito isso.
  • kubernetes: O CoreDNS responderá a consultas DNS baseado no IP dos Serviços e Pods. Você pode encontrar mais detalhes sobre este plugin no site do CoreDNS.
    • ttl permite que você defina um TTL personalizado para as respostas. O padrão é 5 segundos. O TTL mínimo permitido é de 0 segundos e o máximo é de 3600 segundos. Definir o TTL como 0 impedirá que os registros sejam armazenados em cache.
    • A opção pods insecure é fornecida para retrocompatibilidade com o kube-dns.
    • Você pode usar a opção pods verified, que retorna um registro A somente se houver um Pod no mesmo namespace com um IP correspondente.
    • A opção pods disabled pode ser usada se você não usar registros de Pod.
  • prometheus: As métricas do CoreDNS ficam disponíveis em http://localhost:9153/metrics seguindo o formato Prometheus, também conhecido como OpenMetrics.
  • forward: Qualquer consulta que não esteja no domínio do cluster do Kubernetes é encaminhada para resolutores predefinidos (/etc/resolv.conf).
  • cache: Habilita um cache de frontend.
  • loop: Detecta loops de encaminhamento simples e interrompe o processo do CoreDNS se um loop for encontrado.
  • reload: Permite a recarga automática de um Corefile que foi alterado. Depois de editar a configuração do ConfigMap, é necessario dois minutos para que as alterações entrem em vigor.
  • loadbalance: Este é um balanceador de carga DNS round-robin que randomiza a ordem dos registros A, AAAA e MX na resposta.

Você pode modificar o comportamento padrão do CoreDNS modificando o ConfigMap.

Configuração de domínio Stub e upstream nameserver usando o CoreDNS

O CoreDNS tem a capacidade de configurar domínios Stub e upstream nameservers usando o plugin forward.

Exemplo

Se um operador de cluster possui um servidor de domínio Consul localizado em "10.150.0.1" e todos os nomes Consul possuem o sufixo ".consul.local". Para configurá-lo no CoreDNS, o administrador do cluster cria a seguinte entrada no ConfigMap do CoreDNS.

consul.local:53 {
    errors
    cache 30
    forward . 10.150.0.1
}

Para forçar explicitamente que todas as pesquisas de DNS fora do cluster passem por um nameserver específico em 172.16.0.1, aponte o forward para o nameserver em vez de /etc/resolv.conf.

forward .  172.16.0.1

O ConfigMap final, juntamente com a configuração padrão do Corefile, é:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: coredns
  namespace: kube-system
data:
  Corefile: |
    .:53 {
        errors
        health
        kubernetes cluster.local in-addr.arpa ip6.arpa {
           pods insecure
           fallthrough in-addr.arpa ip6.arpa
        }
        prometheus :9153
        forward . 172.16.0.1
        cache 30
        loop
        reload
        loadbalance
    }
    consul.local:53 {
        errors
        cache 30
        forward . 10.150.0.1
    }    

Próximos passos

5 - Tutoriais

Essa seção da documentação contém tutoriais. Um tutorial demonstra como realizar um objetivo mais complexo que uma simples tarefa. Tipicamente, um tutorial é dividido em várias seções, em que cada seção tem uma sequência de passos. Antes de iniciar um tutorial, é interessante que você salve a página do Glossário Padronizado para futuras referências.

Noções Básicas

Configuração

Aplicações sem estado (stateless)

Aplicações com estado (stateful)

Services

Segurança

Próximos passos

Se você desejar escrever um tutorial, consulte a documentação de Tipos de Página de Conteúdo para informações sobre o tipo de página de tutorial.

5.1 - Olá, Minikube!

Este tutorial demonstra como executar uma aplicação exemplo no Kubernetes utilizando o minikube. O tutorial fornece uma imagem de contêiner que utiliza o NGINX para repetir todas as requisições.

Objetivos

  • Instalar uma aplicação exemplo no minikube.
  • Executar a aplicação.
  • Visualizar os logs da aplicação.

Antes de você começar

Este tutorial assume que você já tem uma instância do minikube configurada. Veja minikube start para instruções de como instalar.

Você também irá precisar instalar o kubectl. Veja instalando ferramentas para instruções de como instalar.

Criando um cluster do minikube

minikube start

Abra o painel (dashboard)

Abra o painel (dashboard) do Kubernetes. Você pode fazer isso de duas formas distintas:

Abra um novo terminal e rode o comando:

# Inicie um novo terminal e deixe este comando rodando.
minikube dashboard

Agora, retorne para o terminal onde você executou o comando minikube start.

Se você não deseja que o minikube abra um navegador para você, rode o comando dashboard com a opção de linha de comando --url. O minikube irá imprimir uma URL que você poderá abrir no navegador de sua preferência.

Abra um novo terminal e rode o comando:

# Inicie um novo terminal e deixe este comando rodando.
minikube dashboard --url

Agora, retorne para o terminal onde você executou o comando minikube start.

Criando um Deployment

Um Pod do Kubernetes consiste em um ou mais contêineres agrupados para fins de administração e gerenciamento de rede. O Pod deste tutorial possui apenas um contêiner. Um Deployment do Kubernetes verifica a integridade do seu Pod e reinicia o contêiner do Pod caso este seja finalizado. Deployments são a maneira recomendada de gerenciar a criação e escalonamento dos Pods.

  1. Usando o comando kubectl create para criar um Deployment que gerencia um Pod. O Pod executa um contêiner baseado na imagem do Docker disponibilizada.

    kubectl create deployment hello-node --image=registry.k8s.io/echoserver:1.4
    
  2. Visualize o Deployment:

    kubectl get deployments
    

    A saída será semelhante a:

    NAME         READY   UP-TO-DATE   AVAILABLE   AGE
    hello-node   1/1     1            1           1m
    
  3. Visualize o Pod:

    kubectl get pods
    

    A saída será semelhante a:

    NAME                          READY     STATUS    RESTARTS   AGE
    hello-node-5f76cf6ccf-br9b5   1/1       Running   0          1m
    
  4. Visualize os eventos do cluster:

    kubectl get events
    
  5. Visualize a configuração do kubectl:

    kubectl config view
    

Criando um Serviço

Por padrão, um Pod só é acessível utilizando o seu endereço IP interno no cluster Kubernetes. Para dispobiblilizar o contêiner hello-node fora da rede virtual do Kubernetes, você deve expor o Pod como um Service do Kubernetes.

  1. Exponha o Pod usando o comando kubectl expose:

    kubectl expose deployment hello-node --type=LoadBalancer --port=8080
    

    O parâmetro --type=LoadBalancer indica que você deseja expor o seu serviço fora do cluster Kubernetes.

    A aplicação dentro da imagem de teste escuta apenas na porta TCP 8080. Se você usou kubectl expose para expor uma porta diferente, os clientes não conseguirão se conectar a essa outra porta.

  2. Visualize o serviço que você acabou de criar:

    kubectl get services
    

    A saída será semelhante a:

    NAME         TYPE           CLUSTER-IP      EXTERNAL-IP   PORT(S)          AGE
    hello-node   LoadBalancer   10.108.144.78   <pending>     8080:30369/TCP   21s
    kubernetes   ClusterIP      10.96.0.1       <none>        443/TCP          23m
    

    Em provedores de nuvem que fornecem serviços de balanceamento de carga para o Kubernetes, um IP externo seria provisionado para acessar o serviço. No minikube, o tipo LoadBalancer torna o serviço acessível por meio do comando minikube service.

  3. Execute o comando a seguir:

    minikube service hello-node
    

    Este comando abre uma janela do navegador que serve o seu aplicativo e exibe o retorno da requisição ao aplicativo.

Habilitando Complementos (addons)

A ferramenta minikube inclui um conjunto integrado de complementos que podem ser habilitados, desabilitados e executados no ambiente Kubernetes local.

  1. Liste os complementos suportados atualmente:

    minikube addons list
    

    A saída será semelhante a:

    addon-manager: enabled
    dashboard: enabled
    default-storageclass: enabled
    efk: disabled
    freshpod: disabled
    gvisor: disabled
    helm-tiller: disabled
    ingress: disabled
    ingress-dns: disabled
    logviewer: disabled
    metrics-server: disabled
    nvidia-driver-installer: disabled
    nvidia-gpu-device-plugin: disabled
    registry: disabled
    registry-creds: disabled
    storage-provisioner: enabled
    storage-provisioner-gluster: disabled
    
  2. Habilite um complemento, por exemplo, metrics-server:

    minikube addons enable metrics-server
    

    A saída será semelhante a:

    The 'metrics-server' addon is enabled
    
  3. Visualize o Pod e o Service que você acabou de criar:

    kubectl get pod,svc -n kube-system
    

    A saída será semelhante a:

    NAME                                        READY     STATUS    RESTARTS   AGE
    pod/coredns-5644d7b6d9-mh9ll                1/1       Running   0          34m
    pod/coredns-5644d7b6d9-pqd2t                1/1       Running   0          34m
    pod/metrics-server-67fb648c5                1/1       Running   0          26s
    pod/etcd-minikube                           1/1       Running   0          34m
    pod/influxdb-grafana-b29w8                  2/2       Running   0          26s
    pod/kube-addon-manager-minikube             1/1       Running   0          34m
    pod/kube-apiserver-minikube                 1/1       Running   0          34m
    pod/kube-controller-manager-minikube        1/1       Running   0          34m
    pod/kube-proxy-rnlps                        1/1       Running   0          34m
    pod/kube-scheduler-minikube                 1/1       Running   0          34m
    pod/storage-provisioner                     1/1       Running   0          34m
    
    NAME                           TYPE        CLUSTER-IP      EXTERNAL-IP   PORT(S)             AGE
    service/metrics-server         ClusterIP   10.96.241.45    <none>        80/TCP              26s
    service/kube-dns               ClusterIP   10.96.0.10      <none>        53/UDP,53/TCP       34m
    service/monitoring-grafana     NodePort    10.99.24.54     <none>        80:30002/TCP        26s
    service/monitoring-influxdb    ClusterIP   10.111.169.94   <none>        8083/TCP,8086/TCP   26s
    
  4. Desabilite o complemento metrics-server:

    minikube addons disable metrics-server
    

    A saída será semelhante a:

    metrics-server was successfully disabled
    

Limpeza

Agora você pode remover todos os recursos criados no seu cluster:

kubectl delete service hello-node
kubectl delete deployment hello-node

Encerre o cluster do minikube:

minikube stop

(Opcional) Apague a máquina virtual (VM) do minikube:

# Opcional
minikube delete

Se você desejar utilizar o minikube novamente para aprender mais sobre o Kubernetes, você não precisa apagar a VM.

Próximos passos

5.2 - Aprenda as noções básicas do Kubernetes

Encerramento dos tutoriais interativos

Os tutoriais interativos neste website estão sendo encerrados. O projeto Kubernetes espera oferecer uma experiência interativa de aprendizagem semelhante no futuro.

O encerramento segue a aquisição do Katacoda pela O'Reilly Media em 2019.

O projeto Kubernetes é grato à O'Reilly e ao Katacoda pelos vários anos de auxílio às pessoas dando seus primeiros passos nas suas jornadas de aprendizagem do Kubernetes.

Os tutoriais encerrarão seu funcionamento no dia 31 de março de 2023. Para mais informações, leia "os tutoriais gratuitos do Katacoda estão sendo encerrados."

Noções Básicas do Kubernetes

Este tutorial fornece instruções básicas sobre o sistema de orquestração de cluster do Kubernetes. Cada módulo contém algumas informações básicas sobre os principais recursos e conceitos do Kubernetes e inclui um tutorial online interativo. Esses tutoriais interativos permitem que você mesmo gerencie um cluster simples e seus aplicativos em contêineres.

Usando os tutoriais interativos, você pode aprender a:

  • Implantar um aplicativo em contêiner em um cluster.
  • Dimensionar a implantação.
  • Atualizar o aplicativo em contêiner com uma nova versão do software.
  • Depurar o aplicativo em contêiner.

Os tutoriais usam Katacoda para executar um terminal virtual em seu navegador da Web, executado em Minikube, uma implantação local em pequena escala do Kubernetes que pode ser executada em qualquer lugar. Não há necessidade de instalar nenhum software ou configurar nada; cada tutorial interativo é executado diretamente no navegador da web.


O que o Kubernetes pode fazer por você?

Com os serviços da Web modernos, os usuários esperam que os aplicativos estejam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, e os desenvolvedores esperam implantar novas versões desses aplicativos várias vezes ao dia. A conteinerização ajuda a empacotar o software para atender a esses objetivos, permitindo que os aplicativos sejam lançados e atualizados de maneira fácil e rápida, sem tempo de inatividade. O Kubernetes ajuda a garantir que esses aplicativos em contêiner sejam executados onde e quando você quiser e os ajuda a encontrar os recursos e ferramentas de que precisam para funcionar. Kubernetes é uma plataforma de código aberto pronta para produção, projetada com a experiência acumulada do Google em orquestração de contêineres, combinada com as melhores idéias da comunidade.


5.2.1 - Crie um Cluster

Aprenda sobre clusters do Kubernetes e crie um cluster simples utilizando o Minikube.

5.2.1.1 - Usando Minikube para criar um cluster

Aprenda o que é um cluster do Kubernetes. Aprenda o que é Minikube. Inicialize um cluster do Kubernetes.

Objetivos

  • Aprenda o que é um cluster do Kubernetes.
  • Aprenda o que é Minikube.
  • Inicialize um cluster Kubernetes no seu computador.

Clusters do Kubernetes

O Kubernetes coordena um cluster de computadores de alta disponibilidade, conectados para funcionar como uma única unidade. As abstrações no Kubernetes permitem implantar aplicativos em contêineres em um cluster sem vinculá-los especificamente à uma máquina individual. Para fazer uso desse novo modelo de implantação, os aplicativos precisam ser empacotados de uma forma que os desacoplem dos hosts individuais: eles precisam ser empacotados em contêineres. Os aplicativos em contêineres são mais flexíveis e disponíveis do que nos modelos de implantação anteriores, nos quais os aplicativos eram instalados diretamente em máquinas específicas como pacotes profundamente integrados ao host. O Kubernetes automatiza a distribuição e o agendamento de contêineres de aplicativos em um cluster de maneira mais eficiente. O Kubernetes é uma plataforma de código aberto e está pronto para produção.

Um cluster Kubernetes consiste em dois tipos de recursos:

  • A Camada de Gerenciamento (Control Plane) coordena o cluster
  • Os Nós (Nodes) são as máquinas de processamento que executam aplicativos

Resumo:

  • Cluster do Kubernetes
  • Minikube

O Kubernetes é uma plataforma de código aberto de nível de produção que orquestra a alocação e a execução de contêineres de aplicativos dentro de e entre clusters de computadores.


Diagrama do Cluster


A camada de gerenciamento é responsável por gerenciar o cluster. A camada de gerenciamento coordena todas as atividades em seu cluster, como a alocação de aplicativos, manutenção do estado desejado dos aplicativos, escalonamento de aplicativos e lançamento de novas atualizações.

Um nó é uma máquina virtual ou um computador físico que atua como um nó de processamento em um cluster Kubernetes. Cada nó tem um Kubelet, que é um agente para gerenciar o nó e comunicar-se com a camada de gerenciamento do Kubernetes. O nó também deve ter ferramentas para gerenciar operações de contêiner, como containerd ou Docker. Um cluster Kubernetes que lida com o tráfego de produção deve ter no mínimo três nós, pois se um dos nós tornar-se indisponível, um membro do etcd e um nó da camada de gerenciamento serão perdidos, comprometendo a redundância. Você pode mitigar este risco aumentando o número de nós da camada de gerenciamento.

A camada de gerenciamento gerencia o cluster e os nós que são usados para hospedar os aplicativos em execução.

Ao implantar aplicativos no Kubernetes, você solicita que a camada de gerenciamento inicie os contêineres de aplicativos. A camada de gerenciamento aloca os contêineres para serem executados nos nós do cluster. Os nós se comunicam com a camada de gerenciamento usando a API do Kubernetes , que a camada de gerenciamento expõe. Os usuários finais também podem usar a API do Kubernetes diretamente para interagir com o cluster.

Um cluster do Kubernetes pode ser implantado em máquinas físicas ou virtuais. Para começar a ambientar-se com desenvolvimento de aplicações para o Kubernetes, você pode usar o Minikube. O Minikube é uma implementação leve do Kubernetes que cria uma VM em sua máquina local e implanta um cluster simples contendo apenas um nó. O Minikube está disponível para sistemas Linux, macOS e Windows. O utilitário de linha de comando (CLI) do Minikube fornece operações básicas de inicialização para trabalhar com seu cluster, incluindo iniciar, parar, status e excluir.

Agora que você sabe mais sobre o que é Kubernetes, visite Olá, Minikube! para testar as operações no seu computador.

Assim que você finalizar este tutorial, vá para Usando kubectl para criar uma implantação.

5.2.2 - Implantar um aplicativo

5.2.2.1 - Usando kubectl para criar um Deployment

Aprenda sobre objetos Deployment do Kubernetes. Implante seu primeiro aplicativo no Kubernetes utilizando o kubectl.

Objetivos

  • Saiba mais sobre implantações de aplicativos.
  • Implante seu primeiro aplicativo no Kubernetes com o kubectl.

Deployments do Kubernetes

Assim que o seu cluster Kubernetes estiver em execução você pode implantar seu aplicativo contêinerizado nele. Para fazer isso, você precisa criar um objeto Deployment do Kubernetes. O Deployment instrui o Kubernetes sobre como criar e atualizar instâncias do seu aplicativo. Depois de criar um Deployment, a camada de gerenciamento do Kubernetes aloca as instâncias do aplicativo incluídas nesse Deployment para serem executadas em nós individuais do cluster.

Depois que as instâncias do aplicativo são criadas, o controlador de Deployment do Kubernetes monitora continuamente essas instâncias. Se o nó em que uma instância está alocada ficar indisponível ou for excluído, o controlador de Deployment substituirá a instância por uma instância em outro nó no cluster. Isso fornece um mecanismo de autocorreção para lidar com falhas ou manutenção da máquina.

Em um mundo de pré-orquestração, os scripts de instalação eram utilizados para iniciar aplicativos, mas não permitiam a recuperação de falha da máquina. Ao criar suas instâncias de aplicativo e mantê-las em execução entre nós, os Deployments do Kubernetes fornecem uma abordagem fundamentalmente diferente para o gerenciamento de aplicativos.

Resumo:

  • Deployments
  • Kubectl

O objeto Deployment é responsável por criar e atualizar instâncias de seu aplicativo


Implante seu primeiro aplicativo no Kubernetes


Você pode criar e gerenciar uma implantação usando a interface de linha de comando do Kubernetes, o kubectl. O kubectl usa a API do Kubernetes para interagir com o cluster. Neste módulo, você aprenderá os comandos Kubectl mais comuns necessários para criar Deployments que executam seus aplicativos em um cluster Kubernetes.

Quando você cria um Deployment, você precisa especificar a imagem de contêiner para seu aplicativo e o número de réplicas que deseja executar. Você pode alterar essas informações posteriormente, atualizando seu Deployment; os Módulos 5 e 6 do bootcamp explicam como você pode dimensionar e atualizar seus Deployments.

Os aplicativos precisam ser empacotados em um dos formatos de contêiner suportados para serem implantados no Kubernetes

Para criar seu primeiro Deployment, você usará o aplicativo hello-node empacotado em um contêiner que utiliza o NGINX para repetir todas as requisições. (Se você ainda não tentou criar o aplicativo hello-node e implantá-lo usando um contêiner, você pode fazer isso primeiro seguindo as instruções do tutorial Olá, Minikube!).

Você precisará ter o kubectl instalado também. Se você precisar de instruções de instalação, veja instalando ferramentas.

Agora que você já sabe o que são Deployments, vamos implantar nosso primeiro aplicativo!


Noções básicas do kubectl

O formato comum de um comando kubectl é: kubectl ação recurso

Isto executa a ação especificada (como por exemplo create, describe ou delete) no recurso especificado (por exemplo, node ou deployment). Você pode utilizar --help após o subcomando para obter informações adicionais sobre parâmetros permitidos (por exemplo, kubectl get nodes --help).

Verifique que o kubectl está configurado para comunicar-se com seu cluster rodando o comando kubectl version.

Certifique-se de que o kubectl está instalado e que você consegue ver as versões do cliente e do servidor.

Para visualizar os nós do cluster, execute o comando kubectl get nodes.

Você verá os nós disponíveis. Posteriormente, o Kubernetes irá escolher onde implantar nossa aplicação baseado nos recursos disponíveis nos nós.

Implante uma aplicação

Vamos implantar nossa primeira aplicação no Kubernetes utilizando o comando kubectl create deployment. Precisaremos fornecer o nome do Deployment e a localização da imagem de contêiner do aplicativo (inclua a URL completa do repositório para images hospedadas fora do Docker Hub).

kubectl create deployment kubernetes-bootcamp --image=gcr.io/google-samples/kubernetes-bootcamp:v1

Excelente! Você acabou de implantar sua primeira aplicação através da criação de um Deployment. Este comando efetuou algumas ações para você:

  • buscou um nó utilizável onde a instância da aplicação pode ser executada (temos somente um nó disponível)
  • alocou a aplicação para rodar naquele nó
  • configurou o cluster para realocar a instância em um novo nó sempre que necessário

Para listar seus Deployments existentes, utilize o comando kubectl get deployments:

kubectl get deployments

Podemos observar que há um Deployment rodando uma única instância da sua aplicação. A instância está executando dentro de um contêiner no seu nó.

Visualize o aplicativo

Pods que rodam dentro do Kubernetes estão rodando em uma rede privada e isolada. Por padrão, eles são visíveis a outros Pods e Services dentro do mesmo cluster do Kubernetes, mas não de fora daquela rede. Ao usarmos kubectl, estamos interagindo através de um endpoint de API para comunicar-nos com a nossa aplicação.

Iremos discutir outras opções de como expor sua aplicação fora do cluster do Kubernetes no Módulo 4.

O comando kubectl pode criar um proxy que encaminha comunicações para dentro da rede privada que engloba todo o cluster. O proxy pode ser encerrado utilizando a sequência control-C e não irá imprimir nenhum tipo de saída enquanto estiver rodando.

Você precisa abrir uma segunda janela do terminal para executar o proxy.

kubectl proxy

Agora temos uma conexão entre nosso host (o terminal online) e o cluster do Kubernetes. O proxy habilita acesso direto à API através destes terminais.

Você pode ver todas as APIs hospedadas através do endpoint do proxy. Por exemplo, podemos obter a versão diretamente através da API utilizando o comando curl:

curl http://localhost:8001/version

O servidor da API irá automaticamente criar um endpoint para cada Pod, baseado no nome do Pod, que também estará acessível através do proxy.

Primeiro, precisaremos obter o nome do Pod. Iremos armazená-lo na variável de ambiente POD_NAME:

export POD_NAME=$(kubectl get pods -o go-template --template '{{range .items}}{{.metadata.name}}{{"\n"}}{{end}}')
echo Nome do Pod: $POD_NAME

Você pode acessar o Pod através da API encaminhada, rodando o comando:

curl http://localhost:8001/api/v1/namespaces/default/pods/$POD_NAME:8080/proxy/

Para que o novo Deployment esteja acessível sem utilizar o proxy, um Service é requerido. Isto será explicado nos próximos módulos.

Assim que você finalizar este tutorial, vá para Visualizando Pods e Nós.

5.2.3 - Explore seu aplicativo

5.2.3.1 - Visualizando Pods e Nós

Aprenda como depurar aplicações do Kubernetes utilizando kubectl get, kubectl describe, kubectl logs e kubectl exec.

Objetivos

  • Aprenda sobre Pods do Kubernetes.
  • Aprenda sobre Nós do Kubernetes.
  • Solucione problemas de aplicativos implantados no Kubernetes.

Kubernetes Pods

Quando você criou um Deployment no Módulo 2, o Kubernetes criou um Pod para hospedar a instância do seu aplicativo. Um Pod é uma abstração do Kubernetes que representa um grupo de um ou mais contêineres de aplicativos (como Docker) e alguns recursos compartilhados para esses contêineres. Esses recursos incluem:

  • Armazenamento compartilhado, como Volumes
  • Rede, como um endereço IP único no cluster
  • Informações sobre como executar cada contêiner, como a versão da imagem do contêiner ou portas específicas a serem usadas

Um Pod define um "host lógico" específico para o aplicativo e pode conter diferentes contêineres de aplicativos que, na maioria dos casos, são fortemente acoplados. Por exemplo, um Pod pode incluir tanto o contêiner com seu aplicativo Node.js quanto um outro contêiner que alimenta os dados a serem publicados pelo servidor web do Node.js. Os contêineres de um Pod compartilham um endereço IP e intervalo de portas, são sempre co-localizados, co-alocados e executam em um contexto compartilhado no mesmo Nó.

Pods são a unidade atômica na plataforma Kubernetes. Quando criamos um Deployment no Kubernetes, esse Deployment cria Pods com contêineres dentro dele (em vez de você criar contêineres diretamente). Cada Pod está vinculado ao nó onde está alocado e lá permanece até o encerramento (de acordo com a política de reinicialização) ou exclusão. Em caso de falha do nó, Pods idênticos são alocados em outros nós disponíveis no cluster.

Sumário:

  • Pods
  • Nós
  • Principais comandos do Kubectl

Um Pod é um grupo de um ou mais contêineres de aplicativos (como Docker) que inclui armazenamento compartilhado (volumes), endereço IP e informações sobre como executá-los.


Visão geral sobre os Pods


Nós

Um Pod sempre será executado em um . Um Nó é uma máquina de processamento em um cluster Kubernetes e pode ser uma máquina física ou virtual. Cada Nó é gerenciado pela Camada de Gerenciamento. Um Nó pode possuir múltiplos Pods e a Camada de Gerenciamento do Kubernetes gerencia automaticamente a alocação dos Pods nos nós do cluster. A alocação automática dos Pods pela Camada de Gerenciamento leva em consideração os recursos disponíveis em cada Nó.

Cada Nó do Kubernetes executa pelo menos:

  • O Kubelet, que é o processo responsável pela comunicação entre a Camada de Gerenciamento e o Nó; gerencia os Pods e os contêineres rodando em uma máquina.
  • Um agente de execução de contêiner (por exemplo, Docker) responsável por baixar a imagem do contêiner de um registro de imagens (por exemplo, o Docker Hub), extrair o contêiner e executar a aplicação.

Os contêineres só devem ser alocados juntos em um único Pod se estiverem fortemente acoplados e precisarem compartilhar recursos, como disco, por exemplo.


Visão Geral sobre os Nós


Solucionando problemas usando o comando kubectl

No Módulo 2, você usou a ferramenta de linha de comando kubectl. Você irá continuar utilizando o kubectl no Módulo 3 para obter informação sobre aplicações implantadas e seus recursos. As operações mais comuns podem ser efetuadas com os comandos abaixo:

  • kubectl get - listar recursos
  • kubectl describe - mostrar informações detalhadas sobre um recurso
  • kubectl logs - mostrar os logs de um contêiner em um Pod
  • kubectl exec - executar um comando em um contêiner em um Pod

Você pode usar esses comandos para verificar quando o Deployment foi criado, qual seu status atual, onde os Pods estão rodando e quais são as suas configurações.

Agora que sabemos mais sobre os componentes de um cluster Kubernetes e o comando kubectl, vamos explorar a nossa aplicação.

Um nó é uma máquina de processamento do Kubernetes e pode ser uma VM ou máquina física, dependendo do cluster. Vários Pods podem ser executados em um nó.

Verifique a configuração da aplicação

Vamos verificar que a aplicação que implantamos no cenário anterior está executando. Iremos utilizar o comando kubectl get e procurar por Pods existentes:

kubectl get pods

Se nenhum Pod estiver rodando, aguarde alguns instantes e liste os Pods novamente. Você pode continuar assim que ver um Pod rodando.

A seguir, para visualizar quais contêineres encontram-se no Pod e quais imagens foram utilizadas para criar tais contêineres iremos usar o comando kubectl describe pods:

kubectl describe pods

Vemos aqui detalhes a respeito dos contêineres do Pod: endereço IP, portas utilizadas e uma lista de eventos relacionados ao ciclo de vida do Pod.

A saída do subcomando describe é extensa e cobre alguns conceitos que não foram explicados ainda. Não se preocupe, estes conceitos serão familiares até o fim deste bootcamp.

Nota: o subcomando describe pode ser utilizado para obter informações detalhadas sobre a maioria das primitivas do Kubernetes, incluindo Nós (Nodes), Pods e Deployments. A saída do subcomando describe é projetada para ser legível por humanos, não para ser consumida por processos automatizados.

Exiba a aplicação no terminal

Lembre-se que Pods estão executando em uma rede isolada e privada - portanto, precisaremos de um proxy para acessá-los, a fim de tornar possível a depuração e a interação com estes objetos. Para inicializar um proxy, utilizaremos o comando kubectl proxy em um segundo terminal. Abra uma nova janela do terminal, e nesta nova janela, execute o comando:

kubectl proxy

Agora iremos novamente obter o nome do Pod e obter informações do Pod diretamente através do proxy. Para obter o nome do Pod e armazená-lo na variável de ambiente POD_NAME, utilize o comando:

export POD_NAME="$(kubectl get pods -o go-template --template '{{range .items}}{{.metadata.name}}{{"\n"}}{{end}}')"
echo Nome do Pod: $POD_NAME

Para ver a saída da aplicação, execute uma requisição com o comando curl:

curl http://localhost:8001/api/v1/namespaces/default/pods/$POD_NAME:8080/proxy/

A URL é a rota para a API do Pod.

Visualize os logs do contêiner

Qualquer mensagem que normalmente seria impressa na saída padrão (stdout) torna-se parte do log do contêiner dentro do Pod. Podemos obter tais logs utilizando o comando kubectl logs:

kubectl logs "$POD_NAME"

Nota: não é necessário especificarmos o nome do contêiner pois temos apenas um contêiner neste Pod.

Executando comandos no contêiner

Podemos executar comandos diretamente no contêiner uma vez que o Pod esteja criado e rodando. Para isso, utilizaremos o subcomando exec e o nome do Pod como um parâmetro. Vamos listar as variáveis de ambiente:

kubectl exec "$POD_NAME" -- env

Novamente, vale a pena mencionar que o nome do contêiner pode ser omitido pois temos apenas um contêiner no Pod.

A seguir, vamos iniciar uma sessão do bash no contêiner do Pod:

kubectl exec -ti $POD_NAME -- bash

Agora temos um terminal aberto no contêiner onde nossa aplicação Node.js está executando. O código-fonte da aplicação encontra-se no arquivo server.js:

cat server.js

Você pode verificar que a aplicação está rodando utilizando uma requisição com o comando curl:

curl http://localhost:8080

Nota: aqui utilizamos localhost pois executamos o comando dentro do Pod do Node.js. Se você não conseguir conectar-se a localhost:8080, certifique-se de que você utilizou o comando kubectl exec e que está rodando a requisição curl de dentro do Pod.

Para encerrar sua conexão ao contêiner, digite exit.

Assim que você finalizar este tutorial, vá para Utilizando um Service para expor sua aplicação .

5.2.4 - Exponha publicamente seu aplicativo

5.2.4.1 - Utilizando um serviço para expor seu aplicativo

Aprenda sobre Services no Kubernetes. Entenda como rótulos (labels) e seletores (selectors) relacionam-se aos Services. Exponha uma aplicação externamente ao cluster Kubernetes.

Objetivos

  • Aprenda sobre Services no Kubernetes
  • Entenda como rótulos (labels) e seletores (selectors) relacionam-se aos Services
  • Exponha uma aplicação externamente ao cluster Kubernetes usando um Service

Visão Geral dos Services no Kubernetes

Pods do Kubernetes são efêmeros. Na verdade, Pods possuem um ciclo de vida. Quando um nó de processamento morre, os Pods executados no nó também são perdidos. A partir disso, o ReplicaSet pode dinamicamente retornar o cluster ao estado desejado através da criação de novos Pods para manter sua aplicação em execução. Como outro exemplo, considere um backend de processamento de imagens com 3 réplicas. Estas réplicas são permutáveis; o sistema front-end não deveria se importar com as réplicas backend ou ainda se um Pod foi perdido ou recriado. Dito isso, cada Pod em um cluster Kubernetes tem um endereço IP único, incluindo Pods que estejam rodando no mesmo nó, então há necessidade de ter uma forma de reconciliar automaticamente mudanças entre Pods de modo que sua aplicação continue funcionando.

Um objeto Service no Kubernetes é uma abstração que define um conjunto lógico de Pods e uma política pela qual acessá-los. Serviços permitem um baixo acoplamento entre os Pods dependentes. Um serviço é definido usando YAML ou JSON, como todos os manifestos de objetos Kubernetes. O conjunto de Pods selecionados por um Service é geralmente determinado por um seletor de rótulos (veja abaixo o motivo pelo qual você poderia desejar um Service que não inclui um seletor (selector) na especificação (spec)).

Embora cada Pod tenha um endereço IP único, estes IPs não são expostos externamente ao cluster sem um objeto Service. Objetos Service permitem que suas aplicações recebam tráfego. Services podem ser expostos de formas diferentes especificando um tipo (campo type) na especificação do serviço (campo spec):

  • ClusterIP (padrão) - Expõe o serviço sob um endereço IP interno no cluster. Este tipo de serviço é acessível somente dentro do cluster.
  • NodePort - Expõe o serviço sob a mesma porta em cada nó selecionado no cluster usando NAT. Torna o serviço acessível externamente ao cluster usando o endereço <NodeIP>:<NodePort>. É um superconjunto do tipo ClusterIP.
  • LoadBalancer - Cria um balanceador de carga externo no provedor de nuvem atual (se suportado) e atribui um endereço IP fixo e externo para o serviço. É um superconjunto do tipo NodePort.
  • ExternalName - Mapeia o Service para o conteúdo do campo externalName (por exemplo, foo.bar.example.com), retornando um registro DNS do tipo CNAME com o seu valor. Nenhum tipo de proxy é configurado. Este tipo requer a versão 1.7 ou mais recente do kube-dns, ou o CoreDNS versão 0.0.8 ou superior.

Mais informações sobre diferentes tipos de Services podem ser encontradas no tutorial Utilizando IP de origem. Veja também Conectando aplicações com serviços.

Adicionalmente, note que existem alguns casos de uso com serviços que envolvem a ausência de um selector no campo spec. Services criados sem selector também não criarão objetos Endpoints correspondentes. Isto permite que usuários mapeiem manualmente um serviço a endpoints específicos. Outro motivo pelo qual seletores podem estar ausentes é que você esteja utilizando estritamente type: ExternalName.

Resumo

  • Exposição de Pods ao tráfego externo
  • Balanceamento de carga de tráfego entre múltiplos Pods
  • Utilização de rótulos (labels)

Um objeto Service do Kubernetes é uma camada de abstração que define um conjunto lógico de Pods e habilita a exposição ao tráfego externo, balanceamento de carga e descoberta de serviço para esses Pods.


Serviços e Rótulos

Um Service roteia tráfego entre um conjunto de Pods. Service é a abstração que permite Pods morrerem e se replicarem no Kubernetes sem impactar sua aplicação. A descoberta e o roteamento entre Pods dependentes (tal como componentes frontend e backend dentro de uma aplicação) são controlados por Services do Kubernetes.

Services relacionam um conjunto de Pods usando rótulos e seletores, uma primitiva de agrupamento que permite operações lógicas sobre objetos do Kubernetes. Rótulos são pares chave/valor anexados à objetos e podem ser usados de diversas formas:

  • Designar objetos para desenvolvimento, teste e produção
  • Adicionar tags de versão
  • Classificar um objeto usando tags


Rótulos podem ser anexados aos objetos no momento de sua criação ou posteriormente. Eles podem ser modificados a qualquer momento. Vamos expor nossa aplicação usando um Service e aplicar alguns rótulos.


Crie um novo Service

Vamos verificar que nossa aplicação está rodando. Utilizaremos o comando kubectl get e procuraremos por Pods existentes:

kubectl get pods

Se não houver Pods rodando, isso significa que o ambiente interativo ainda está recarregando o estado anterior. Por favor, aguarde alguns instantes e liste os Pods novamente. Você poderá prosseguir assim que vir um Pod rodando.

A seguir, vamos listar os Services existentes no momento no nosso cluster:

kubectl get services

Temos um Service chamado kubernetes que é criado por padrão quando o minikube inicializa o cluster. Para criar um novo Service e expô-lo para tráfego externo utilizaremos o comando expose com o tipo NodePort.

kubectl expose deployment/kubernetes-bootcamp --type=NodePort --port 8080

Vamos rodar novamente o subcomando get services:

kubectl get services

Temos agora um Service chamado kubernetes-bootcamp rodando. Aqui vemos que o Service recebeu um ClusterIP único, uma porta interna e um IP externo (o IP do nó).

Para descobrir qual porta foi aberta externamente (para o Service com tipo NodePort) iremos rodar o subcomando describe service:

kubectl describe services/kubernetes-bootcamp

Crie uma variável de ambiente chamada NODE_PORT que armazena o número da porta do nó:

export NODE_PORT="$(kubectl get services/kubernetes-bootcamp -o go-template='{{(index .spec.ports 0).nodePort}}')"
echo "NODE_PORT=$NODE_PORT"

Agora podemos verificar que a aplicação está exposta externamente ao cluster utilizando curl, o endereço IP do nó e a porta exposta externamente:

curl http://"$(minikube ip):$NODE_PORT"

E receberemos uma resposta do servidor. O Service está exposto.

Passo 2: Utilizando rótulos (labels)

O Deployment criou automaticamente um rótulo para o nosso Pod. Com o subcomando describe deployment você pode ver o nome (a chave) deste rótulo:

kubectl describe deployment

Vamos utilizar este rótulo para filtrar nossa lista de Pods. Utilizaremos o comando kubectl get pods com o parâmetro -l, seguido dos valores dos rótulos:

kubectl get pods -l app=kubernetes-bootcamp

Você pode fazer o mesmo para listar os Services existentes:

kubectl get services -l app=kubernetes-bootcamp

Obtenha o nome do Pod e armazene-o na variável de ambiente POD_NAME:

export POD_NAME="$(kubectl get pods -o go-template --template '{{range .items}}{{.metadata.name}}{{"\n"}}{{end}}')"
echo "Name of the Pod: $POD_NAME"

Para aplicar um novo rótulo podemos utilizar o subcomando label, seguido pelo tipo de objeto, nome do objeto e o novo rótulo:

kubectl label pods "$POD_NAME" version=v1

Este comando aplicará um novo rótulo no Pod (nós fixamos a versão da aplicação ao Pod) e podemos verificar com o comando describe pod:

kubectl describe pods "$POD_NAME"

Vemos aqui que o rótulo está agora vinculado ao nosso Pod. E agora podemos pesquisar a lista de Pods utilizando o novo label:

kubectl get pods -l version=v1

E vemos o Pod.

Removendo um Service

Para remover um Service você pode utilizar o subcomando delete service. Rótulos também podem ser utilizados aqui:

kubectl delete service -l app=kubernetes-bootcamp

Confirme que o Service foi removido com sucesso:

kubectl get services

Isto confirma que nosso Service foi removido. Para confirmar que a rota não está mais exposta, você pode disparar uma requisição para o endereço IP e porta previamente expostos através do comando curl:

curl http://"$(minikube ip):$NODE_PORT"

Isto prova que a aplicação não está mais acessível de fora do cluster. Você pode confirmar que a aplicação ainda está rodando com um curl de dentro do Pod:

kubectl exec -ti $POD_NAME -- curl http://localhost:8080

Vemos aqui que a aplicação ainda está rodando. Isto se deve ao fato de que o Deployment está gerenciando a aplicação. Para encerrar a aplicação, você precisaria remover o Deployment também.

Assim que você finalizar este tutorial, vá para Executando Múltiplas Instâncias do seu Aplicativo.

5.2.5 - Escale seu aplicativo

5.2.5.1 - Executando Múltiplas Instâncias da sua Aplicação

Escalone uma aplicação existente de forma manual utilizando kubectl.

Objetivos

  • Escalonar uma aplicação usando kubectl.

Escalonando uma aplicação

Nos módulos anteriores, criamos um Deployment, e então o expusemos publicamente através de um serviço (Service). O Deployment criou apenas um único Pod para executar nossa aplicação. Quando o tráfego aumentar, precisaremos escalonar a aplicação para suportar a demanda de usuários.

Se você ainda não tiver estudado as seções anteriores, inicie pelo tutorial Usando Minikube para criar um cluster.

O escalonamento é obtido pela mudança do número de réplicas em um Deployment

NOTA Se você estiver seguindo este tutorial após a seção anterior, poderá ser necessário refazer a seção criando um cluster, pois os serviços podem ter sido removidos.

Resumo:

  • Escalonando um Deployment

Você pode criar desde o início um Deployment com múltiplas instâncias usando o parâmetro --replicas do comando kubectl create deployment


Visão geral sobre escalonamento


Escalonar um Deployment garantirá que novos Pods serão criados e alocados em nós de processamento com recursos disponíveis. O escalonamento aumentará o número de Pods para o novo estado desejado. O Kubernetes também suporta o auto-escalonamento (autoscaling) de Pods, mas isso está fora do escopo deste tutorial. Escalonar para zero também é possível, e encerrará todos os Pods do Deployment especificado.

Executar múltiplas instâncias de uma aplicação requer uma forma de distribuir o tráfego entre todas elas. Serviços possuem um balanceador de carga integrado que distribui o tráfego de rede entre todos os Pods de um Deployment exposto. Serviços irão monitorar continuamente os Pods em execução usando endpoints para garantir que o tráfego seja enviado apenas para Pods disponíveis.

O escalonamento é obtido pela mudança do número de réplicas em um Deployment.


Uma vez que você tenha múltiplas instâncias de uma aplicação em execução será possível realizar atualizações graduais no cluster sem que ocorra indisponibilidade. Cobriremos isso no próximo módulo. Agora, vamos ao terminal escalonar nossa aplicação.

Escalonando um Deployment

Para listar seus Deployments, utilize o subcomando get deployments: kubectl get deployments

A saída deve ser semelhante a:

                NAME                  READY   UP-TO-DATE   AVAILABLE   AGE
                kubernetes-bootcamp   1/1     1            1           11m
                

Teremos um único Pod. Se nenhum Pod aparecer, tente rodar o comando novamente.

  • NAME lista os nomes dos Deployments no cluster.
  • READY exibe a proporção de réplicas atuais/desejadas (CURRENT/DESIRED).
  • UP-TO-DATE exibe o número de réplicas que foram atualizadas para atingir o estado desejado.
  • AVAILABLE exibe o número de réplicas da aplicação que estão disponíveis para seus usuários.
  • AGE exibe há quanto tempo a aplicação está rodando.

Para ver o ReplicaSet criado pelo Deployment, execute kubectl get rs

Observe que o nome do ReplicaSet sempre é exibido no formato [NOME-DO-DEPLOYMENT]-[TEXTO-ALEATÓRIO]. O texto aleatório é gerado e utiliza o valor do pod-template-hash como semente.

Duas colunas importantes desta saída são:

  • DESIRED exibe o número desejado de réplicas da aplicação, que você define quando cria o objeto Deployment. Este é o estado desejado.
  • CURRENT exibe quantas réplicas estão em execução atualmente.

A seguir, vamos escalonar o Deployment para 4 réplicas. Utilizaremos o comando kubectl scale, seguido pelo tipo Deployment, nome e o número desejado de instâncias:

kubectl scale deployments/kubernetes-bootcamp --replicas=4

Para listar seus Deployments mais uma vez, utilize get deployments:

kubectl get deployments

A mudança foi aplicada, e temos 4 instâncias da aplicação disponíveis. A seguir, vamos verificar se o número de Pods mudou:

kubectl get pods -o wide

Temos 4 Pods agora, com endereços IP diferentes. A mudança foi registrada no log de eventos do Deployment. Para verificar esta mudança, utilize o subcomando describe:

kubectl describe deployments/kubernetes-bootcamp

Você pode ver na saída deste comando que temos 4 réplicas agora.

Balanceamento de carga

Vamos verificar que o Service está efetuando o balanceamento de carga do tráfego recebido. Para encontrar o endereço IP exposto e a porta podemos utilizar o comando para descrever o serviço como aprendemos na seção anterior:

kubectl describe services/kubernetes-bootcamp

Crie uma variável de ambiente chamada NODE_PORT que possui o valor da porta do nó:

export NODE_PORT="$(kubectl get services/kubernetes-bootcamp -o go-template='{{(index .spec.ports 0).nodePort}}')"

echo NODE_PORT=$NODE_PORT

A seguir, iremos executar o comando curl para efetuar uma requisição para o endereço IP e porta expostos. Rode este comando múltiplas vezes:

curl http://"$(minikube ip):$NODE_PORT"

Cada requisição é atendida por um Pod diferente. Isso demonstra que o balanceamento de carga está funcionando.

Reduzir o número de réplicas

Para reduzir o número de réplicas do Deployment para 2, execute o subcomando scale novamente:

kubectl scale deployments/kubernetes-bootcamp --replicas=2

Liste os Deployments para verificar se a mudança foi aplicada com o subcomando get deployments:

kubectl get deployments

O número de réplicas reduziu para 2. Liste o número de Pods com o comando get pods:

kubectl get pods -o wide

Isso confirma que 2 Pods foram encerrados.

Assim que você finalizar este tutorial, vá para Performing a Rolling Update (em inglês).

5.2.5.2 - Tutorial Interativo - Escalando seu aplicativo

Conteúdo indisponível

O tutorial interativo de como escalonar um aplicativo que está rodando no seu cluster não está disponível. Para mais informações, veja o anúncio de encerramento do Katacoda.

6 - Referência

Esta seção da documentação do Kubernetes contém referências.

Referência da API

Biblioteca de clientes da API

Para chamar a API Kubernetes de uma linguagem de programação, você pode usar bibliotecas de clientes. Bibliotecas oficialmente suportadas:

Referência da CLI

  • kubectl - Ferramenta CLI principal para executar comandos e gerenciar clusters do Kubernetes.
  • kubeadm - Ferramenta CLI para provisionar facilmente um cluster Kubernetes seguro.

Referência de configuração

  • kubelet - O principal agente do nó que é executado em cada nó. O kubelet usa um conjunto de PodSpecs e garante que os contêineres descritos estejam funcionando e saudáveis.
  • kube-apiserver - API REST que valida e configura dados para objetos de API, como pods, serviços, controladores de replicação.
  • kube-controller-manager - Daemon que incorpora os principais loops de controle enviados com o Kubernetes.
  • kube-proxy - É possível fazer o encaminhamento de fluxo TCP/UDP de forma simples ou utilizando o algoritimo de Round Robin encaminhando através de um conjunto de back-ends.
  • kube-scheduler - Agendador que gerencia disponibilidade, desempenho e capacidade.

Documentos de design

Um arquivo dos documentos de design para as funcionalidades do Kubernetes. Bons pontos de partida são Arquitetura Kubernetes e Visão geral do design do Kubernetes.

6.1 - Glossário

6.2 - Autenticação

Essa página demonstra uma visão geral sobre autenticação

Usuários no Kubernetes

Todos os clusters Kubernetes possuem duas categorias de usuários: contas de serviço gerenciadas pelo Kubernetes e usuários normais.

Assume-se que um serviço independente do cluster gerencia usuários normais das seguintes formas:

  • Um administrador distribuindo chaves privadas
  • Uma base de usuários como Keystone

    Keystone é o serviço de identidade usado pelo OpenStack para autenticação (authN) e autorização de alto nível (authZ). Atualmente, ele oferece suporte a authN com base em token e autorização de serviço do usuário. Recentemente, foi reprojetado para permitir a expansão para oferecer suporte a serviços externos de proxy e mecanismos AuthN / AuthZ, como oAuth, SAML e openID em versões futuras.

    ou Google Accounts
  • Um arquivo com uma lista de nomes de usuários e senhas

Neste quesito, Kubernetes não possui objetos que possam representar as contas de um usuário normal. Usuários normais não podem ser adicionados ao cluster através de uma chamada para a API.

Apesar de um usuário normal não poder ser adicionado através de uma chamada para a API, qualquer usuário que apresente um certificado válido e assinado pela autoridade de certificados (CA) do cluster é considerado autenticado. Nesta configuração, Kubernetes determina o nome do usuário baseado no campo de nome comum no sujeito (subject) do certificado (por exemplo: "/CN=bob"). A partir daí, o subsistema de controle de acesso baseado em função (RBAC) determina se o usuário é autorizado a realizar uma operação específica sobre o recurso. Para mais detalhes, veja a referência sobre o tópico de usuários normais dentro de requisição de certificado.

Em contraste a usuários normais, contas de serviço são considerados usuários gerenciados pela API do Kubernetes. Elas estão vinculadas à namespaces específicas e criadas automaticamente pelo servidor de API ou manualmente através de chamadas da API. Contas de serviço estão ligadas a um conjunto de credenciais armazenados como Secrets, aos quais são montados dentro dos pods assim permitindo que processos internos ao cluster comuniquem-se com a API do Kubernetes.

Requisições para a API estão ligadas a um usuário normal, conta de serviço ou serão tratadas como requisições anônimas. Isto significa que cada processo dentro ou fora do cluster, desde um usuário humano utilizando o kubectl de uma estação de trabalho, a kubelets rodando nos nós, a membros da camada de gerenciamento (s/painel de controle) devem autenticar-se ao realizarem suas requisições para o servidor API ou serão tratados como usuário anônimo.

Estratégias de autenticação

Kubernetes usa certificados de clientes, bearer Token, um proxy realizando autenticação, ou uma autenticação básica HTTP para autenticar requisições para o servidor de API através de plugins. Como requisições HTTP são feitas no servidor de API, plugins tentam associar os seguintes atributos junto a requisição:

  • Username

    Um nome de usuário é um nome que identifica exclusivamente alguém em um sistema de computador. Por exemplo, um computador pode ser configurado com várias contas, com nomes de usuário diferentes para cada conta. Muitos sites permitem que os usuários escolham um nome de usuário para que possam personalizar suas configurações ou configurar uma conta online. Por exemplo, seu banco pode permitir que você escolha um nome de usuário para acessar suas informações bancárias. Você pode precisar escolher um nome de usuário para postar mensagens em um determinado quadro de mensagens na web. Os serviços de e-mail, como o Hotmail, exigem que os usuários escolham um nome de usuário para usar o serviço.

    Um nome de usuário geralmente é pareado com uma senha. Essa combinação de nome de usuário / senha é conhecida como login e geralmente é necessária para que os usuários façam login em sites. Por exemplo, para acessar seu e-mail pela Web, é necessário inserir seu nome de usuário e senha. Depois de fazer o login, seu nome de usuário pode aparecer na tela, mas sua senha é mantida em segredo. Ao manter sua senha privada, as pessoas podem criar contas seguras para vários sites. A maioria dos nomes de usuário pode conter letras e números, mas não espaços. Quando você escolhe um nome de usuário para uma conta de e-mail, a parte antes de "@" é o seu nome de usuário.

    : um valor (String) que identifica o usuário final. Valores comuns podem ser kube-admin ou jane@example.com
  • UID

    Uma string gerada pelos sistemas do Kubernetes para identificar objetos de forma única.

    Cada objeto criado durante todo o ciclo de vida do cluster do Kubernetes possui um UID distinto. O objetivo deste identificador é distinguir ocorrências históricas de entidades semelhantes.

    : um valor (String) que identifica o usuário final e tenta ser mais consistente e único do que username.
  • Groups: Um conjunto de valores em que cada item indica a associação de um usuário à uma coleção lógica de usuários. Valores comuns podem ser system:masters ou devops-team.
  • Campos extras: um mapa que pode conter uma lista de atributos que armazena informações adicionais em que autorizadores podem achar útil.

Todos os valores são transparentes para o sistema de autenticação e somente trazem significado quando interpretados por um autorizador.

É possível habilitar múltiplos métodos de autenticação. Deve-se normalmente usar pelo menos dois métodos:

  • Tokens para contas de serviço;
  • Pelo menos um outro método de autenticação para usuários.

Quando múltiplos módulos de autenticação estão habilitados, o primeiro módulo a autenticar com sucesso uma requisição termina, o fluxo de avaliação da mesma.

O servidor de API não garante a ordem em que os autenticadores são processados.

O grupo system:authenticated é incluído na lista de grupos de todos os usuários autenticados.

Integrações com outros protocolos de autenticação, como LDAP

Abreviatura para "Lightweight Directory Access Protocol". Se você deseja disponibilizar informações de diretório na Internet, esta é a maneira de fazê-lo. O LDAP é uma versão simplificada de um padrão de diretório anterior denominado X.500. O que torna o LDAP tão útil é que ele funciona muito bem em redes TCP / IP (ao contrário do X.500), de modo que as informações podem ser acessadas por meio do LDAP por qualquer pessoa com uma conexão à Internet. Também é um protocolo aberto, o que significa que os diretórios podem ser armazenados em qualquer tipo de máquina (por exemplo, Windows 2000, Red Hat Linux, Mac OS X).

Para dar uma ideia de como um diretório LDAP é organizado, aqui estão os diferentes níveis de uma hierarquia de árvore LDAP simples:

O diretório raiz Países Organizações Divisões, departamentos, etc. Indivíduos Recursos individuais, como arquivos e impressoras. A maior parte da conectividade LDAP é feita nos bastidores, então o usuário típico provavelmente não notará ao navegar na web. No entanto, é uma boa tecnologia para se conhecer. Se nada mais, é outro termo para impressionar seus pais.

, SAML

SAML significa Linguagem de Marcação para Asserção de Segurança. É um padrão aberto baseado em XML para transferência de dados de identidade entre duas partes: um provedor de identidade (IdP) e um provedor de serviços (SP).

Provedor de identidade - executa autenticação e passa a identidade do usuário e o nível de autorização para o provedor de serviços.

Provedor de serviços - confia no provedor de identidade e autoriza o usuário fornecido a acessar o recurso solicitado.

A autenticação de logon único SAML normalmente envolve um provedor de serviços e um provedor de identidade. O fluxo do processo geralmente envolve os estágios de estabelecimento de confiança e fluxo de autenticação.

Considere este exemplo:

Nosso provedor de identidade é Auth0 Nosso provedor de serviços é um serviço fictício, Zagadat Nota: O provedor de identidade pode ser qualquer plataforma de gerenciamento de identidade.

Agora, um usuário está tentando obter acesso ao Zagadat usando a autenticação SAML.

Este é o fluxo do processo:

O usuário tenta fazer login no Zagadat a partir de um navegador. O Zagadat responde gerando uma solicitação SAML.

, Kerberos

Kerberos é um protocolo de rede que usa criptografia de chave secreta para autenticar aplicativos cliente-servidor. O Kerberos solicita um tíquete criptografado por meio de uma sequência de servidor autenticada para usar os serviços.

Kerberos foi desenvolvido pelo Project Athena - um projeto conjunto entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT), Digital Equipment Corporation e IBM que funcionou entre 1983 e 1991.

Um servidor de autenticação usa um tíquete Kerberos para conceder acesso ao servidor e, em seguida, cria uma chave de sessão com base na senha do solicitante e outro valor aleatório. O tíquete de concessão de tíquete (TGT) é enviado ao servidor de concessão de tíquete (TGS), que é necessário para usar o mesmo servidor de autenticação.

O solicitante recebe uma chave TGS criptografada com um registro de data e hora e um tíquete de serviço, que é retornado ao solicitante e descriptografado. O solicitante envia ao TGS essas informações e encaminha a chave criptografada ao servidor para obter o serviço desejado. Se todas as ações forem tratadas corretamente, o servidor aceita o tíquete e realiza o atendimento ao usuário desejado, que deve descriptografar a chave, verificar a data e hora e entrar em contato com o centro de distribuição para obter as chaves de sessão. Essa chave de sessão é enviada ao solicitante, que descriptografa o tíquete.

Se as chaves e o carimbo de data / hora forem válidos, a comunicação cliente-servidor continuará. O tíquete TGS tem carimbo de data / hora, o que permite solicitações simultâneas dentro do período de tempo alocado.

, alternate x509 schemes

X.509 é um formato padrão para certificados de chave pública, documentos digitais que associam com segurança pares de chaves criptográficas a identidades como sites, indivíduos ou organizações.

Introduzido pela primeira vez em 1988 junto com os padrões X.500 para serviços de diretório eletrônico, o X.509 foi adaptado para uso na Internet pelo grupo de trabalho Public-Key Infrastructure (X.509) (PKIX) da IETF. O RFC 5280 define o perfil do certificado X.509 v3, a lista de revogação de certificado X.509 v2 (CRL) e descreve um algoritmo para a validação do caminho do certificado X.509.

As aplicações comuns de certificados X.509 incluem:

- SSL / TLS e HTTPS para navegação na web autenticada e criptografada
- E-mail assinado e criptografado por meio do protocolo S / MIME
- Assinatura de código
- Assinatura de documento
- Autenticação de cliente
- Identificação eletrônica emitida pelo governo
, etc, podem ser alcançadas utilizando-se de um proxy ou webhook de autenticação.

Certificados de cliente X509

Autenticação via certificados de cliente pode ser habilitada ao passar a opção --client-ca-file=ARQUIVO para o servidor de API. O arquivo referenciado deve conter um ou mais autoridades de certificação usadas para validar o certificado de cliente passado para o servidor de API. Se o certificado de cliente é apresentado e verificado, o common name

O nome comum é normalmente composto de Host + Nome de domínio e será semelhante a www.seusite.com ou seusite.com. Os certificados de servidor SSL são específicos para o nome comum para o qual foram emitidos no nível do host.

O nome comum deve ser igual ao endereço da Web que você acessará ao se conectar a um site seguro. Por exemplo, um certificado de servidor SSL para o domínio domínio.com receberá um aviso do navegador se o acesso a um site chamado www.domain.com ou secure.domain.com, pois www.domain.com e secure.domain.com são diferentes de dominio.com. Você precisaria criar um CSR para o nome comum correto.

do sujeito é usado como o nome de usuário para a requisição. A partir da versão 1.4, certificados de cliente podem também indicar o pertencimento de um usuário a um grupo utilizando o campo de organização do certificado. Para incluir múltiplos grupos para o usuário, deve-se incluir múltiplos campos de organização no certificado.

Por exemplo, utilizando o comando de linha openssl para gerar uma requisição de assinatura de certificado:

openssl req -new -key jbeda.pem -out jbeda-csr.pem -subj "/CN=jbeda/O=app1/O=app2"

Isto criaria um arquivo de tipo CSR (requisição de assinatura de certificado) para o usuário "jbeda" pertencendo a dois grupos: "app1" e "app2".

Veja como gerar um certificado de cliente em Gerenciando Certificados

Arquivo estático de Token

O servidor de API lê bearer tokens de um arquivo quando recebe uma requisição contendo a opção --token-auth-file=ARQUIVO via linha de comando. Atualmente, tokens têm duração indefinida, e a lista de tokens não pode ser modificada sem reiniciar o servidor de API.

O arquivo de token é do tipo CSV contendo no mínimo 3 colunas: token, nome de usuário, identificador de usuário (uid), seguido pelos nomes de grupos (opcional).

Adicionando um bearer token em uma requisição

Quando utilizando-se de bearer token para autenticação de um cliente HTTP, o servidor de API espera um cabeçalho Authorization com um valor Bearer TOKEN. O token deve ser uma sequência de caracteres que pode ser colocada como valor em um cabeçalho HTTP não utilizando-se mais do que as facilidades de codificação e citação de HTTP. Por exemplo, se o valor de um token é 31ada4fd-adec-460c-809a-9e56ceb75269 então iria aparecer dentro de um cabeçalho HTTP como:

Authorization: Bearer 31ada4fd-adec-460c-809a-9e56ceb75269

Tokens de inicialização

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Para permitir a inicialização simplificada para novos clusters, Kubernetes inclui um token dinamicamente gerenciado denominado Bootstrap Token. Estes tokens são armazenados como Secrets dentro do namespace kube-system, onde eles podem ser dinamicamente criados e gerenciados. O componente Gerenciador de Controle (Controller Manager) possui um controlador "TokenCleaner" que apaga os tokens de inicialização expirados.

Os tokens seguem o formato [a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}. O primeiro componente é um identificador do token e o segundo é o segredo. Você pode especificar o token como um cabeçalho HTTP como:

Authorization: Bearer 781292.db7bc3a58fc5f07e

Deve-se habilitar os tokens de inicialização com a opção --enable-bootstrap-token-auth no servidor de API. Deve-se habilitar o controlador TokenCleaner através da opção --controllers no Gerenciador de Controle. Isso é feito, por exemplo, como: --controllers=*,tokencleaner. O kubeadm, por exemplo, irá realizar isso caso seja utilizado para a inicialização do cluster.

O autenticador o autentica como system:bootstrap:<Token ID> e é incluído no grupo system:bootstrappers. O nome e grupo são intencionalmente limitados para desencorajar usuários a usarem estes tokens após inicialização. Os nomes de usuários e grupos podem ser utilizados (e são utilizados pelo kubeadm) para elaborar as políticas de autorização para suportar a inicialização de um cluster.

Por favor veja Bootstrap Tokens para documentação detalhada sobre o autenticador e controladores de Token de inicialização, bem como gerenciar estes tokens com kubeadm.

Tokens de Contas de serviço

Uma conta de serviço é um autenticador habilitado automaticamente que usa bearer tokens para verificar as requisições. O plugin aceita dois parâmetros opcionais:

  • --service-account-key-file Um arquivo contendo uma chave codificada no formato PEM para assinar bearer tokens. Se não especificado, a chave privada de TLS no servidor de API será utilizada
  • --service-account-lookup Se habilitado, tokens deletados do servidor de API serão revogados.

Contas de serviço são normalmente criadas automaticamente pelo servidor de API e associada a pods rodando no cluster através do controlador de admissão Admission Controller de ServiceAccount. Os tokens de contas de serviços são montados nos Pods, em localizações já pré definidas e conhecidas e permitem processos dentro do cluster a se comunicarem com o servidor de API. Contas podem ser explicitamente associadas com pods utilizando o campo serviceAccountName na especificação do pod (PodSpec):

apiVersion: apps/v1 
kind: Deployment
metadata:
 name: nginx-deployment
 namespace: default
spec:
 replicas: 3
 template:
   metadata:
   # ...
   spec:
     serviceAccountName: bob-the-bot
     containers:
     - name: nginx
       image: nginx:1.14.2

Os tokens de contas de serviço são perfeitamente válidos para ser usados fora do cluster e podem ser utilizados para criar identidades para processos de longa duração que desejem comunicar-se com a API do Kubernetes. Para criar manualmente uma conta de serviço, utilize-se simplesmente o comando kubectl create serviceaccount (NOME). Isso cria uma conta de serviço e um segredo associado a ela no namespace atual.

kubectl create serviceaccount jenkins
serviceaccount "jenkins" created

Verificando um segredo associado:

kubectl get serviceaccounts jenkins -o yaml
apiVersion: v1
kind: ServiceAccount
metadata:
 # ...
secrets:
- name: jenkins-token-1yvwg

O segredo criado irá armazenar a autoridade de certificado do servidor de API e um JSON Web Token (JWT) digitalmente assinado.

kubectl get secret jenkins-token-1yvwg -o yaml
apiVersion: v1
data:
 ca.crt: (APISERVER'S CA BASE64 ENCODED)
 namespace: ZGVmYXVsdA==
 token: (BEARER TOKEN BASE64 ENCODED)
kind: Secret
metadata:
 # ...
type: kubernetes.io/service-account-token

O JWT assinado pode ser usado como um bearer token para autenticar-se como a conta de serviço. Veja acima como o token pode ser incluído em uma requisição. Normalmente esses segredos são montados no pod para um acesso interno ao cluster ao servidor de API, porém pode ser utilizado fora do cluster também.

Contas de serviço são autenticadas com o nome de usuário system:serviceaccount:(NAMESPACE):(SERVICEACCOUNT) e são atribuídas aos grupos system:serviceaccounts e system:serviceaccounts:(NAMESPACE).

AVISO: porque os tokens das contas de serviço são armazenados em segredos, qualquer usuário com acesso de leitura a esses segredos podem autenticar-se como a conta de serviço. Tome cuidado quando conceder permissões a contas de serviços e capacidade de leitura de segredos.

Tokens OpenID Connect

OpenID Connect é uma variação do framework de autorização OAuth2 que suporta provedores como Azure Active Directory, Salesforce, e Google. A principal extensão do OAuth2 é um campo adicional de token de acesso chamado ID Token. Este token é um tipo de JSON Web Token (JWT) com campos bem definidos, como usuário, e-mail e é assinado pelo servidor de autorização.

Para identificar o usuário, o autenticador usa o id_token (e não access_token) do bearer token da resposta de autorização do OAuth2 token response. Veja acima como incluir um token em uma requisição.

sequenceDiagram participant usuário as Usuário participant IDP as Provedor
de Identidade participant kube as Kubectl participant API as API Server usuário ->> IDP: 1. Realizar Login no IdP activate IDP IDP -->> usuário: 2. Fornece access_token,
id_token, e refresh_token deactivate IDP activate usuário usuário ->> kube: 3. Entrar Kubectl
com --token sendo id_token
ou adiciona tokens no arquivo .kube/config deactivate usuário activate kube kube ->> API: 4. Emite requisição incluindo o cabeçalho HTTP Authorization: Bearer... deactivate kube activate API API ->> API: 5. O token do tipo JWT possui assinatura válida ? API ->> API: 6. O token está expirado ? (iat+exp) API ->> API: 7. Usuário autorizado ? API -->> kube: 8. Autorizado: Realiza
ação e retorna resultado deactivate API activate kube kube --x usuário: 9. Retorna resultado deactivate kube
  1. Login no seu provedor de identidade.
  2. Seu provedor de identidade ira fornecer um access_token, id_token e um refresh_token.
  3. Quando utilizando kubectl, utilize do seu id_token com a opção --token ou adicione o token diretamente no seu arquivo de configuração kubeconfig.
  4. kubectl envia o seu id_token em um cabeçalho HTTP chamado Authorization para o servidor de API.
  5. O servidor de API irá garantir que a assinatura do token JWT é válida, verificando-o em relação ao certificado mencionado na configuração.
  6. Verificação para garantir que oid_token não esteja expirado.
  7. Garantir que o usuário é autorizado.
  8. Uma vez autorizado o servidor de API retorna a resposta para o kubectl.
  9. kubectl fornece retorno ao usuário.

Uma vez que todos os dados necessários para determinar sua identidade encontram-se no id_token, Kubernetes não precisa realizar outra chamada para o provedor de identidade. Em um modelo onde cada requisição não possui estado, isso fornece uma solução escalável para autenticação. Isso, porem, apresenta alguns desafios:

  1. Kubernetes não possui uma "interface web" para disparar o processo de autenticação. Não há browser ou interface para coletar credenciais que são necessárias para autenticar-se primeiro no seu provedor de identidade.
  2. O id_token não pode ser revogado, funcionando como um certificado, portanto deve possuir curta validade (somente alguns minutos) o que pode tornar a experiência um pouco desconfortável, fazendo com que se requisite um novo token toda vez em um curto intervalo (poucos minutos de validade do token)
  3. Para autenticar-se ao dashboard Kubernetes, você deve executar o comando kubectl proxy ou um proxy reverso que consiga injetar o id_token.

Configurando o Servidor de API

Para habilitar o plugin de autorização, configure as seguintes opções no servidor de API:

ParâmetroDescriçãoExemploObrigatório
--oidc-issuer-urlURL do provedor que permite ao servidor de API descobrir chaves públicas de assinatura. Somente URLs que usam o esquema https:// são aceitas. Isto normalmente é o endereço de descoberta do provedor sem o caminho, por exemplo "https://accounts.google.com" ou "https://login.salesforce.com". Esta URL deve apontar para o nível abaixo do caminho .well-known/openid-configurationSe o valor da URL de descoberta é https://accounts.google.com/.well-known/openid-configuration, entao o valor deve ser https://accounts.google.comSim
--oidc-client-idIdentificador do cliente para o qual todos os tokens são gerados.kubernetesSim
--oidc-username-claimAtributo do JWT a ser usado como nome de usuário. Por padrão o valor sub, o qual é esperado que seja um identificador único do usuário final. Administradores podem escolher outro atributo, como email ou name, dependendo de seu provedor de identidade. No entanto, outros atributos além de email serão prefixados com a URL do emissor issuer URL para prevenir conflitos de nome com outros plugins.subNão
--oidc-username-prefixPrefixos adicionados ao atributo de nome de usuário para prevenir conflitos de nomes existentes (como por exemplo usuários system:). Por exemplo, o valor oidc: irá criar usuários como oidc:jane.doe. Se esta opção não for fornecida --oidc-username-claim e um valor diferente de email irá conter um prefixo padrão com o valor de ( Issuer URL )# onde ( Issuer URL ) era o valor da opção --oidc-issuer-url. O valor - pode ser utilizado para desabilitar todos os prefixos.oidc:Não
--oidc-groups-claimAtributo do JWT a ser utilizado para mapear os grupos dos usuários. Se o atributo está presente, ele deve ser do tipo vetor de Strings.groupsNão
--oidc-groups-prefixPrefixo adicionados ao atributo de grupo para prevenir conflitos de nomes existentes (como por exemplo system: grupos). Por exemplo, o valor oidc: irá criar nomes de grupos como oidc:engineering e oidc:infra.oidc:Não
--oidc-required-claimUm par de chave=valor que descreve atributos obrigatórios no ID Token. Se configurado, a presença do atributo é verificado dentro do ID Token com um valor relacionado. Repita esta opção para configurar múltiplos atributos obrigatórios.claim=valueNão
--oidc-ca-fileO caminho para o arquivo de certificado da autoridade de certificados (CA) que assinou o certificado do provedor de identidades./etc/kubernetes/ssl/kc-ca.pemNão

É importante ressaltar que o servidor de API não é um cliente Oauth2, ao contrário, ele só pode ser configurado para confiar em um emissor. Isso permite o uso de emissores públicos, como Google, sem confiar em credenciais emitidas por terceiros. Administradores que desejam utilizar-se de múltiplos clientes OAuth2 devem explorar provedores os quais suportam atributos azp (parte autorizada), que é um mecanismo para permitir um cliente a emitir tokens em nome de outro.

Kubernetes não oferece um provedor de identidade OpenID Connect. Pode-se utilizar provedores públicos existentes como Google ou outros. Ou, pode-se rodar o próprio provedor de identidade no cluster, como dex, Keycloak, CloudFoundry UAA, ou Tremolo Security's OpenUnison.

Para um provedor de identidades funcionar no Kubernetes, ele deve:

  1. Suportar o framework OpenID connect discovery; Nem todos suportam.
  2. Executar TLS com cifras criptográficas não obsoletos.
  3. Possuir certificados assinados por uma Autoridade certificadora (mesmo que o CA não seja comercial ou seja auto-assinado)

Uma nota sobre o requisito #3 acima. Se você instalar o seu próprio provedor de identidades (ao invés de utilizar um provedor como Google ou Microsoft) você DEVE ter o certificado web do seu provedor de identidades assinado por um certificado contendo a opção CA configurada para TRUE, mesmo que seja um certificado auto assinado. Isso deve-se a implementação do cliente TLS em Golang que é bastante restrito quanto aos padrões em torno da validação de certificados. Se você não possui um CA em fácil alcance, você pode usar este script criado pelo time Dex para criar um simples CA, um par de chaves e certificado assinados. Ou você pode usar este script similar o qual gera certificados SHA256 com uma vida mais longa e tamanho maior de chave.

Instruções de configuração para sistemas específicos podem ser encontrados em:

Utilizando kubectl

Opção 1 - Autenticador OIDC

A primeira opção é utilizar-se do autenticador oidc do kubectl, o qual define o valor do id_token como um bearer token para todas as requisições e irá atualizar o token quando o mesmo expirar. Após você efetuar o login no seu provedor, utilize o kubectl para adicionar os seus id_token, refresh_token, client_id, e client_secret para configurar o plugin.

Provedores os quais não retornem um id_token como parte da sua resposta de refresh token não são suportados por este plugin e devem utilizar a opção 2 abaixo.

kubectl config set-credentials USER_NAME \
  --auth-provider=oidc \
  --auth-provider-arg=idp-issuer-url=( issuer url ) \
  --auth-provider-arg=client-id=( your client id ) \
  --auth-provider-arg=client-secret=( your client secret ) \
  --auth-provider-arg=refresh-token=( your refresh token ) \
  --auth-provider-arg=idp-certificate-authority=( path to your ca certificate ) \
  --auth-provider-arg=id-token=( your id_token )

Um exemplo, executando o comando abaixo após autenticar-se no seu provedor de identidades:

kubectl config set-credentials mmosley  \
       --auth-provider=oidc  \
       --auth-provider-arg=idp-issuer-url=https://oidcidp.tremolo.lan:8443/auth/idp/OidcIdP  \
       --auth-provider-arg=client-id=kubernetes  \
       --auth-provider-arg=client-secret=1db158f6-177d-4d9c-8a8b-d36869918ec5  \
       --auth-provider-arg=refresh-token=q1bKLFOyUiosTfawzA93TzZIDzH2TNa2SMm0zEiPKTUwME6BkEo6Sql5yUWVBSWpKUGphaWpxSVAfekBOZbBhaEW+VlFUeVRGcluyVF5JT4+haZmPsluFoFu5XkpXk5BXqHega4GAXlF+ma+vmYpFcHe5eZR+slBFpZKtQA= \
       --auth-provider-arg=idp-certificate-authority=/root/ca.pem \
       --auth-provider-arg=id-token=eyJraWQiOiJDTj1vaWRjaWRwLnRyZW1vbG8ubGFuLCBPVT1EZW1vLCBPPVRybWVvbG8gU2VjdXJpdHksIEw9QXJsaW5ndG9uLCBTVD1WaXJnaW5pYSwgQz1VUy1DTj1rdWJlLWNhLTEyMDIxNDc5MjEwMzYwNzMyMTUyIiwiYWxnIjoiUlMyNTYifQ.eyJpc3MiOiJodHRwczovL29pZGNpZHAudHJlbW9sby5sYW46ODQ0My9hdXRoL2lkcC9PaWRjSWRQIiwiYXVkIjoia3ViZXJuZXRlcyIsImV4cCI6MTQ4MzU0OTUxMSwianRpIjoiMm96US15TXdFcHV4WDlHZUhQdy1hZyIsImlhdCI6MTQ4MzU0OTQ1MSwibmJmIjoxNDgzNTQ5MzMxLCJzdWIiOiI0YWViMzdiYS1iNjQ1LTQ4ZmQtYWIzMC0xYTAxZWU0MWUyMTgifQ.w6p4J_6qQ1HzTG9nrEOrubxIMb9K5hzcMPxc9IxPx2K4xO9l-oFiUw93daH3m5pluP6K7eOE6txBuRVfEcpJSwlelsOsW8gb8VJcnzMS9EnZpeA0tW_p-mnkFc3VcfyXuhe5R3G7aa5d8uHv70yJ9Y3-UhjiN9EhpMdfPAoEB9fYKKkJRzF7utTTIPGrSaSU6d2pcpfYKaxIwePzEkT4DfcQthoZdy9ucNvvLoi1DIC-UocFD8HLs8LYKEqSxQvOcvnThbObJ9af71EwmuE21fO5KzMW20KtAeget1gnldOosPtz1G5EwvaQ401-RPQzPGMVBld0_zMCAwZttJ4knw

O qual irá produzir a configuração abaixo:

users:
- name: mmosley
 user:
   auth-provider:
     config:
       client-id: kubernetes
       client-secret: 1db158f6-177d-4d9c-8a8b-d36869918ec5
       id-token: eyJraWQiOiJDTj1vaWRjaWRwLnRyZW1vbG8ubGFuLCBPVT1EZW1vLCBPPVRybWVvbG8gU2VjdXJpdHksIEw9QXJsaW5ndG9uLCBTVD1WaXJnaW5pYSwgQz1VUy1DTj1rdWJlLWNhLTEyMDIxNDc5MjEwMzYwNzMyMTUyIiwiYWxnIjoiUlMyNTYifQ.eyJpc3MiOiJodHRwczovL29pZGNpZHAudHJlbW9sby5sYW46ODQ0My9hdXRoL2lkcC9PaWRjSWRQIiwiYXVkIjoia3ViZXJuZXRlcyIsImV4cCI6MTQ4MzU0OTUxMSwianRpIjoiMm96US15TXdFcHV4WDlHZUhQdy1hZyIsImlhdCI6MTQ4MzU0OTQ1MSwibmJmIjoxNDgzNTQ5MzMxLCJzdWIiOiI0YWViMzdiYS1iNjQ1LTQ4ZmQtYWIzMC0xYTAxZWU0MWUyMTgifQ.w6p4J_6qQ1HzTG9nrEOrubxIMb9K5hzcMPxc9IxPx2K4xO9l-oFiUw93daH3m5pluP6K7eOE6txBuRVfEcpJSwlelsOsW8gb8VJcnzMS9EnZpeA0tW_p-mnkFc3VcfyXuhe5R3G7aa5d8uHv70yJ9Y3-UhjiN9EhpMdfPAoEB9fYKKkJRzF7utTTIPGrSaSU6d2pcpfYKaxIwePzEkT4DfcQthoZdy9ucNvvLoi1DIC-UocFD8HLs8LYKEqSxQvOcvnThbObJ9af71EwmuE21fO5KzMW20KtAeget1gnldOosPtz1G5EwvaQ401-RPQzPGMVBld0_zMCAwZttJ4knw
       idp-certificate-authority: /root/ca.pem
       idp-issuer-url: https://oidcidp.tremolo.lan:8443/auth/idp/OidcIdP
       refresh-token: q1bKLFOyUiosTfawzA93TzZIDzH2TNa2SMm0zEiPKTUwME6BkEo6Sql5yUWVBSWpKUGphaWpxSVAfekBOZbBhaEW+VlFUeVRGcluyVF5JT4+haZmPsluFoFu5XkpXk5BXq
     name: oidc

Uma vez que seu id_token expire, kubectl irá tentar atualizar o seu id_token utilizando-se do seu refresh_token e client_secret armazenando os novos valores para refresh_token e id_token no seu arquivo de configuração .kube/config.

Opção 2 - Utilize a opção --token

O comando kubectl o permite passar o valor de um token utilizando a opção --token. Copie e cole o valor do seu id_token nesta opção:

kubectl --token=eyJhbGciOiJSUzI1NiJ9.eyJpc3MiOiJodHRwczovL21sYi50cmVtb2xvLmxhbjo4MDQzL2F1dGgvaWRwL29pZGMiLCJhdWQiOiJrdWJlcm5ldGVzIiwiZXhwIjoxNDc0NTk2NjY5LCJqdGkiOiI2RDUzNXoxUEpFNjJOR3QxaWVyYm9RIiwiaWF0IjoxNDc0NTk2MzY5LCJuYmYiOjE0NzQ1OTYyNDksInN1YiI6Im13aW5kdSIsInVzZXJfcm9sZSI6WyJ1c2VycyIsIm5ldy1uYW1lc3BhY2Utdmlld2VyIl0sImVtYWlsIjoibXdpbmR1QG5vbW9yZWplZGkuY29tIn0.f2As579n9VNoaKzoF-dOQGmXkFKf1FMyNV0-va_B63jn-_n9LGSCca_6IVMP8pO-Zb4KvRqGyTP0r3HkHxYy5c81AnIh8ijarruczl-TK_yF5akjSTHFZD-0gRzlevBDiH8Q79NAr-ky0P4iIXS8lY9Vnjch5MF74Zx0c3alKJHJUnnpjIACByfF2SCaYzbWFMUNat-K1PaUk5-ujMBG7yYnr95xD-63n8CO8teGUAAEMx6zRjzfhnhbzX-ajwZLGwGUBT4WqjMs70-6a7_8gZmLZb2az1cZynkFRj2BaCkVT3A2RrjeEwZEtGXlMqKJ1_I2ulrOVsYx01_yD35-rw get nodes

Token de autenticação via Webhook

Webhook de autenticação é usado para verificar bearer tokens

  • --authentication-token-webhook-config-file arquivo de configuração descrevendo como acessar o serviço remoto de webhook.
  • --authentication-token-webhook-cache-ttl por quanto tempo guardar em cache decisões de autenticação. Configuração padrão definida para dois minutos.
  • --authentication-token-webhook-version determina quando usar o apiVersion authentication.k8s.io/v1beta1 ou authentication.k8s.io/v1 para objetos TokenReview quando enviar/receber informações do webhook. Valor padrão v1beta1.

O arquivo de configuração usa o formato de arquivo do kubeconfig. Dentro do arquivo, clusters refere-se ao serviço remoto e users refere-se ao servidor de API do webhook. Um exemplo seria:

# versão da API do Kubernetes
apiVersion: v1
# tipo do objeto da API
kind: Config
# clusters refere-se ao serviço remoto
clusters:
 - name: name-of-remote-authn-service
   cluster:
     certificate-authority: /path/to/ca.pem         # CA para verificar o serviço remoto
     server: https://authn.example.com/authenticate # URL para procurar o serviço remoto. Deve utilizar 'https'.
 
# users refere-se a configuração do webhook do servidor de  API
users:
 - name: name-of-api-server
   user:
     client-certificate: /path/to/cert.pem # certificado para ser utilizado pelo plugin de webhook
     client-key: /path/to/key.pem          # chave referente ao certificado
 
# arquivos kubeconfig requerem um contexto. Especifique um para o servidor de API.
current-context: webhook
contexts:
- context:
   cluster: name-of-remote-authn-service
   user: name-of-api-server
 name: webhook

Quando um cliente tenta autenticar-se com o servidor de API utilizando um bearer token como discutido acima, o webhook de autenticação envia um objeto JSON serializado do tipo TokenReview contendo o valor do token para o serviço remoto.

Note que objetos de API do tipo webhook estão sujeitos às mesmas regras de compatibilidade de versão como outros objetos de API Kubernetes. Implementadores devem verificar o campo de versão da API (apiVersion) da requisição para garantir a correta deserialização e devem responder com um objeto do tipo TokenReview da mesma versão da requisição.

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1",
 "kind": "TokenReview",
 "spec": {
   # Bearer token opaco enviado para o servidor de API
   "token": "014fbff9a07c...",
 
   # Lista opcional de identificadores de audiência para o servidor ao qual o token foi apresentado
   # Autenticadores de token  sensíveis a audiência (por exemplo, autenticadores de token OIDC)
   # deve-se verificar que o token foi direcionado a pelo menos um membro da lista de audiência
   # e retornar a interseção desta lista a audiência válida para o token no estado da resposta
   # Isto garante com que o token é válido para autenticar-se no servidor ao qual foi apresentado
   # Se nenhuma audiência for especificada, o token deve ser validado para autenticar-se ao servidor de API do Kubernetes
   "audiences": ["https://myserver.example.com", "https://myserver.internal.example.com"]
 }
}

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "TokenReview",
 "spec": {
   # Bearer token opaco enviado para o servidor de API
   "token": "014fbff9a07c...",
 
   # Lista opcional de identificadores de audiência para o servidor ao qual o token foi apresentado
   # Autenticadores de token  sensíveis a audiência (por exemplo, autenticadores de token OIDC)
   # deve-se verificar que o token foi direcionado a pelo menos um membro da lista de audiência
   # e retornar a interseção desta lista a audiência válida para o token no estado da resposta
   # Isto garante com que o token é válido para autenticar-se no servidor ao qual foi apresentado
   # Se nenhuma audiência for especificada, o token deve ser validado para autenticar-se ao servidor de API do Kubernetes
   "audiences": ["https://myserver.example.com", "https://myserver.internal.example.com"]
 }
}

É esperado que o serviço remoto preencha o campo status da requisição para indicar o sucesso do login. O campo spec do corpo de resposta é ignorado e pode ser omitido. O serviço remoto deverá retornar uma resposta usando a mesma versão de API do objeto TokenReview que foi recebido. Uma validação bem sucedida deveria retornar:

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1",
 "kind": "TokenReview",
 "status": {
   "authenticated": true,
   "user": {
     # Obrigatório
     "username": "janedoe@example.com",
     # Opcional
     "uid": "42",
     # Opcional: lista de grupos associados
     "groups": ["developers", "qa"],
     # Opcional: informação adicional  provida pelo autenticador.
     # Isto não deve conter dados confidenciais, pois pode ser registrados em logs ou em objetos de API e estarão disponíveis para webhooks de admissão
     "extra": {
       "extrafield1": [
         "extravalue1",
         "extravalue2"
       ]
     }
   },
   # Lista opcional de Autenticadores de token  sensíveis a audiência que podem ser retornados,
   # contendo as audiências da lista `spec.audiences` válido para o token apresentado.
   # Se este campo for omitido, o token é considerado válido para autenticar-se no servidor de API Kubernetes
   "audiences": ["https://myserver.example.com"]
 }
}

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "TokenReview",
 "status": {
   "authenticated": true,
   "user": {
     # Obrigatório
     "username": "janedoe@example.com",
     # Opcional
     "uid": "42",
     # Opcional: lista de grupos associados
     "groups": ["developers", "qa"],
     # Opcional: informação adicional  provida pelo autenticador.
     # Isto não deve conter dados confidenciais, pois pode ser registrados em logs ou em objetos de API e estarão disponíveis para webhooks de admissão
     "extra": {
       "extrafield1": [
         "extravalue1",
         "extravalue2"
       ]
     }
   },
   # Lista opcional de Autenticadores de token  sensíveis a audiência que podem ser retornados,
   # contendo as audiências da lista `spec.audiences` válido para o token apresentado.
   # Se este campo for omitido, o token é considerado válido para autenticar-se no servidor de API Kubernetes
   "audiences": ["https://myserver.example.com"]
 }
}

Uma requisição mal sucedida retornaria:

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1",
 "kind": "TokenReview",
 "status": {
   "authenticated": false,
   # Opcionalmente inclui detalhes sobre o porque a autenticação falhou
   # Se nenhum erro é fornecido, a API irá retornar uma mensagem genérica de "Não autorizado"
   # O campo de erro é ignorado quando authenticated=true.
   "error": "Credenciais expiradas"
 }
}

{
 "apiVersion": "authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "TokenReview",
 "status": {
   "authenticated": false,
   # Opcionalmente inclui detalhes sobre o porque a autenticação falhou
   # Se nenhum erro é fornecido, a API irá retornar uma mensagem genérica de "Não autorizado"
   # O campo de erro é ignorado quando authenticated=true.
   "error": "Credenciais expiradas"
 }
}

Autenticando com Proxy

O servidor de API pode ser configurado para identificar usuários através de valores de cabeçalho de requisição, como por exemplo X-Remote-User. Isto é projetado para o uso em combinação com um proxy de autenticação, o qual irá atribuir o valor do cabeçalho da requisição.

  • --requestheader-username-headers Obrigatório, não faz distinção entre caracteres maiúsculos/minúsculos. Nomes de cabeçalhos a serem verificados, em ordem, para a identidade do usuário. O primeiro cabeçalho contendo um valor será usado para o nome do usuário.

  • --requestheader-group-headers 1.6+. Opcional, não faz distinção entre caracteres maiúsculos/minúsculos. "X-Remote-Group" é recomendado. Nomes de cabeçalhos a serem verificados, em ordem, para os grupos do usuário. Todos os valores especificados em todos os cabeçalhos serão utilizados como nome dos grupos do usuário.

  • --requestheader-extra-headers-prefix 1.6+. Opcional, não faz distinção entre caracteres maiúsculos/minúsculos. "X-Remote-Extra-" é recomendado. Prefixos de cabeçalhos para serem utilizados para definir informações extras sobre o usuário (normalmente utilizado por um plugin de autorização). Todos os cabeçalhos que começam com qualquer um dos prefixos especificados têm o prefixo removido. O restante do nome do cabeçalho é transformado em letra minúscula, decodificado percent-decoded e torna-se uma chave extra, e o valor do cabeçalho torna-se um valor extra.

Por exemplo, com esta configuração:

--requestheader-username-headers=X-Remote-User
--requestheader-group-headers=X-Remote-Group
--requestheader-extra-headers-prefix=X-Remote-Extra-

e esta requisição:

GET / HTTP/1.1
X-Remote-User: fido
X-Remote-Group: dogs
X-Remote-Group: dachshunds
X-Remote-Extra-Acme.com%2Fproject: some-project
X-Remote-Extra-Scopes: openid
X-Remote-Extra-Scopes: profile

resultaria nesta informação de usuário:

name: fido
groups:
- dogs
- dachshunds
extra:
 acme.com/project:
 - some-project
 scopes:
 - openid
 - profile

Para prevenir falsificação de cabeçalhos, o proxy de autenticação deverá apresentar um certificado de cliente válido para o servidor de API para que possa ser validado com a autoridade de certificados (CA) antes que os cabeçalhos de requisições sejam verificados. AVISO: não re-utilize uma autoridade de certificados (CA) que esteja sendo utilizado em um contexto diferente ao menos que você entenda os riscos e os mecanismos de proteção da utilização de uma autoridade de certificados.

  • --requestheader-client-ca-file Obrigatório. Pacote de certificados no formato PEM. Um certificado válido deve ser apresentado e validado com a autoridade de certificados no arquivo especificado antes da verificação de cabeçalhos de requisição para os nomes do usuário.

  • --requestheader-allowed-names Opcional. Lista de valores de nomes comuns (CNs). Se especificado, um certificado de cliente válido contendo uma lista de nomes comuns denominados deve ser apresentado na verificação de cabeçalhos de requisição para os nomes do usuário. Se vazio, qualquer valor de nomes comuns será permitido.

Requisições anônimas

Quando habilitado, requisições que não são rejeitadas por outros métodos de autenticação configurados são tratadas como requisições anônimas e são dadas o nome de usuário system:anonymous e filiação ao grupo system:unauthenticated.

Por exemplo, uma requisição especificando um bearer token invalido chega a um servidor com token de autenticação configurado e acesso anônimo habilitado e receberia um erro de acesso não autorizado 401 Unauthorized. Já uma requisição não especificando nenhum bearer token seria tratada como uma requisição anônima.

Nas versões 1.5.1-1.5.x, acesso anônimo é desabilitado por padrão e pode ser habilitado passando a opção --anonymous-auth=true durante a inicialização do servidor de API.

Na versão 1.6 e acima, acesso anônimo é habilitado por padrão se um modo de autorização diferente de AlwaysAllow é utilizado e pode ser desabilitado passando a opção --anonymous-auth=false durante a inicialização do servidor de API. Começando na versão 1.6, os autorizadores ABAC (Controle de Acesso Baseado em Atributos) e RBAC (Controle de Acesso Baseado em Função) requerem autorização explícita do usuário system:anonymous e do grupo system:unauthenticated, portanto, regras de políticas legadas que permitam acesso a usuário * e grupo * nao incluíram usuários anônimos.

Personificação de usuário

Um usuário pode agir como outro através de cabeçalhos de personificação. Os mesmos permitem que requisições manualmente sobrescrevam as informações ao quais o usuário irá se autenticar como. Por exemplo, um administrador pode utilizar-se desta funcionalidade para investigar um problema com uma política de autorização e assim, temporariamente, personificar um outro usuário e ver se/como sua requisição está sendo negada.

Requisições de personificação primeiramente são autenticadas como o usuário requerente, então trocando para os detalhes de informação do usuário personificado.

O fluxo é:

  • Um usuário faz uma chamada de API com suas credenciais e cabeçalhos de personificação.
  • O servidor de API autentica o usuário.
  • O servidor de API garante que o usuário autenticado possui permissão de personificação.
  • Detalhes de informação do usuário da requisição tem seus valores substituídos com os detalhes de personificação.
  • A requisição é avaliada e a autorização é feita sobre os detalhes do usuário personificado.

Os seguintes cabeçalhos HTTP podem ser usados para realizar uma requisição de personificação:

  • Impersonate-User: O nome do usuário para se executar ações em seu nome.
  • Impersonate-Group: Um nome de grupo para se executar ações em seu nome. Pode ser especificado múltiplas vezes para fornecer múltiplos grupos. Opcional. Requer "Impersonate-User".
  • Impersonate-Extra-( extra name ): Um cabeçalho dinâmico usado para associar campos extras do usuário. Opcional. Requer "Impersonate-User". Para que seja preservado consistentemente, ( extra name ) deve ser somente minúsculo, e qualquer caracter que não seja legal em rótulos de cabeçalhos HTTP DEVE ser utf8 e codificado.

Um exemplo de conjunto de cabeçalhos HTTP:

Impersonate-User: jane.doe@example.com
Impersonate-Group: developers
Impersonate-Group: admins
Impersonate-Extra-dn: cn=jane,ou=engineers,dc=example,dc=com
Impersonate-Extra-acme.com%2Fproject: some-project
Impersonate-Extra-scopes: view
Impersonate-Extra-scopes: development

Quando utilizando-se o kubectl especifique a opção --as para determinar o cabeçalho Impersonate-User, especifique a opção --as-group para determinar o cabeçalho Impersonate-Group.

kubectl drain mynode
Error from server (Forbidden): User "clark" cannot get nodes at the cluster scope. (get nodes mynode)

Especificando as opções --as e --as-group:

kubectl drain mynode --as=superman --as-group=system:masters
node/mynode cordoned
node/mynode drained

Para personificar um usuário, grupo ou especificar campos extras, o usuário efetuando a personificação deve possuir a permissão de executar o verbo "impersonate" no tipo de atributo sendo personificado ("user", "group", etc.). Para clusters com o plugin de autorização RBAC habilitados, a seguinte ClusterRole abrange as regras necessárias para definir os cabeçalhos de personificação de usuário e grupo:

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
 name: impersonator
rules:
- apiGroups: [""]
 resources: ["users", "groups", "serviceaccounts"]
 verbs: ["impersonate"]

Campos extras são avaliados como sub-recursos de um recurso denominado "userextras". Para permitir ao usuário que utilize os cabeçalhos de personificação para o campo extra "scopes", o usuário deve receber a seguinte permissão:

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
 name: scopes-impersonator
rules:
# Pode definir o cabeçalho "Impersonate-Extra-scopes".
- apiGroups: ["authentication.k8s.io"]
 resources: ["userextras/scopes"]
 verbs: ["impersonate"]

Os valores dos cabeçalhos de personificação podem também ser restringidos ao limitar o conjunto de nomes de recursos (resourceNames) que um recurso pode ter.

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
 name: limited-impersonator
rules:
# Pode personificar o usuário "jane.doe@example.com"
- apiGroups: [""]
 resources: ["users"]
 verbs: ["impersonate"]
 resourceNames: ["jane.doe@example.com"]
 
# Pode assumir os grupos "developers" and "admins"
- apiGroups: [""]
 resources: ["groups"]
 verbs: ["impersonate"]
 resourceNames: ["developers","admins"]
 
# Pode personificar os campos extras "scopes" com valores "view" e "development"
- apiGroups: ["authentication.k8s.io"]
 resources: ["userextras/scopes"]
 verbs: ["impersonate"]
 resourceNames: ["view", "development"]

Plugins de credenciais client-go

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.11 [beta]

Ferramentas como kubectl e kubelet utilizando-se do k8s.io/client-go são capazes de executar um comando externo para receber credenciais de usuário.

Esta funcionalidade é direcionada à integração do lado cliente, com protocolos de autenticação não suportados nativamente pelo k8s.io/client-go como: LDAP, Kerberos, OAuth2, SAML, etc. O plugin implementa a lógica específica do protocolo e então retorna credenciais opacas para serem utilizadas. Quase todos os casos de usos de plugins de credenciais requerem um componente de lado do servidor com suporte para um autenticador de token webhook para interpretar o formato das credenciais produzidas pelo plugin cliente.

Exemplo de caso de uso

Num caso de uso hipotético, uma organização executaria um serviço externo que efetuaria a troca de credenciais LDAP por tokens assinados para um usuário específico. Este serviço seria também capaz de responder requisições do autenticador de token webhook para validar tokens. Usuários seriam obrigados a instalar um plugin de credencial em sua estação de trabalho.

Para autenticar na API:

  • O usuário entra um comando kubectl.
  • O plugin de credencial solicita ao usuário a entrada de credenciais LDAP e efetua troca das credenciais por um token via um serviço externo.
  • O plugin de credenciais retorna um token para o client-go, o qual o utiliza como um bearer token no servidor de API.
  • O servidor de API usa o autenticador de token webhook para submeter um objeto TokenReview para o serviço externo.
  • O serviço externo verifica a assinatura do token e retorna o nome e grupos do usuário.

Configuração

plugins de credencial são configurados através de arquivos de configuração do kubectl como parte dos campos de usuário.

apiVersion: v1
kind: Config
users:
- name: my-user
 user:
   exec:
     # Comando a ser executado. Obrigatório.
     command: "example-client-go-exec-plugin"
 
     # Versão da API a ser utilizada quando decodificar o recurso  ExecCredentials. Obrigatório
     #
     # A versão da API retornada pelo plugin DEVE ser a mesma versão listada aqui.
     #
     # Para integrar com ferramentas que suportem múltiplas versões (tal como client.authentication.k8s.io/v1alpha1),
     # defina uma variável de ambiente ou passe um argumento para a ferramenta que indique qual versão o plugin de execução deve esperar.
     apiVersion: "client.authentication.k8s.io/v1beta1"
 
     # Variáveis de ambiente a serem configuradas ao executar o plugin. Opcional
     env:
     - name: "FOO"
       value: "bar"
 
     # Argumentos a serem passados ao executar o plugin. Opcional
     args:
     - "arg1"
     - "arg2"
 
     # Texto exibido para o usuário quando o executável não parece estar presente. Opcional
     installHint: |
       example-client-go-exec-plugin é necessário para autenticar no cluster atual. Pode ser instalado via:       
 
       Em macOS: brew install example-client-go-exec-plugin
 
       Em Ubuntu: apt-get install example-client-go-exec-plugin
 
       Em Fedora: dnf install example-client-go-exec-plugin
 
       ...
 
     # Deve-se ou não fornecer informações do cluster, que podem potencialmente conter grande quantidade de dados do CA,
     # para esse plugin de execução como parte da variável de ambiente KUBERNETES_EXEC_INFO
     provideClusterInfo: true
clusters:
- name: my-cluster
 cluster:
   server: "https://172.17.4.100:6443"
   certificate-authority: "/etc/kubernetes/ca.pem"
   extensions:
   - name: client.authentication.k8s.io/exec # nome de extensão reservado para configuração exclusiva do cluster
     extension:
       arbitrary: config
       this: pode ser fornecido através da variável de ambiente KUBERNETES_EXEC_INFO na configuracao de provideClusterInfo
       you: ["coloque", "qualquer", "coisa", "aqui"]
contexts:
- name: my-cluster
 context:
   cluster: my-cluster
   user: my-user
current-context: my-cluster

Os caminhos relativos do comando são interpretados como relativo ao diretório do arquivo de configuração. Se KUBECONFIG está configurado para o caminho /home/jane/kubeconfig e o comando executado é ./bin/example-client-go-exec-plugin, o binario /home/jane/bin/example-client-go-exec-plugin será executado.

- name: my-user
 user:
   exec:
     # Caminho relativo para o diretorio do kubeconfig
     command: "./bin/example-client-go-exec-plugin"
     apiVersion: "client.authentication.k8s.io/v1beta1"

Formatos de entrada e saída

O comando executado imprime um objeto ExecCredential para o stdout. k8s.io/client-go autentica na API do Kubernetes utilizando as credenciais retornadas no status.

Quando executando uma sessão interativa, stdin é exposto diretamente para o plugin. plugins devem utilizar um TTY check para determinar se é apropriado solicitar um usuário interativamente.

Para usar credenciais do tipo bearer token, o plugin retorna um token no status do objeto ExecCredential.

{
 "apiVersion": "client.authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "ExecCredential",
 "status": {
   "token": "my-bearer-token"
 }
}

Alternativamente, um certificado de cliente e chave codificados em PEM podem ser retornados para serem utilizados em autenticação de cliente TLS. Se o plugin retornar um certificado e chave diferentes numa chamada subsequente, k8s.io/client-go Irá fechar conexões existentes com o servidor para forçar uma nova troca TLS.

Se especificado, clientKeyData e clientCertificateData devem ambos estar presentes.

clientCertificateData pode conter certificados intermediários adicionais a serem enviados para o servidor.

{
 "apiVersion": "client.authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "ExecCredential",
 "status": {
   "clientCertificateData": "-----BEGIN CERTIFICATE-----\n...\n-----END CERTIFICATE-----",
   "clientKeyData": "-----BEGIN RSA PRIVATE KEY-----\n...\n-----END RSA PRIVATE KEY-----"
 }
}

Opcionalmente, a resposta pode incluir a validade da credencial em formato RFC3339 de data/hora. A presença ou ausência de validade pode ter o seguinte impacto:

  • Se uma validade está incluída, o bearer token e as credenciais TLS são guardadas em cache até a o tempo de expiração é atingido ou se o servidor responder com um codigo de status HTTP 401 ou se o processo terminar.

  • Se uma validate está ausente, o bearer token e as credenciais TLS são guardadas em cache até o servidor responder com um código de status HTTP 401 ou até o processo terminar.

{
 "apiVersion": "client.authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "ExecCredential",
 "status": {
   "token": "my-bearer-token",
   "expirationTimestamp": "2018-03-05T17:30:20-08:00"
 }
}

Para habilitar o plugin de execução para obter informações específicas do cluster, define provideClusterInfo no campo user.exec dentro do arquivo de configuração kubeconfig. O plugin irá então prover a variável de ambiente KUBERNETES_EXEC_INFO. As informações desta variável de ambiente podem ser utilizadas para executar lógicas de aquisição de credentiais específicas do cluster. O manifesto ExecCredential abaixo descreve um exemplo de informação de cluster.

{
 "apiVersion": "client.authentication.k8s.io/v1beta1",
 "kind": "ExecCredential",
 "spec": {
   "cluster": {
     "server": "https://172.17.4.100:6443",
     "certificate-authority-data": "LS0t...",
     "config": {
       "arbitrary": "config",
       "this": "pode ser fornecido por meio da variável de ambiente KUBERNETES_EXEC_INFO na configuração de provideClusterInfo",
       "you": ["coloque", "qualquer", "coisa", "aqui"]
     }
   }
 }
}

6.3 - Autenticando com Tokens de Inicialização

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Os tokens de inicialização são um bearer token simples que devem ser utilizados ao criar novos clusters ou para quando novos nós são registrados a clusters existentes. Eles foram construídos para suportar a ferramenta kubeadm, mas podem ser utilizados em outros contextos para usuários que desejam inicializar clusters sem utilizar o kubeadm. Foram também construídos para funcionar, via políticas RBAC, com o sistema de Inicialização do Kubelet via TLS.

Visão geral dos tokens de inicialização

Os tokens de inicialização são definidos com um tipo especifico de secrets (bootstrap.kubernetes.io/token) que existem no namespace kube-system. Estes secrets são então lidos pelo autenticador de inicialização do servidor de API. Tokens expirados são removidos pelo controlador TokenCleaner no gerenciador de controle - kube-controller-manager. Os tokens também são utilizados para criar uma assinatura para um ConfigMap específico usado no processo de descoberta através de um controlador denominado BootstrapSigner.

Formato do Token

Tokens de inicialização tem o formato abcdef.0123456789abcdef. Mais formalmente, eles devem corresponder a expressão regular [a-z0-9]{6}\.[a-z0-9]{16}.

A primeira parte do token é um identificador ("Token ID") e é considerado informação pública. Ele é utilizado para se referir a um token sem vazar a parte secreta usada para autenticação. A segunda parte é o secret do token e somente deve ser compartilhado com partes confiáveis.

Habilitando autenticação com tokens de inicialização

O autenticador de tokens de inicialização pode ser habilitado utilizando a seguinte opção no servidor de API:

--enable-bootstrap-token-auth

Quando habilitado, tokens de inicialização podem ser utilizado como credenciais bearer token para autenticar requisições no servidor de API.

Authorization: Bearer 07401b.f395accd246ae52d

Tokens são autenticados como o usuário system:bootstrap:<token id> e são membros do grupo system:bootstrappers. Grupos adicionais podem ser especificados dentro do secret do token.

Tokens expirados podem ser removidos automaticamente ao habilitar o controlador tokencleaner do gerenciador de controle - kube-controller-manager.

--controllers=*,tokencleaner

Formato do secret dos tokens de inicialização

Cada token válido possui um secret no namespace kube-system. Você pode encontrar a documentação completa aqui.

Um secret de token se parece com o exemplo abaixo:

apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
 # Nome DEVE seguir o formato "bootstrap-token-<token id>"
 name: bootstrap-token-07401b
 namespace: kube-system
 
# Tipo DEVE ser 'bootstrap.kubernetes.io/token'
type: bootstrap.kubernetes.io/token
stringData:
 # Descrição legível. Opcional.
 description: "The default bootstrap token generated by 'kubeadm init'."
 
 # identificador do token e _secret_. Obrigatório.
 token-id: 07401b
 token-secret: f395accd246ae52d
 
 # Validade. Opcional.
 expiration: 2017-03-10T03:22:11Z
 
 # Usos permitidos.
 usage-bootstrap-authentication: "true"
 usage-bootstrap-signing: "true"
 
 # Grupos adicionais para autenticar o token. Devem começar com "system:bootstrappers:"
 auth-extra-groups: system:bootstrappers:worker,system:bootstrappers:ingress

O tipo do secret deve ser bootstrap.kubernetes.io/token e o nome deve seguir o formato bootstrap-token-<token id>. Ele também tem que existir no namespace kube-system.

Os membros listados em usage-bootstrap-* indicam qual a intenção de uso deste secret. O valor true deve ser definido para que seja ativado.

  • usage-bootstrap-authentication indica que o token pode ser utilizado para autenticar no servidor de API como um bearer token.
  • usage-bootstrap-signing indica que o token pode ser utilizado para assinar o ConfigMap cluster-info como descrito abaixo.

O campo expiration controla a expiração do token. Tokens expirados são rejeitados quando usados para autenticação e ignorados durante assinatura de ConfigMaps. O valor de expiração é codificado como um tempo absoluto UTC utilizando a RFC3339. Para automaticamente remover tokens expirados basta habilitar o controlador tokencleaner.

Gerenciamento de tokens com kubeadm

Você pode usar a ferramenta kubeadm para gerenciar tokens em um cluster. Veja documentação de tokens kubeadm para mais detalhes.

Assinatura de ConfigMap

Além de autenticação, os tokens podem ser utilizados para assinar um ConfigMap. Isto pode ser utilizado em estágio inicial do processo de inicialização de um cluster, antes que o cliente confie no servidor de API. O Configmap assinado pode ser autenticado por um token compartilhado.

Habilite a assinatura de ConfigMap ao habilitar o controlador bootstrapsigner no gerenciador de controle - kube-controller-manager.

--controllers=*,bootstrapsigner

O ConfigMap assinado é o cluster-info no namespace kube-public. No fluxo típico, um cliente lê o ConfigMap enquanto ainda não autenticado e ignora os erros da camada de transporte seguro (TLS). Ele então valida o conteúdo do ConfigMap ao verificar a assinatura contida no ConfigMap.

O ConfigMap pode se parecer com o exemplo abaixo:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
 name: cluster-info
 namespace: kube-public
data:
 jws-kubeconfig-07401b: eyJhbGciOiJIUzI1NiIsImtpZCI6IjA3NDAxYiJ9..tYEfbo6zDNo40MQE07aZcQX2m3EB2rO3NuXtxVMYm9U
 kubeconfig: |
   apiVersion: v1
   clusters:
   - cluster:
       certificate-authority-data: <really long certificate data>
       server: https://10.138.0.2:6443
     name: ""
   contexts: []
   current-context: ""
   kind: Config
   preferences: {}
   users: []   

O membro kubeconfig do ConfigMap é um arquivo de configuração contendo somente as informações do cluster preenchidas. A informação chave sendo comunicada aqui está em certificate-authority-data. Isto poderá ser expandido no futuro.

A assinatura é feita utilizando-se assinatura JWS em modo "separado". Para validar a assinatura, o usuário deve codificar o conteúdo do kubeconfig de acordo com as regras do JWS (codificando em base64 e descartando qualquer = ao final). O conteúdo codificado e então usado para formar um JWS inteiro, inserindo-o entre os 2 pontos. Você pode verificar o JWS utilizando o esquema HS256 (HMAC-SHA256) com o token completo (por exemplo: 07401b.f395accd246ae52d) como o secret compartilhado. Usuários devem verificar que o algoritmo HS256 (que é um método de assinatura simétrica) está sendo utilizado.

Consulte a seção de detalhes de implementação do kubeadm para mais informações.

6.4 - Ferramentas de Configuração

6.4.1 - Kubeadm

O Kubeadm é uma ferramenta criada para fornecer o kubeadm init e o kubeadm join como "caminhos rápidos" de melhores práticas para criar clusters Kubernetes.

O kubeadm executa as ações necessárias para colocar um cluster minimamente viável em funcionamento, e foi projetado para se preocupar apenas com a inicialização e não com o provisionamento de máquinas. Da mesma forma, a instalação de vários complementos úteis, como o Kubernetes Dashboard, soluções de monitoramento e complementos específicos da nuvem, não está no escopo.

Em vez disso, esperamos que ferramentas de alto nível e mais personalizadas sejam construídas em cima do kubeadm e, idealmente, usando o kubeadm como base de todas as implantações torná mais fácil a criação de clusters em conformidade.

Como instalar

Para instalar o kubeadm, consulte o guia de instalação.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes
  • kubeadm join para inicializar um nó worker do Kubernetes e associá-lo ao cluster
  • kubeadm upgrade para atualizar um cluster Kubernetes para uma versão mais recente
  • kubeadm config se você inicializou seu cluster usando o kubeadm v1.7.x ou inferior, para configurar seu cluster pelo kubeadm upgrade
  • kubeadm token para gerenciar os tokens pelo kubeadm join
  • kubeadm reset para reverter quaisquer alterações feitas, neste host, pelo kubeadm init ou kubeadm join
  • kubeadm certs para gerenciar os certificados do Kubernetes
  • kubeadm kubeconfig para gerenciar arquivos kubeconfig
  • kubeadm version para exibir a versão do kubeadm
  • kubeadm alpha para visualizar um conjunto de recursos disponibilizados para coletar feedback da comunidade

6.4.1.1 - kubeadm (auto-gerado)

6.4.1.1.1 -

Comandos relacionados ao manuseio de certificados kubernetes

Sinopse

Comandos relacionados ao manuseio de certificados kubernetes

Opções

-h, --help

ajuda para certs

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.2 -

Gerar as chaves de certificado

Sinopse

Este comando exibirá uma chave de certificado segura gerada aleatoriamente que pode ser usada com o comando "init".

Você também pode usar "kubeadm init --upload-certs" sem especificar uma chave de certificado e ela irá gerar e exibir uma para você.

kubeadm certs certificate-key [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para certificate-key

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.3 -

Verifique a expiração dos certificados para um cluster Kubernetes

Sinopse

Verifica a expiração dos certificados PKI local gerenciados pelo kubeadm.

kubeadm certs check-expiration [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para check-expiration

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig usado na comunicação com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais padrão pode ser pesquisado em busca de um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.4 -

Gerar chaves e solicitações de assinatura de certificados

Sinopse

Gera as chaves e as solicitações de assinatura de certificados (CSRs) para todos os certificados necessários para executar a camada de gerenciamento. Este comando também gera os arquivos kubeconfig parciais com dados de chave privada no campo "users > user > client-key-data" e, para cada arquivo kubeconfig, um arquivo ".csr" correspondente é criado.

Esse comando foi projetado para uso no modo de CA externo do Kubeadm. Ele gera CSRs que você pode enviar à sua autoridade de certificação externa para assinatura.

Os certificados PEM assinados e codificados devem ser salvos juntamente com os arquivos da chave, usando ".crt" como extensão de arquivo ou, no caso de arquivos kubeconfig, o certificado assinado codificado no formato PEM deve ser codificado em base64 e adicionado ao arquivo kubeconfig no campo "users > user > client-certificate-data".

kubeadm certs generate-csr [flags]

Exemplos

  # O comando a seguir gera as chaves e CSRs para todos os certificados do plano de controle e arquivos kubeconfig: 
  kubeadm certs generate-csr --kubeconfig-dir /tmp/etc-k8s --cert-dir /tmp/etc-k8s/pki

Opções

--cert-dir string

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para generate-csr

--kubeconfig-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes"

O caminho para salvar o arquivo kubeconfig.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.5 -

Renove certificados para um cluster Kubernetes

Sinopse

Este comando não deve ser executado sozinho. Veja a lista de subcomandos disponíveis.

kubeadm certs renew [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para renew

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.6 -

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o administrador e o kubeadm usarem

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o administrador e o kubeadm usarem.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificados do K8s para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew admin.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados.

--config string

O caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para o admin.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.7 -

Renovar todos os certificados disponíveis

Sinopse

Renove todos os certificados conhecidos e necessários para executar a camada de gerenciamento. As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração. As renovações também podem ser executadas individualmente para obter mais controle.

kubeadm certs renew all [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para all

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.8 -

Renove o certificado que o apiserver usa para acessar o etcd.

Sinopse

Renove o certificado que o apiserver usa para acessar o etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificado K8s para renovação do certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver-etcd-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver-etcd-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.9 -

Renove o certificado para o servidor API se conectar ao kubelet

Sinopse

Renove o certificado para o servidor da API se conectar ao kubelet.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificado do K8s para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver-kubelet-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver-kubelet-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.10 -

Renove o certificado para servir a API do Kubernetes

Sinopse

Renove o certificado para servir a API do Kubernetes.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver [flags]

Opções

--cert-dir string     Default: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.11 -

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o uso do gerenciador de controladores.

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o uso do gerenciador de controladores.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew controller-manager.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para controller-manager.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.12 -

Renove o certificado para liveness probes para verificar a integridade do etcd

Sinopse

Renove o certificado para liveness probes para verificar a integridade do etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-healthcheck-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-healthcheck-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.13 -

Renove o certificado para nós etcd se comunicarem uns com os outros

Sinopse

Renove o certificado para nós etcd se comunicarem uns com os outros.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-peer [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-peer

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.14 -

Renove o certificado para servir o etcd

Sinopse

Renove o certificado para servir o etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-server [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-server

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.15 -

Renove o certificado para o cliente front proxy

Sinopse

Renove o certificado para o cliente front proxy.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew front-proxy-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para front-proxy-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.16 -

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o gerenciador de agendamento usar

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o gerenciador de agendamento usar.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew scheduler.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para scheduler.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.17 -

Exibe uma lista de imagens que o kubeadm usará. O arquivo de configuração é usado caso quaisquer imagens ou repositórios de imagens sejam personalizados.

Sinopse

Exibe uma lista de imagens que o kubeadm usará. O arquivo de configuração é usado caso quaisquer imagens ou repositórios de imagens sejam personalizados.

kubeadm config images list [flags]

Opções

--allow-missing-template-keys     Padrão: true

Se verdadeiro (true), ignore quaisquer erros nos modelos quando um campo ou chave de mapa estiver faltando no modelo. Aplica-se apenas aos formatos de saída golang e jsonpath.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-o, --experimental-output string     Padrão: "text"

Formato de saída. Valores válidos: text|json|yaml|go-template|go-template-file|template|templatefile|jsonpath|jsonpath-as-json|jsonpath-file.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descrevem opções para vários recursos. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para list

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Escolha um registro de contêineres para baixar imagens da camada de gerenciamento

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Escolha uma versão específica do Kubernetes para a camada de gerenciamento.

--show-managed-fields

Se verdadeiro, mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.18 -

Puxe imagens usadas pelo kubeadm

Sinopse

Baixa imagens usadas pelo kubeadm

kubeadm config images pull [flags]

Opções

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

--cri-socket string

Caminho para se conectar ao socket CRI. Se vazio, o kubeadm tentará detectar automaticamente esse valor; use essa opção somente se você tiver mais de um CRI instalado ou se tiver um socket CRI não padrão.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descrevem feature gates para vários recursos. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para pull

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Escolha um registro de contêineres para baixar imagens da camada de gerenciamento

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Escolha uma versão específica do Kubernetes para a camada de gerenciamento.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.19 -

Leia uma versão mais antiga dos tipos de API de configuração do kubeadm a partir de um arquivo e envie o objeto de configuração semelhante para a versão mais recente

Sinopse

Esse comando permite converter objetos de configuração de versões mais antigas para a versão mais recente suportada, localmente na ferramenta CLI sem nunca tocar em nada no cluster. Nesta versão do kubeadm, as seguintes versões da API são suportadas:

  • Kubeadm.k8s.io/v1beta3

Além disso, o kubeadm só pode escrever a configuração da versão "kubeadm.k8s.io/v1beta3", mas pode ler os dois tipos. Portanto, independentemente da versão que você passar para o parâmetro --old-config , o objeto API será lido, desserializado, padronizado, convertido, validado e serializado novamente quando escrito no stdout ou --new-config, se especificado.

Em outras palavras, a saída deste comando é o que o kubeadm realmente leria internamente se você enviasse este arquivo para "kubeadm init"

kubeadm config migrate [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para migrate

--new-config string

Caminho para o arquivo de configuração kubeadm equivalente usando a nova versão da API. Opcional, se não for especificado, a saída será enviada para o STDOUT.

--old-config string

Caminho para o arquivo de configuração do kubeadm que está usando uma versão antiga da API e que deve ser convertido. Essa flag é obrigatória.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.20 -

Exibe configurações

Sinopse

Este comando exibe as configurações para subcomandos fornecidos. Para mais detalhes, consulte: https://pkg.go.dev/k8s.io/kubernetes/cmd/kubeadm/app/apis/kubeadm#section-directories

kubeadm config print [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para print

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.21 -

Exibe a configuração de inicialização padrão, que pode ser usada para 'kubeadm init'

Sinopse

Este comando exibe objetos, como a configuração de inicialização padrão que é usada para 'kubeadm init'.

Observe que os valores confidenciais, como os campos do Token Bootstrap, são substituídos por valores de exemplo como "abcdef.0123456789abcdef", a fim de passar na validação, mas não executar o cálculo real para criar um token.

kubeadm config print init-defaults [flags]

Opções

--component-configs strings

Uma lista dos objetos da API de configuração, separados por vírgulas, exibirá os valores padrão. Valores disponíveis: [KubeProxyConfiguration KubeletConfiguration]. Se essa flag não estiver definida, nenhuma configuração de componente será impressa.

-h, --help

ajuda para init-defaults

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.22 -

Exibe a configuração padrão do join, que pode ser usada para 'kubeadm join'

Sinopse

Este comando exibe objetos como a configuração padrão de join que é usada para 'kubeadm join'.

Observe que valores confidenciais, como os campos do Token Bootstrap, são substituídos por valores de exemplo como "abcdef.0123456789abcdef", a fim de passar na validação, mas não executar o cálculo real para criar um token.

kubeadm config print join-defaults [flags]

Opções

--component-configs strings

Uma lista dos objetos da API de configuração, separados por vírgulas, exibirá os valores padrão. Valores disponíveis: [KubeProxyConfiguration KubeletConfiguration]. Se essa flag não estiver definida, nenhuma configuração de componente será impressa.

-h, --help

ajuda para join-defaults

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.23 -

Rode este comando para configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes

Sinopse

Rode este comando para configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes

O comando "init" executa as fases abaixo:

preflight                    Efetua as verificações pré-execução
certs                        Geração de certificados
  /ca                          Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada do Kubernetes para provisionamento de identidades para outros componentes do Kubernetes
  /apiserver                   Gera o certificado para o servidor da API do Kubernetes
  /apiserver-kubelet-client    Gera o certificado para o servidor da API se conectar ao Kubelet
  /front-proxy-ca              Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada para provisionamento de identidades para o front proxy
  /front-proxy-client          Gera o certificado para o cliente do front proxy
  /etcd-ca                     Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada para provisionamento de identidades para o etcd
  /etcd-server                 Gera o certificado para servir o etcd
  /etcd-peer                   Gera o certificado para comunicação entre nós do etcd
  /etcd-healthcheck-client     Gera o certificado para liveness probes fazerem a verificação de integridade do etcd
  /apiserver-etcd-client       Gera o certificado que o servidor da API utiliza para comunicar-se com o etcd
  /sa                          Gera uma chave privada para assinatura de tokens de conta de serviço, juntamente com sua chave pública
kubeconfig                   Gera todos os arquivos kubeconfig necessários para estabelecer a camada de gerenciamento e o arquivo kubeconfig de administração
  /admin                       Gera um arquivo kubeconfig para o administrador e o próprio kubeadm utilizarem
  /kubelet                     Gera um arquivo kubeconfig para o kubelet utilizar *somente* para fins de inicialização do cluster
  /controller-manager          Gera um arquivo kubeconfig para o gerenciador de controladores utilizar
  /scheduler                   Gera um arquivo kubeconfig para o escalonador do Kubernetes utilizar
kubelet-start                Escreve as configurações do kubelet e (re)inicializa o kubelet
control-plane                Gera todos os manifestos de Pods estáticos necessários para estabelecer a camada de gerenciamento
  /apiserver                   Gera o manifesto do Pod estático do kube-apiserver
  /controller-manager          Gera o manifesto do Pod estático do kube-controller-manager
  /scheduler                   Gera o manifesto do Pod estático do kube-scheduler
etcd                         Gera o manifesto do Pod estático para um etcd local
  /local                       Gera o manifesto do Pod estático para uma instância local e de nó único do etcd
upload-config                Sobe a configuração do kubeadm e do kubelet para um ConfigMap
  /kubeadm                     Sobe a configuração ClusterConfiguration do kubeadm para um ConfigMap
  /kubelet                     Sobe a configuração do kubelet para um ConfigMap
upload-certs                 Sobe os certificados para o kubeadm-certs
mark-control-plane           Marca um nó como parte da camada de gerenciamento
bootstrap-token              Gera tokens de autoinicialização utilizados para associar um nó a um cluster
kubelet-finalize             Atualiza configurações relevantes ao kubelet após a inicialização TLS
  /experimental-cert-rotation  Habilita rotação de certificados do cliente do kubelet
addon                        Instala os addons requeridos para passar nos testes de conformidade
  /coredns                     Instala o addon CoreDNS em um cluster Kubernetes
  /kube-proxy                  Instala o addon kube-proxy em um cluster Kubernetes
kubeadm init [flags]

Opções

--apiserver-advertise-address string

O endereço IP que o servidor da API irá divulgar que está escutando. Quando não informado, a interface de rede padrão é utilizada.

--apiserver-bind-port int32     Padrão: 6443

Porta para o servidor da API conectar-se.

--apiserver-cert-extra-sans strings

Nomes alternativos (Subject Alternative Names, ou SANs) opcionais a serem adicionados ao certificado utilizado pelo servidor da API. Pode conter endereços IP ou nomes DNS.

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar e armazenar certificados.

--certificate-key string

Chave utilizada para encriptar os certificados da camada de gerenciamento no Secret kubeadm-certs.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--control-plane-endpoint string

Especifica um endereço IP estável ou nome DNS para a camada de gerenciamento.

--cri-socket string

Caminho para o soquete CRI se conectar. Se vazio, o kubeadm tentará autodetectar este valor; utilize esta opção somente se você possui mais que um CRI instalado ou se você possui um soquete CRI fora do padrão.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas imprime as alterações que seriam efetuadas.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALFA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALFA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (BETA - padrão=true)

-h, --help

ajuda para init

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Seleciona um registro de contêineres de onde baixar imagens.

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Seleciona uma versão do Kubernetes específica para a camada de gerenciamento.

--node-name string

Especifica o nome do nó.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--pod-network-cidr string

Especifica um intervalo de endereços IP para a rede do Pod. Quando especificado, a camada de gerenciamento irá automaticamente alocar CIDRs para cada nó.

--service-cidr string     Padrão: "10.96.0.0/12"

Utiliza um intervalo alternativo de endereços IP para VIPs de serviço.

--service-dns-domain string     Padrão: "cluster.local"

Utiliza um domínio alternativo para os serviços. Por exemplo, "myorg.internal".

--skip-certificate-key-print

Não exibe a chave utilizada para encriptar os certificados da camada de gerenciamento.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas.

--skip-token-print

Pula a impressão do token de autoinicialização padrão gerado pelo comando 'kubeadm init'.

--token string

O token a ser utilizado para estabelecer confiança bidirecional entre nós de carga de trabalho e nós da camada de gerenciamento. O formato segue a expressão regular [a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16} - por exemplo, abcdef.0123456789abcdef.

--token-ttl duration     Padrão: 24h0m0s

A duração de tempo de um token antes deste ser automaticamente apagado (por exemplo, 1s, 2m, 3h). Quando informado '0', o token não expira.

--upload-certs

Sobe os certificados da camada de gerenciamento para o Secret kubeadm-certs.

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.24 -

Rode este comando em qualquer máquina que você deseje adicionar a um cluster existente

Sinopse

Ao associar um novo nó a um cluster inicializado com kubeadm, temos que estabelecer a confiança bidirecional. Este processo é dividido entre a descoberta (em que o nó estabelece a confiança na camada de gerenciamento do Kubernetes) e a inicialização TLS (em que a camada de gerenciamento do Kubernetes estabelece a confiança no nó).

Existem duas principais formas de descoberta. A primeira delas é o uso de um token compartilhado, juntamente com o endereço IP do servidor da API. A segunda é o fornecimento de um arquivo - um subconjunto do arquivo kubeconfig padrão. O arquivo de descoberta/kubeconfig suporta autenticação por token, plugins de autenticação do client-go ("exec"), "tokenFile" e "authProvider". Este arquivo pode ser um arquivo local ou um arquivo baixado através de uma URL HTTPS. Os formatos são kubeadm join --discovery-token abcdef.1234567890abcdef 1.2.3.4:6443, kubeadm join --discovery-file caminho/para/arquivo.conf, ou kubeadm join --discovery-file https://endereco/arquivo.conf. Somente um formato pode ser utilizado. Se os dados para a descoberta são carregados de uma URL, o protocolo HTTPS deve ser utilizado. Neste caso, o conjunto de CAs instalado no host é utilizado para verificar a conexão.

Se você utilizou um token compartilhado para descoberta, você deve também passar a opção --discovery-token-ca-cert-hash para validar a chave pública da autoridade de certificação raiz (CA) apresentada pela camada de gerenciamento do Kubernetes. O valor desta opção é especificado no formato "<tipo-de-hash>:<valor-codificado-em-hexadecimal>", onde o tipo de hash suportado é "sha256". O hash é calculado a partir dos bytes do objeto Subject Public Key Info (SPKI), como especificado pela RFC7469. Este valor fica disponível na saída do comando kubeadm init ou pode ser calculado utilizando ferramentas padronizadas. A opção --discovery-token-ca-cert-hash pode ser especificada múltiplas vezes para permitir informar mais que uma chave pública.

Se você não puder obter o hash da chave pública da autoridade de certificação de antemão, você pode passar a opção --discovery-token-unsafe-skip-ca-verification para desabilitar esta verificação. Esta opção enfraquece o modelo de segurança do kubeadm, já que outros nós podem potencialmente personificar a camada de gerenciamento do Kubernetes.

O mecanismo de inicialização TLS também é conduzido por um token compartilhado. Este token é utilizado para temporariamente autenticar-se com a camada de gerenciamento do Kubernetes para enviar uma requisição de assinatura de certificado (CSR) para um par de chaves criado localmente. Por padrão, o kubeadm irá configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes para automaticamente aprovar estas requisições de assinatura. O token é enviado através da opção --tls-bootstrap-token abcdef.1234567890abcdef.

Frequentemente, o mesmo token é utilizado para ambas as partes. Neste caso, a opção --token pode ser utilizada ao invés de especificar cada token individualmente.

O comando join [api-server-endpoint] executa as seguintes fases:

preflight               Executa as verificações pré-execução
control-plane-prepare   Prepara a máquina para servir um nó da camada de gerenciamento
  /download-certs        [EXPERIMENTAL] Baixa certificados compartilhados entre nós da camada de gerenciamento do Secret kubeadm-certs
  /certs                 Gera os certificados para os novos componentes da camada de gerenciamento
  /kubeconfig            Gera o arquivo kubeconfig para os novos componentes da camada de gerenciamento
  /control-plane         Gera os manifestos para os novos componentes da camada de gerenciamento
kubelet-start          Escreve as configurações do kubelet, os certificados, e (re)inicia o kubelet
control-plane-join     Associa uma máquina como uma instância da camada de gerenciamento
  /etcd                  Adiciona como um novo membro do etcd local
  /update-status         Registra o novo nó da camada de gerenciamento no objeto ClusterStatus mantido no ConfigMap kubeadm-config (DESCONTINUADO)
  /mark-control-plane    Marca um nó como nó da camada de gerenciamento
kubeadm join [api-server-endpoint] [flags]

Opções

--apiserver-advertise-address string

Se o nó hospedar uma nova instância da camada de gerenciamento, este é o endereço IP que servidor da API irá anunciar que está aguardando conexões. Quando não especificado, a interface de rede padrão é utilizada.

--apiserver-bind-port int32     Default: 6443

Se o nó hospedar uma nova instância da camada de gerenciamento, a porta que o servidor da API deve conectar-se.

--certificate-key string

Chave utilizada para decriptar as credenciais do certificado enviadas pelo comando init.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--control-plane

Cria uma nova instância da camada de gerenciamento neste nó.

--cri-socket string

Caminho para o soquete CRI conectar-se. Se vazio, o kubeadm tentará autodetectar este valor; utilize esta opção somente se você possui mais que um CRI instalado ou se você possui um soquete CRI fora do padrão.

--discovery-file string

Para descoberta baseada em arquivo, um caminho de arquivo ou uma URL de onde a informação do cluster deve ser carregada.

--discovery-token string

Para descoberta baseada em token, o token utilizado para validar a informação do cluster obtida do servidor da API.

--discovery-token-ca-cert-hash strings

Para descoberta baseada em token, verifica que a chave pública do CA raiz corresponde a este hash (formato: "<tipo>:<valor>").

--discovery-token-unsafe-skip-ca-verification

Para descoberta baseada em token, permite associar-se ao cluster sem fixação da autoridade de certificação (opção --discovery-token-ca-cert-hash).

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas imprime as alterações que seriam efetuadas.

-h, --help

ajuda para join

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--node-name string

Especifica o nome do nó.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas.

--tls-bootstrap-token string

Especifica o token a ser utilizado para autenticar temporariamente com a camada de gerenciamento do Kubernetes durante o processo de associação do nó ao cluster.

--token string

Utiliza este token em ambas as opções discovery-token e tls-bootstrap-token quando tais valores não são informados.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.25 -

Utilitários de arquivo Kubeconfig

Sinopse

Utilitários de arquivo Kubeconfig.

Opções

-h, --help

ajuda para kubeconfig

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.26 -

Saída do arquivo kubeconfig para um usuário adicional.

Sinopse

Exibe o arquivo kubeconfig para um usuário adicional.

kubeadm kubeconfig user [flags]

Exemplos

  # Exibe um arquivo kubeconfig para um usuário adicional chamado foo usando um arquivo bar de configuração
  kubeadm kubeconfig user --client-name=foo --config=bar

Opções

--client-name string

O nome do usuário. Será usado como CN se os certificados do cliente forem criados.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para user

--org strings

As organizações do certificado do cliente. Será usado como O se os certificados de cliente forem criados.

--token string

O token que deve ser usado como mecanismo de autenticação para esse kubeconfig, em vez de certificados de cliente

--validity-period duração     Padrão: 8760h0m0s

O período de validade do certificado do cliente. É um deslocamento da hora atual.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.27 -

Executa o melhor esforço para reverter as alterações feitas no host por 'kubeadm init' ou 'kubeadm join'

Sinopse

Executa o melhor esforço para reverter as alterações feitas no host por 'kubeadm init' ou 'kubeadm join'

O comando "reset" executa as seguintes fases:

preflight           Executa as verificações pré-execução do preflight.
remove-etcd-member  Remove um membro etcd local.
cleanup-node        Executa a limpeza do nó.
kubeadm reset [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para o diretório onde os certificados estão armazenados. Se especificado, limpe este diretório.

--cri-socket string

Caminho para o socket CRI se conectar. Se vazio, o kubeadm tentará detectar automaticamente esse valor; use essa opção somente se você tiver mais de um CRI instalado ou se tiver um socket CRI não padrão.

-f, --force

Redefine o nó sem solicitar confirmação..

-h, --help

ajuda para reset

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações cujos erros serão mostrados como avisos. Exemplo: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.28 -

Crie tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando criará um token de inicialização. Você pode especificar os usos para este token, o "tempo de vida" e uma descrição amigável, que é opcional.

O [token] é o token real para gravar. Este deve ser um token aleatório gerado com segurança da forma "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}". Se nenhum [token] for fornecido, o kubeadm gerará um token aleatório.

kubeadm token create [token]

Opções

--certificate-key string

Quando usado em conjunto com '--print-join-command', exibe a flag completa 'kubeadm join' necessária para se unir ao cluster como um nó de camada de gerenciamento. Para criar uma nova chave de certificado, você deve usar 'kubeadm init phase upload-certs --upload-certs'.

--config string

Caminho para o arquivo de configuração kubeadm.

--description string

Uma descrição amigável de como esse token é usado.

--groups strings     Padrão: "system:bootstrappers:kubeadm:default-node-token"

Grupos extras que este token autenticará quando usado para autenticação. Deve corresponder "\Asystem:bootstrappers:[a-z0-9:-]{0,255}[a-z0-9]\z"

-h, --help

ajuda para create

--print-join-command

Em vez de exibir apenas o token, exibe a flag completa 'kubeadm join' necessária para se associar ao cluster usando o token.

--ttl duração     Padrão: 24h0m0s

A duração antes do token ser excluído automaticamente (por exemplo, 1s, 2m, 3h). Se definido como '0', o token nunca expirará

--usages strings     Padrão: "signing,authentication"

Descreve as maneiras pelas quais esse token pode ser usado. Você pode passar --usages várias vezes ou fornecer uma lista de opções separada por vírgulas. Opções válidas: [signing,authentication]

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.29 -

Excluir tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando excluirá uma lista de tokens de inicialização para você.

O [token-value] é um Token completo na forma "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}" ou o ID do Token na forma "[a-z0-9]{6}" a ser excluído.

kubeadm token delete [token-value] ...

Opções

-h, --help

ajuda para delete

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.30 -

Gere e exiba um token de inicialização, mas não o crie no servidor

Sinopse

Este comando exibirá um token de inicialização gerado aleatoriamente que pode ser usado com os comandos "init" e "join".

Você não precisa usar este comando para gerar um token. Você pode fazer isso sozinho, desde que esteja no formato "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}". Este comando é fornecido por conveniência para gerar tokens no formato fornecido.

Você também pode usar "kubeadm init" sem especificar um token e ele gerará e exibirá um para você.

kubeadm token generate [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para generate

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.31 -

Liste tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando listará todos os tokens de inicialização para você

kubeadm token list [flags]

Opções

--allow-missing-template-keys     Padrão: true

Se verdadeiro (true), ignora quaisquer erros nos modelos quando um campo ou chave de mapa estiver faltando no modelo. Aplica-se apenas aos formatos de saída golang e jsonpath.

-o, --experimental-output string     Padrão: "text"

Formato de saída. Valores válidos: text|json|yaml|go-template|go-template-file|template|templatefile|jsonpath|jsonpath-as-json|jsonpath-file.

-h, --help

ajuda para list

--show-managed-fields

Se verdadeiro (true), mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.32 -

Atualiza o cluster Kubernetes para uma versão específica

Sinopse

Atualiza o cluster Kubernetes para uma versão específica

kubeadm upgrade apply [versão]

Opções

--allow-experimental-upgrades

Exibe as versões instáveis do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões alfa/beta/release candidate do Kubernetes.

--allow-release-candidate-upgrades

Exibe as versões candidatas a lançamento do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões candidatas a lançamento do Kubernetes.

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas exibe as alterações que seriam efetuadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)

-f, --force

Força a atualização, embora alguns requisitos possam não estar sendo atendidos. Isso também implica o modo não interativo.

-h, --help

ajuda para apply

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd", "kubeletconfiguration". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--print-config

Especifica se o arquivo de configuração que será usado na atualização deve ser exibido ou não.

-y, --yes

Executa a atualização e não solicita um prompt de confirmação (modo não interativo).

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.33 -

Mostra quais diferenças serão aplicadas aos manifestos dos Pods estáticos existentes. Veja também: kubeadm upgrade apply --dry-run

Sinopse

Mostra quais diferenças serão aplicadas aos manifestos dos Pods estáticos existentes. Veja também: kubeadm upgrade apply --dry-run

kubeadm upgrade diff [versão] [flags]

Opções

--api-server-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-apiserver.yaml"

Caminho para o manifesto do servidor da API

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

-c, --context-lines int     Padrão: 3

Quantidade de linhas de contexto do diff

--controller-manager-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-controller-manager.yaml"

Caminho para o manifesto do controlador de gerenciadores

-h, --help

Ajuda para diff

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--scheduler-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-scheduler.yaml"

Caminho para o manifesto do escalonador

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.34 -

Comando para atualização de um nó no cluster

Sinopse

Comando para atualização de um nó no cluster

O comando "node" executa as seguintes fases:

preflight       Executa as verificações de pré-atualização do nó
control-plane   Atualiza a instância da camada de gerenciamento implantada neste nó, se houver
kubelet-config  Atualiza a configuração do kubelet para este nó
kubeadm upgrade node [flags]

Opções

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas exibe as alterações que seriam efetuadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

-h, --help

ajuda para node

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd", "kubeletconfiguration". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.35 -

Use este comando para invocar uma fase única do fluxo de trabalho do nó

Sinopse

Use este comando para invocar uma fase única do fluxo de trabalho do nó

Opções

-h, --help

ajuda para fase

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.36 -

Atualiza a instância da camada de gerenciamento instalada nesse nó, se houver

Sinopse

Atualiza a instância da camada de gerenciamento instalada nesse nó, se houver

kubeadm upgrade node phase control-plane [flags]

Opções

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--dry-run

Não altera nenhum estado, apenas produz as ações que seriam executadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

-h, --help

ajuda para o comando control-plane

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, uma série de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

O caminho para um diretório que contém arquivos chamados "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou apenas "etcd.json". "target" são "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser um dos "strategic", "merge" or "json"e eles correspondem aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O padrão "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional que pode ser usada para determinar a ordem de aplicação dos patches alfanumericamente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.37 -

Atualize a configuração do kubelet para este nó

Sinopse

Baixa no cluster o ConfigMap de configuração do kubelet no formato "kubelet-config-1.X", onde X é a menor versão do kubelet. O kubeadm usa o campo KuberneteVersion no ConfigMap kubeadm-config para determinar qual é a versão desejada do kubelet.

kubeadm upgrade node phase kubelet-config [flags]

Opções

--dry-run

Não altera nenhum estado, apenas produz as ações que seriam executadas.

-h, --help

ajuda para kubelet-config

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, uma série de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.38 -

Execute verificações antes de atualização do nó

Sinopse

Execute verificações antes de atualização do nó

kubeadm upgrade node phase preflight [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para preflight

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações cujos erros serão mostrados como avisos. Exemplo: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.1.39 -

Verifique quais versões estão disponíveis para atualizar e verifique se o seu cluster atual é atualizável. Para pular a verificação da Internet, passe o parâmetro opcional [versão]

Sinopse

Verifique quais versões estão disponíveis para atualizar e verifique se o seu cluster atual é atualizável. Para pular a verificação da Internet, passe o parâmetro opcional [versão]

kubeadm upgrade plan [versão] [flags]

Opções

--allow-experimental-upgrades

Exibe as versões instáveis do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões alfa/beta/release candidate do Kubernetes.

--allow-release-candidate-upgrades

Exibe as versões candidatas a lançamento do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões candidatas a lançamento do Kubernetes.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para plan

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

-o, --output string     Padrão: "text"

EXPERIMENTAL: Formato de saída. Opções válidas: text|json|yaml.

--print-config

Especifica se o arquivo de configuração que será usado na atualização deve ser exibido ou não.

--show-managed-fields

Se verdadeiro, mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

6.4.1.1.40 -

Exibe a versão do kubeadm

Sinopse

Exibe a versão do kubeadm

kubeadm version [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para version

-o, --output string

Formato de saída; as opções disponíveis são 'yaml', 'json' e 'short'

Opção herdada do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.2 - kubeadm init

Este comando inicializa um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes.

Rode este comando para configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes

Sinopse

Rode este comando para configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes

O comando "init" executa as fases abaixo:

preflight                    Efetua as verificações pré-execução
certs                        Geração de certificados
  /ca                          Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada do Kubernetes para provisionamento de identidades para outros componentes do Kubernetes
  /apiserver                   Gera o certificado para o servidor da API do Kubernetes
  /apiserver-kubelet-client    Gera o certificado para o servidor da API se conectar ao Kubelet
  /front-proxy-ca              Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada para provisionamento de identidades para o front proxy
  /front-proxy-client          Gera o certificado para o cliente do front proxy
  /etcd-ca                     Gera a autoridade de certificação (CA) auto-assinada para provisionamento de identidades para o etcd
  /etcd-server                 Gera o certificado para servir o etcd
  /etcd-peer                   Gera o certificado para comunicação entre nós do etcd
  /etcd-healthcheck-client     Gera o certificado para liveness probes fazerem a verificação de integridade do etcd
  /apiserver-etcd-client       Gera o certificado que o servidor da API utiliza para comunicar-se com o etcd
  /sa                          Gera uma chave privada para assinatura de tokens de conta de serviço, juntamente com sua chave pública
kubeconfig                   Gera todos os arquivos kubeconfig necessários para estabelecer a camada de gerenciamento e o arquivo kubeconfig de administração
  /admin                       Gera um arquivo kubeconfig para o administrador e o próprio kubeadm utilizarem
  /kubelet                     Gera um arquivo kubeconfig para o kubelet utilizar *somente* para fins de inicialização do cluster
  /controller-manager          Gera um arquivo kubeconfig para o gerenciador de controladores utilizar
  /scheduler                   Gera um arquivo kubeconfig para o escalonador do Kubernetes utilizar
kubelet-start                Escreve as configurações do kubelet e (re)inicializa o kubelet
control-plane                Gera todos os manifestos de Pods estáticos necessários para estabelecer a camada de gerenciamento
  /apiserver                   Gera o manifesto do Pod estático do kube-apiserver
  /controller-manager          Gera o manifesto do Pod estático do kube-controller-manager
  /scheduler                   Gera o manifesto do Pod estático do kube-scheduler
etcd                         Gera o manifesto do Pod estático para um etcd local
  /local                       Gera o manifesto do Pod estático para uma instância local e de nó único do etcd
upload-config                Sobe a configuração do kubeadm e do kubelet para um ConfigMap
  /kubeadm                     Sobe a configuração ClusterConfiguration do kubeadm para um ConfigMap
  /kubelet                     Sobe a configuração do kubelet para um ConfigMap
upload-certs                 Sobe os certificados para o kubeadm-certs
mark-control-plane           Marca um nó como parte da camada de gerenciamento
bootstrap-token              Gera tokens de autoinicialização utilizados para associar um nó a um cluster
kubelet-finalize             Atualiza configurações relevantes ao kubelet após a inicialização TLS
  /experimental-cert-rotation  Habilita rotação de certificados do cliente do kubelet
addon                        Instala os addons requeridos para passar nos testes de conformidade
  /coredns                     Instala o addon CoreDNS em um cluster Kubernetes
  /kube-proxy                  Instala o addon kube-proxy em um cluster Kubernetes
kubeadm init [flags]

Opções

--apiserver-advertise-address string

O endereço IP que o servidor da API irá divulgar que está escutando. Quando não informado, a interface de rede padrão é utilizada.

--apiserver-bind-port int32     Padrão: 6443

Porta para o servidor da API conectar-se.

--apiserver-cert-extra-sans strings

Nomes alternativos (Subject Alternative Names, ou SANs) opcionais a serem adicionados ao certificado utilizado pelo servidor da API. Pode conter endereços IP ou nomes DNS.

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar e armazenar certificados.

--certificate-key string

Chave utilizada para encriptar os certificados da camada de gerenciamento no Secret kubeadm-certs.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--control-plane-endpoint string

Especifica um endereço IP estável ou nome DNS para a camada de gerenciamento.

--cri-socket string

Caminho para o soquete CRI se conectar. Se vazio, o kubeadm tentará autodetectar este valor; utilize esta opção somente se você possui mais que um CRI instalado ou se você possui um soquete CRI fora do padrão.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas imprime as alterações que seriam efetuadas.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALFA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALFA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (BETA - padrão=true)

-h, --help

ajuda para init

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Seleciona um registro de contêineres de onde baixar imagens.

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Seleciona uma versão do Kubernetes específica para a camada de gerenciamento.

--node-name string

Especifica o nome do nó.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--pod-network-cidr string

Especifica um intervalo de endereços IP para a rede do Pod. Quando especificado, a camada de gerenciamento irá automaticamente alocar CIDRs para cada nó.

--service-cidr string     Padrão: "10.96.0.0/12"

Utiliza um intervalo alternativo de endereços IP para VIPs de serviço.

--service-dns-domain string     Padrão: "cluster.local"

Utiliza um domínio alternativo para os serviços. Por exemplo, "myorg.internal".

--skip-certificate-key-print

Não exibe a chave utilizada para encriptar os certificados da camada de gerenciamento.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas.

--skip-token-print

Pula a impressão do token de autoinicialização padrão gerado pelo comando 'kubeadm init'.

--token string

O token a ser utilizado para estabelecer confiança bidirecional entre nós de carga de trabalho e nós da camada de gerenciamento. O formato segue a expressão regular [a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16} - por exemplo, abcdef.0123456789abcdef.

--token-ttl duration     Padrão: 24h0m0s

A duração de tempo de um token antes deste ser automaticamente apagado (por exemplo, 1s, 2m, 3h). Quando informado '0', o token não expira.

--upload-certs

Sobe os certificados da camada de gerenciamento para o Secret kubeadm-certs.

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

Fluxo do comando Init

O comando kubeadm init inicializa um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes através da execução dos passos abaixo:

  1. Roda uma série de verificações pré-execução para validar o estado do sistema antes de efetuar mudanças. Algumas verificações emitem apenas avisos, outras são consideradas erros e cancelam a execução do kubeadm até que o problema seja corrigido ou que o usuário especifique a opção --ignore-preflight-errors=<lista-de-erros-a-ignorar>.

  2. Gera uma autoridade de certificação (CA) auto-assinada para criar identidades para cada um dos componentes do cluster. O usuário pode informar seu próprio certificado CA e/ou chave ao instalar estes arquivos no diretório de certificados configurado através da opção --cert-dir (por padrão, este diretório é /etc/kubernetes/pki). Os certificados do servidor da API terão entradas adicionais para nomes alternativos (subject alternative names, ou SANs) especificados através da opção --apiserver-cert-extra-sans. Estes argumentos serão modificados para caracteres minúsculos quando necessário.

  3. Escreve arquivos kubeconfig adicionais no diretório /etc/kubernetes para o kubelet, para o gerenciador de controladores e para o escalonador utilizarem ao conectarem-se ao servidor da API, cada um com sua própria identidade, bem como um arquivo kubeconfig adicional para administração do cluster chamado admin.conf.

  4. Gera manifestos de Pods estáticos para o servidor da API, para o gerenciador de controladores e para o escalonador. No caso de uma instância externa do etcd não ter sido providenciada, um manifesto de Pod estático adicional é gerado para o etcd.

    Manifestos de Pods estáticos são escritos no diretório /etc/kubernetes/manifests; o kubelet lê este diretório em busca de manifestos de Pods para criar na inicialização.

    Uma vez que os Pods da camada de gerenciamento estejam criados e rodando, a sequência de execução do comando kubeadm init pode continuar.

  5. Aplica labels e taints ao nó da camada de gerenciamento de modo que cargas de trabalho adicionais não sejam escalonadas para executar neste nó.

  6. Gera o token que nós adicionais podem utilizar para associarem-se a uma camada de gerenciamento no futuro. Opcionalmente, o usuário pode fornecer um token através da opção --token, conforme descrito na documentação do comando kubeadm token.

  7. Prepara todas as configurações necessárias para permitir que nós se associem ao cluster utilizando os mecanismos de Tokens de Inicialização e Inicialização TLS:

    • Escreve um ConfigMap para disponibilizar toda a informação necessária para associar-se a um cluster e para configurar regras de controle de acesso baseada em funções (RBAC).

    • Permite o acesso dos tokens de inicialização à API de assinaturas CSR.

    • Configura a auto-aprovação de novas requisições CSR.

    Para mais informações, consulte kubeadm join.

  8. Instala um servidor DNS (CoreDNS) e os componentes adicionais do kube-proxy através do servidor da API. A partir da versão 1.11 do Kubernetes, CoreDNS é o servidor DNS padrão. Mesmo que o servidor DNS seja instalado nessa etapa, o seu Pod não será escalonado até que um CNI seja instalado.

Utilizando fases de inicialização com o kubeadm

O kubeadm permite que você crie um nó da camada de gerenciamento em fases utilizando o comando kubeadm init phase.

Para visualizar a lista ordenada de fases e subfases, você pode rodar o comando kubeadm init --help. A lista estará localizada no topo da ajuda e cada fase tem sua descrição listada juntamente com o comando. Perceba que ao rodar o comando kubeadm init todas as fases e subfases são executadas nesta ordem exata.

Algumas fases possuem flags específicas. Caso você deseje ver uma lista de todas as opções disponíveis, utilize a flag --help. Por exemplo:

sudo kubeadm init phase control-plane controller-manager --help

Você também pode utilizar a flag --help para ver uma lista de subfases de uma fase superior:

sudo kubeadm init phase control-plane --help

kubeadm init também expõe uma flag chamada --skip-phases que pode ser utilizada para pular a execução de certas fases. Esta flag aceita uma lista de nomes de fases. Os nomes de fases aceitos estão descritos na lista ordenada acima.

Um exemplo:

sudo kubeadm init phase control-plane all --config=configfile.yaml
sudo kubeadm init phase etcd local --config=configfile.yaml
# agora você pode modificar os manifestos da camada de gerenciamento e do etcd
sudo kubeadm init --skip-phases=control-plane,etcd --config=configfile.yaml

O que este exemplo faz é escrever os manifestos da camada de gerenciamento e do etcd no diretório /etc/kubernetes/manifests, baseados na configuração descrita no arquivo configfile.yaml. Isto permite que você modifique os arquivos e então pule estas fases utilizando a opção --skip-phases. Ao chamar o último comando, você cria um nó da camada de gerenciamento com os manifestos personalizados.

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.22 [beta]

Como alternativa, você pode também utilizar o campo skipPhases na configuração InitConfiguration.

Utilizando kubeadm init com um arquivo de configuração

É possível configurar o comando kubeadm init com um arquivo de configuração ao invés de argumentos de linha de comando, e algumas funcionalidades mais avançadas podem estar disponíveis apenas como opções do arquivo de configuração. Este arquivo é fornecido utilizando a opção --config e deve conter uma estrutura ClusterConfiguration e, opcionalmente, mais estruturas separadas por ---\n. Combinar a opção --config com outras opções de linha de comando pode não ser permitido em alguns casos.

A configuração padrão pode ser emitida utilizando o comando kubeadm config print.

Se a sua configuração não estiver utilizando a última versão, é recomendado que você migre utilizando o comando kubeadm config migrate.

Para mais informações sobre os campos e utilização da configuração, você pode consultar a página de referência da API.

Utilizando kubeadm init com feature gates

O kubeadm suporta um conjunto de feature gates que são exclusivos do kubeadm e podem ser utilizados somente durante a criação de um cluster com kubeadm init. Estas funcionalidades podem controlar o comportamento do cluster. Os feature gates são removidos assim que uma funcionalidade atinge a disponibilidade geral (general availability, ou GA).

Para informar um feature gate, você pode utilizar a opção --feature-gates do comando kubeadm init, ou pode adicioná-las no campo featureGates quando um arquivo de configuração é utilizado através da opção --config.

A utilização de feature gates dos componentes principais do Kubernetes com o kubeadm não é suportada. Ao invés disso, é possível enviá-los através da personalização de componentes com a API do kubeadm.

Lista dos feature gates:

_feature gates_ do kubeadm
Feature gateValor-padrãoVersão AlfaVersão Beta
PublicKeysECDSAfalse1.19-
RootlessControlPlanefalse1.22-
UnversionedKubeletConfigMaptrue1.221.23

Descrição dos feature gates:

PublicKeysECDSA
Pode ser utilizado para criar um cluster que utilize certificados ECDSA no lugar do algoritmo RSA padrão. A renovação dos certificados ECDSA existentes também é suportada utilizando o comando kubeadm certs renew, mas você não pode alternar entre os algoritmos RSA e ECDSA dinamicamente ou durante atualizações.
RootlessControlPlane
Quando habilitada esta opção, os componentes da camada de gerenciamento cuja instalação de Pods estáticos é controlada pelo kubeadm, como o kube-apiserver, kube-controller-manager, kube-scheduler e etcd, têm seus contêineres configurados para rodarem como usuários não-root. Se a opção não for habilitada, estes componentes são executados como root. Você pode alterar o valor deste feature gate antes de atualizar seu cluster para uma versão mais recente do Kubernetes.
UnversionedKubeletConfigMap
Esta opção controla o nome do ConfigMap onde o kubeadm armazena os dados de configuração do kubelet. Quando esta opção não for especificada ou estiver especificada com o valor true, o ConfigMap será nomeado kubelet-config. Caso esteja especificada com o valor false, o nome do ConfigMap incluirá as versões maior e menor do Kubernetes instalado (por exemplo, kubelet-config-1.30). O kubeadm garante que as regras de RBAC para leitura e escrita deste ConfigMap serão apropriadas para o valor escolhido. Quando o kubeadm cria este ConfigMap (durante a execução dos comandos kubeadm init ou kubeadm upgrade apply), o kubeadm irá respeitar o valor da opção UnversionedKubeletConfigMap. Quando tal ConfigMap for lido (durante a execução dos comandos kubeadm join, kubeadm reset, kubeadm upgrade...), o kubeadm tentará utilizar o nome do ConfigMap sem a versão primeiro. Se esta operação não for bem-sucedida, então o kubeadm irá utilizar o nome legado (versionado) para este ConfigMap.

Adicionando parâmetros do kube-proxy

Para informações sobre como utilizar parâmetros do kube-proxy na configuração do kubeadm, veja:

Para informações sobre como habilitar o modo IPVS com o kubeadm, veja:

Informando opções personalizadas em componentes da camada de gerenciamento

Para informações sobre como passar as opções aos componentes da camada de gerenciamento, veja:

Executando o kubeadm sem uma conexão à internet

Para executar o kubeadm sem uma conexão à internet, você precisa baixar as imagens de contêiner requeridas pela camada de gerenciamento.

Você pode listar e baixar as imagens utilizando o subcomando kubeadm config images:

kubeadm config images list
kubeadm config images pull

Você pode passar a opção --config para os comandos acima através de um arquivo de configuração do kubeadm para controlar os campos kubernetesVersion e imageRepository.

Todas as imagens padrão hospedadas em registry.k8s.io que o kubeadm requer suportam múltiplas arquiteturas.

Utilizando imagens personalizadas

Por padrão, o kubeadm baixa imagens hospedadas no repositório de contêineres registry.k8s.io. Se a versão requisitada do Kubernetes é um rótulo de integração contínua (por exemplo, ci/latest), o repositório de contêineres gcr.io/k8s-staging-ci-images é utilizado.

Você pode sobrescrever este comportamento utilizando o kubeadm com um arquivo de configuração. Personalizações permitidas são:

  • Fornecer um valor para o campo kubernetesVersion que afeta a versão das imagens.
  • Fornecer um repositório de contêineres alternativo através do campo imageRepository para ser utilizado no lugar de registry.k8s.io.
  • Fornecer um valor específico para os campos imageRepository e imageTag, correspondendo ao repositório de contêineres e tag a ser utilizada, para as imagens dos componentes etcd ou CoreDNS.

Caminhos de imagens do repositório de contêineres padrão registry.k8s.io podem diferir dos utilizados em repositórios de contêineres personalizados através do campo imageRepository devido a razões de retrocompatibilidade. Por exemplo, uma imagem pode ter um subcaminho em registry.k8s.io/subcaminho/imagem, mas quando utilizado um repositório de contêineres personalizado, o valor padrão será meu.repositoriopersonalizado.io/imagem.

Para garantir que você terá as imagens no seu repositório personalizado em caminhos que o kubeadm consiga consumir, você deve:

  • Baixar as imagens dos caminhos padrão registry.k8s.io utilizando o comando kubeadm config images {list|pull}.
  • Subir as imagens para os caminhos listados no resultado do comando kubeadm config images list --config=config.yaml, onde config.yaml contém o valor customizado do campo imageRepository, e/ou imageTag para os componentes etcd e CoreDNS.
  • Utilizar o mesmo arquivo config.yaml quando executar o comando kubeadm init.

Imagens personalizadas para o sandbox (imagem pause)

Para configurar uma imagem personalizada para o sandbox, você precisará configurar o agente de execução de contêineres para utilizar a imagem. Verifique a documentação para o seu agente de execução de contêineres para mais informações sobre como modificar esta configuração; para alguns agentes de execução de contêiner você também encontrará informações no tópico Agentes de Execução de Contêineres.

Carregando certificados da camada de gerenciamento no cluster

Ao adicionar a opção --upload-certs ao comando kubeadm init você pode subir temporariamente certificados da camada de gerenciamento em um Secret no cluster. Este Secret expira automaticamente após 2 horas. Os certificados são encriptados utilizando uma chave de 32 bytes que pode ser especificada através da opção --certificate-key. A mesma chave pode ser utilizada para baixar certificados quando nós adicionais da camada de gerenciamento estão se associando ao cluster, utilizando as opções --control-plane e --certificate-key ao rodar kubeadm join.

O seguinte comando de fase pode ser usado para subir os certificados novamente após a sua expiração:

kubeadm init phase upload-certs --upload-certs --certificate-key=ALGUM_VALOR --config=ALGUM_ARQUIVO_YAML

Se a opção --certificate-key não for passada aos comandos kubeadm init e kubeadm init phase upload-certs, uma nova chave será gerada automaticamente.

O comando abaixo pode ser utilizado para gerar uma nova chave sob demanda:

kubeadm certs certificate-key

Gerenciamento de certificados com o kubeadm

Para informações detalhadas sobre gerenciamento de certificados com o kubeadm, consulte Gerenciamento de Certificados com o kubeadm. O documento inclui informações sobre a utilização de autoridades de certificação (CA) externas, certificados personalizados e renovação de certificados.

Gerenciando o arquivo drop-in do kubeadm para o kubelet

O pacote kubeadm é distribuído com um arquivo de configuração para rodar o kubelet utilizando systemd. Note que o kubeadm nunca altera este arquivo. Este arquivo drop-in é parte do pacote DEB/RPM do kubeadm.

Para mais informações, consulte Gerenciando o arquivo drop-in do kubeadm para o systemd.

Usando o kubeadm com agentes de execução CRI

Por padrão, o kubeadm tenta detectar seu agente de execução de contêineres. Para mais detalhes sobre esta detecção, consulte o guia de instalação CRI do kubeadm.

Configurando o nome do nó

Por padrão, o kubeadm gera um nome para o nó baseado no endereço da máquina. Você pode sobrescrever esta configuração utilizando a opção --node-name. Esta opção passa o valor apropriado para a opção --hostname-override do kubelet.

Note que sobrescrever o hostname de um nó pode interferir com provedores de nuvem.

Automatizando o kubeadm

Ao invés de copiar o token que você obteve do comando kubeadm init para cada nó, como descrito no tutorial básico do kubeadm, você pode paralelizar a distribuição do token para facilitar a automação. Para implementar esta automação, você precisa saber o endereço IP que o nó da camada de gerenciamento irá ter após a sua inicialização, ou utilizar um nome DNS ou um endereço de um balanceador de carga.

  1. Gere um token. Este token deve ter a forma <string de 6 caracteres>.<string de 16 caracteres>. Mais especificamente, o token precisa ser compatível com a expressão regular: [a-z0-9]{6}\.[a-z0-9]{16}.

    O kubeadm pode gerar um token para você:

     kubeadm token generate
    
  2. Inicialize o nó da camada de gerenciamento e os nós de carga de trabalho de forma concorrente com este token. Conforme os nós forem iniciando, eles deverão encontrar uns aos outros e formar o cluster. O mesmo argumento --token pode ser utilizado em ambos os comandos kubeadm init e kubeadm join.

  3. O mesmo procedimento pode ser feito para a opção --certificate-key quando nós adicionais da camada de gerenciamento associarem-se ao cluster. A chave pode ser gerada utilizando:

    kubeadm certs certificate-key
    

Uma vez que o cluster esteja inicializado, você pode buscar as credenciais para a camada de gerenciamento no caminho /etc/kubernetes/admin.conf e utilizá-las para conectar-se ao cluster.

Note que este tipo de inicialização tem algumas garantias de segurança relaxadas pois ele não permite que o hash do CA raiz seja validado com a opção --discovery-token-ca-cert-hash (pois este hash não é gerado quando os nós são provisionados). Para detalhes, veja a documentação do comando kubeadm join.

Próximos passos

  • kubeadm init phase para entender mais sobre as fases do comando kubeadm init
  • kubeadm join para inicializar um nó de carga de trabalho do Kubernetes e associá-lo ao cluster
  • kubeadm upgrade para atualizar um cluster do Kubernetes para uma versão mais recente
  • kubeadm reset para reverter quaisquer mudanças feitas neste host pelos comandos kubeadm init ou kubeadm join

6.4.1.3 - kubeadm join

Este comando inicializa um nó de processamento do Kubernetes e o associa ao cluster.

Rode este comando em qualquer máquina que você deseje adicionar a um cluster existente

Sinopse

Ao associar um novo nó a um cluster inicializado com kubeadm, temos que estabelecer a confiança bidirecional. Este processo é dividido entre a descoberta (em que o nó estabelece a confiança na camada de gerenciamento do Kubernetes) e a inicialização TLS (em que a camada de gerenciamento do Kubernetes estabelece a confiança no nó).

Existem duas principais formas de descoberta. A primeira delas é o uso de um token compartilhado, juntamente com o endereço IP do servidor da API. A segunda é o fornecimento de um arquivo - um subconjunto do arquivo kubeconfig padrão. O arquivo de descoberta/kubeconfig suporta autenticação por token, plugins de autenticação do client-go ("exec"), "tokenFile" e "authProvider". Este arquivo pode ser um arquivo local ou um arquivo baixado através de uma URL HTTPS. Os formatos são kubeadm join --discovery-token abcdef.1234567890abcdef 1.2.3.4:6443, kubeadm join --discovery-file caminho/para/arquivo.conf, ou kubeadm join --discovery-file https://endereco/arquivo.conf. Somente um formato pode ser utilizado. Se os dados para a descoberta são carregados de uma URL, o protocolo HTTPS deve ser utilizado. Neste caso, o conjunto de CAs instalado no host é utilizado para verificar a conexão.

Se você utilizou um token compartilhado para descoberta, você deve também passar a opção --discovery-token-ca-cert-hash para validar a chave pública da autoridade de certificação raiz (CA) apresentada pela camada de gerenciamento do Kubernetes. O valor desta opção é especificado no formato "<tipo-de-hash>:<valor-codificado-em-hexadecimal>", onde o tipo de hash suportado é "sha256". O hash é calculado a partir dos bytes do objeto Subject Public Key Info (SPKI), como especificado pela RFC7469. Este valor fica disponível na saída do comando kubeadm init ou pode ser calculado utilizando ferramentas padronizadas. A opção --discovery-token-ca-cert-hash pode ser especificada múltiplas vezes para permitir informar mais que uma chave pública.

Se você não puder obter o hash da chave pública da autoridade de certificação de antemão, você pode passar a opção --discovery-token-unsafe-skip-ca-verification para desabilitar esta verificação. Esta opção enfraquece o modelo de segurança do kubeadm, já que outros nós podem potencialmente personificar a camada de gerenciamento do Kubernetes.

O mecanismo de inicialização TLS também é conduzido por um token compartilhado. Este token é utilizado para temporariamente autenticar-se com a camada de gerenciamento do Kubernetes para enviar uma requisição de assinatura de certificado (CSR) para um par de chaves criado localmente. Por padrão, o kubeadm irá configurar a camada de gerenciamento do Kubernetes para automaticamente aprovar estas requisições de assinatura. O token é enviado através da opção --tls-bootstrap-token abcdef.1234567890abcdef.

Frequentemente, o mesmo token é utilizado para ambas as partes. Neste caso, a opção --token pode ser utilizada ao invés de especificar cada token individualmente.

O comando join [api-server-endpoint] executa as seguintes fases:

preflight               Executa as verificações pré-execução
control-plane-prepare   Prepara a máquina para servir um nó da camada de gerenciamento
  /download-certs        [EXPERIMENTAL] Baixa certificados compartilhados entre nós da camada de gerenciamento do Secret kubeadm-certs
  /certs                 Gera os certificados para os novos componentes da camada de gerenciamento
  /kubeconfig            Gera o arquivo kubeconfig para os novos componentes da camada de gerenciamento
  /control-plane         Gera os manifestos para os novos componentes da camada de gerenciamento
kubelet-start          Escreve as configurações do kubelet, os certificados, e (re)inicia o kubelet
control-plane-join     Associa uma máquina como uma instância da camada de gerenciamento
  /etcd                  Adiciona como um novo membro do etcd local
  /update-status         Registra o novo nó da camada de gerenciamento no objeto ClusterStatus mantido no ConfigMap kubeadm-config (DESCONTINUADO)
  /mark-control-plane    Marca um nó como nó da camada de gerenciamento
kubeadm join [api-server-endpoint] [flags]

Opções

--apiserver-advertise-address string

Se o nó hospedar uma nova instância da camada de gerenciamento, este é o endereço IP que servidor da API irá anunciar que está aguardando conexões. Quando não especificado, a interface de rede padrão é utilizada.

--apiserver-bind-port int32     Default: 6443

Se o nó hospedar uma nova instância da camada de gerenciamento, a porta que o servidor da API deve conectar-se.

--certificate-key string

Chave utilizada para decriptar as credenciais do certificado enviadas pelo comando init.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--control-plane

Cria uma nova instância da camada de gerenciamento neste nó.

--cri-socket string

Caminho para o soquete CRI conectar-se. Se vazio, o kubeadm tentará autodetectar este valor; utilize esta opção somente se você possui mais que um CRI instalado ou se você possui um soquete CRI fora do padrão.

--discovery-file string

Para descoberta baseada em arquivo, um caminho de arquivo ou uma URL de onde a informação do cluster deve ser carregada.

--discovery-token string

Para descoberta baseada em token, o token utilizado para validar a informação do cluster obtida do servidor da API.

--discovery-token-ca-cert-hash strings

Para descoberta baseada em token, verifica que a chave pública do CA raiz corresponde a este hash (formato: "<tipo>:<valor>").

--discovery-token-unsafe-skip-ca-verification

Para descoberta baseada em token, permite associar-se ao cluster sem fixação da autoridade de certificação (opção --discovery-token-ca-cert-hash).

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas imprime as alterações que seriam efetuadas.

-h, --help

ajuda para join

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--node-name string

Especifica o nome do nó.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas.

--tls-bootstrap-token string

Especifica o token a ser utilizado para autenticar temporariamente com a camada de gerenciamento do Kubernetes durante o processo de associação do nó ao cluster.

--token string

Utiliza este token em ambas as opções discovery-token e tls-bootstrap-token quando tais valores não são informados.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

Fluxo do comando join

O comando kubeadm join inicializa um nó de processamento ou um nó da camada de gerenciamento e o adiciona ao cluster. Esta ação consiste nos seguintes passos para nós de processamento:

  1. O kubeadm baixa as informações necessárias do cluster através servidor da API. Por padrão, o token de autoinicialização e o hash da chave da autoridade de certificação (CA) são utilizados para verificar a autenticidade dos dados baixados. O certificado raiz também pode ser descoberto diretamente através de um arquivo ou URL.

  2. Uma vez que as informações do cluster são conhecidas, o kubelet pode começar o processo de inicialização TLS.

    A inicialização TLS utiliza o token compartilhado para autenticar temporariamente com o servidor da API do Kubernetes a fim de submeter uma requisição de assinatura de certificado (certificate signing request, ou CSR); por padrão, a camada de gerenciamento assina essa requisição CSR automaticamente.

  3. Por fim, o kubeadm configura o kubelet local para conectar no servidor da API com a identidade definitiva atribuída ao nó.

Para nós da camada de gerenciamento, passos adicionais são executados:

  1. O download de certificados compartilhados por todos os nós da camada de gerenciamento (quando explicitamente solicitado pelo usuário).

  2. Geração de manifestos, certificados e arquivo kubeconfig para os componentes da camada de gerenciamento.

  3. Adição de um novo membro local do etcd.

Utilizando fases de associação com o kubeadm

O kubeadm permite que você associe um nó a um cluster em fases utilizando kubeadm join phase.

Para visualizar a lista ordenada de fases e subfases disponíveis, você pode executar o comando kubeadm join --help. A lista estará localizada no topo da tela da ajuda e cada fase terá uma descrição ao lado. Note que ao chamar kubeadm join todas as fases e subfases serão executadas nesta ordem exata.

Algumas fases possuem opções únicas, portanto, se você desejar ver uma lista das opções disponíveis, adicione a flag --help. Por exemplo:

kubeadm join phase kubelet-start --help

De forma semelhante ao comando kubeadm init phase, kubeadm join phase permite que você ignore uma lista de fases utilizando a opção --skip-phases.

Por exemplo:

sudo kubeadm join --skip-phases=preflight --config=config.yaml
ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.22 [beta]

Alternativamente, você pode utilizar o campo skipPhases no manifesto JoinConfiguration.

Descobrindo em qual autoridade de certificação (CA) do cluster confiar

A descoberta do kubeadm tem diversas opções, cada uma com suas próprias contrapartidas de segurança. O método correto para o seu ambiente depende de como você aprovisiona seus nós e as expectativas de segurança que você tem a respeito da rede e ciclo de vida dos seus nós.

Descoberta baseada em token com fixação da autoridade de certificação (CA)

Este é o modo padrão do kubeadm. Neste modo, o kubeadm baixa a configuração do cluster (incluindo a CA raiz) e a valida, utilizando o token, além de verificar que a chave pública da CA raiz corresponda ao hash fornecido e que o certificado do servidor da API seja válido sob a CA raiz.

O hash da chave pública da CA tem o formato sha256:<hash_codificado_em_hexa>. Por padrão, o valor do hash é retornado no comando kubeadm join impresso ao final da execução de kubeadm init ou na saída do comando kubeadm token create --print-join-command. Este hash é gerado em um formato padronizado (veja a RFC7469) e pode também ser calculado com ferramentas de terceiros ou sistemas de provisionamento. Por exemplo, caso deseje utilizar a ferramenta de linha de comando do OpenSSL:

openssl x509 -pubkey -in /etc/kubernetes/pki/ca.crt | openssl rsa -pubin -outform der 2>/dev/null | openssl dgst -sha256 -hex | sed 's/^.* //'

Exemplos de comandos kubeadm join:

Para nós de processamento:

kubeadm join --discovery-token abcdef.1234567890abcdef --discovery-token-ca-cert-hash sha256:1234..cdef 1.2.3.4:6443

Para nós da camada de gerenciamento:

kubeadm join --discovery-token abcdef.1234567890abcdef --discovery-token-ca-cert-hash sha256:1234..cdef --control-plane 1.2.3.4:6443

Você também pode executar o comando join para um nó da camada de gerenciamento com a opção --certificate-key para copiar certificados para este nó, caso o comando kubeadm init tenha sido executado com a opção --upload-certs.

Vantagens:

  • Permite à inicialização dos nós descobrir uma raiz de confiança para a camada de gerenciamento mesmo que outros nós de processamento ou a rede estejam comprometidos.

  • É conveniente para ser executado manualmente pois toda a informação requerida cabe num único comando kubeadm join.

Desvantagens:

  • O hash da autoridade de certificação normalmente não está disponível até que a camada de gerenciamento seja aprovisionada, o que pode tornar mais difícil a criação de ferramentas de aprovisionamento automatizadas que utilizem o kubeadm. Uma alternativa para evitar esta limitação é gerar sua autoridade de certificação de antemão.

Descoberta baseada em token sem fixação da autoridade de certificação (CA)

Este modo depende apenas do token simétrico para assinar (HMAC-SHA256) a informação de descoberta que estabelece a raiz de confiança para a camada de gerenciamento. Para utilizar este modo, os nós que estão se associando ao cluster devem ignorar a validação do hash da chave pública da autoridade de certificação, utilizando a opção --discovery-token-unsafe-skip-ca-verification. Você deve considerar o uso de um dos outros modos quando possível.

Exemplo de comando kubeadm join:

kubeadm join --token abcdef.1234567890abcdef --discovery-token-unsafe-skip-ca-verification 1.2.3.4:6443

Vantagens:

  • Ainda protege de muitos ataques a nível de rede.

  • O token pode ser gerado de antemão e compartilhado com os nós da camada de gerenciamento e de processamento, que por sua vez podem inicializar-se em paralelo, sem coordenação. Isto permite que este modo seja utilizado em muitos cenários de aprovisionamento.

Desvantagens:

  • Se um mau ator conseguir roubar um token de inicialização através de algum tipo de vulnerabilidade, este mau ator conseguirá utilizar o token (juntamente com accesso a nível de rede) para personificar um nó da camada de gerenciamento perante os outros nós de processamento. Esta contrapartida pode ou não ser aceitável no seu ambiente.

Descoberta baseada em arquivos ou HTTPS

Este modo fornece uma maneira alternativa de estabelecer uma raiz de confiança entre os nós da camada de gerenciamento e os nós de processamento. Considere utilizar este modo se você estiver construindo uma infraestrutura de aprovisionamento automático utilizando o kubeadm. O formato do arquivo de descoberta é um arquivo kubeconfig comum do Kubernetes.

Caso o arquivo de descoberta não contenha credenciais, o token de descoberta TLS será utilizado.

Exemplos de comandos kubeadm join:

  • kubeadm join --discovery-file caminho/para/arquivo.conf (arquivo local)

  • kubeadm join --discovery-file https://endereco/arquivo.conf (URL HTTPS remota)

Vantagens:

  • Permite à inicialização dos nós descobrir uma raiz de confiança de forma segura para que a camada de gerenciamento utilize mesmo que a rede ou outros nós de processamento estejam comprometidos.

Desvantagens:

  • Requer que você tenha uma forma de carregar a informação do nó da camada de gerenciamento para outros nós em inicialização. Se o arquivo de descoberta contém credenciais, você precisa mantê-lo secreto e transferi-lo através de um canal de comunicação seguro. Isto pode ser possível através do seu provedor de nuvem ou ferramenta de aprovisionamento.

Tornando sua instalação ainda mais segura

Os valores padrão de instalação do kubeadm podem não funcionar para todos os casos de uso. Esta seção documenta como tornar uma instalação mais segura, ao custo de usabilidade.

Desligando a auto-aprovação de certificados de cliente para nós

Por padrão, um auto-aprovador de requisições CSR está habilitado. Este auto-aprovador irá aprovar quaisquer requisições de certificado de cliente para um kubelet quando um token de autoinicialização for utilizado para autenticação. Se você não deseja que o cluster aprove automaticamente certificados de cliente para os kubelets, você pode desligar a auto-aprovação com o seguinte comando:

kubectl delete clusterrolebinding kubeadm:node-autoapprove-bootstrap

Após o desligamento da auto-aprovação, o comando kubeadm join irá aguardar até que o administrador do cluster aprove a requisição CSR:

  1. Utilizando o comando kubeadm get csr, você verá que o CSR original está em estado pendente.

    kubectl get csr
    

    A saída é semelhante a:

    NAME                                                   AGE       REQUESTOR                 CONDITION
    node-csr-c69HXe7aYcqkS1bKmH4faEnHAWxn6i2bHZ2mD04jZyQ   18s       system:bootstrap:878f07   Pending
    
  2. O comando kubectl certificate approve permite ao administrador aprovar o CSR. Esta ação informa ao controlador de assinatura de certificados que este deve emitir um certificado para o requerente com os atributos requeridos no CSR.

    kubectl certificate approve node-csr-c69HXe7aYcqkS1bKmH4faEnHAWxn6i2bHZ2mD04jZyQ
    

    A saída é semelhante a:

    certificatesigningrequest "node-csr-c69HXe7aYcqkS1bKmH4faEnHAWxn6i2bHZ2mD04jZyQ" approved
    
  3. Este comando muda o estado do objeto CSR para o estado ativo.

    kubectl get csr
    

    A saída é semelhante a:

    NAME                                                   AGE       REQUESTOR                 CONDITION
    node-csr-c69HXe7aYcqkS1bKmH4faEnHAWxn6i2bHZ2mD04jZyQ   1m        system:bootstrap:878f07   Approved,Issued
    

Esta mudança força com que o fluxo do comando kubeadm join seja bem-sucedido somente quando o comando kubectl certificate approve for executado.

Desligando o acesso público ao ConfigMap cluster-info

Para que o fluxo de associação de um nó ao cluster seja possível utilizando somente um token como a única informação necessária para validação, um ConfigMap com alguns dados necessários para validação da identidade do nó da camada de gerenciamento é exposto publicamente por padrão. Embora nenhum dado deste ConfigMap seja privado, alguns usuários ainda podem preferir bloquear este acesso. Mudar este acesso bloqueia a habilidade de utilizar a opção --discovery-token do fluxo do comando kubeadm join. Para desabilitar este acesso:

  • Obtenha o arquivo cluster-info do servidor da API:
kubectl -n kube-public get cm cluster-info -o jsonpath='{.data.kubeconfig}' | tee cluster-info.yaml

A saída é semelhante a:

apiVersion: v1
kind: Config
clusters:
- cluster:
    certificate-authority-data: <ca-cert>
    server: https://<ip>:<port>
  name: ""
contexts: []
current-context: ""
preferences: {}
users: []
  • Utilize o arquivo cluster-info.yaml como um argumento para o comando kubeadm join --discovery-file.

  • Desligue o acesso público ao ConfigMap cluster-info:

kubectl -n kube-public delete rolebinding kubeadm:bootstrap-signer-clusterinfo

Estes comandos devem ser executados após kubeadm init, mas antes de kubeadm join.

Utilizando kubeadm join com um arquivo de configuração

É possível configurar o comando kubeadm join apenas com um arquivo de configuração, em vez de utilizar opções de linha de comando, e algumas funcionalidades avançadas podem estar disponíveis somente como opções no arquivo de configuração. Este arquivo é passado através da opção --config e deve conter uma estrutura JoinConfiguration. A utilização da opção --config com outras opções da linha de comando pode não ser permitida em alguns casos.

A configuração padrão pode ser emitida utilizando o comando kubeadm config print.

Caso sua configuração não esteja utilizando a versão mais recente, é recomendado que você migre utilizando o comando kubeadm config migrate.

Para mais informações sobre os campos e utilização da configuração você pode consultar a referência da API.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes.
  • kubeadm token para gerenciar tokens utilizados no comando kubeadm join.
  • kubeadm reset para reverter quaisquer mudanças feitas nesta máquina pelos comandos kubeadm init ou kubeadm join.

6.4.1.4 - kubeadm upgrade

kubeadm upgrade é um comando amigável que envolve uma lógica de atualização complexa por trás de um comando, com suporte para planejar e executar de fato uma atualização.

Guia do kubeadm upgrade

As etapas para realizar uma atualização usando kubeadm estão descritas neste documento. Para versões mais antigas do kubeadm, consulte os conjuntos de documentação mais antigos do site Kubernetes.

Você pode usar kubeadm upgrade diff para ver as alterações que seriam aplicadas aos manifestos de Pod estático.

No Kubernetes v1.15.0 e posteriores, o kubeadm upgrade apply e kubeadm upgrade node também renovarão automaticamente os certificados gerenciados pelo kubeadm neste nó, incluindo aqueles armazenados nos arquivos do kubeconfig. É possível optar por não renovar usando a flag --certificate-renewal=false. Para mais detalhes sobre a renovação dos certificados, consulte a documentação de gerenciamento de certificados.

kubeadm upgrade plan

Verifique quais versões estão disponíveis para atualizar e verifique se o seu cluster atual é atualizável. Para pular a verificação da Internet, passe o parâmetro opcional [versão]

Sinopse

Verifique quais versões estão disponíveis para atualizar e verifique se o seu cluster atual é atualizável. Para pular a verificação da Internet, passe o parâmetro opcional [versão]

kubeadm upgrade plan [versão] [flags]

Opções

--allow-experimental-upgrades

Exibe as versões instáveis do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões alfa/beta/release candidate do Kubernetes.

--allow-release-candidate-upgrades

Exibe as versões candidatas a lançamento do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões candidatas a lançamento do Kubernetes.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para plan

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

-o, --output string     Padrão: "text"

EXPERIMENTAL: Formato de saída. Opções válidas: text|json|yaml.

--print-config

Especifica se o arquivo de configuração que será usado na atualização deve ser exibido ou não.

--show-managed-fields

Se verdadeiro, mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

kubeadm upgrade apply

Atualiza o cluster Kubernetes para uma versão específica

Sinopse

Atualiza o cluster Kubernetes para uma versão específica

kubeadm upgrade apply [versão]

Opções

--allow-experimental-upgrades

Exibe as versões instáveis do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões alfa/beta/release candidate do Kubernetes.

--allow-release-candidate-upgrades

Exibe as versões candidatas a lançamento do Kubernetes como uma alternativa de atualização e permite a atualização para versões candidatas a lançamento do Kubernetes.

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas exibe as alterações que seriam efetuadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descreve feature gates para várias funcionalidades. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)

-f, --force

Força a atualização, embora alguns requisitos possam não estar sendo atendidos. Isso também implica o modo não interativo.

-h, --help

ajuda para apply

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd", "kubeletconfiguration". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--print-config

Especifica se o arquivo de configuração que será usado na atualização deve ser exibido ou não.

-y, --yes

Executa a atualização e não solicita um prompt de confirmação (modo não interativo).

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

kubeadm upgrade diff

Mostra quais diferenças serão aplicadas aos manifestos dos Pods estáticos existentes. Veja também: kubeadm upgrade apply --dry-run

Sinopse

Mostra quais diferenças serão aplicadas aos manifestos dos Pods estáticos existentes. Veja também: kubeadm upgrade apply --dry-run

kubeadm upgrade diff [versão] [flags]

Opções

--api-server-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-apiserver.yaml"

Caminho para o manifesto do servidor da API

--config string

Caminho para um arquivo de configuração do kubeadm.

-c, --context-lines int     Padrão: 3

Quantidade de linhas de contexto do diff

--controller-manager-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-controller-manager.yaml"

Caminho para o manifesto do controlador de gerenciadores

-h, --help

Ajuda para diff

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--scheduler-manifest string     Padrão: "/etc/kubernetes/manifests/kube-scheduler.yaml"

Caminho para o manifesto do escalonador

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

kubeadm upgrade node

Comando para atualização de um nó no cluster

Sinopse

Comando para atualização de um nó no cluster

O comando "node" executa as seguintes fases:

preflight       Executa as verificações de pré-atualização do nó
control-plane   Atualiza a instância da camada de gerenciamento implantada neste nó, se houver
kubelet-config  Atualiza a configuração do kubelet para este nó
kubeadm upgrade node [flags]

Opções

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--dry-run

Não aplica as modificações; apenas exibe as alterações que seriam efetuadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

-h, --help

ajuda para node

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações para as quais erros serão exibidos como avisos. Exemplos: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

Caminho para um diretório contendo arquivos nomeados no padrão "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou somente "etcd.json". "target" pode ser um dos seguintes valores: "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd", "kubeletconfiguration". "patchtype" pode ser "strategic", "merge" ou "json" e corresponde aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O valor padrão para "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional utilizada para determinar quais patches são aplicados primeiro em ordem alfanumérica.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas

Opções herdadas de comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o sistema de arquivos raiz 'real' do host.

Próximos passos

  • kubeadm config se você inicializou seu cluster usando kubeadm v1.7.x ou inferior, para configurar seu cluster para kubeadm upgrade

6.4.1.5 - kubeadm config

Durante o kubeadm init, o kubeadm carrega o objeto ClusterConfiguration para o seu cluster em um ConfigMap chamado kubeadm-config no namespace do kube-system. Essa configuração é então lida durante kubeadm join, kubeadm reset e kubeadm upgrade.

Você pode usar o kubeadm config print para exibir a configuração estática padrão que o kubeadm usa para o kubeadm init e kubeadm join.

Para obter mais informações sobre init e join, navegue até Usando o kubeadm init com um arquivo de configuração ou Usando o kubeadm join com um arquivo de configuração.

Para obter mais informações sobre como usar a API de configuração do kubeadm, navegue até Personalizando componentes com a API do kubeadm..

Você pode usar o kubeadm config migrate para converter seus arquivos de configuração antigos que contêm uma versão obsoleta da API para uma versão mais recente e suportada da API.

kubeadm config images list e kubeadm config images pull podem ser usadas para listar e baixar as imagens que o kubeadm precisa.

kubeadm config print

Exibe configurações

Sinopse

Este comando exibe as configurações para subcomandos fornecidos. Para mais detalhes, consulte: https://pkg.go.dev/k8s.io/kubernetes/cmd/kubeadm/app/apis/kubeadm#section-directories

kubeadm config print [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para print

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm config print init-defaults

Exibe a configuração de inicialização padrão, que pode ser usada para 'kubeadm init'

Sinopse

Este comando exibe objetos, como a configuração de inicialização padrão que é usada para 'kubeadm init'.

Observe que os valores confidenciais, como os campos do Token Bootstrap, são substituídos por valores de exemplo como "abcdef.0123456789abcdef", a fim de passar na validação, mas não executar o cálculo real para criar um token.

kubeadm config print init-defaults [flags]

Opções

--component-configs strings

Uma lista dos objetos da API de configuração, separados por vírgulas, exibirá os valores padrão. Valores disponíveis: [KubeProxyConfiguration KubeletConfiguration]. Se essa flag não estiver definida, nenhuma configuração de componente será impressa.

-h, --help

ajuda para init-defaults

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm config print join-defaults

Exibe a configuração padrão do join, que pode ser usada para 'kubeadm join'

Sinopse

Este comando exibe objetos como a configuração padrão de join que é usada para 'kubeadm join'.

Observe que valores confidenciais, como os campos do Token Bootstrap, são substituídos por valores de exemplo como "abcdef.0123456789abcdef", a fim de passar na validação, mas não executar o cálculo real para criar um token.

kubeadm config print join-defaults [flags]

Opções

--component-configs strings

Uma lista dos objetos da API de configuração, separados por vírgulas, exibirá os valores padrão. Valores disponíveis: [KubeProxyConfiguration KubeletConfiguration]. Se essa flag não estiver definida, nenhuma configuração de componente será impressa.

-h, --help

ajuda para join-defaults

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm config migrate

Leia uma versão mais antiga dos tipos de API de configuração do kubeadm a partir de um arquivo e envie o objeto de configuração semelhante para a versão mais recente

Sinopse

Esse comando permite converter objetos de configuração de versões mais antigas para a versão mais recente suportada, localmente na ferramenta CLI sem nunca tocar em nada no cluster. Nesta versão do kubeadm, as seguintes versões da API são suportadas:

  • Kubeadm.k8s.io/v1beta3

Além disso, o kubeadm só pode escrever a configuração da versão "kubeadm.k8s.io/v1beta3", mas pode ler os dois tipos. Portanto, independentemente da versão que você passar para o parâmetro --old-config , o objeto API será lido, desserializado, padronizado, convertido, validado e serializado novamente quando escrito no stdout ou --new-config, se especificado.

Em outras palavras, a saída deste comando é o que o kubeadm realmente leria internamente se você enviasse este arquivo para "kubeadm init"

kubeadm config migrate [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para migrate

--new-config string

Caminho para o arquivo de configuração kubeadm equivalente usando a nova versão da API. Opcional, se não for especificado, a saída será enviada para o STDOUT.

--old-config string

Caminho para o arquivo de configuração do kubeadm que está usando uma versão antiga da API e que deve ser convertido. Essa flag é obrigatória.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm config images list

Exibe uma lista de imagens que o kubeadm usará. O arquivo de configuração é usado caso quaisquer imagens ou repositórios de imagens sejam personalizados.

Sinopse

Exibe uma lista de imagens que o kubeadm usará. O arquivo de configuração é usado caso quaisquer imagens ou repositórios de imagens sejam personalizados.

kubeadm config images list [flags]

Opções

--allow-missing-template-keys     Padrão: true

Se verdadeiro (true), ignore quaisquer erros nos modelos quando um campo ou chave de mapa estiver faltando no modelo. Aplica-se apenas aos formatos de saída golang e jsonpath.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-o, --experimental-output string     Padrão: "text"

Formato de saída. Valores válidos: text|json|yaml|go-template|go-template-file|template|templatefile|jsonpath|jsonpath-as-json|jsonpath-file.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descrevem opções para vários recursos. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para list

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Escolha um registro de contêineres para baixar imagens da camada de gerenciamento

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Escolha uma versão específica do Kubernetes para a camada de gerenciamento.

--show-managed-fields

Se verdadeiro, mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm config images pull

Puxe imagens usadas pelo kubeadm

Sinopse

Baixa imagens usadas pelo kubeadm

kubeadm config images pull [flags]

Opções

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

--cri-socket string

Caminho para se conectar ao socket CRI. Se vazio, o kubeadm tentará detectar automaticamente esse valor; use essa opção somente se você tiver mais de um CRI instalado ou se tiver um socket CRI não padrão.

--feature-gates string

Um conjunto de pares chave=valor que descrevem feature gates para vários recursos. As opções são:
PublicKeysECDSA=true|false (ALPHA - padrão=false)
RootlessControlPlane=true|false (ALPHA - padrão=false)
UnversionedKubeletConfigMap=true|false (ALPHA - padrão=false)

-h, --help

ajuda para pull

--image-repository string     Padrão: "registry.k8s.io"

Escolha um registro de contêineres para baixar imagens da camada de gerenciamento

--kubernetes-version string     Padrão: "stable-1"

Escolha uma versão específica do Kubernetes para a camada de gerenciamento.

Opções herdadas do comando superior

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Próximos passos

  • kubeadm upgrade para atualizar um cluster Kubernetes para uma versão mais recente

6.4.1.6 - kubeadm reset

Executa o melhor esforço para reverter as alterações feitas pelo kubeadm init ou kubeadm join.

Executa o melhor esforço para reverter as alterações feitas no host por 'kubeadm init' ou 'kubeadm join'

Sinopse

Executa o melhor esforço para reverter as alterações feitas no host por 'kubeadm init' ou 'kubeadm join'

O comando "reset" executa as seguintes fases:

preflight           Executa as verificações pré-execução do preflight.
remove-etcd-member  Remove um membro etcd local.
cleanup-node        Executa a limpeza do nó.
kubeadm reset [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para o diretório onde os certificados estão armazenados. Se especificado, limpe este diretório.

--cri-socket string

Caminho para o socket CRI se conectar. Se vazio, o kubeadm tentará detectar automaticamente esse valor; use essa opção somente se você tiver mais de um CRI instalado ou se tiver um socket CRI não padrão.

-f, --force

Redefine o nó sem solicitar confirmação..

-h, --help

ajuda para reset

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações cujos erros serão mostrados como avisos. Exemplo: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--skip-phases strings

Lista de fases a serem ignoradas

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Fluxo de execução do comando reset

O kubeadm reset é o responsável por limpar o sistema de arquivos local dos nós a partir dos arquivos que foram criados usando os comandos kubeadm init ou kubeadm join. O reset dos nós da camanda de gerenciamento também remove o etcd local do nó do cluster etcd.

O kubeadm reset phase pode ser usado para executar separadamente as fases do fluxo de trabalho acima. Para pular uma lista de fases você pode usar --skip-phases, que funciona de maneira semelhante aos executores de fases dos comandos kubeadm join e kubeadm init.

Limpeza do etcd externo

O kubeadm reset não excluirá nenhum dado do etcd se o etcd externo estiver em uso. Isso significa que, se você executar o kubeadm init novamente usando os mesmos etcd endpoints, verá o estado dos clusters anteriores.

Para limpar dados etcd, é recomendável que você use um cliente como etcdctl, tal como:

etcdctl del "" --prefix

Consulte a documentação do etcd para obter mais informações.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó do plano de controle do Kubernetes
  • kubeadm join para inicializar um nó de carga de trabalho do Kubernetes e associá-lo ao cluster

6.4.1.7 - kubeadm token

Os Bootstrap tokens são usados para estabelecer uma relação de confiança bidirecional entre um nó que se junta ao cluster e um nó do plano de controle, conforme descrito na autenticação com tokens de inicialização.

O kubeadm init cria um token inicial com um TTL de 24 horas. Os comandos a seguir permitem que você gerencie esse token e também crie e gerencie os novos.

kubeadm token create

Crie tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando criará um token de inicialização. Você pode especificar os usos para este token, o "tempo de vida" e uma descrição amigável, que é opcional.

O [token] é o token real para gravar. Este deve ser um token aleatório gerado com segurança da forma "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}". Se nenhum [token] for fornecido, o kubeadm gerará um token aleatório.

kubeadm token create [token]

Opções

--certificate-key string

Quando usado em conjunto com '--print-join-command', exibe a flag completa 'kubeadm join' necessária para se unir ao cluster como um nó de camada de gerenciamento. Para criar uma nova chave de certificado, você deve usar 'kubeadm init phase upload-certs --upload-certs'.

--config string

Caminho para o arquivo de configuração kubeadm.

--description string

Uma descrição amigável de como esse token é usado.

--groups strings     Padrão: "system:bootstrappers:kubeadm:default-node-token"

Grupos extras que este token autenticará quando usado para autenticação. Deve corresponder "\Asystem:bootstrappers:[a-z0-9:-]{0,255}[a-z0-9]\z"

-h, --help

ajuda para create

--print-join-command

Em vez de exibir apenas o token, exibe a flag completa 'kubeadm join' necessária para se associar ao cluster usando o token.

--ttl duração     Padrão: 24h0m0s

A duração antes do token ser excluído automaticamente (por exemplo, 1s, 2m, 3h). Se definido como '0', o token nunca expirará

--usages strings     Padrão: "signing,authentication"

Descreve as maneiras pelas quais esse token pode ser usado. Você pode passar --usages várias vezes ou fornecer uma lista de opções separada por vírgulas. Opções válidas: [signing,authentication]

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm token delete

Excluir tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando excluirá uma lista de tokens de inicialização para você.

O [token-value] é um Token completo na forma "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}" ou o ID do Token na forma "[a-z0-9]{6}" a ser excluído.

kubeadm token delete [token-value] ...

Opções

-h, --help

ajuda para delete

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm token generate

Gere e exiba um token de inicialização, mas não o crie no servidor

Sinopse

Este comando exibirá um token de inicialização gerado aleatoriamente que pode ser usado com os comandos "init" e "join".

Você não precisa usar este comando para gerar um token. Você pode fazer isso sozinho, desde que esteja no formato "[a-z0-9]{6}.[a-z0-9]{16}". Este comando é fornecido por conveniência para gerar tokens no formato fornecido.

Você também pode usar "kubeadm init" sem especificar um token e ele gerará e exibirá um para você.

kubeadm token generate [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para generate

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm token list

Liste tokens de inicialização no servidor

Sinopse

Este comando listará todos os tokens de inicialização para você

kubeadm token list [flags]

Opções

--allow-missing-template-keys     Padrão: true

Se verdadeiro (true), ignora quaisquer erros nos modelos quando um campo ou chave de mapa estiver faltando no modelo. Aplica-se apenas aos formatos de saída golang e jsonpath.

-o, --experimental-output string     Padrão: "text"

Formato de saída. Valores válidos: text|json|yaml|go-template|go-template-file|template|templatefile|jsonpath|jsonpath-as-json|jsonpath-file.

-h, --help

ajuda para list

--show-managed-fields

Se verdadeiro (true), mantém os managedFields ao exibir os objetos no formato JSON ou YAML.

Opções herdadas dos comandos superiores

--dry-run

Ativar ou não o modo de execução dry-run

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Próximos passos

  • kubeadm join para inicializar um nó de carga de trabalho do Kubernetes e associá-lo ao cluster

6.4.1.8 - kubeadm version

Este comando exibe a versão do kubeadm.

Exibe a versão do kubeadm

Sinopse

Exibe a versão do kubeadm

kubeadm version [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para version

-o, --output string

Formato de saída; as opções disponíveis são 'yaml', 'json' e 'short'

Opção herdada do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.9 - kubeadm alpha

Atualmente, não há comandos experimentais sob o kubeadm alpha.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes
  • kubeadm join para inicializar um nó worker do Kubernetes e associá-lo ao cluster
  • kubeadm reset para reverter quaisquer alterações feitas neste host pelo kubeadm init ou kubeadm join

6.4.1.10 - kubeadm certs

O kubeadm certs fornece os utilitários para gerenciar os certificados. Para obter mais detalhes sobre como esses comandos podem ser usados, consulte Gerenciamento de Certificados com o kubeadm.

kubeadm certs

Um conjunto de utilitários para usar os certificados Kubernetes

Comandos relacionados ao manuseio de certificados kubernetes

Sinopse

Comandos relacionados ao manuseio de certificados kubernetes

Opções

-h, --help

ajuda para certs

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm certs renew

Você pode renovar todos os certificados Kubernetes usando o subcomando all ou renová-los seletivamente. Para mais detalhes, consulte Manual de renovação do certificado.

Renove certificados para um cluster Kubernetes

Sinopse

Este comando não deve ser executado sozinho. Veja a lista de subcomandos disponíveis.

kubeadm certs renew [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para renew

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renovar todos os certificados disponíveis

Sinopse

Renove todos os certificados conhecidos e necessários para executar a camada de gerenciamento. As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração. As renovações também podem ser executadas individualmente para obter mais controle.

kubeadm certs renew all [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para all

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o administrador e o kubeadm usarem

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o administrador e o kubeadm usarem.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificados do K8s para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew admin.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados.

--config string

O caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para o admin.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado que o apiserver usa para acessar o etcd.

Sinopse

Renove o certificado que o apiserver usa para acessar o etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificado K8s para renovação do certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver-etcd-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver-etcd-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para o servidor API se conectar ao kubelet

Sinopse

Renove o certificado para o servidor da API se conectar ao kubelet.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar a API de certificado do K8s para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver-kubelet-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver-kubelet-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para servir a API do Kubernetes

Sinopse

Renove o certificado para servir a API do Kubernetes.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew apiserver [flags]

Opções

--cert-dir string     Default: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para apiserver

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o uso do gerenciador de controladores.

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o uso do gerenciador de controladores.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew controller-manager.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para controller-manager.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para liveness probes para verificar a integridade do etcd

Sinopse

Renove o certificado para liveness probes para verificar a integridade do etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-healthcheck-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-healthcheck-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para nós etcd se comunicarem uns com os outros

Sinopse

Renove o certificado para nós etcd se comunicarem uns com os outros.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-peer [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-peer

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para servir o etcd

Sinopse

Renove o certificado para servir o etcd.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew etcd-server [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para etcd-server

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado para o cliente front proxy

Sinopse

Renove o certificado para o cliente front proxy.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew front-proxy-client [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para front-proxy-client

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o gerenciador de agendamento usar

Sinopse

Renove o certificado incorporado no arquivo kubeconfig para o gerenciador de agendamento usar.

As renovações são executadas incondicionalmente, independentemente da data de expiração do certificado; atributos extras, como SANs, serão baseados no arquivo/certificados existentes, não há necessidade de informá-los novamente.

A renovação, por padrão, tenta usar a autoridade de certificação na PKI local gerenciada pelo kubeadm; como alternativa, é possível usar o certificado K8s da API para renovação de certificado, ou como última opção, para gerar uma solicitação CSR.

Após a renovação, para tornar as alterações efetivas, é necessário reiniciar os componentes da camada de gerenciamento e, eventualmente, redistribuir o certificado renovado, caso o arquivo seja usado em outro lugar.

kubeadm certs renew scheduler.conf [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para scheduler.conf

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm certs certificate-key

Este comando pode ser usado para gerar uma nova chave do certificado da camada de gerenciamento. A chave pode ser passada como --certificate-key to kubeadm init e kubeadm join para permitir uma cópia automática dos certificados ao unir nós adicionais a camada de gerenciamento.

Gerar as chaves de certificado

Sinopse

Este comando exibirá uma chave de certificado segura gerada aleatoriamente que pode ser usada com o comando "init".

Você também pode usar "kubeadm init --upload-certs" sem especificar uma chave de certificado e ela irá gerar e exibir uma para você.

kubeadm certs certificate-key [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para certificate-key

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm certs check-expiration

Este comando verifica a expiração dos certificados na PKI local gerenciada pelo kubeadm. Para mais detalhes, consulte Verificar a expiração do certificado.

Verifique a expiração dos certificados para um cluster Kubernetes

Sinopse

Verifica a expiração dos certificados PKI local gerenciados pelo kubeadm.

kubeadm certs check-expiration [flags]

Opções

--cert-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes/pki"

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para check-expiration

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig usado na comunicação com o cluster. Se a flag não estiver definida, um conjunto de locais padrão pode ser pesquisado em busca de um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm certs generate-csr

Este comando pode ser usado para gerar chaves e CSRs para todos os certificados da camada de gerenciamento e arquivos kubeconfig. O usuário pode então assinar os CSRs com uma autoridade de certificação de sua escolha.

Gerar chaves e solicitações de assinatura de certificados

Sinopse

Gera as chaves e as solicitações de assinatura de certificados (CSRs) para todos os certificados necessários para executar a camada de gerenciamento. Este comando também gera os arquivos kubeconfig parciais com dados de chave privada no campo "users > user > client-key-data" e, para cada arquivo kubeconfig, um arquivo ".csr" correspondente é criado.

Esse comando foi projetado para uso no modo de CA externo do Kubeadm. Ele gera CSRs que você pode enviar à sua autoridade de certificação externa para assinatura.

Os certificados PEM assinados e codificados devem ser salvos juntamente com os arquivos da chave, usando ".crt" como extensão de arquivo ou, no caso de arquivos kubeconfig, o certificado assinado codificado no formato PEM deve ser codificado em base64 e adicionado ao arquivo kubeconfig no campo "users > user > client-certificate-data".

kubeadm certs generate-csr [flags]

Exemplos

  # O comando a seguir gera as chaves e CSRs para todos os certificados do plano de controle e arquivos kubeconfig: 
  kubeadm certs generate-csr --kubeconfig-dir /tmp/etc-k8s --cert-dir /tmp/etc-k8s/pki

Opções

--cert-dir string

O caminho para salvar os certificados

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para generate-csr

--kubeconfig-dir string     Padrão: "/etc/kubernetes"

O caminho para salvar o arquivo kubeconfig.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes
  • kubeadm join para inicializar um nó de carga de trabalho do Kubernetes e associá-lo ao cluster
  • kubeadm reset para reverter quaisquer alterações feitas, neste host, pelo kubeadm init ou kubeadm join

6.4.1.11 - kubeadm kubeconfig

kubeadm kubeconfig fornece utilitários para gerenciar arquivos kubeconfig.

Para exemplos de uso do comando kubeadm kubeconfig user, consulte Gerando arquivos kubeconfig para usuários adicionais.

kubeadm kubeconfig

Utilitários de arquivo Kubeconfig

Sinopse

Utilitários de arquivo Kubeconfig.

Opções

-h, --help

ajuda para kubeconfig

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

kubeadm kubeconfig user

Esse comando pode ser usado para gerar um arquivo kubeconfig para um usuário adicional.

Saída do arquivo kubeconfig para um usuário adicional.

Sinopse

Exibe o arquivo kubeconfig para um usuário adicional.

kubeadm kubeconfig user [flags]

Exemplos

  # Exibe um arquivo kubeconfig para um usuário adicional chamado foo usando um arquivo bar de configuração
  kubeadm kubeconfig user --client-name=foo --config=bar

Opções

--client-name string

O nome do usuário. Será usado como CN se os certificados do cliente forem criados.

--config string

Caminho para um arquivo de configuração kubeadm.

-h, --help

ajuda para user

--org strings

As organizações do certificado do cliente. Será usado como O se os certificados de cliente forem criados.

--token string

O token que deve ser usado como mecanismo de autenticação para esse kubeconfig, em vez de certificados de cliente

--validity-period duração     Padrão: 8760h0m0s

O período de validade do certificado do cliente. É um deslocamento da hora atual.

Opções herdadas do comando superior

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

6.4.1.12 - kubeadm upgrade phase

Na versão v1.15.0, o kubeadm introduziu suporte preliminar para as fases kubeadm upgrade node. Fases para outros subcomandos kubeadm upgrade, tal como apply, podem ser adicionadas nas seguintes versões.

kubeadm upgrade node phase

Usando essa fase, você pode optar por executar as etapas separadas da atualização de nós, sejam eles nós secundários da camada de gerenciamento ou nós de execução de cargas de trabalho. Observe que kubeadm upgrade apply ainda precisa ser chamado em um nó principal da camada de gerenciamento.

Use este comando para invocar uma fase única do fluxo de trabalho do nó

Sinopse

Use este comando para invocar uma fase única do fluxo de trabalho do nó

Opções

-h, --help

ajuda para fase

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Execute verificações antes de atualização do nó

Sinopse

Execute verificações antes de atualização do nó

kubeadm upgrade node phase preflight [flags]

Opções

-h, --help

ajuda para preflight

--ignore-preflight-errors strings

Uma lista de verificações cujos erros serão mostrados como avisos. Exemplo: 'IsPrivilegedUser,Swap'. O valor 'all' ignora erros de todas as verificações.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Atualiza a instância da camada de gerenciamento instalada nesse nó, se houver

Sinopse

Atualiza a instância da camada de gerenciamento instalada nesse nó, se houver

kubeadm upgrade node phase control-plane [flags]

Opções

--certificate-renewal     Padrão: true

Executa a renovação dos certificados usados pelo componente alterado durante as atualizações.

--dry-run

Não altera nenhum estado, apenas produz as ações que seriam executadas.

--etcd-upgrade     Padrão: true

Atualiza o etcd.

-h, --help

ajuda para o comando control-plane

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, uma série de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

--patches string

O caminho para um diretório que contém arquivos chamados "target[suffix][+patchtype].extension". Por exemplo, "kube-apiserver0+merge.yaml" ou apenas "etcd.json". "target" são "kube-apiserver", "kube-controller-manager", "kube-scheduler", "etcd". "patchtype" pode ser um dos "strategic", "merge" or "json"e eles correspondem aos formatos de patch suportados pelo kubectl. O padrão "patchtype" é "strategic". "extension" deve ser "json" ou "yaml". "suffix" é uma string opcional que pode ser usada para determinar a ordem de aplicação dos patches alfanumericamente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Atualize a configuração do kubelet para este nó

Sinopse

Baixa no cluster o ConfigMap de configuração do kubelet no formato "kubelet-config-1.X", onde X é a menor versão do kubelet. O kubeadm usa o campo KuberneteVersion no ConfigMap kubeadm-config para determinar qual é a versão desejada do kubelet.

kubeadm upgrade node phase kubelet-config [flags]

Opções

--dry-run

Não altera nenhum estado, apenas produz as ações que seriam executadas.

-h, --help

ajuda para kubelet-config

--kubeconfig string     Padrão: "/etc/kubernetes/admin.conf"

O arquivo kubeconfig a ser usado para se comunicar com o cluster. Se a flag não estiver definida, uma série de locais predefinidos pode ser pesquisado por um arquivo kubeconfig existente.

Opções herdadas dos comandos superiores

--rootfs string

[EXPERIMENTAL] O caminho para o 'real' sistema de arquivos raiz do host.

Próximos passos

  • kubeadm init para inicializar um nó da camada de gerenciamento do Kubernetes
  • kubeadm join para inicializar um nó worker do Kubernetes e associá-lo ao cluster
  • kubeadm reset para reverter quaisquer alterações feitas, neste host, pelo kubeadm init ou kubeadm join
  • kubeadm upgrade para atualizar um cluster Kubernetes para uma versão mais recente
  • kubeadm alpha para visualizar um conjunto de recursos disponibilizados para coletar feedback da comunidade

6.5 - Portas e protocolos

Quando o Kubernetes está sendo executado em um ambiente com uma rede mais restritiva, como por exemplo um data center on-premises com firewalls de rede físicos ou redes virtuais em nuvens públicas, é útil saber quais portas e protocolos são utilizados pelos componentes do Kubernetes.

Camada de gerenciamento

ProtocoloDireçãoIntervalo de PortasPropósitoUtilizado por
TCPEntrada6443Servidor da API do KubernetesTodos
TCPEntrada2379-2380API servidor-cliente do etcdkube-apiserver, etcd
TCPEntrada10250API do kubeletkubeadm, Camada de gerenciamento
TCPEntrada10259kube-schedulerkubeadm
TCPEntrada10257kube-controller-managerkubeadm

Embora as portas do etcd estejam inclusas na seção da Camada de gerenciamento, você também pode hospedar o seu próprio cluster etcd externamente ou em portas customizadas.

Nós de processamento

ProtocoloDireçãoIntervalo de PortasPropósitoUtilizado por
TCPEntrada10250API do KubeletO próprio, Camada de gerenciamento
TCPEntrada30000-32767Serviços NodePort†Todos

† Intervalo padrão de portas para os serviços NodePort.

Todas as portas padrão podem ser sobrescritas. Quando portas customizadas são utilizadas, essas portas precisam estar abertas, ao invés das mencionadas aqui.

Um exemplo comum é a porta do servidor da API, que as vezes é trocado para a porta 433. Com isso, a porta padrão é mantida e o servidor da API é colocado atrás de um balanceador de carga que escuta na porta 433 e faz o roteamento das requisições para o servidor da API na porta padrão.

6.6 - kubectl CLI

6.6.1 - kubectl Cheat Sheet

Esta página contém uma lista de comandos kubectl e flags frequentemente usados.

Kubectl Autocomplete

BASH

source <(kubectl completion bash) # configuração de autocomplete no bash do shell atual, o pacote bash-completion precisa ter sido instalado primeiro.
echo "source <(kubectl completion bash)" >> ~/.bashrc # para adicionar o autocomplete permanentemente no seu shell bash.

Você também pode usar uma abreviação para o atalho para kubectl que também funciona com o auto completar:

alias k=kubectl
complete -o default -F __start_kubectl k

ZSH

source <(kubectl completion zsh)  # configuração para usar autocomplete no terminal zsh no shell atual
echo '[[ $commands[kubectl] ]] && source <(kubectl completion zsh)' >> ~/.zshrc # adicionar auto completar permanentemente para o seu shell zsh

Uma nota sobre --all-namespaces

Acrescentar --all-namespaces acontece com bastante frequência, onde você deve estar ciente da abreviação de --all-namespaces:

kubectl -A

Contexto e Configuração do Kubectl

Define com qual cluster Kubernetes o kubectl se comunica e modifica os detalhes da configuração. Veja a documentação Autenticando entre clusters com o kubeconfig para informações detalhadas do arquivo de configuração.

kubectl config view # Mostra configurações do kubeconfig mergeadas

# use vários arquivos kubeconfig ao mesmo tempo e visualize a configuração mergeada
KUBECONFIG=~/.kube/config:~/.kube/kubconfig2 

kubectl config view

# obtenha a senha para o usuário e2e
kubectl config view -o jsonpath='{.users[?(@.name == "e2e")].user.password}'

kubectl config view -o jsonpath='{.users[].name}'    # exibe o primeiro usuário
kubectl config view -o jsonpath='{.users[*].name}'   # obtém uma lista de usuários
kubectl config get-contexts                          # exibe lista de contextos
kubectl config current-context                       # exibe o contexto atual
kubectl config use-context my-cluster-name           # define o contexto padrão como my-cluster-name

kubectl config set-cluster my-cluster-name           # define uma entrada de cluster no kubeconfig

# configura a URL para um servidor proxy a ser usado para solicitações feitas por este cliente no kubeconfig
kubectl config set-cluster my-cluster-name --proxy-url=my-proxy-url

# adiciona um novo cluster ao seu kubeconfig que suporte autenticação básica
kubectl config set-credentials kubeuser/foo.kubernetes.com --username=kubeuser --password=kubepassword

# salva o namespace permanentemente para todos os comandos subsequentes do kubectl nesse contexto
kubectl config set-context --current --namespace=ggckad-s2

# define um contexto utilizando um nome de usuário e o namespace
kubectl config set-context gce --user=cluster-admin --namespace=foo \
  && kubectl config use-context gce
 
kubectl config unset users.foo                       # exclui usuário foo

# alias curto para definir/mostrar contexto/namespace (funciona apenas para bash e shells compatíveis com bash, contexto atual a ser definido antes de usar kn para definir namespace)
alias kx='f() { [ "$1" ] && kubectl config use-context $1 || kubectl config current-context ; } ; f'
alias kn='f() { [ "$1" ] && kubectl config set-context --current --namespace $1 || kubectl config view --minify | grep namespace | cut -d" " -f6 ; } ; f'

Kubectl apply

apply gerencia aplicações através de arquivos que definem os recursos do Kubernetes. Ele cria e atualiza recursos em um cluster através da execução kubectl apply. Esta é a maneira recomendada para gerenciar aplicações Kubernetes em ambiente de produção. Veja a documentação do Kubectl.

Criando objetos

Manifestos Kubernetes podem ser definidos em YAML ou JSON. As extensões de arquivo .yaml, .yml, e .json podem ser usadas.

kubectl apply -f ./my-manifest.yaml            # cria recurso(s)
kubectl apply -f ./my1.yaml -f ./my2.yaml      # cria a partir de vários arquivos
kubectl apply -f ./dir                         # cria recurso(s) em todos os arquivos de manifesto no diretório
kubectl apply -f https://git.io/vPieo          # cria recurso(s) a partir de URL
kubectl create deployment nginx --image=nginx  # inicia uma única instância do nginx

# cria um Job que exibe "Hello World"
kubectl create job hello --image=busybox:1.28 -- echo "Hello World"

# cria um CronJob que exibe "Hello World" a cada minuto
kubectl create cronjob hello --image=busybox:1.28   --schedule="*/1 * * * *" -- echo "Hello World"

kubectl explain pods                           # obtém a documentação de manifesto do pod

# Cria vários objetos YAML a partir de stdin
cat <<EOF | kubectl apply -f -
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: busybox-sleep
spec:
  containers:
  - name: busybox
    image: busybox
    args:
    - sleep
    - "1000000"
---
apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: busybox-sleep-less
spec:
  containers:
  - name: busybox
    image: busybox
    args:
    - sleep
    - "1000"
EOF

# Cria um segredo com várias chaves
cat <<EOF | kubectl apply -f -
apiVersion: v1
kind: Secret
metadata:
  name: mysecret
type: Opaque
data:
  password: $(echo -n "s33msi4" | base64 -w0)
  username: $(echo -n "jane" | base64 -w0)
EOF

Visualizando e localizando recursos

# Comandos get com saída simples
kubectl get services                          # Lista todos os serviços do namespace
kubectl get pods --all-namespaces             # Lista todos os Pods em todos namespaces
kubectl get pods -o wide                      # Lista todos os Pods no namespace atual, com mais detalhes
kubectl get deployment my-dep                 # Lista um deployment específico
kubectl get pods                              # Lista todos os Pods no namespace
kubectl get pod my-pod -o yaml                # Obtém o YAML de um pod

# Comandos describe com saída detalhada
kubectl describe nodes my-node
kubectl describe pods my-pod

# Lista serviços classificados por nome
kubectl get services --sort-by=.metadata.name

# Lista Pods classificados por contagem de reinicializações
kubectl get pods --sort-by='.status.containerStatuses[0].restartCount'

# Lista PersistentVolumes classificados por capacidade
kubectl get pv --sort-by=.spec.capacity.storage

# Obtém a versão da label de todos os Pods com a label app=cassandra
kubectl get pods --selector=app=cassandra -o \
  jsonpath='{.items[*].metadata.labels.version}'

# Recupera o valor de uma chave com pontos, por exemplo 'ca.crt'
kubectl get configmap myconfig \
  -o jsonpath='{.data.ca\.crt}'

# Recupera um valor codificado em base64 com traços em vez de sublinhados
kubectl get secret my-secret --template='{{index .data "key-name-with-dashes"}}'

# Obtém todos os nós workers (use um seletor para excluir resultados que possuem uma label
# nomeado 'node-role.kubernetes.io/control-plane')
kubectl get node --selector='!node-role.kubernetes.io/control-plane'

# Obtém todos os Pods em execução no namespace
kubectl get pods --field-selector=status.phase=Running

# Obtém ExternalIPs de todos os nós
kubectl get nodes -o jsonpath='{.items[*].status.addresses[?(@.type=="ExternalIP")].address}'

# Lista nomes de Pods pertencentes a um RC particular
# O comando "jq" é útil para transformações que são muito complexas para jsonpath, pode ser encontrado em https://stedolan.github.io/jq/
sel=${$(kubectl get rc my-rc --output=json | jq -j '.spec.selector | to_entries | .[] | "\(.key)=\(.value),"')%?}
echo $(kubectl get pods --selector=$sel --output=jsonpath={.items..metadata.name})

# Exibe marcadores para todos os Pods (ou qualquer outro objeto Kubernetes que suporte rotulagem)
kubectl get pods --show-labels

# Verifica quais nós estão prontos
JSONPATH='{range .items[*]}{@.metadata.name}:{range @.status.conditions[*]}{@.type}={@.status};{end}{end}' \
 && kubectl get nodes -o jsonpath="$JSONPATH" | grep "Ready=True"

# Exibe o segredo decodificado sem utilizar ferramentas externas
kubectl get secret my-secret -o go-template='{{range $k,$v := .data}}{{"### "}}{{$k}}{{"\n"}}{{$v|base64decode}}{{"\n\n"}}{{end}}'

# Lista todos os segredos atualmente em uso por um pod
kubectl get pods -o json | jq '.items[].spec.containers[].env[]?.valueFrom.secretKeyRef.name' | grep -v null | sort | uniq

# Lista todos os containerIDs de initContainer de todos os Pods
# Útil ao limpar contêineres parados, evitando a remoção de initContainers.
kubectl get pods --all-namespaces -o jsonpath='{range .items[*].status.initContainerStatuses[*]}{.containerID}{"\n"}{end}' | cut -d/ -f3

# Lista eventos classificados por timestamp
kubectl get events --sort-by=.metadata.creationTimestamp

# Lista todos eventos do tipo Warning
kubectl events --types=Warning

# Compara o estado atual do cluster com o estado em que o cluster estaria se o manifesto fosse aplicado.
kubectl diff -f ./my-manifest.yaml

# Produz uma árvore delimitada por ponto de todas as chaves retornadas para nós
# Útil ao localizar uma chave em uma estrutura JSON aninhada complexa
kubectl get nodes -o json | jq -c 'paths|join(".")'

# Produz uma árvore delimitada por ponto de todas as chaves retornadas para Pods, etc.
kubectl get pods -o json | jq -c 'paths|join(".")'

# Produz ENV para todos os Pods, supondo que você tenha um contêiner padrão para os Pods, namespace padrão e o comando `env` é compatível.
# Útil ao executar qualquer comando suportado em todos os Pods, não apenas `env`
for pod in $(kubectl get po --output=jsonpath={.items..metadata.name}); do echo $pod && kubectl exec -it $pod -- env; done

# Obtém o status de um sub-recurso de uma implantação
kubectl get deployment nginx-deployment --subresource=status

Atualizando recursos

kubectl set image deployment/frontend www=image:v2               # Aplica o rollout nos containers "www" do deployment "frontend", atualizando a imagem
kubectl rollout history deployment/frontend                      # Verifica o histórico do deployment, incluindo a revisão
kubectl rollout undo deployment/frontend                         # Rollback para o deployment anterior
kubectl rollout undo deployment/frontend --to-revision=2         # Rollback para uma revisão específica
kubectl rollout status -w deployment/frontend                    # Acompanha o status de atualização do "frontend" até sua conclusão sem interrupção 
kubectl rollout restart deployment/frontend                      # Reinicia contínuo do deployment "frontend"

cat pod.json | kubectl replace -f -                              # Substitue um pod com base no JSON passado para stdin

# Força a substituição, exclui e recria o recurso. Causará uma interrupção do serviço.
kubectl replace --force -f ./pod.json

# Cria um serviço para um nginx replicado, que serve na porta 80 e se conecta aos contêineres na porta 8000
kubectl expose rc nginx --port=80 --target-port=8000

# Atualiza a versão da imagem (tag) de um pod de contêiner único para a v4
kubectl get pod mypod -o yaml | sed 's/\(image: myimage\):.*$/\1:v4/' | kubectl replace -f -

kubectl label pods my-pod new-label=awesome                      # Adiciona uma label
kubectl label pods my-pod new-label-                             # Remove a label new-label
kubectl annotate pods my-pod icon-url=http://goo.gl/XXBTWq       # Adiciona uma anotação
kubectl autoscale deployment foo --min=2 --max=10                # Escala automaticamente um deployment "foo"

Recursos de correção

# Atualiza parcialmente um nó
kubectl patch node k8s-node-1 -p '{"spec":{"unschedulable":true}}'

# Atualiza a imagem de um contêiner; spec.containers[*].name é obrigatório porque é uma chave de mesclagem
kubectl patch pod valid-pod -p '{"spec":{"containers":[{"name":"kubernetes-serve-hostname","image":"new image"}]}}'

# Atualiza a imagem de um contêiner usando um patch json com matrizes posicionais
kubectl patch pod valid-pod --type='json' -p='[{"op": "replace", "path": "/spec/containers/0/image", "value":"new image"}]'

# Desativa um livenessProbe de deployment usando um patch json com matrizes posicionais
kubectl patch deployment valid-deployment  --type json   -p='[{"op": "remove", "path": "/spec/template/spec/containers/0/livenessProbe"}]'

# Adiciona um novo elemento a uma matriz posicional
kubectl patch sa default --type='json' -p='[{"op": "add", "path": "/secrets/1", "value": {"name": "whatever" } }]'

# Atualiza a contagem de réplicas de uma implantação corrigindo seu sub-recurso de escala
kubectl patch deployment nginx-deployment --subresource='scale' --type='merge' -p '{"spec":{"replicas":2}}'

Editando recursos

Edita qualquer recurso da API no seu editor preferido.

kubectl edit svc/docker-registry                      # Edita o serviço chamado docker-registry
KUBE_EDITOR="nano" kubectl edit svc/docker-registry   # Usa um editor alternativo

Escalando recursos

kubectl scale --replicas=3 rs/foo                                 # Escala um replicaset chamado 'foo' para 3
kubectl scale --replicas=3 -f foo.yaml                            # Escala um recurso especificado em "foo.yaml" para 3
kubectl scale --current-replicas=2 --replicas=3 deployment/mysql  # Se o tamanho atual do deployment chamado mysql for 2, escala para 3
kubectl scale --replicas=5 rc/foo rc/bar rc/baz                   # Escala vários controladores de replicaset

Deletando resources

kubectl delete -f ./pod.json                                              # Exclui um Pod usando o tipo e o nome especificados em pod.json
kubectl delete pod unwanted --now                          ........       # Exclui um Pod imediatamente sem esperar pelo tempo configurado
kubectl delete pod,service baz foo                                        # Exclui Pods e serviços com os mesmos nomes "baz" e "foo"
kubectl delete pods,services -l name=myLabel                              # Exclui Pods e serviços com o nome da label = myLabel
kubectl -n my-ns delete pod,svc --all                                     # Exclui todos os Pods e serviços no namespace my-ns,
# Exclui todos os Pods que correspondem ao awk pattern1 ou pattern2
kubectl get pods  -n mynamespace --no-headers=true | awk '/pattern1|pattern2/{print $1}' | xargs  kubectl delete -n mynamespace pod

Interagindo com Pods em execução

kubectl logs my-pod                                 # despeja logs de pod (stdout)
kubectl logs -l name=myLabel                        # despeja logs de pod, com a label de name=myLabel (stdout)
kubectl logs my-pod --previous                      # despeja logs de pod (stdout) para a instância anterior de um contêiner
kubectl logs my-pod -c my-container                 # despeja logs de um específico contêiner em um pod (stdout, no caso de vários contêineres)
kubectl logs -l name=myLabel -c my-container        # despeja logs de pod, com nome da label = myLabel (stdout)
kubectl logs my-pod -c my-container --previous      # despeja logs de um contêiner específico em um pod (stdout, no caso de vários contêineres) para uma instanciação anterior de um contêiner
kubectl logs -f my-pod                              # Fluxo de logs de pod (stdout)
kubectl logs -f my-pod -c my-container              # Fluxo de logs para um específico contêiner em um pod (stdout, caixa com vários contêineres)
kubectl logs -f -l name=myLabel --all-containers    # transmite todos os logs de Pods com a label name=myLabel (stdout)
kubectl run -i --tty busybox --image=busybox:1.28 -- sh  # Executa pod como shell interativo
kubectl run nginx --image=nginx -n mynamespace      # Inicia uma única instância do pod nginx no namespace de mynamespace
kubectl run nginx --image=nginx --dry-run=client -o yaml > pod.yaml
                                                    # Gera a especificação para executar o pod nginx e grave-a em um arquivo chamado pod.yaml 
kubectl attach my-pod -i                            # Anexa ao contêiner em execução
kubectl port-forward my-pod 5000:6000               # Ouça na porta 5000 na máquina local e encaminhe para a porta 6000 no my-pod
kubectl exec my-pod -- ls /                         # Executa comando no pod existente (1 contêiner)
kubectl exec --stdin --tty my-pod -- /bin/sh        # Acesso de shell interativo a um pod em execução (apenas 1 contêiner)
kubectl exec my-pod -c my-container -- ls /         # Executa comando no pod existente (pod com vários contêineres)
kubectl top pod POD_NAME --containers               # Mostra métricas para um determinado pod e seus contêineres
kubectl top pod POD_NAME --sort-by=cpu              # Mostra métricas para um determinado pod e classificá-lo por 'cpu' ou 'memória'

Copiando arquivos e diretórios de e para contêineres

kubectl cp /tmp/foo_dir my-pod:/tmp/bar_dir            # Copia o diretório local /tmp/foo_dir para /tmp/bar_dir em um pod remoto no namespace atual
kubectl cp /tmp/foo my-pod:/tmp/bar -c my-container    # Copia o arquivo local /tmp/foo para /tmp/bar em um pod remoto em um contêiner específico
kubectl cp /tmp/foo my-namespace/my-pod:/tmp/bar       # Copia o arquivo local /tmp/foo para /tmp/bar em um pod remoto no namespace my-namespace
kubectl cp my-namespace/my-pod:/tmp/foo /tmp/bar       # Copia /tmp/foo de um pod remoto para /tmp/bar localmente
tar cf - /tmp/foo | kubectl exec -i -n my-namespace my-pod -- tar xf - -C /tmp/bar           # Copia o arquivo local /tmp/foo para /tmp/bar em um pod remoto no namespace my-namespace
kubectl exec -n my-namespace my-pod -- tar cf - /tmp/foo | tar xf - -C /tmp/bar    # Copia /tmp/foo de um pod remoto para /tmp/bar localmente

Interagindo com implantações e serviços

kubectl logs deploy/my-deployment                         # despeja logs de pod para uma implantação (caso de contêiner único)
kubectl logs deploy/my-deployment -c my-container         # despeja logs de pod para uma implantação (caso de vários contêineres)

kubectl port-forward svc/my-service 5000                  # escuta na porta local 5000 e encaminhe para a porta 5000 no back-end do serviço
kubectl port-forward svc/my-service 5000:my-service-port  # escuta na porta local 5000 e encaminhe para a porta de destino do serviço com o nome <my-service-port>

kubectl port-forward deploy/my-deployment 5000:6000       # escuta na porta local 5000 e encaminhe para a porta 6000 em um pod criado por <my-deployment>
kubectl exec deploy/my-deployment -- ls                   # executa o comando no primeiro pod e primeiro contêiner na implantação (casos de um ou vários contêineres)

Interagindo com Nós e Cluster

kubectl cordon my-node                                                # Marca o nó my-node como não agendável
kubectl drain my-node                                                 # Drena o nó my-node na preparação para manutenção
kubectl uncordon my-node                                              # Marca nó my-node como agendável
kubectl top node my-node                                              # Mostra métricas para um determinado nó
kubectl cluster-info                                                  # Exibe endereços da master e serviços
kubectl cluster-info dump                                             # Despeja o estado atual do cluster no stdout
kubectl cluster-info dump --output-directory=/path/to/cluster-state   # Despeja o estado atual do cluster em /path/to/cluster-state

# Veja os taints existentes nos nós atuais.
kubectl get nodes -o='custom-columns=NodeName:.metadata.name,TaintKey:.spec.taints[*].key,TaintValue:.spec.taints[*].value,TaintEffect:.spec.taints[*].effect'

# Se uma `taint` com essa chave e efeito já existir, seu valor será substituído conforme especificado.
kubectl taint nodes foo dedicated=special-user:NoSchedule

Tipos de Recursos

Lista todos os tipos de recursos suportados junto com seus nomes abreviados, grupo de API, sejam eles namespaced e Kind:

kubectl api-resources

Outras operações para explorar os recursos da API:

kubectl api-resources --namespaced=true      # Todos os recursos com namespace
kubectl api-resources --namespaced=false     # Todos os recursos sem namespace
kubectl api-resources -o name                # Todos os recursos com saída simples (apenas o nome do recurso)
kubectl api-resources -o wide                # Todos os recursos com saída expandida (também conhecida como "ampla")
kubectl api-resources --verbs=list,get       # Todos os recursos que suportam os verbos de API "list" e "get"
kubectl api-resources --api-group=extensions # Todos os recursos no grupo de API "extensions"

Formatação de saída

Para enviar detalhes para a janela do terminal em um formato específico, adicione a flag -o (ou --output) para um comando kubectl suportado.

Formato de saídaDescrição
-o=custom-columns=<spec>Exibe uma tabela usando uma lista separada por vírgula de colunas personalizadas
-o=custom-columns-file=<filename>Exibe uma tabela usando o modelo de colunas personalizadas no arquivo <nome do arquivo>
-o=jsonSaída de um objeto de API formatado em JSON
-o=jsonpath=<template>Exibe os campos definidos em uma expressão jsonpath
-o=jsonpath-file=<filename>Exibe os campos definidos pela expressão jsonpath no arquivo <nome do arquivo>
-o=nameExibe apenas o nome do recurso e nada mais
-o=wideSaída no formato de texto sem formatação com qualquer informação adicional e, para Pods, o nome do nó está incluído
-o=yamlSaída de um objeto de API formatado em YAML

Exemplos usando -o=custom-columns:

# Todas as imagens em execução em um cluster
kubectl get pods -A -o=custom-columns='DATA:spec.containers[*].image'

# Todas as imagens em execução no namespace: padrão, agrupadas por pod
kubectl get pods --namespace default --output=custom-columns="NAME:.metadata.name,IMAGE:.spec.containers[*].image"

 # Todas as imagens excluindo "registry.k8s.io/coredns:1.6.2"
kubectl get pods -A -o=custom-columns='DATA:spec.containers[?(@.image!="registry.k8s.io/coredns:1.6.2")].image'

# Todos os campos sob metadados, independentemente do nome
kubectl get pods -A -o=custom-columns='DATA:metadata.*'

Mais exemplos na documentação de referência do kubectl.

Verbosidade de saída do Kubectl e depuração

A verbosidade do Kubectl é controlado com as flags -v ou --v seguidos por um número inteiro representando o nível do log. As convenções gerais de log do Kubernetes e os níveis de log associados são descritos aqui.

VerbosidadeDescrição
--v=0Geralmente útil para sempre estar visível para um operador de cluster.
--v=1Um nível de log padrão razoável se você não deseja verbosidade.
--v=2Informações úteis sobre o estado estacionário sobre o serviço e mensagens importantes de log que podem se correlacionar com alterações significativas no sistema. Este é o nível de log padrão recomendado para a maioria dos sistemas.
--v=3Informações estendidas sobre alterações.
--v=4Detalhamento no nível de debugging.
--v=5Verbosidade do nível de rastreamento.
--v=6Exibe os recursos solicitados.
--v=7Exibe cabeçalhos de solicitação HTTP.
--v=8Exibe conteúdo da solicitação HTTP.
--v=9Exibe o conteúdo da solicitação HTTP sem o truncamento do conteúdo.

Próximos passos

6.7 - Visão Geral de Autorização

Aprenda mais sobre autorização no Kubernetes, incluindo detalhes sobre criação de políticas utilizando módulos de autorização suportados.

No Kubernetes, você deve estar autenticado (conectado) antes que sua requisição possa ser autorizada (permissão concedida para acesso). Para obter informações sobre autenticação, visite Controlando Acesso à API do Kubernetes.

O Kubernetes espera atributos que são comuns a requisições de APIs REST. Isto significa que autorização no Kubernetes funciona com sistemas de controle de acesso a nível de organizações ou de provedores de nuvem que possam lidar com outras APIs além das APIs do Kubernetes.

Determinar se uma requisição é permitida ou negada

O Kubernetes autoriza requisições de API utilizando o servidor de API. Ele avalia todos os atributos de uma requisição em relação a todas as políticas disponíveis e permite ou nega a requisição. Todas as partes de uma requisição de API deve ser permitidas por alguma política para que possa prosseguir. Isto significa que permissões são negadas por padrão.

(Embora o Kubernetes use o servidor de API, controles de acesso e políticas que dependem de campos específicos de tipos específicos de objetos são tratados pelos controladores de admissão.)

Quando múltiplos módulos de autorização são configurados, cada um será verificado em sequência. Se qualquer dos autorizadores aprovarem ou negarem uma requisição, a decisão é imediatamente retornada e nenhum outro autorizador é consultado. Se nenhum módulo de autorização tiver nenhuma opinião sobre requisição, então a requisição é negada. Uma negação retorna um código de status HTTP 403.

Revisão de atributos de sua requisição

O Kubernetes revisa somente os seguintes atributos de uma requisição de API:

  • user - O string de user fornecido durante a autenticação.
  • group - A lista de nomes de grupos aos quais o usuário autenticado pertence.
  • extra - Um mapa de chaves de string arbitrárias para valores de string, fornecido pela camada de autenticação.
  • API - Indica se a solicitação é para um recurso de API.
  • Caminho da requisição - Caminho para diversos endpoints que não manipulam recursos, como /api ou /healthz.
  • Verbo de requisição de API - Verbos da API como get, list, create, update, patch, watch, delete e deletecollection que são utilizados para solicitações de recursos. Para determinar o verbo de requisição para um endpoint de recurso de API , consulte Determine o verbo da requisição.
  • Verbo de requisição HTTP - Métodos HTTP em letras minúsculas como get, post, put e delete que são utilizados para requisições que não são de recursos.
  • Recurso - O identificador ou nome do recurso que está sendo acessado (somente para requisições de recursos) - para requisições de recursos usando os verbos get, update, patch e delete, deve-se fornecer o nome do recurso.
  • Subrecurso - O sub-recurso que está sendo acessado (somente para solicitações de recursos).
  • Namespace - O namespace do objeto que está sendo acessado (somente para solicitações de recursos com namespace).
  • Grupo de API - O API Group sendo acessado (somente para requisições de recursos). Uma string vazia designa o Grupo de API core.

Determine o verbo da requisição

Requisições de não-recursos Requisições sem recursos de /api/v1/... ou /apis/<group>/<version>/... são considerados "requisições sem recursos" e usam o método HTTP em letras minúsculas da solicitação como o verbo. Por exemplo, uma solicitação GET para endpoints como /api ou /healthz usaria get como o verbo.

Requisições de recursos Para determinar o verbo de requisição para um endpoint de API de recurso, revise o verbo HTTP utilizado e se a requisição atua ou não em um recurso individual ou em uma coleção de recursos:

Verbo HTTPVerbo de Requisição
POSTcreate
GET, HEADget (para recursos individuais), list (para coleções, includindo o conteúdo do objeto inteiro), watch (para observar um recurso individual ou coleção de recursos)
PUTupdate
PATCHpatch
DELETEdelete (para recursos individuais), deletecollection (para coleções)

Às vezes, o Kubernetes verifica a autorização para permissões adicionais utilizando verbos especializados. Por exemplo:

  • PodSecurityPolicy
    • Verbo use em recursos podsecuritypolicies no grupo policy de API.
  • RBAC
    • Verbos bind e escalate em roles e recursos clusterroles no grupo rbac.authorization.k8s.io de API.
  • Authentication
    • Verbo impersonate em users, groups, e serviceaccounts no grupo de API core, e o userextras no grupo authentication.k8s.io de API.

Modos de Autorização

O servidor da API Kubernetes pode autorizar uma solicitação usando um dos vários modos de autorização:

  • Node - Um modo de autorização de finalidade especial que concede permissões a kubelets com base nos Pods que estão programados para execução. Para saber mais sobre como utilizar o modo de autorização do nó, consulte Node Authorization.
  • ABAC - Attribute-based access control (ABAC), ou Controle de acesso baseado em atributos, define um paradigma de controle de acesso pelo qual os direitos de acesso são concedidos aos usuários por meio do uso de políticas que combinam atributos. As políticas podem usar qualquer tipo de atributo (atributos de usuário, atributos de recurso, objeto, atributos de ambiente, etc.). Para saber mais sobre como usar o modo ABAC, consulte ABAC Mode.
  • RBAC - Role-based access control (RBAC), ou controle de acesso baseado em função, é um método de regular o acesso a recursos computacionais ou de rede com base nas funções de usuários individuais dentro de uma empresa. Nesse contexto, acesso é a capacidade de um usuário individual realizar uma tarefa específica, como visualizar, criar ou modificar um arquivo. Para saber mais sobre como usar o modo RBAC, consulte RBAC Mode
    • Quando especificado RBAC (Role-Based Access Control) usa o grupo de API rbac.authorization.k8s.io para orientar as decisões de autorização, permitindo que os administradores configurem dinamicamente as políticas de permissão por meio da API do Kubernetes.
    • Para habilitar o modo RBAC, inicie o servidor de API (apiserver) com a opção --authorization-mode=RBAC.
  • Webhook - Um WebHook é um retorno de chamada HTTP: um HTTP POST que ocorre quando algo acontece; uma simples notificação de evento via HTTP POST. Um aplicativo da Web que implementa WebHooks postará uma mensagem em um URL quando um determinado evento ocorrer. Para saber mais sobre como usar o modo Webhook, consulte Webhook Mode.

Verificando acesso a API

kubectl fornece o subcomando auth can-i para consultar rapidamente a camada de autorização da API. O comando usa a API SelfSubjectAccessReview para determinar se o usuário atual pode executar uma determinada ação e funciona independentemente do modo de autorização utilizado.

# "can-i create" = "posso criar"
kubectl auth can-i create deployments --namespace dev

A saída é semelhante a esta:

yes
# "can-i create" = "posso criar"
kubectl auth can-i create deployments --namespace prod

A saída é semelhante a esta:

no

Os administradores podem combinar isso com personificação de usuário para determinar qual ação outros usuários podem executar.

# "can-i list" = "posso listar"

kubectl auth can-i list secrets --namespace dev --as dave

A saída é semelhante a esta:

no

Da mesma forma, para verificar se uma ServiceAccount chamada dev-sa no Namespace dev pode listar Pods no namespace target:

# "can-i list" = "posso listar"
kubectl auth can-i list pods \
	--namespace target \
	--as system:serviceaccount:dev:dev-sa

A saída é semelhante a esta:

yes

SelfSubjectAccessReview faz parte do grupo de API authorization.k8s.io, que expõe a autorização do servidor de API para serviços externos. Outros recursos neste grupo inclui:

  • SubjectAccessReview - Revisão de acesso para qualquer usuário, não apenas o atual. Útil para delegar decisões de autorização para o servidor de API. Por exemplo, o kubelet e extensões de servidores de API utilizam disso para determinar o acesso do usuário às suas próprias APIs.

  • LocalSubjectAccessReview - Similar a SubjectAccessReview, mas restrito a um namespace específico.

  • SelfSubjectRulesReview - Uma revisão que retorna o conjunto de ações que um usuário pode executar em um namespace. Útil para usuários resumirem rapidamente seu próprio acesso ou para interfaces de usuário mostrarem ações.

Essas APIs podem ser consultadas criando recursos normais do Kubernetes, onde a resposta no campo status do objeto retornado é o resultado da consulta.

kubectl create -f - -o yaml << EOF
apiVersion: authorization.k8s.io/v1
kind: SelfSubjectAccessReview
spec:
  resourceAttributes:
    group: apps
    resource: deployments
    verb: create
    namespace: dev
EOF

A SelfSubjectAccessReview gerada seria:

apiVersion: authorization.k8s.io/v1
kind: SelfSubjectAccessReview
metadata:
  creationTimestamp: null
spec:
  resourceAttributes:
    group: apps
    resource: deployments
    namespace: dev
    verb: create
status:
  allowed: true
  denied: false

Usando flags para seu módulo de autorização

Você deve incluir uma flag em sua política para indicar qual módulo de autorização suas políticas incluem:

As seguintes flags podem ser utilizadas:

  • --authorization-mode=ABAC O modo de controle de acesso baseado em atributos (ABAC) permite configurar políticas usando arquivos locais.
  • --authorization-mode=RBAC O modo de controle de acesso baseado em função (RBAC) permite que você crie e armazene políticas usando a API do Kubernetes.
  • --authorization-mode=Webhook WebHook é um modo de retorno de chamada HTTP que permite gerenciar a autorização usando endpoint REST.
  • --authorization-mode=Node A autorização de nó é um modo de autorização de propósito especial que autoriza especificamente requisições de API feitas por kubelets.
  • --authorization-mode=AlwaysDeny Esta flag bloqueia todas as requisições. Utilize esta flag somente para testes.
  • --authorization-mode=AlwaysAllow Esta flag permite todas as requisições. Utilize esta flag somente se não existam requisitos de autorização para as requisições de API.

Você pode escolher mais de um modulo de autorização. Módulos são verificados em ordem, então, um modulo anterior tem maior prioridade para permitir ou negar uma requisição.

Escalonamento de privilégios através da criação ou edição da cargas de trabalho

Usuários que podem criar ou editar pods em um namespace diretamente ou através de um controlador como, por exemplo, um operador, conseguiriam escalar seus próprios privilégios naquele namespace.

Caminhos para escalonamento

  • Montagem de Secret arbitrários nesse namespace
    • Pode ser utilizado para acessar Secret destinados a outras cargas de trabalho
    • Pode ser utilizado para obter um token da conta de serviço com maior privilégio
  • Uso de contas de serviço arbitrárias nesse namespace
    • Pode executar ações da API do Kubernetes como outra carga de trabalho (personificação)
    • Pode executar quaisquer ações privilegiadas que a conta de serviço tenha acesso
  • Montagem de configmaps destinados a outras cargas de trabalho nesse namespace
    • Pode ser utilizado para obter informações destinadas a outras cargas de trabalho, como nomes de host de banco de dados.
  • Montagem de volumes destinados a outras cargas de trabalho nesse namespace
    • Pode ser utilizado para obter informações destinadas a outras cargas de trabalho e alterá-las.

Próximos passos

6.8 - Problemas e Alertas de Segurança do Kubernetes

6.8.1 - Rastreador de Issue Kubernetes

Para reportar um problema de segurança, siga processo de divulgação de segurança do Kubernetes.

O trabalho no código do Kubernetes e os problemas de segurança podem ser encontrados usando issues do GitHub.

Anúncios relacionados à segurança são enviados para a lista de discussão kubernetes-security-announce@googlegroups.com.

6.8.2 - Feed Oficial de CVE

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.27 [beta]

Esta é uma lista, mantida pela comunidade, de CVEs oficiais anunciadas pelo Comitê de Resposta de Segurança do Kubernetes. Veja Informações de Segurança e Divulgação do Kubernetes para mais detalhes.

O projeto Kubernetes publica um Feed JSON, que pode ser programaticamente acessado, de questões de segurança publicadas. Você pode acessá-lo executando o seguinte comando:

curl -Lv https://k8s.io/docs/reference/issues-security/official-cve-feed/index.json
Lista oficial de CVEs do Kubernetes (última atualização: 25 mar. 2024 06:38:09 UTC)
ID da CVEResumo da issueURL da issue relacionada à CVE no GitHub
CVE-2023-5528Insufficient input sanitization in in-tree storage plugin leads to privilege escalation on Windows nodes#121879
CVE-2023-3955Insufficient input sanitization on Windows nodes leads to privilege escalation#119595
CVE-2023-3893Insufficient input sanitization on kubernetes-csi-proxy leads to privilege escalation#119594
CVE-2023-3676Insufficient input sanitization on Windows nodes leads to privilege escalation#119339
CVE-2023-2431Bypass of seccomp profile enforcement#118690
CVE-2023-2727, CVE-2023-2728Bypassing policies imposed by the ImagePolicyWebhook and bypassing mountable secrets policy imposed by the ServiceAccount admission plugin#118640
CVE-2023-2878secrets-store-csi-driver discloses service account tokens in logs#118419
CVE-2022-3294Node address isn't always verified when proxying#113757
CVE-2022-3162Unauthorized read of Custom Resources#113756
CVE-2022-3172Aggregated API server can cause clients to be redirected (SSRF)#112513
CVE-2021-25749`runAsNonRoot` logic bypass for Windows containers#112192
CVE-2021-25741Symlink Exchange Can Allow Host Filesystem Access#104980
CVE-2021-25737Holes in EndpointSlice Validation Enable Host Network Hijack#102106
CVE-2021-3121Processes may panic upon receipt of malicious protobuf messages#101435
CVE-2021-25735Validating Admission Webhook does not observe some previous fields#100096
CVE-2020-8554Man in the middle using LoadBalancer or ExternalIPs#97076
CVE-2020-8566Ceph RBD adminSecrets exposed in logs when loglevel >= 4#95624
CVE-2020-8565Incomplete fix for CVE-2019-11250 allows for token leak in logs when logLevel >= 9#95623
CVE-2020-8564Docker config secrets leaked when file is malformed and log level >= 4#95622
CVE-2020-8563Secret leaks in kube-controller-manager when using vSphere provider#95621
CVE-2020-8557Node disk DOS by writing to container /etc/hosts#93032
CVE-2020-8559Privilege escalation from compromised node to cluster#92914
CVE-2020-8558Node setting allows for neighboring hosts to bypass localhost boundary#92315
CVE-2020-8555Half-Blind SSRF in kube-controller-manager#91542
CVE-2020-10749IPv4 only clusters susceptible to MitM attacks via IPv6 rogue router advertisements#91507
CVE-2019-11254kube-apiserver Denial of Service vulnerability from malicious YAML payloads#89535
CVE-2020-8552apiserver DoS (oom)#89378
CVE-2020-8551Kubelet DoS via API#89377
CVE-2019-11251kubectl cp symlink vulnerability#87773
CVE-2018-1002102Unvalidated redirect#85867
CVE-2019-11255CSI volume snapshot, cloning and resizing features can result in unauthorized volume data access or mutation#85233
CVE-2019-11253Kubernetes API Server JSON/YAML parsing vulnerable to resource exhaustion attack#83253
CVE-2019-11250Bearer tokens are revealed in logs#81114
CVE-2019-11248/debug/pprof exposed on kubelet's healthz port#81023
CVE-2019-11249Incomplete fixes for CVE-2019-1002101 and CVE-2019-11246, kubectl cp potential directory traversal#80984
CVE-2019-11247API server allows access to custom resources via wrong scope#80983
CVE-2019-11245container uid changes to root after first restart or if image is already pulled to the node#78308
CVE-2019-11243rest.AnonymousClientConfig() does not remove the serviceaccount credentials from config created by rest.InClusterConfig()#76797
CVE-2019-11244`kubectl:-http-cache=<world-accessible dir>` creates world-writeable cached schema files#76676
CVE-2019-1002100json-patch requests can exhaust apiserver resources#74534
CVE-2018-1002105proxy request handling in kube-apiserver can leave vulnerable TCP connections#71411
CVE-2018-1002101smb mount security issue#65750
CVE-2018-1002100Kubectl copy doesn't check for paths outside of it's destination directory.#61297
CVE-2017-1002102atomic writer volume handling allows arbitrary file deletion in host filesystem#60814
CVE-2017-1002101subpath volume mount handling allows arbitrary file access in host filesystem#60813
CVE-2017-1002100Azure PV should be Private scope not Container scope#47611
CVE-2017-1000056PodSecurityPolicy admission plugin authorizes incorrectly#43459

Este feed é automaticamente atualizado, mas com um pequeno atraso perceptível (minutos a horas), desde o momento em que um CVE é anunciado até o momento em que é acessível neste feed.

A fonte deste feed é um conjunto de issues do GitHub, filtrado pelo rótulo controlado e restrito official-cve-feed. Os dados brutos são armazenados em um Google Cloud Bucket que é somente escrito por um pequeno número de membros confiáveis da Comunidade.

6.9 - Utilizando Autorização ABAC

O controle de acesso baseado em atributos (ABAC) define um paradigma de controle de acesso onde os direitos de acesso são concedidos aos usuários por meio do uso de políticas que combinam atributos.

Formato do arquivo de política

Especifique os parametros de inicialização --authorization-policy-file=NOME_DE_ALGUM_ARQUIVO e --authorization-mode=ABAC para habilitar o modo ABAC.

O formato do arquivo é de um objeto JSON por linha. Nele não deve haver lista ou mapa envolvente, apenas um mapa por linha.

Cada linha é um "objeto de política", onde cada objeto é um mapa com as seguintes propriedades:

  • Propriedades de versionamento:
    • apiVersion, tipo string; os valores válidos são "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1". Permite controle de versão e conversão do formato da política.
    • kind, tipo string: os valores válidos são "Policy". Permite controle de versão e conversão do formato da política.
  • spec definida para um mapa com as seguintes propriedades:
    • Propriedades de correspondência de sujeito:
      • user, tipo string; a string de usuário de --token-auth-file. Se você especificar user, ele deve corresponder ao nome do usuário autenticado.
      • group, tipo string; se você especificar group, ele deve corresponder a um dos grupos do usuário autenticado system:authenticated corresponde a todas as requisições autenticadas. system:unauthenticated corresponde a todas as requisições não autenticadas.
    • Propriedades de correspondência de recursos:
      • apiGroup, tipo string; um grupo de API.
        • Ex: apps, networking.k8s.io
        • Curinga: * corresponde a todos os grupos de API.
      • namespace, tipo string; um namespace.
        • Ex: kube-system
        • Curinga: * corresponde a todas as requisições de recursos.
      • resource, tipo string; um tipo de recurso
        • Ex: pods, deployments
        • Curinga: * corresponde a todas as requisições de recursos.
    • Propriedades sem correspondência de recursos:
      • nonResourcePath, tipo string; caminhos de solicitação sem recurso.
        • Ex: /version ou /apis
        • Curinga:
          • * corresponde a todas as requisições que não são de recursos.
          • /foo/* corresponde a todos os subcaminhos de /foo/.
    • readonly, tipo booleano. Quando verdadeiro, significa que a política de correspondência de recursos se aplica apenas às operações get, list e watch. Em caso de políticas sem correspondência de recursos se aplica apenas à operação get.

Algoritmo de Autorização

Uma requisição possui atributos que correspondem às propriedades de um objeto de política.

Quando uma requisição é recebida, os atributos são determinados. Atributos desconhecidos são definidos com o valor zero de seu tipo (por exemplo, string vazia, 0, falso).

Uma propriedade definida como "*" corresponderá a qualquer valor do atributo correspondente.

A tupla de atributos é verificada em relação a cada política do arquivo de política. Se pelo menos uma linha corresponder aos atributos da requisição, ela é então autorizada (mas pode falhar em validação posterior).

Para permitir que qualquer usuário autenticado faça algo, escreva uma política com a propriedade do grupo definida como "system:authenticated".

Para permitir que qualquer usuário não autenticado faça algo, escreva uma política com a propriedade do grupo definida como "system:unauthenticated".

Para permitir que um usuário faça qualquer coisa, escreva uma política com as propriedades apiGroup, namespace, resource e nonResourcePath definidas como "*".

Kubectl

O Kubectl usa os endpoints /api e /apis do servidor de API para descobrir os tipos de recursos servidos e valida objetos enviados para a API pelas operações criar/atualizar usando informações de esquema localizadas em /openapi/v2.

Ao utilizar a autorização ABAC, esses recursos especiais devem ser explicitamente expostos por meio da propriedade nonResourcePath em uma política (consulte exemplos abaixo):

  • /api, /api/*, /apis e /apis/* para negociação de versão da API.
  • /version para recuperar a versão do servidor via kubectl version.
  • /swaggerapi/* para operações de criação/atualização.

Para inspecionar as chamadas HTTP envolvidas em uma operação kubectl específica, você pode aumentar a verbosidade:

kubectl --v=8 version

Exemplos

  1. Alice pode fazer qualquer coisa em todos os recursos:

    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"user": "alice", "namespace": "*", "resource": "*", "apiGroup": "*"}}
    
  2. O Kubelet pode ler qualquer Pod:

    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"user": "kubelet", "namespace": "*", "resource": "pods", "readonly": true}}
    
  3. O Kubelet pode ler e escrever eventos:

    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"user": "kubelet", "namespace": "*", "resource": "events"}}
    
  4. Bob pode ler Pods somente pertencentes ao namespace "projectCaribou":

    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"user": "bob", "namespace": "projectCaribou", "resource": "pods", "readonly": true}}
    
  5. Qualquer pessoa pode realizar requisições somente-leitura em todos os caminhos que não são de recursos:

    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"group": "system:authenticated", "readonly": true, "nonResourcePath": "*"}}
    {"apiVersion": "abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1", "kind": "Policy", "spec": {"group": "system:unauthenticated", "readonly": true, "nonResourcePath": "*"}}
    

Exemplo de arquivo completo

Uma rápida observação sobre contas de serviço

Cada conta de serviço tem um nome de usuário ABAC correspondente, e o nome de usuário dessa conta de serviço é gerado de acordo com a convenção de nomenclatura:

system:serviceaccount:<namespace>:<serviceaccountname>

A criação de um novo namespace leva à criação de uma nova conta de serviço no seguinte formato:

system:serviceaccount:<namespace>:default

Por exemplo, se você quiser conceder à conta de serviço padrão (no namespace kube-system) privilégio total à API usando ABAC, adicione esta linha ao seu arquivo de política:

{"apiVersion":"abac.authorization.kubernetes.io/v1beta1","kind":"Policy","spec":{"user":"system:serviceaccount:kube-system:default","namespace":"*","resource":"*","apiGroup":"*"}}

O servidor de API precisará ser reiniciado para carregar as novas linhas da política.

6.10 - Ferramentas

O Kubernetes contém várias ferramentas internas para ajudá-lo a trabalhar com o sistema Kubernetes.

Kubectl

kubectl é a ferramenta de linha de comando para o Kubernetes. Ela controla o gerenciador de cluster do Kubernetes.

Kubeadm

kubeadm é a ferramenta de linha de comando para provisionar facilmente um cluster Kubernetes seguro sobre servidores físicos ou na nuvem ou em máquinas virtuais (atualmente em alfa).

Minikube

minikube é uma ferramenta que facilita a execução local de um cluster Kubernetes de nó único em sua estação de trabalho para fins de desenvolvimento e teste.

Dashboard

Dashboard, a interface Web do Kubernetes, permite implantar aplicativos em contêiner em um cluster do Kubernetes, solucionar problemas e gerenciar o cluster e seus próprios recursos.

Helm

Kubernetes Helm é uma ferramenta para gerenciar pacotes de recursos pré-configurados do Kubernetes, também conhecidos como Kubernetes charts.

Use o Helm para:

  • Encontrar e usar softwares populares empacotados como Kubernetes charts
  • Compartilhar seus próprios aplicativos como Kubernetes charts
  • Criar builds reproduzíveis de seus aplicativos Kubernetes
  • Gerenciar de forma inteligente os arquivos de manifesto do Kubernetes
  • Gerenciar versões dos pacotes Helm

Kompose

Kompose é uma ferramenta para ajudar os usuários do Docker Compose a migrar para o Kubernetes.

Use o Kompose para:

  • Converter um arquivo Docker Compose em objetos Kubernetes
  • Ir do desenvolvimento local do Docker ao gerenciamento de seu aplicativo via Kubernetes
  • Converter arquivos yaml do Docker Compose v1 ou v2 ou Bundles de Aplicativos Distribuídos

7 - Contribua com a documentação do Kubernetes


O Kubernetes agradece as melhorias de todos os contribuidores, novos e experientes!

Este site é mantido pelo Kubernetes SIG Docs.

Contribuidores da documentação do Kubernetes podem:

  • Melhorar o conteúdo existente
  • Criar novo conteúdo
  • Traduzir a documentação
  • Gerenciar e publicar a documentação como parte do ciclo de lançamento do Kubernetes

Começando

Qualquer pessoa pode abrir uma issue sobre a documentação, ou contribuir com uma mudança por meio de um pull request (PR) para o repositório do Github kubernetes/website. É recomendável que você se sinta confortável com git e Github para trabalhar efetivamente na comunidade Kubernetes.

Para se envolver com a documentação:

  1. Assine o Contrato de Licença de Colaborador do CNCF.
  2. Familiarize-se com o repositório de documentação e o gerador de site estático hugo.
  3. Certifique-se de entender os processos básicos para melhorar o conteúdo e revisar alterações.

Algumas tarefas requerem mais confiança e mais acessos na organização do Kubernetes. Veja Participando no SIG Docs para mais detalhes sobre funções e permissões.

Sua primeira contribuição

Próximos passos

Se envolva com o SIG Docs

O SIG Docs é um grupo de contribuidores que publica e mantém a documentação e o site do Kubernetes. Se envolver com o SIG Docs é uma ótima forma de contribuidores Kubernetes (pessoas desenvolvedoras de features ou outros) terem um grande impacto dentro do projeto Kubernetes.

A comunicação do SIG Docs é feita de diferentes formas:

Outras formas de contribuir

7.1 - Revisando mudanças

Esta seção descreve como revisar conteúdo.

7.1.1 - Revisando pull requests

Qualquer pessoa pode revisar um pull request da documentação. Visite a seção pull requests no repositório do site Kubernetes para ver os pull requests abertos.

Revisar os pull requests da documentação é uma ótima maneira de se apresentar à comunidade Kubernetes. Isso ajuda você a aprender a base de código e construir a confiança com outros colaboradores.

Antes de revisar, é uma boa ideia:

Antes de começar

Antes de começar uma revisão:

  • Leia o Código de Conduta da CNCF e certifique-se de cumpri-lo o tempo todo.
  • Seja educado, atencioso e prestativo.
  • Comente os aspectos positivos dos PRs, bem como mudanças.
  • Seja empático e cuidadoso, observe como sua avaliação pode ser recebida.
  • Assuma boas intenções e faça perguntas esclarecedoras.
  • Colaboradores experientes, considere trabalhar em par com os novos colaboradores cujo trabalho requer grandes mudanças.

Processo de revisão

Em geral, revise os pull requests de conteúdo e estilo em inglês. A Figura 1 descreve as etapas para o processo de revisão. Seguem os detalhes para cada etapa.

flowchart LR subgraph fourth[Começar revisão] direction TB S[ ] -.- M[adicionar comentários] --> N[revisar mudanças] N --> O[novos colaboradores devem
escolher Comment] end subgraph third[Selecionar PR] direction TB T[ ] -.- J[leia a descrição
e comentários]--> K[visualize as mudanças no ambiente
de pré-visualização do Netlify] end A[Revise a lista de PR abertos]--> B[Filtre os PRs abertos
pela label] B --> third --> fourth classDef grey fill:#dddddd,stroke:#ffffff,stroke-width:px,color:#000000, font-size:15px; classDef white fill:#ffffff,stroke:#000,stroke-width:px,color:#000,font-weight:bold classDef spacewhite fill:#ffffff,stroke:#fff,stroke-width:0px,color:#000 class A,B,J,K,M,N,O grey class S,T spacewhite class third,fourth white

Figura 1. Etapas do processo de revisão.

  1. Acesse https://github.com/kubernetes/website/pulls. Você verá uma lista de todas as solicitações de pull requests abertos no site e na documentação do Kubernetes.

  2. Filtre os PRs abertos usando um ou todos os labels seguintes:

    • cncf-cla: yes (Recomendado): PRs enviados por colaboradores que não assinaram o CLA não podem ser feito o merge. Consulte Assinar o CLA para obter mais informações.
    • language/pt (Recomendado): Filtro para PRs em português.
    • size/<size>: Filtro para PRs com um determinado tamanho. Se você é novo, comece com PRs menores.

    Além disso, certifique-se que o PR não esteja marcado como work in progress. Os PRs que usam o label work in progress ainda não estão prontos para revisão.

  3. Depois de selecionar um PR para revisar, entenda a mudança:

    • Lendo a descrição do PR para entender as alterações feitas e ler quaisquer issues vinculadas
    • Lendo quaisquer comentários de outros revisores
    • Clicando na aba Files changed para ver os arquivos e linhas alteradas
    • Pré-visualizar as alterações ambiente de pré-visualização do Netlify, rolando até a seção PR's build check na parte inferior da aba Conversation. Aqui está uma captura da tela (isso mostra a área de trabalho do site GitHub; se você estiver revisando em um tablet ou smartphone, a interface web do usuário GitHub será um pouco diferente):
      Detalhes do PR no GitHub, incluindo o link para a visualização do Netlify
      Para abrir a visualização, selecione o link Details da linha deploy/netlify na lista de verificações.
  4. Vá para a aba Files changed para iniciar sua revisão.

    1. Clique no símbolo + ao lado da linha que você deseja comentar.

    2. Preencha com todos os comentários que você tenha sobre a linha e clique em Add single comment (se você tiver apenas um comentário para fazer) ou Start a review (se você tiver vários comentários para fazer)

    3. Quando terminar, clique em Review changes na parte superior da página. Aqui, você pode adicionar um resumo da sua revisão (e deixar alguns comentários positivos para o colaborador!). Por favor, sempre use o "Comentário"

    • Evite clicar no botão "Request changes" ao concluir sua revisão. Se você quiser bloquear o merge do PR antes que outras alterações sejam realizadas, você pode deixar um comentário "/hold". Mencione por que você está definindo o bloqueio e, opcionalmente, especifique as condições sob as quais o bloqueio pode ser removido por você ou por outros revisores.

    • Evite clicar no botão "Approve" ao concluir sua revisão. Deixar um comentário "/approve" é recomendado na maioria dos casos.

Checklist para revisão

Ao revisar, use como ponto de partida o seguinte.

Linguagem e gramática

  • Existe algum erro óbvio na linguagem ou gramática? Existe uma maneira melhor de expressar algo?
    • Concentre-se na linguagem e na gramática nas partes que o autor está mudando na página. A menos que o autor esteja claramente com o objetivo de atualizar a página inteira, ele não tem obrigação de corrigir todos os problemas na página.
    • Quando um PR atualiza uma página existente, você deve se concentrar em revisar as partes que estão sendo atualizadas na página. Esse conteúdo alterado deve ser revisado quanto à correção técnica e editorial. Se você encontrar erros na página que não se relacionam diretamente com o que o autor do PR está tentando resolver, ele deve ser tratado em uma issue separada (primeiro, verifique se não existe uma issue existente sobre isso).
    • Cuidado com os pull requests que movem conteúdo. Se um autor renomear uma página ou combinar duas páginas, nós (Kubernetes SIG Docs) geralmente evitamos pedir a esse autor que corrija todas as questões gramaticais ou ortográficas que poderíamos identificar dentro desse conteúdo movido.
  • Existem palavras complicadas ou arcaicas que podem ser substituídas por uma palavra mais simples?
  • Existem palavras, termos ou frases em uso que podem ser substituídos por uma alternativa não discriminatória?
  • A escolha da palavra e sua capitalização seguem o guia de estilo?
  • Existem frases longas que podem ser mais curtas ou menos complexas?
  • Existem parágrafos longos que podem funcionar melhor como uma lista ou tabela?

Conteúdo

  • Existe conteúdo semelhante em outro lugar no site Kubernetes?
  • O conteúdo está excessivamente vinculado a uma documentação externa, de um fornecedor individual ou de um código não aberto?

Website

  • Esse PR alterou ou removeu um título da página, slug/alias ou link? Em caso afirmativo, existem links quebrados como resultado deste PR? Existe outra opção, como alterar o título da página sem alterar o slug?
  • O PR apresenta uma nova página? Caso afirmativo:
    • A página está usando corretamente o tipo de conteúdo e os códigos relacionados ao Hugo?
    • A página aparece corretamente na navegação da seção (ou em geral)?
    • A página deve aparecer na lista em Documentação/Home?
  • As alterações aparecem na visualização do Netlify? Esteja particularmente atento a listas, blocos de código, tabelas, notas e imagens.

Outro

  • Cuidado com as edições triviais; se você observar uma mudança que entender ser uma edição trivial, por favor, marque essa política (ainda não há problema em aceitar a alteração se for genuinamente uma melhoria).
  • Incentive os autores que estão fazendo correções de espaço em branco a fazê-lo no primeiro commit de seu PR e, em seguida, adicione outras alterações além disso. Isso facilita as revisões e o merge. Cuidado especialmente com uma mudança trivial que aconteça em um único commit, juntamente com uma grande quantidade de limpeza dos espaços em branco (e se você observar isso, incentive o autor a corrigi-lo).

Como revisor, se você identificar pequenos problemas com um PR que não são essenciais para o significado, como erros de digitação ou espaços em branco incorretos, sinalize seus comentários com nit:. Isso permite que o autor saiba que esta parte do seu feedback não é uma crítica.

Se você estiver considerando um pull request e todo o feedback restante estiver marcado como um nit, você pode realizar o merge do PR de qualquer maneira. Nesse caso, muitas vezes é útil abrir uma issue sobre os nits restantes. Considere se você é capaz de atender aos requisitos para marcar esse nova issue como uma Good First Issue; se você puder, esses são uma boa fonte.

7.2 - Visão geral do estilo da documentação

Os tópicos desta seção fornecem orientações gerais para o estilo de escrita, formatação e organização do conteúdo, e como utilizar as customizações do Hugo específicas para a documentação do Kubernetes.

7.2.1 - Guia de Conteúdo da Documentação

Esta página contém orientações para a documentação do Kubernetes.

Se você tiver dúvidas sobre o que é permitido, junte-se ao canal #sig-docs no Slack do Kubernetes e pergunte!

Você pode se registrar no Slack do Kubernetes através do endereço https://slack.k8s.io/.

Para informações sobre como criar novo conteúdo para a documentação do Kubernetes, siga o guia de estilo.

Visão geral

O código-fonte para o website do Kubernetes, incluindo a documentação, é armazenado no repositório kubernetes/website.

Localizada dentro da pasta kubernetes/website/content/<codigo-do-idioma>/docs, a maior parte da documentação do Kubernetes é específica para o projeto Kubernetes.

O que é permitido

A documentação do Kubernetes permite conteúdo de projetos de terceiros somente quando:

  • O conteúdo documenta software que existe no projeto Kubernetes
  • O conteúdo documenta software que está fora do projeto, mas é necessário para o funcionamento do Kubernetes
  • O conteúdo é canônico no kubernetes.io, ou está vinculado a conteúdo canônico em outro local

Conteúdo de terceiros

A documentação do Kubernetes contém exemplos aplicados de projetos no projeto Kubernetes — projetos que existem nas organizações kubernetes e kubernetes-sigs do GitHub.

Links para conteúdo ativo no projeto Kubernetes sempre são permitidos.

O Kubernetes requer alguns conteúdos de terceiros para funcionar. Exemplos incluem agentes de execução de contêiner (containerd, CRI-O, Docker), políticas de rede (plugins CNI), controladores Ingress, e sistemas de log.

A documentação pode conter vínculos com software de código aberto de terceiros fora do projeto Kubernetes somente quando estes projetos são necessários para o funcionamento do Kubernetes.

Conteúdo duplicado

Sempre que possível, a documentação do Kubernetes utiliza links para fontes canônicas de documentação ao invés de hospedar conteúdo duplicado.

Conteúdo duplicado requer o dobro de esforço (ou mais!) para manter e fica obsoleto mais rapidamente.

Mais informações

Se você tem dúvidas sobre o conteúdo permitido, junte-se ao canal #sig-docs do Slack do Kubernetes e faça sua pergunta!

Próximos passos

7.2.2 - Guia de Estilo da Documentação

Esta página fornece orientações de estilo para escrita da documentação do Kubernetes. Estas são orientações, não regras. Utilize seu melhor julgamento e sinta-se livre para propor alterações neste documento através de um pull request.

Para informações adicionais sobre como criar novo conteúdo para a documentação do Kubernetes, leia o Guia de Conteúdo da Documentação.

Mudanças no guia de estilo são feitas pelo SIG Docs como um grupo. Para propor uma alteração ou adição, inclua o tópico na agenda de uma das reuniões futuras do SIG Docs, e participe da reunião para fazer parte da discussão.

Língua

A documentação do Kubernetes foi traduzida para diversas línguas (veja READMEs das Localizações).

A forma para localização de documentação em uma língua diferente está descrita em localizando a documentação do Kubernetes.

Padrões de formatação da documentação

Utilize upper camel case para objetos da API

Quando você se referir especificamente a interações com um objeto da API, utilize UpperCamelCase, também conhecido como Pascal case. Você poderá encontrar formatação de maiúsculas e minúsculas diferente, como por exemplo "configMap", na referência da API. Ao escrever documentação geral, prefira a utilização de upper camel case, chamando o objeto de "ConfigMap".

Quando você estiver discutindo um objeto da API, utilize a formatação de maiúsculas e minúsculas no estilo de sentença.

Os exemplos a seguir focam no estilo de formatação de maiúsculas e minúsculas. Para mais informações sobre como formatar nomes de objetos da API, revise a orientação relacionada no manual de estilo de código.

Faça e não faça - Utilizando _Pascal case_ para objetos da API
FaçaNão faça
O recurso HorizontalPodAutoscaler é responsável por ...O Horizontal pod autoscaler é responsável por ...
Um objeto PodList é uma lista de Pods.Um objeto Pod List é uma lista de Pods.
O objeto Volume contém um campo hostPath.O objeto volume contém um campo hostPath.
Cada objeto ConfigMap é parte de um namespace.Cada objeto configMap é parte de um namespace.
Para o gerenciamento de dados confidenciais, considere utilizar a API de Secrets.Para o gerenciamento de dados confidenciais, considere utilizar a API de segredos.

Utilize chevrons para espaços reservados

Utilize chevrons (< e >) para espaços reservados. Comunique ao leitor o que o espaço reservado significa. Por exemplo:

kubectl describe pod <nome-do-pod> -n <namespace>

Se o nome do namespace do Pod for default, você pode omitir o paramêtro '-n'.

Grife elementos de interface de usuário

Faça e não faça - grife elementos da interface do usuário
FaçaNão faça
Clique em Fork.Clique em "Fork".
Selecione Other.Selecione "Other".

Utilize itálico para definir ou introduzir novos termos

Faça e não faça - Utilize itálico para novos termos
FaçaNão faça
Um cluster é um conjunto de nós ...Um "cluster" é um conjunto de nós ...
Estes componentes formam a camada de gerenciamento.Estes componentes formam a camada de gerenciamento.

Utilize estilo de código para nomes de arquivos, diretórios e caminhos

Faça e não faça - Utilize estilo de código para nomes de arquivos, diretórios e caminhos
FaçaNão faça
Abra o arquivo envars.yaml.Abra o arquivo envars.yaml.
Navegue até o diretório /docs/tutorials.Navegue até o diretório /docs/tutorials.
Abra o arquivo /_data/concepts.yaml.Abra o arquivo /_data/concepts.yaml.

Utilize o padrão internacional para pontuação dentro de aspas

Faça e não faça - Utilize o padrão internacional para pontuação dentro de aspas
FaçaNão faça
eventos são registrados com um "estágio associado".eventos são registrados com um "estágio associado."
A cópia é chamada de "fork".A cópia é chamada de "fork."

Formatação de código embutido

Utilize estilo de código para código embutido, comandos e objetos da API

Para código embutido em um documento HTML, utilize a tag <code>. Em um documento Markdown, utilize os símbolos de crase (`).

Faça e não faça - Utilize estilo de código para código embutido, comandos e objetos da API
FaçaNão faça
O comando kubectl run cria um Pod.O comando "kubectl run" cria um pod.
O kubelet em cada nó obtém um Lease ...O kubelet em cada nó obtem um lease...
Um PersistentVolume representa armazenamento durável ...Um PersistentVolume representa armazenamento durável ...
Para gerenciamento declarativo, utilize kubectl apply.Para gerenciamento declarativo, utilize "kubectl apply".
Circunde exemplos de código com três símbolos de crase. (```)Circunde exemplos de código com quaisquer outras sintaxes.
Utilize um único símbolo de crase para circundar código embutido. Por exemplo, var example = true.Utilize dois asteriscos (**) ou um subtraço (_) para circundar código embutido. Por exemplo, var example = true.
Utilize três símbolos de crase antes e depois de um bloco de código de múltiplas linhas para blocos de código cercados.Utilize blocos de código de múltiplas linhas para criar diagramas, fluxogramas, ou outras ilustrações.
Utilize nomes de variáveis significativos que possuem um contexto.Utilize nomes de variáveis como 'foo', 'bar' e 'baz' que não são significativos e não possuem contexto.
Remova espaços em branco em final de linha no código.Adicione espaços em branco no código, onde estes são importantes, pois os leitores de tela lerão os espaços em branco também.

Utilize estilo de código para nomes de campos de objetos e namespaces

Faça e não faça - Utilize estilo de código para nomes de campos de objetos
FaçaNão faça
Especifique o valor do campo replicas no arquivo de configuração.Especifique o valor do campo "replicas" no arquivo de configuração.
O valor do campo exec é um objeto do tipo ExecAction.O valor do campo "exec" é um objeto do tipo ExecAction.
Execute o processo como um DaemonSet no namespace kube-system.Execute o processo como um DaemonSet no namespace kube-system.

Utilize estilo de código para ferramentas de linha de comando e nomes de componentes do Kubernetes

Faça e não faça - Utilize estilo de código para ferramentas de linha de comando e componentes do Kubernetes
FaçaNão faça
O kubelet preserva a estabilidade do nó.O kubelet preserva a estabilidade do nó.
O kubectl gerencia a busca e a autenticação com o servidor da API.O kubectl gerencia a busca e a autenticação com o servidor da API.
Execute o processo com o certificado, kube-apiserver --client-ca-file=FILENAME.Execute o processo com o certificado, kube-apiserver --client-ca-file=FILENAME.

Iniciando sentenças com o nome de uma ferramenta de linha de comando ou de um componente

Faça e não faça - Iniciando sentenças com o nome de uma ferramenta de linha de comando ou de um componente
FaçaNão faça
A ferramenta kubeadm inicializa e provisiona máquinas em um cluster.kubeadm inicializa e provisiona ferramentas em um cluster.
O kube-scheduler é o escalonador padrão para o Kubernetes.kube-scheduler é o escalonador padrão para o Kubernetes.

Utilize uma descrição geral no lugar de um nome de componente

Faça e não faça - Utilize uma descrição geral no lugar de um nome de componente
FaçaNão faça
O servidor da API do Kubernetes oferece uma especificação OpenAPI.O apiserver oferece uma especificação OpenAPI.
APIs agregadas são servidores de API subordinados.APIs agregadas são APIServers subordinados.

Utilize estilo normal para valores de campos do tipo texto ou inteiro

Para valores de campos do tipo texto ou inteiro, utilize o estilo normal sem aspas.

Faça e não faça - Utilize o estilo normal para valores de campo do tipo texto ou inteiro
FaçaNão faça
Especifique o valor Always para o campo imagePullPolicy.Especifique o valor "Always" para o campo imagePullPolicy.
Especifique o valor nginx:1.16 para o campo image.Especifique o valor nginx:1.16 para o campo image.
Especifique o valor 2 para o campo replicas.Especifique o valor 2 para o campo replicas.

Referindo-se a recursos da API do Kubernetes

Esta seção discorre sobre como referenciar recursos da API na documentação.

Clarificação sobre "recurso"

O Kubernetes utiliza a palavra "recurso" para se referir a recursos da API, como pod, deployment, e demais objetos. Também utilizamos "recurso" para falar de requisições e limites de recursos de CPU e memória. Sempre se refira a recursos da API como "recursos da API" para evitar confusão com recursos de CPU e memória.

Quando utilizar a terminologia da API do Kubernetes

As diferentes terminologias da API do Kubernetes são:

  • Tipo de recurso: o nome utilizado na URL da API (como pods, namespaces)
  • Recurso: uma instância única de um tipo de recurso (como pod, secret)
  • Objeto: um recurso que serve como um "registro de intenção". Um objeto é um estado desejado para uma parte específica do seu cluster, que a camada de gerenciamento do Kubernetes tenta manter.

Sempre utilize "recurso" ou "objeto" ao se referir a um recurso da API em documentação. Por exemplo, utilize "um objeto Secret" ao invés de apenas "um Secret".

Nomes de recursos da API

Sempre formate nomes de recursos da API utilizando UpperCamelCase, também conhecido como PascalCase, e formatação de código.

Para código embutido em um documento HTML, utilize a tag <code>. Em um documento Markdown, utilize o sinal de crase (`).

Não separe um nome de objeto da API em palavras individuais. Por exemplo, escreva PodTemplateList no lugar de Pod Template List.

Para mais informações sobre o PascalCase e formatação de código, por favor revise as orientações relacionadas nas seções Utilize UpperCamelCase para objetos da API e Utilize estilo de código para código embutido, comandos e objetos da API.

Para mais informações sobre as terminologias da API do Kubernetes, por favor revise a orientação relacionada sobre terminologia da API do Kubernetes.

Formatação de fragmentos de código

Não inclua o prompt de comando

Faça e não faça - Não inclua o prompt de comando
FaçaNão faça
kubectl get pods$ kubectl get pods

Separe os comandos de seus resultados

Verifique que o Pod está rodando no seu nó escolhido:

kubectl get pods --output=wide

A saída é semelhante a:

NAME     READY     STATUS    RESTARTS   AGE    IP           NODE
nginx    1/1       Running   0          13s    10.200.0.4   worker0

Exemplos de versionamento do Kubernetes

Exemplos de código e de configuração que incluem informação da versão devem ser consistentes com o texto que os acompanha.

Se a informação é específica para uma versão, a versão do Kubernetes deve ser definida na seção prerequisites dos modelos de página de tarefa ou de tutorial. Assim que a página for salva, a seção prerequisitos é exibida com o título Antes de você começar.

Para especificar uma versão do Kubernetes para uma página de tarefa ou de tutorial, inclua a chave min-kubernetes-server-version na seção de front matter.

Se o exemplo de YAML for um arquivo avulso, procure e revise os tópicos que o incluem como uma referência. Verifique que quaisquer tópicos que estejam utilizando o YAML avulso têm a informação de versão apropriada definida. Se um arquivo avulso YAML não for referenciado em nenhum tópico, considere apagá-lo ao invés de atualizá-lo.

Por exemplo, se você estiver escrevendo um tutorial que é relevante para a versão 1.8 do Kubernetes, o front matter do seu arquivo Markdown deve ser semelhante ao demonstrado abaixo:

---
title: <seu título de tutorial aqui>
min-kubernetes-server-version: v1.8
---

Nos exemplos de código e configuração, não inclua comentários sobre versões alternativas. Tenha o cuidado de não incluir afirmações incorretas em comentários nos seus exemplos, como por exemplo:

apiVersion: v1 # versões mais antigas usam...
kind: Pod
...

Kubernetes.io word list

Uma lista de termos específicos do Kubernetes para serem utilizados de forma consistente em todo o website.

Lista de palavras do Kubernetes.io
TermUsage
KubernetesKubernetes deve sempre ser escrito com K maiúsculo.
DockerDocker deve sempre ser escrito com D maiúsculo.
SIG DocsEscreva SIG Docs ao invés de SIG-DOCS ou outras variantes.
On-premisesEscreva On-premises ou On-prem ao invés de On-premise ou outras variantes.

Shortcodes

Os shortcodes do Hugo auxiliam na criação de diferentes níveis de atrativos retóricos. Nossa documentação suporta três diferentes shortcodes nessa categoria: Nota {{< note >}}, Cuidado {{< caution >}}, e Aviso {{< warning >}}.

  1. Circunde o texto com uma abertura e um fechamento de shortcode.

  2. Utilize a sintaxe abaixo para aplicar um estilo:

    {{< note >}}
    Não há necessidade de incluir um prefixo; o _shortcode_ fornece um automaticamente (Nota:, Cuidado:, etc.).
    {{< /note >}}
    

    A saída é semelhante a:

Nota

Utilize {{< note >}} para destacar uma dica ou uma informação que pode ser útil para o leitor.

Por exemplo:

{{< note >}}
Você _ainda_ pode utilizar Markdown dentro destas seções de destaque.
{{< /note >}}

The output is:

Você pode utilizar o shortcode {{< note >}} em uma lista:

1. Utilize o _shortcode_ `note` em uma lista

1. Um segundo item em uma lista com um shortcode note embutido

    {{< note >}}
    _Shortcodes_ Aviso, Cuidado e Nota, embutidos em listas, devem ser indentados
    com quatro espaços. Veja mais em [Problemas comuns com _shortcodes_](#common-shortcode-issues).
    {{< /note >}}

1. Um terceiro item em uma lista

1. Um quarto item em uma lista

A saída é:

  1. Utilize o shortcode note em uma lista

  2. Um segundo item em uma lista com um shortcode note embutido

  3. Um terceiro item em uma lista

  4. Um quarto item em uma lista

Cuidado

Utilize {{< caution >}} para chamar a atenção a informações importantes que podem evitar problemas.

Por exemplo:

{{< caution >}}
O estilo de chamada se aplica somente à linha diretamente acima da tag.
{{< /caution >}}

A saída é:

Aviso

Utilize {{< warning >}} para indicar perigo ou uma orientação que é crucial e deve ser seguida.

Por exemplo:

{{< warning >}}
Cuidado.
{{< /warning >}}

A saída é:

Problemas comuns com shortcodes

Listas ordenadas

Shortcodes interrompem listas numeradas a não ser que estejam indentados com quatro espaços antes da nota e da tag.

Por exemplo:

1. Preaqueça o forno a 350°F.

1. Prepare a massa e a coloque na assadeira.
   `{{< note >}}Unte a assadeira para melhores resultados.{{< /note >}}`

1. Asse por 20-25 minutos, ou até que ao testar com um palito este saia limpo.

A saída é:

  1. Preaqueça o forno a 350°F.

  2. Prepare a massa e a coloque na assadeira.

  3. Asse por 20-25 minutos, ou até que ao testar com um palito este saia limpo.

Cláusulas include

Shortcodes dentro de cláusulas include fazem com que o build falhe. Você deve colocá-los no documento superior, antes e depois da cláusula include. Por exemplo:

{{< note >}}
{{< include "task-tutorial-prereqs.md" >}}
{{< /note >}}

Elementos Markdown

Quebras de linha

Utilize uma única linha em branco para dividir conteúdo a nível de bloco como por exemplo cabeçalhos, listas, imagens, blocos de código, entre outros. A exceção são cabeçalhos de segundo nível, onde duas linhas em branco devem ser utilizadas. Cabeçalhos de segundo nível seguem o primeiro nível (ou o título) sem nenhum texto ou parágrafo precedente. Um espaçamento de duas linhas em branco auxilia a melhor visualização geral da estrutura do conteúdo em um editor de texto.

Cabeçalhos e títulos

Pessoas que acessam esta documentação podem estar fazendo uso de um leitor de tela ou outro tipo de tecnologia auxiliar. Leitores de tela são dispositivos de saída linear que falam de um item por vez em uma página. Se uma grande quantidade de conteúdo existe em uma página, você pode utilizar cabeçalhos para dar à página uma estrutura interna. Uma boa estrutura de página auxilia todos os leitores a navegar facilmente ou filtrar tópicos de interesse.

Faça e não faça - Cabeçalhos
FaçaNão faça
Atualize o título no front matter da página ou postagem de blog.Utilize cabeçalho de primeiro nível, pois o Hugo automaticamente converte o título do front matter para um cabeçalho de primeiro nível.
Utilize cabeçalhos ordenados para fornecer um resumo de alto nível do seu conteúdo.Utilize cabeçalhos de nível 4 a 6, a menos que seja absolutamente necessário. Se o seu conteúdo é detalhado a este nível, pode ser que ele precise ser dividido em artigos separados.
Utilize o sinal numérico ou cerquilha (#) para conteúdo que não seja postagem de blog.Utilize traços ou sinais de igual (--- ou ===) para designar cabeçalhos de primeiro nível.
Utilize formatação de maiúsculas e minúsculas de sentença para cabeçalhos no corpo da página. Por exemplo, Estenda o kubectl com pluginsUtilize formatação de maiúsculas e minúsculas de título para cabeçalhos no corpo da página. Por exemplo, Estenda o Kubectl com Plugins
Utilize formatação de maiúsculas e minúsculas de título para o título da página no front matter. Por exemplo, title: Riscos do Contorno do Servidor da API do KubernetesUtilize formatação de maiúsculas e minúsculas de sentença para títulos de página no front matter. Por exemplo, não utilize title: Riscos do contorno do servidor da API do Kubernetes

Parágrafos

Faça e não faça - Parágrafos
FaçaNão faça
Tente manter os parágrafos abaixo de 6 sentenças.Indente o primeiro parágrafo com caracteres de espaço. Por exemplo, ⋅⋅⋅Três espaços antes de um parágrafo o indenta.
Utilize três hífens (---) para criar uma régua horizontal. Utilize réguas horizontais para quebras no conteúdo do parágrafo. Por exemplo, uma mudança de cena em uma história, ou uma mudança de tópico dentro de uma seção.Utilize réguas horizontais para decoração.
Faça e não faça - Links
FaçaNão faça
Crie hiperlinks que forneçam o contexto para o conteúdo para o qual eles apontam. Por exemplo: certas portas estão abertas em suas máquinas. Veja Verifique portas necessárias para mais detalhes.Utilize termos ambíguos, como "clique aqui". Por exemplo: certas portas estão abertas em suas máquinas. Veja aqui para mais detalhes.
Crie hiperlinks no estilo de Markdown: [texto do link](URL). Por exemplo: [_Shortcodes_ do Hugo](/docs/contribute/style/hugo-shortcodes/#table-captions), cuja saída é Shortcodes do Hugo.Crie links no estilo de HTML: <a href="/media/examples/link-element-example.css" target="_blank">Visite nosso tutorial!</a>, ou crie links que abrem em novas abas ou janelas. Por exemplo: [website de exemplo](https://example.com){target="_blank"}

Listas

Agrupe em listas itens relacionados que devem aparecer em uma ordem específica, ou para indicar uma correlação entre vários itens. Quando um leitor de tela encontra uma lista, independentemente de ser uma lista ordenada ou não-ordenada, o leitor de tela anunciará ao usuário que há um grupo de itens em lista. O usuário pode então utilizar as teclas de seta para navegar para cima e para baixo entre os vários itens da lista. Links para navegação no website também podem ser marcados como itens de lista, pois nada mais são do que um grupo de links relacionados.

  • Finalize cada item em uma lista com um ponto final se um ou mais itens na lista forem sentenças completas. Para consistência, normalmente todos os itens da lista devem ser sentenças completas, ou nenhum dos itens deve ser.

  • Utilize o número um (1.) para listas ordenadas.

  • Utilize (+), (*) ou (-) para listas não-ordenadas.

  • Deixe uma linha em branco após cada lista.

  • Indente listas aninhadas com quatro espaços (por exemplo, ⋅⋅⋅⋅).

  • Itens de lista podem consistir de múltiplos parágrafos. Cada parágrafo subsequente em uma lista deve estar indentado em quatro espaços ou um caractere de tabulação.

Tabelas

O propósito semântico de uma tabela de dados é apresentar dados tabulados. Usuários que não fazem uso de leitores de tela podem inspecionar a tabela de forma visual rapidamente, mas um leitor de tela irá ler o conteúdo linha a linha. Uma legenda de tabela é utilizada para criar um título descritivo para uma tabela de dados. Tecnologias auxiliares utilizam o elemento HTML caption para identificar o conteúdo da tabela para o usuário dentro da estrutura da página.

Melhores práticas de conteúdo

Esta seção contém melhores práticas sugeridas para conteúdo claro, conciso e consistente.

Utilize o tempo presente

Faça e não faça - Utilize o tempo presente
FaçaNão faça
Este comando inicializa um proxy.Este comando irá iniciar um proxy.

Exceção: utilize o tempo futuro ou pretérito quando necessário para comunicar o significado correto.

Utilize voz ativa

Faça e não faça - Utilize voz ativa
FaçaNão faça
Você pode explorar a API utilizando um navegador.A API pode ser explorada utilizando um navegador.
O arquivo YAML especifica o número de réplicas.O número de réplicas é especificado no arquivo YAML.

Exceção: utilize a voz passiva se a voz ativa resultar em uma construção estranha.

Utilize linguagem simples e direta

Utilize linguagem simples e direta. Evite utilizar frases ou expressões desnecessárias, como "por favor".

Faça e não faça - Utilize linguagem simples e direta
FaçaNão faça
Para criar um ReplicaSet, ...A fim de criar um ReplicaSet, ...
Veja o arquivo de configuração.Por favor, veja o arquivo de configuração.
Veja os Pods.Com este próximo comando veremos os Pods.

Dirija-se ao leitor utilizando "você"

Faça e não faça - Dirigindo-se ao leitor
FaçaNão faça
Você pode criar um Deployment através ...Criaremos um Deployment através ...
Na saída acima, você pode ver ...Na saída acima, vimos que ...

Evite frases em Latim

Prefira termos em inglês no lugar de abreviações em Latim.

Faça e não faça - Evite frases em Latim
FaçaNão faça
For example, ...e.g., ...
That is, ...i.e., ...

Exceção: utilize "etc." para et cetera.

Padrões a evitar

Evite utilizar "nós"

O uso de "nós" em uma sentença pode ser confuso, pois o leitor pode não saber se é parte do "nós" que você está descrevendo.

Faça e não faça - Padrões a evitar
FaçaNão faça
A versão 1.4 inclui ...Na versão 1.4, adicionamos ...
O Kubernetes fornece uma nova funcionalidade para ...Nós fornecemos uma nova funcionalidade para ...
Esta página ensina sobre como você pode utilizar Pods.Nesta página, iremos aprender sobre Pods.

Evite jargões e expressões idiomáticas

Alguns leitores falam inglês como segunda língua. Evite jargões e expressões idiomáticas para auxiliar na compreensão.

Faça e não faça - Evite jargões e expressões idiomáticas
FaçaNão faça
Internally, ...Under the hood, ...
Create a new cluster.Turn up a new cluster.

Evite afirmações sobre o futuro

Evite fazer promessas ou dar dicas sobre o futuro. Se você precisa falar sobre uma funcionalidade em estado alfa, coloque o texto sob um cabeçalho que classifique a informação em estado alfa.

Uma exceção a esta regra é a documentação sobre descontinuações que serão convertidas em remoções em uma versão futura. Um exemplo deste tipo de documentação é o Guia de migração de APIs descontinuadas.

Evite afirmações que ficarão desatualizadas em breve

Evite palavras como "atualmente" e "novo". Uma funcionalidade que é nova hoje pode não ser mais considerada nova em alguns meses.

Faça e não faça - Evite afirmações que ficarão desatualizadas em breve
FaçaNão faça
Na versão 1.4, ...Na versão atual, ...
A funcionalidade de Federação fornece ...A nova funcionalidade de Federação fornece ...

Evite palavras que assumem um nível específico de conhecimento

Evite palavras como "apenas", "simplesmente", "fácil", "facilmente" ou "simples". Estas palavras não agregam valor.

Faça e não faça - Evite palavras insensitivas
FaçaNão faça
Inclua um comando em ...Inclua apenas um comando em ...
Execute o contêiner ...Simplesmente execute o contêiner ...
Você pode remover ...Você pode facilmente remover ...
Estes passos ...Estes passos simples ...

Próximos passos

7.3 - Visualizando Analytics do Site

Essa página contém informações sobre a dashboard de analystics do kubernetes.io.

Essa dashboard foi feita usando o Google Data Studio e possui informações coletadas do kubernetes.io usando o Google Analytics.

Usando a dashboard

Por padrão, a dashboard mostra todos os analytics coletados nos últimos 30 dias. Use o seletor de data para ver dados de outros intervalos de data. Outras opções de filtros permitem que você veja dados baseados em localização do usuário para acessar o site, a tradução da documentação usada e outros.

Se você identificar um problema com essa dashboard ou quer solicitar qualquer melhoria, abra uma issue no repositório.

8 -

Clique nas tags ou use as listas suspensas para filtrar. Clique nos cabeçalhos das tabelas para classificar ou inverter a classificação.

Filtrar por Conceito:
Filtrar por objeto:
Filtrar por Comando:

9 - Resultados da pesquisa